quinta-feira, 20 de março de 2008

Judô: novatos prontos para a história

Agência

Dois novatos com muita bagagem nos tatames: o bicampeão mundial João Derly carrega o medalha de bronze no Mundial João Gabriel Schlittler

Segundo colocado na classificação geral do Mundial do Rio de Janeiro, o judô brasileiro é encarado atualmente como uma das grandes forças do mundo, junto com França, Rússia e Japão. Apesar disso, dos 14 titulares da equipe, apenas cinco já disputaram uma Olimpíada: Denílson Lourenço, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Priscila Marques e Edinanci Silva, que vai para a sua quarta participação. Destes, Tiago Camilo conquistou a medalha de prata em Sydney e Leandro Guilheiro levou o bronze em Atenas. A pouca experiência na competição esportiva mais importante do mundo não deve ser problema para o judô brasileiro.

Agência
A casa do judô nas Olímpiadas: a Universidade de Ciência e Tecnologia
- O atleta sabe que uma Olimpíada não é igual a um Mundial. A pressão é muito grande e, talvez por isso, ele vai ficar ainda mais focado. Nesse aspecto, acho que vai ser muito bom para a gente - lembra o técnico da seleção masculina, Luiz Shinohara, durante a apresentação dos titulares, nesta sexta-feira.  

"Dá mais confiança olhar para a tabela e ver que a gente já venceu todo mundo"
João Derly

Bicampeão mundial, João Derly é um dos novatos nos Jogos. Considerado um dos favoritos à medalha de ouro, João lembra que esse favoritismo também é bom, "afinal, dá mais confiança olhar para a tabela e ver que a gente já venceu todo mundo".

- Tenho certeza que não vou tremer na base. Chegar a uma Olimpíada com essa bagagem me permite sonhar com uma medalha - explica João, que caso chegue ao ouro em Pequim se tornará o judoca mais vitorioso da história do esporte no Brasil.

"Quero levar (para Pequim) um Tiago melhor do que o de 2007"
Tiago Camilo
André Durão
Tiago Camilo festejando o ouro no Mundial do Rio de Janeiro, em 2007

Campeão mundial e apontado o melhor da competição em 2007, Tiago Camilo chega a Pequim também como o cara a ser batido no meio-médio. O judoca garante que esse favoritismo só o motiva ainda mais para chegar a sua segunda medalha em Olimpíadas. Oito anos após Sydney, Tiago está mais maduro e diz ter aprendido com as derrotas que o atrapalharam nesse período.

- Em 2000, eu tinha apenas 18 anos e não tinha noção da importância de uma Olimpíada na carreira de um atleta. Aprender com as derrotas é doloroso, mas ao mesmo tempo grandioso. Quero levar um Tiago melhor do que em 2007 - diz ele, explicando que, para isso, precisa alcançar a maturidade técnica, física e psicológica.

E como fazer isso dentro de uma Vila Olímpica? A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tem planos para blindar os atletas enquanto não entrarem no tatame.

- A Vila não é um bom lugar para quem quer ser campeão olímpico. Tem muito entretenimento, muita badalação. O negócio é se fechar. Nesse momento tem que ser muito egoísta, deixar o Brasil para trás, para depois então relaxar - indica Tiago Camilo.

Judô: seleção brasileira encara Japão em SP

Agência 

Seleção brasileira de judô se prepara para encarar Japão antes das Olimpíadas

A seleção brasileira de judô se despedirá da torcida verde e amarela rumo às Olimpíadas de Pequim em grande estilo. No último compromisso antes dos Jogos, a equipe disputa o II Desafio Internacional Brasil x Japão, no dia 15 de julho, em São Paulo. O duelo contra os asiáticos, que têm ampla tradição na modalidade, fará parte das comemorações pelo centenário da imigração japonesa no país.

Nesta quarta-feira, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de São Paulo assinaram um convênio para a realização do evento.

