quinta-feira, 31 de julho de 2008

Judô do Brasil aproveita bom ambiente no Japão antes de ir a Pequim

 
Redação Central, 30 jul (EFE).- A equipe brasileira de judô faz no Japão o último período de preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim, esperando aproveitar o ambiente favorável do país onde o esporte foi criado.
 
Os 13 judocas olímpicos brasileiros treinam desde 25 de julho na International Budo University em Katsuura, onde ficam até o dia 5.

"Sempre achei o Japão um lugar muito especial, o que torna esse período de aclimatação mais prazeroso. Estou tentando absorver a energia positiva daqui ao máximo", diz Leandro Guilheiro, bronze em Atenas 2004 na categoria peso leve.

O meio-pesado Luciano Correa, campeão mundial em 2007 e bronze no Mundial de 2005, também aproveita a preparação em território japonês.

"Adoro vir ao Japão, um país de importância fundamental para todos os judocas. Treinar aqui antes de uma competição tão importante é bom. Melhor ainda é pegar o espírito guerreiro daqui e levar conosco para a China", comenta Luciano.

"Conhecer o Japão e presenciar as tradições de nosso esporte é realmente muito legal. Dá uma certa energia que nos leva a querer mais", comentou João Gabriel Schlittler, bronze na categoria pesado no Mundial de 2007, e que já esteve três vezes no país.

A equipe olímpica de judô treina acompanhada de atletas da seleção brasileira júnior, antes de chegar à Vila Olímpica no dia 5 de agosto.

Brasil e Cuba ameaçam Japão no judô

Quatro anos depois de mostrar sua força com dez medalhas olímpicas, entre elas oito de ouro, o Japão tentará nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 voltar a mostrar sua autoridade no judô, ante a ameaça dos países emergentes, entre os quais se encontram Brasil e Cuba.

No Mundial do Rio de Janeiro-2007 e no anterior do Cairo, mostraram que a hegemonia japonesa está sob ameaça, diante do progresso das nações latino-americanas e de outras como a França e a China, anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2008.

Em Cairo-2005, os japoneses 'apenas' obtiveram três títulos, e dois anos mais tarde, na cidade brasileira, sua atuação não melhorou.

Ainda assim, a equipe japonesa chegará à Pequim como grande favorita e com representantes de grande qualidade, como Ryoko Tamura (-48 kg), que tentará seu terceiro título.

A delegação feminina sofreu uma maior renovação nos últimos anos, mas, ainda assim, continuam as campeãs Auymi Tanimoto (-63 kg) e Masae Ueno (-70 kg).

O grande ausente será Kosei Inoue, vencedor dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e tricampeão mundial, ao ser eliminado nas seletivas e anunciar sua retirada dos tatames.

Os campeões em Atenas, Matatoshi Uschichiba (-66 kg), Maki Tsukada (+78 kg) e Keiji Suzuki, que baixou dos 100 kg, continuam na equipe japonesa.

Na frente deles estarão às equipes do Brasil, impressionante no mundial do Rio (três títulos) e Cuba, apesar da deserção em maio da bicampeã mundial, Yurisel Laborde (-78 kg).

Também terá que seguir muito de perto a China, que se preparou com muita consciência para desempenha um bom papel nos Jogos diante de sua torcida, como judocas como Tong Wen (+78 kg), Liu Xia (-78 kg), Qin Dongya (-70 kg) e Gao Feng (-48 kg).

A França é também uma séria aspirante, com nomes como o Teddy Riner, anunciado como o sucessor do mítico David Douillet.

Todos eles parecem dispostos a acabar com o domínio até agora incontestável do Japão, a grande potência do judô, uma esporte que desde 2003 tem experimentado forte desenvolvimento em várias partes do mundo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Judô: Técnico Kiko Pereira acompanha seleção no Japão


Antônio Carlos Pereira, o Kiko, é mais um reforço para a seleção brasileira na reta final de preparação para os Jogos Olímpcios de Pequim. A convite da Confederação Brasileira de Judô, o treinador da Sogipa/RS é assistente técnico do Brasil durante os dez dias de trabalho na International Budo University, em Katsuura/Japão.