- São Paulo é o carro chefe do esporte brasileiro e é a cidade ideal para receber o Desafio Brasil x Japão. O ano de 2008 é muito especial, sobretudo para nós, do judô, que devemos tanto à imigração japonesa - afirma o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira. 

GLOBOESPORTE.COM
São Paulo é o carro chefe do esporte brasileiro e é a cidade ideal para receber o Desafio Brasil x Japão. O ano de 2008 é muito especial, sobretudo para nós, do judô, que devemos tanto à imigração japonesa
Wanderley Teixeira, presidente da CBJ
GLOBOESPORTE.COM

 

 Edinanci quer se tornar advogada após parar de competir 

O Secretário de Esporte de São Paulo, Walter Feldman, aproveitou a presença de João Derly, Eduardo Santos, Luciano Correa, Érika Miranda, Ketleyn Quadros, Danielli Yuri e Edinanci Silva para saber mais sobre a rotina dos melhores atletas do judô nacional. O dirigente disse ainda que pretende construir um centro de referência para o judô na capital paulista. Uma das mais experientes na equipe feminina, Edinanci Silva fez questão de falar sobre a importância da união entre educação e esporte.

- Antigamente, os atletas cursavam educação física depois de parar de competir. Era o único caminho. Hoje, a história é diferente. Os ex-atletas agora são fisioterapeutas, profissionais de marketing, advogados... e trabalham nos clubes e na Confederação - comemora Edinanci, que sonha se tornar advogada quando parar de competir.

Bicampeão mundial, João Derly destacou a evolução do judô brasileiro ao longo dos últimos anos, que permite aos atletas viverem apenas para o esporte e se reflete nos títulos conquistados pelos atletas do país na modalidade.

- Vimos uma evolução muito grande no judô. Hoje, graças aos patrocínios pessoais e ao empenho da Confederação em nos dar as melhores condições, já podemos nos dedicar exclusivamente ao esporte.
 

Nesta sexta-feira, a equipe olímpica do Brasil embarca para o Japão, onde fará um período de 15 dias de treinamento.

domingo, 16 de março de 2008

Judô: time renovado para Pequim

 

Uma delegação renovada, de talentosos calouros, carrega nos ombros a esperança de realizar a melhor campanha do judô brasileiro em uma Olimpíada. A seleção brasileira que representará o País nos Jogos de Pequim, em agosto, foi apresentada ontem no Rio. Dos 14 atletas, apenas cinco já participaram de uma Olimpíada e só dois deles estiveram em Atenas 2004.

Dentre os nove estreantes na competição, está o bicampeão mundial João Derly. "Vou chegar com muito moral e confiança. Mas não será fácil, pois todos já me estudaram a fundo", diz o gaúcho, classificado na categoria meio-leve (- 73 kg).

A expectativa da comissão técnica é de que a delegação obtenha pelo menos quatro medalhas - uma de ouro. Se isso ocorrer, seria a melhor campanha da história do judô nacional. "No passado, tínhamos uns dois judocas com chances de medalha", avalia Edinanci Silva. "Este ano, seis ou sete têm plenas condições de brigar pelo pódio", diz a judoca, de 32 anos, veterana de três Olimpíadas.

"Estamos muito confiantes em conquistar a primeira medalha olímpica do judô feminino", afirma Rosicléia Campos, técnica das mulheres."Desde Atenas, tivemos um excelente ciclo olímpico, renovamos o grupo com um grande trabalho", comenta Ney Wilson, coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Seu otimismo se baseia em números. A média de idade da equipe feminina é de 22 anos; a dos homens está em 26. De 2004 para cá, o Brasil viu João Derly ser bicampeão mundial (o segundo título no ano passado).Em 2007, Luciano Correa e Tiago Camilo, que irão a Pequim, também se tornaram campeões mundiais.

"Os três que foram ouro no Mundial têm chances de título, mas nunca se sabe", imagina Luiz Shinohara, técnico da seleção masculina. "A atmosfera dos Jogos é outra, há mais pressão. Estamos confiantes."

Das 14 categorias, o Brasil só não garantiu vaga no pesado (+78 kg). Priscila Marques ainda tem duas oportunidades de buscar a classificação - no Pré-Olímpico, em abril, e no Campeonato Pan-Americano em maio. "Nosso recorde foram 12 participantes. Se conseguirmos levar 14, será um feito histórico", espera Ney Wilson.

terça-feira, 11 de março de 2008

Judô brasileiro conquista três medalhas de ouro em Nova York

 
O judô brasileiro brilhou no Aberto de Nova York, no domingo, dias antes do anúncio do time que vai para Pequim. Mesmo com um time misto, os judocas verde-amarelos conquistaram três medalhas de ouro e uma de prata, no melhor desempenho brasileiro no exterior nesta temporada.

"Deu tudo muito certo", elogiou o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, que anunciará a seleção olímpica no próximo dia 14/3, no Rio de Janeiro.

O grande destaque foi o médio Hugo Pessanha, que com o ouro ganha sobrevida na disputa pela vaga olímpica. Seu adversário por um lugar em Pequim, Eduardo Santos, teve desempenho superior nas etapas da Copa do Mundo da Europa, que valiam como seletiva, mas não competiu em Nova York porque não tinha visto de entrada no país.

Para ser campeão, Pessanha venceu apenas um europeu, o alemão Bachmann, na final. Antes, ele venceu atletas de Estados Unidos e Canadá. O nível do Aberto de Nova York foi inferior ao das etapas da Copa do Mundo da Europa, nas quais o carioca venceu apenas um combate - Eduardo Santos voltou com quatro vitórias.

Os outros brasileiros que chegaram ao lugar mais alto do pódio já estão garantidos nas Olimpíadas. Nos meio-pesados, o atual campeão mundial Luciano Correa venceu o também brasileiro Leonardo Leite na final, por ippon no golden score (a morte súbita do judô).

Entre os pesados, o carioca João Gabriel Schlittler, terceiro colocado no Mundial do ano passado, conquistou o tricampeonato da competição. Ele venceu o haitiano Joel Brutus na final, por yuko, após passar pelo polonês Ossolinksi e o japonês Ohkawa.

Único a não conquistar medalha, Victor Pennalber perdeu na estréia para o português Oleinic. Em sua categoria (+ 73 kg), o representante brasileiro é o santista Leandro Guilheiro, bronze nas Olimpíadas de Atenas.
 

sábado, 8 de março de 2008

Judô brasileiro anuncia a equipe olímpica no dia 14

 
A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou nesta sexta-feira que irá anunciar a equipe olímpica no dia 14 de março. Por enquanto, apenas dois judocas já estão oficialmente garantidos nos Jogos de Pequim (João Derly e Erika Miranda), faltando definir as outras 12 vagas.

Mas, depois de um processo seletivo em que valeu a performance dos judocas em competições na Europa, alguns nomes são certos na equipe brasileira que vai a Pequim. É o caso de Tiago Camilo e Mayra Aguiar, que conseguiram resultados bem melhores do que seus rivais de categoria.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Seleção masculina de judô vai a Nova York para observar rivais

Praticamente definida para os Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto, a seleção brasileira masculina de judô disputa no domingo o Aberto de Nova York, nos Estados Unidos. A missão da equipe no torneio é observar possíveis adversários em Pequim.

"As competições na Europa já foram suficientes para desenhar a equipe titular e este campeonato nos Estados Unidos servirá como observação e treinamento", disse o coordenador-técnico da CBJ, Ney Wilson.

A entidade que controla o judô nacional adotou como critério para escolher a equipe que vai a Pequim o desempenho dos seus atletas nos torneios europeus deste início de temporada, mas ainda não anunciou os nomes convocados --apenas Érika Miranda e João Derly foram confirmados.

Para Nova York, o Brasil vai levar Leandro Cunha (até 66kg), Leandro Guilheiro e Victor Penalber (até 73kg), Hugo Pessanha (até 90kg), Luciano Corrêa e Leonardo Leite (até 100kg) e João Gabriel Schlittler (acima de 100kg).