"Estou muito feliz pois é minha primeira visita ao país onde o judô nasceu", comenta Kiko que, em Porto Alegre, treina os campeões mundiais João Derly e Tiago Camilo, além da revelação do judô feminino, Mayra Aguiar.

Kiko irá a sua terceira Olimpíada. Ele assistiu aos Jogos de Atlanta 96 e Sydney 2000, ocasiões em que, como agora, a seleção brasileira teve atletas treinados por eles. O ligeiro Alexandre Garcia esteve nos Estados Unidos e a também ligeiro Mariana Martins foi à Austrália.

"Quem sabe agora não volto com uma medalha?", sonha Kiko.

Judô brasileiro planeja três medalhas nos Jogos de PequimDas agências internacionais

 
"Nossa meta é conseguir três medalhas. Destas, pelo menos que uma seja de ouro e outra feminina", afirmou Ney Wilson, coordenador técnico da equipe do judô. A medalha para as mulheres seria algo inédito para o Brasil.

Para este ano, o time masculino conta com a pressão das vitórias depois do bom desempenho no Mundial do ano passado, disputado no Rio de Janeiro, e nos Jogos Pan-Americanos, no mesmo local.

"Se conseguirmos três medalhas com uma de ouro, estaríamos batendo nosso recorde. Mas o maior desafio é a medalha feminina", argumenta Wilson, que em 2004 viu o time conseguir duas medalhas de bronze, com Flávio Canto e Leandro Guilheiro.

O time que treina desde o dia 25 de julho no Japão vai à China no dia 5 de agosto e chega, segundo o coordenador, com uma equipe das mais fortes, com três campeões mundiais entre os homens (João Derly, Luciano Corrêa e Tiago Camilo).

Um deles, Corrêa, coloca Cuba, Israel e Geórgia como principais rivais pelo título na sua categoria, até 100 kg. "Temos que ter muito cuidado com eles. Mas nós nos destacamos pela nossa força, nossa perseverança, nossa resistência e nossa pegada", afirmou.

"Somos uma grande família", afirmou Danielli Yuri, que lutará na categoria até 63 kg. A judoca, que tem família no Japão e chegou a residir no país, afirmou que é um sonho estar nos Jogos. "Eu nasci no tatame", completou.
 

terça-feira, 29 de julho de 2008

Confederação de judô premia com R$ 50 mil medalha de ouro em Pequim

RIO - O presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley Teixeira, revelou nesta terça-feira que a medalha de ouro valerá um prêmio de R$ 50 mil ao atleta que conquistá-la nos Jogos Olímpicos de Pequim. O anúncio foi feito durante o I Workshop Olímpico para a Imprensa, realizado na sede da CBJ, no Rio. A prata renderá R$ 30 mil e o bronze R$ 20 mil.

- Espero ver a Confederação 'falida' depois das Olimpíadas - brincou. - É um prêmio à altura do que essas medalhas representam para o judô e para o esporte brasileiro - completou o dirigente.

domingo, 27 de julho de 2008

Na preparação para Pequim, judô brasileiro treina no Japão


CBJ/Divulgação 

Delegação brasileira treina no Japão

A seleção brasileira de judô está mais perto de Pequim. A delegação formada por 38 pessoas chegou na última sexta-feira no Japão para a fase final de treinamentos e aclimatação. Os 13 atletas da seleção olímpica têm companhia, até o dia 5 de agosto, dos judocas da seleção júnior, além do acompanhamento de médico, fisioterapeutas e nutricionista. Os treinos estão sendo realizados em dois períodos (10h e 17h), sendo que,na parte da tarde, além da atenção com a parte física, a equipe fará um trabalho mais direcionado aos adversários, com estudos táticos.

- Estamos levando centenas de lutas e vamos usar o período da tarde para simular ataques e contra-ataques com base no que observamos. Temos imagens de todos os nossos adversários em todas as categorias. Ninguém será surpreendido. Claro, da mesma forma que nós estudamos, eles também nos estudam e criam formas de neutralizar nossos pontos fortes. Faz parte - comenta o coordenador técnico da seleção brasileira, Ney Wilson.