"Levamos uma equipe mista, com atletas que merecem ser mais observados ou simplesmente necessitam de mais ritmo de competição. Há outros que gostaríamos de levar a Nova York, mas não pudemos por falta de visto de entrada nos Estados Unidos", concluiu Ney Wilson.

Judô: Vinte países confirmam presença no Aberto de Nova Iorque


Vinte países confirmaram participação no Aberto de Nova Iorque, que acontece no próximo domingo, nos Estados Unidos. Confira a lista:

Ucrânia, França, Alemanha, Inglaterra, Canadá, Colômbia, Equador, Romênia, EUA, Haiti, Japão, Polônia, Porto Rico, Chile, Israel, Bulgária, Turquia, Tajikistão, Geórgia e Brasil.

Outros cinco países ainda tentam resolver burocracia com visto para disputarem o evento.  

- Transmissão via internet

O site da Federação Norte-Americana de Judô http://www.usjudo.org promete transmissão ao vivo das finais do Aberto de Nova Iorque. No domingo, haverá uma janela no site que permitirá ao usurário acompanhar o evento de qualquer lugar do planeta.
 

terça-feira, 4 de março de 2008

Com seleção definida, judô vai para os EUA com time misto

EFE

VEJA A SITUAÇÃO DA SELEÇÃO
MASCULINO
Ligeiro: Alexandre Lee e Denílson Lourenço tiveram desempenho semelhante na Europa. Lee foi medalhista no Pan
Meio-leve: Campeão mundial, João Derly é dono da vaga desde 2007
Leve: Leandro Guilheiro será anunciado como titular
Meio-médio: Tiago Camilo deve desbancar Flávio Canto
Médio: Eduardo Santos foi melhor do que Hugo Pessanha
Meio-pesado: Campeão mundial, Luciano Corrêa será o titular
Pesado: Medalhista no Mundial-07, João Gabriel Schlittler será titular
FEMININO
Ligeiro: Sarah Menezes levou bronze na Europa e sua rival, Daniela Polzin, não venceu nenhuma luta
Meio-leve: Érika Miranda é dona da vaga desde 2007
Leve: Ketleyn Quadros foi melhor do que a veterana Danielle Zangrando, que não venceu nenhuma luta
Meio-médio: Danielli Yuri foi melhor do que a veterana Vânia Ishii
Médio: Mayra Aguiar (foto) será confirmada como titular
Meio-pesado: Edinanci Silva deve confirmar vaga
Pesado: Priscila Marques foi mehor que rival, mas ainda precisa classificar o Brasil para Pequim
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A seleção brasileira de judô que vai para os Jogos Olímpicos de Pequim já foi definida pela comissão técnica da Confederação Brasileira. O anúncio, porém, deve esperar. Uma equipe brasileira vai competir no Aberto de Nova York, neste fim de semana, na última competição no exterior programada para o segundo grupo da seletiva.

O time será misto nos Estados Unidos, já que a competição perdeu importância. "Devido ao desempenho na Europa, o torneio de Nova York não vai ter a função inicial de servir de desempate", explicou o coordenador técnico da Confederação, Ney Wilson.

No total, cada atleta brasileiro disputou dois torneios na Europa. Baseados nos resultados e nas observações feitas durante o período, os técnicos definiram o time, mesmo nas categorias em que o desempenho foi similar.

Esse é o caso do ligeiro masculino (- 60 kg), em que Alexandre Lee e Denílson Lourenço conquistaram nonos lugares nas quatro competições. Wilson não adiantou o nome do classificado nessa categoria.

Sem a participação feminina, o Aberto de Nova York terá alguns titulares em Pequim, como os brasileiros Luciano Correa (-100 kg) e João Gabriel Schlittler (+ 100 kg), medalhistas no Mundial do Rio-2007, que lutaram pouco na Europa e ganham nova chance de ganhar ritmo, com reservas, como Leandro Cunha (- 66 kg), da mesma categoria de João Derly, já classificado.

Também lutam nos EUA os dois pesos leve (- 73 kg) da seleção brasileira, Leandro Guilheiro e Vitor Pennalber. A vaga, porém, já é de Guilheiro, bronze na etapa de Hamburgo da Copa do Mundo - Pennalber compete como treinamento para o Mundial menor.

O último da lista é o carioca Hugo Pessanha (-90kg). Ele teve desempenho inferior ao de Eduardo Santos na Europa, mas viaja para porque o rival não tem visto de entrada nos EUA. O Brasil não terá representantes nas categorias ligeiro e meio-médio (- 81 kg). A seleção feminina segue na Europa e treina até domingo em Lisboa.
 

segunda-feira, 3 de março de 2008

Equipe brasileira de judô para Pequim está praticamente definida

A comissão técnica do judô nacional não precisará, praticamente, recorrer a critérios subjetivos para anunciar a equipe que irá à Olimpíada de Pequim.

Depois dos eventos na Europa, em só três das 12 categorias de peso indefinidas até o momento os rivais tiveram performance parelha. E só em uma, o ligeiro masculino, os concorrentes tiveram as mesmas posições.

Nas demais nove categorias, um judoca abriu vantagem sobre o outro, o que facilita a missão dos técnicos, que devem revelar os titulares até o dia 21.

Bom para os medalhistas no Mundial do Rio-07. Além de entrarem na disputa à frente, Tiago Camilo, Luciano Corrêa e João Gabriel Schlittler venceram mais lutas que os rivais e, pelos critérios, serão titulares. O meio-leve João Derly, ouro no Pan e no Mundial, já estava garantido, assim como Érika Miranda, prata no Pan e quinta no Mundial --os critérios do feminino eram menos exigentes.

Nas classes em que uma definição mediante comparação dos resultados não se impõe, isso ocorre por motivos distintos, no masculino e no feminino.

Enquanto Alexandre Lee e Denilson Lourenço tiveram desempenhos razoáveis, os confrontos no meio-médio e pesado femininos são quase para definir quem foi menos pior.

Os judocas do ligeiro tiveram "classificação" (ficaram entre os nove melhores) nas quatro etapas da seletiva --Supercopas de Paris e Hamburgo e Copas de Viena e Praga. Foi a única categoria em que isso ocorreu. Lourenço, porém, venceu seis lutas, contra quatro de Lee.

Já Danielli Yuri (-63 kg) e Priscila Marques (+78kg) estão em vantagem sobre as rivais, mesmo tendo vencido só uma luta em dois torneios. É que as adversárias só perderam.

A Confederação Brasileira de Judô tem a chance de dirimir as últimas dúvidas. Poderá inscrever dois judocas de cada categoria no Aberto de Nova York, no próximo final de semana.

Até agora, o país tem cinco categorias garantidas em Pequim --meio-leve, meio-médio, meio-pesado e pesado (masculino) e meio-leve (feminino).

O Brasil, porém, deve ter atleta em quase todas as classes. A exceção pode ser o pesado feminino, mal posicionado no ranking da América. A definição das vagas (além de ser garantida no Mundial-07 para os cinco primeiros de cada categoria) é feita pelo ranqueamento feito da União Pan-Americana.

A equipe olímpica deve ter grande renovação em relação a Atenas-04. Só dois veteranos parecem garantidos: Leandro Guilheiro e Edinanci Silva, que ontem ficou em quinto na Copa de Varsóvia, o que assegura sua quarta Olimpíada. Lee e Vânia Ishii podem engrossar a lista.