Os horários de treinos estão sendo marcados o mais próximo possível dos horários de competição (12h e 18h30min na China) como forma de acostumar o organismo dos atletas.

Mesmo do outro lado do mundo, os atletas não perdem o contato com o Brasil. Sarah Menezes, por exemplo, levou na bagagem pingentes dados pela diretora do colégio onde estuda e por seu treinador. Já Mayra Aguiar, que faz aniversário no dia 3 de agosto, está ansiosa para abrir a carta e os presentes enviados pela família.

- Minha mãe só deixou eu ler no dia do aniversário. Não sei se vou agüentar até lá - brinca a caçula da seleção, que completa 17 anos no próximo domingo.

O bicampeão mundial João Derly tem leitura de sobra. Trouxe na bagagem cerca de 80 cartas de seus alunos no projeto social Instituto Podium, que mantém em Porto Alegre.

- É emocionante ver o carinho das pessoas. Isso dá mais força - afirma o calouro olímpico.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Yeda anuncia apoio ao judô da Sogipa


A governadora Yeda Crusius recebeu nesta segunda-feira, no Palácio Piratini, a visita dos atletas da Sogipa que participarão dos Jogos Olímpicos de Pequim. Os judocas gaúchos João Derly, Tiago Camilo, Mayra Aguiar, além de Gustavo Trainini, representante na modalidade do tiro com arco, agradeceram o apoio do governo do estado ao esporte gaúcho. A governadora, por sua vez, garantiu o apoio do Banrisul ao judô sogipano.

Durante o encontro, Yeda Crusius destacou a qualidade dos atletas e suas possibilidades de conquistarem medalhas olímpicas nos esportes individuais, fato ainda inédito entre os gaúchos.

"É extremamente gratificante receber vocês e prepara nossa energia para acompanhá-los nas competições, conquistando medalhas para o Rio Grande do Sul e para o Brasil".

A governadora reafirmou sua determinação de investir no esporte, ressaltou a importância do Banco do Estado do Rio Grande do Sul como instrumento para manter os atletas de ponta em condições de conquistarem medalhas, com patrocínios de longa duração.
 

Sarah Menezes vai à Pequim sem patrocinador oficial


Sarah Menezes vai à Pequim sem patrocinador oficial
Expedito Falcão, técnico da atleta, diz que Sarah vai sem obrigação de ganhar medalhas.

A judoca Sarah Menezes reuniu na manhã de hoje, imprensa, apoiadores e convidados para um café da manhã. O encontro teve como objetivo a despedida de Sarah que viaja amanhã às 7h para São Paulo onde se junta aos outros atletas da seleção brasileira que vão disputar as Olimpíadas de Pequim em agosto.
 
Sarah Menezes, primeira atleta do judô do Piauí vai participar das Olimpíadas de Pequim sem nenhum patrocinador oficial, apenas apoiadores como PagContas, Banco do Brasil, Colégio Certo, Clinica Fernanda Daniel, dentre outros. Amanhã mesmo os atletas embarcam para o Japão, onde vão passar por um período de aclimatação antes de seguirem para China.
 
Durante o café, o técnico de Sarah Menezes Expedito Falcão pediu a compreensão da imprensa e da torcida do Piauí ao dizer que ela está viajando sem a obrigação de subir ao pódio.

"Sarah está viajando sem nenhuma obrigação de ganhar medalha. Ela vai para fazer o melhor. Se ela fizer, pode ganhar uma medalha, mas o judô é um esporte muito injusto. Você pode passar nove anos da sua vida treinando e perder tudo em cinco segundos", argumentou Expedito.
 
O técnico ainda agradeceu aos apoiadores que possibilitaram Sarah participar destas olimpíadas. "A antiga meta era somente para Londres em 2012, mas ano passado ela já era reserva do Pan no Rio de Janeiro e agora graças a todos ela está indo à Pequim. Esse é um momento importante porque ela vai competir no primeiro dia de luta das Olimpíadas e nunca uma judoca brasileira conquistou uma medalha em Olimpíadas. E no primeiro dia ela poderá ser a primeira judoca brasileira a conquistar uma medalha em Olimpíadas", explicou Expedito Falcão.