Contudo, Danielle Zangrando e Daniela Polzin, que estiveram em Atenas, devem perder a vaga. Elas tiveram resultados inferiores aos de Ketleyn Quadros e Sarah Menezes.

domingo, 2 de março de 2008

Judô: Mayra ganha ouro na Copa do Mundo

Divulgação

CBJ
Mayra Aguiar conquista medalha de ouro na competição em Varsóvia

Com uma campanha impressionante, Mayra Aguiar, de apenas 16 anos, conquistou a medalha de ouro na Copa do Mundo de Varsóvia, Polônia. A brasileira venceu suas quatro lutas na categoria até 70 kg. Com o resultado, Mayra praticamente se garantiu nas Olimpíadas de Pequim (a equipe que irá disputar o torneio será anunciada no dia 21 de março).

- Fico feliz (com esse resultado). É uma recompensa de todo o trabalho que a gente vem fazendo. De 2006 para cá evolui muito tecnicamente, mas ainda falta. Estamos buscando um resultado maior, que é uma medalha olímpica. Para mim, a Olimpíada é um sonho e prometo dar o meu melhor - disse Mayra, em entrevista ao SporTV.

Em seu primeiro duelo, a brasileira derrotou a polonesa Ewa Wiwatowska com um ippon. Na segunda luta, venceu a espanhola Cecilia Blanco, segunda colocada no ranking mundial da categoria, também por ippon. No terceiro combate, Mayra venceu por ippon (dois wazari) a italiana Ylenia Scap, dona de duas medalhas olímpicas. Na final, a vítima da brasileira foi a chinesa Dou Shumei, que foi derrotada com um yuko.

- Eu sabia que um título como esse poderia acontecer na minha carreira, mas não tão breve. Os intercâmbios e treinos na Europa ajudaram muito a complementar o trabalho que faço diariamente na meu clube – afirma Mayra ao site oficial da Confederação Brasileira de Judô.

Judo passa em branco no sabado, na Europa

A seleção brasileira de judô passou em branco nas disputas da Europa neste sábado. Tanto a masculina, em Praga (RCH), quanto a feminina, em Varsóvia, não subiram ao pódio.

Campeã dos Jogos Pan-Americanos na categoria até 57 kg, Danielle Zangrando ficou numa situação complicada na disputa pela vaga olímpica. Ela perdeu na primeira luta da Copa do Mundo de Varsóvia (POL) neste sábado.

A eliminação precoce para bielo-russa Katsiaryna Prakapenka foi a segunda da judoca nas competições que servem de seletiva para a comissão técnica definir quem vai às Olimpíadas. Na semana passada, ela também perdeu na estréia para equatoriana Diana Villavicencio em Hamburgo.

Segundo a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que deve definir os nomes em meados de março, as vagas serão preenchidas pela atleta que tiver o melhor desempenho nas competições na Europa.

Danielle disputa a vaga olímpica com Ketelyn Quadros, que foi quinta colocada na Super Copa do Mundo de Paris e terminou em nono em Budapeste (HUN).

"Senti dores já no início da semana. Fiz o trabalho de fisioterapia, mas fui para a disputa no sacrifício. Vou seguir o meu treinamento com a cabeça focada nas próximas competições", disse Danielle.

Já Danielli Yuri, que briga pela vaga na categoria até 63 kg, venceu uma luta em Varsóvia e pode levar vantagem sobre a concorrente Vânia Ishii, veterana que também concorre à classificação. Daniela Polzin (até 48 kg) e Andressa Fernandes (até 52 kg) perderam na estréia.

No time masculino, Leandro Guilheiro, que na semana passada conquistou o bronze na Supercopa de Hamburgo e praticamente garantiu sua vaga aos Jogos, foi mal neste sábado. Na categoria até 73 kg, ele perdeu para o eslovaco Saso Jereb logo na primeira luta.

Alexandre Lee, que ainda briga na categoria até 60 kg, venceu dois confrontos neste sábado, mas perdeu para o britânico James Millar, que ficaria com o bronze depois. Leandro Cunha foi mais longe, derrotou três rivais e só foi eliminado pelo vice-campeão Vitaly Verkhoturov.

A categoria até 66 kg, de Cunha, já tem João Derly, bicampeão mundial e medalha de ouro no Pan do Rio, garantido nas Olimpíadas.