Flash de Fábio Lima
Redação de Conceição Santos

domingo, 13 de julho de 2008

Luciano Corrêa muda estilo pelo ouro do judô


O judô brasileiro desembarca em Pequim com a obrigação de manter a tradição de trazer pelo menos uma medalha para o Brasil. Desde 1984, nos Jogos de Los Angeles, a modalidade sempre sobe no pódio olímpico. Esse é um desafio que não assusta Luciano Corrêa, campeão mundial dos meio pesados (até 100 quilos). "Com ele, se não dá na técnica, vai na força", orgulha-se o técnico Luís Shinohara. "Mas agora ele é o atleta mais visado da categoria. Precisa se aperfeiçoar."

Nascido em Brasília e radicado em Belo Horizonte, Luciano, aos 25 anos, demonstra uma humildade difícil de se notar em atletas que já atingiram o ponto máximo - ao mesmo tempo, essa é uma característica comum aos praticantes do judô. "Fui campeão, mas tenho muita coisa ainda para melhorar. Tenho de criar variáveis para o meu judô. Vou ser mais visado e estudado. Não posso depender de uma tática. Caso contrário, serei anulado e não vou conseguir lutar", admitiu.

Dessa forma, Luciano se submeteu nos últimos meses a uma série de aperfeiçoamentos em sua maneira de lutar. "Aprendi a lutar também andando para trás, para o lado, não só para cima do rival", disse o judoca. Um dos fundamentos que sofreram alterações no estilo de lutar dele foi a pegada no quimono do adversário. "Passei a me preocupar em conseguir agarrar bem o oponente no início da luta e, assim, ter o domínio das ações. Muitas vezes começava mal e deixava que o rival pegasse mais facilmente em meu quimono."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Judô: Atletas entram na reta final de preparação para Pequim


Na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim, os judocas da equipe masculina ao redor do Brasil dão prosseguimento ao trabalho técnico e físico estipulado pela comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô. (CBJ)

Em seus clubes, os atletas trabalham de diversas maneiras para chegar 100% na China. No dia 23 a equipe embarca para o Japão, onde fará na International Budo University a aclimatação para os Jogos.

Em Porto Alegre, a equipe da Sogipa trouxe quatro atletas de fora do estado para apoiar João Derly (-66kg) e Tiago Camilo (-81kg) nos treinamentos. Alex Pombo, Marcelo Contini, Felipe Costa e Felipe Braga estão alojados no clube e participam de todos os trabalhos.

No Rio de Janeiro João Gabriel Schlittler (+100kg) tem todo o suporte da Gama Filho e faz seus treinos com a ajuda de Hugo Pessanha, Guilherme Luna e o medalhista olímpico Flávio Canto.

Já em São Paulo, Leandro Guilheiro (-73kg), Denílson Lourenço (-60kg) e Eduardo Santos (-90kg) aproveitam a estrutura de seus clubes, Pinheiros e São Caetano, respectivamente, para chegarem 100% em Pequim.

Enquanto isso em Minas Gerais, Luciano Correa (-100kg) utiliza a estrutura de ponta do Minas Tênis Clube, com treinos orientados por Floriano Almeida.

"Nessa etapa do treino, é muito importante promover uma mistura de estilos de luta. Quanto mais gente tiver para treinar com eles, melhor", observa o coordenador técnico da Sogipa, Antônio Carlos Pereira.

Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, Carlos Honorato orienta Eduardo Santos nos treinos e tenta passar um pouco da experiência de duas olimpíadas.

"Como somos da mesma categoria, tento passar para ele a forma com que os principais atletas internacionais lutam e também como são as coisas numa olimpíada. Não há como comparar com nenhum torneio no mundo", conta Honorato.

Recuperado das lesões que o obrigaram a três cirurgias neste ciclo olímpico, Leandro Guilheiro chega confiante a mais uma reta final de preparação.

"Já passei por tudo isso há quatro anos atrás e é impressionante a dimensão de estar numa olimpíada. Estou bem fisicamente e mentalmente, além de estar também confiante".

Para os visitantes, o estágio é uma excelente oportunidade de conviver com os campeões mundiais:

"Estou sendo muito bem tratado aqui. Para mim, é um privilégio participar da preparação do Tiago e do João", afirma o brasiliense Felipe Braga. Todos os outros três judocas são de São Paulo.

O quarteto, todos com participação em Seleções Brasileiras de base, ficará em Porto Alegre até o dia 23.

Enquanto isso, o time feminino, que treina neste momento em Portugal, retorna ao país no próximo dia 12.
 

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Edinanci quer brilhar em sua última Olimpíada

 
Com os dedos da mão, Edinanci Silva faz as contas. "Atlanta em 1996, Sydney em 2000, Atenas em 2004. . Caramba, esta vai ser a minha quarta Olimpíada!" Aos 31 anos, a judoca garante que este é seu último ciclo olímpico. E mais: Pequim pode ser a última competição de sua vida. "Se ganhar a medalha de ouro, largo o judô satisfeita e volto para Campina Grande", promete, citando a cidade no interior da Paraíba onde começou a carreira, há 16 anos.

Edinanci é um dos nomes mais conhecidos do judô nacional e sempre esteve presente na lista de favoritos a trazer uma medalha olímpica para o Brasil. Mas o máximo que conseguiu foi o quinto lugar, em Atlanta. Não fosse por esse histórico, Edinanci não faria tanta questão de estar em Pequim. "Se tivesse ganho uma medalha, não continuaria insistindo. É a medalha que me motiva."

A própria atleta se cobra pelo pódio olímpico e se inclui na lista dos seis judocas brasileiros com chances de conquistar medalha - os outros são Luciano Corrêa, João Derly, Tiago Camilo, Mayra Aguiar e Érika Miranda. "Tenho de fazer minha propaganda."

O judô é a terceira modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil nos Jogos (12, atrás das 14 da vela e das 13 do atletismo), mas nenhuma delas no feminino. "Posso dizer que a chance de o judô brasileiro voltar sem medalhas é zero", promete Edinanci.

Para não cair no erro das olimpíadas anteriores, Edinanci traça uma meta menos ousada. "Em uma Olimpíada, cada luta é uma final, principalmente a primeira. Quero chegar bem às quartas-de-final. Já levei tanta marretada que acabei aprendendo a não me cobrar."

Por causa de uma inflamação em uma das costelas, ela não acompanhou o restante da equipe olímpica feminina que está treinando em Paris para os Jogos. Ela deve ficar em São Caetano até 22 de julho, quando embarcará junto com a delegação para a China.

Edinanci avisa que sua carreira profissional já está chegando perto do fim, mesmo que saia novamente sem medalha. A ida para os Jogos de Londres, em 2012, não faz parte dos seus planos. O Mundial do Canadá, em meados de 2009, será sua última competição

RIVAIS - Entre os principais obstáculos apontados por Edinanci no caminho até o pódio olímpico na categoria meio-pesado em Pequim estão as judocas chinesas, francesas e, claro, as japonesas. Cuba, uma das mais tradicionais escolas de judô, deixou de ser um adversário perigoso em Pequim, segundo a brasileira.

Desde que a bicampeã mundial e medalha de bronze em Atenas Yurisel Laborde fugiu da delegação nacional durante o Pan-Americano da modalidade em Miami, há dois meses, Cuba perdeu poder de fogo. Para Edinanci, Laborde fez certo em fugir. "Foi a melhor decisão que ela poderia tomar. Se fosse eu, faria o mesmo", opinou, sem medo de ser politicamente incorreta - ela era a única rival à altura de Laborde em todo continente americano.

"Laborde já tem medalha olímpica, dois títulos mundiais e a tendência seria estacionar lá em Cuba. Por mais que a política de lá esteja mudando, as coisas só vão melhorar daqui 20 anos."

FOCO - As passagens por Atlanta, Sydney e Atenas deixaram uma importante lição para Edinanci: evitar o clima de oba-oba que reina na Vila Olímpica. "Tem atleta que vai para lá apenas para colecionar kits: é material da Adidas, da Coca-Cola, da Nike", contou. "Quem não tem a cabeça boa, quem não tem objetivo algum na Olimpíada, se perde lá dentro. Mas isso não acontece com os atletas brasileiros", jura..