terça-feira, 26 de agosto de 2008

Campeões mundiais falham, mas judô conquista três medalhas

Os três bronzes conquistados em Pequim ficaram aquém do que pretendia o judô brasileiro --o objetivo inicial da confederação nacional era de três medalhas sendo um ouro. Mas as conquistas mantiveram o esporte como o segundo que mais rendeu pódios ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos.

Agora, o judô soma 15 medalhas, ficando atrás somente da vela, que já conquistou 16 medalhas, duas delas em Pequim.

As medalhas de bronze foram conquistadas por Ketleyn Quadros (até 57 kg), que se transformou na primeira medalhista olímpica brasileira em competição individual, Leandro Guilheiro (até 73 kg) e Tiago Camilo (até 81 kg).

O Brasil não superou o número de medalhas estipuladas devido em grande parte aos maus desempenhos dos campeões mundiais João Derly e Luciano Corrêa.

Derly caiu na segunda rodada diante do português Pedro Dias na categoria até 66 kg, enquanto Luciano Corrêa perdeu para o polonês Przemyslaw Matyjaszek na repescagem, em luta válida pela categoria até 100 kg.

Campeão mundial em 2007, Tiago Camilo também era uma esperança de medalha de ouro, mas conquistou "apenas" com o bronze na categoria até 81 kg.

Outra que podia surpreender e brigar por uma medalha era a mineira Érica Miranda, medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos, que foi cortada às vesperas da competição em virtude de uma lesão nos ligamentos cruzado anterior e colateral medial do joelho direito. Ela foi substituída por Andressa Fernandes, que foi derrotada logo na estréia.


sábado, 16 de agosto de 2008

Para Canto resultado do Judô foi bom

Medalhista de bronze na categoria meio-médio nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2000, o judoca Flávio Canto analisou a campanha brasileira na Olimpíada de Pequim:

"O resultado foi bom, igualou em termos de quantidade a melhor participação brasileira em Jogos Olímpicos, em 84, Los Angeles, que foi uma Olimpíada que teve desfalques dos países socilistas como Cuba, União Soviética. O Brasil teve um mundial excepcional, por isso a expectativa era maior. Poderia ter tido um resultado melhor por causa do mundial e da equipe brasileira. Tivemos a medalha histórica da Ketlyn, primeira atleta a ganhar medalha em esporte individual", disse Flávio.

Os judocas brasileiros conquistaram três medalhas de bronze com Tiago Camilo, Leandro Guilheiro e Ketlyn Quadros na Olimpíada de Pequim, elevendo para 15 o total de pódios olímpicos na modalidade. Até o momento, o judô é o esporte que mais levou o Brasil ao pódio, ultrapassando vela, com 14 medalhas, e atletismo, com 13.

O Brasil foi disputar a Olimpíada com três campeões mundiais (João Derly, Tiago Camilo e Luciano Corrêa) e era tido como favoritos para conquistar a medalha de ouro. Canto comenta a pressão por resultados:

"O problema é que as pessoas tendem a comparar o judô com outros esportes como vôlei, futebol. O judô é diferente, é muito equilibrado e mais fácil de perder. A Olimpíada é um bom exemplo, em Pequim tivemos uma distribuição de medalhas inacreditável, com 25 países subindo ao pódio", afirma o judoca, que exemplifica:

"A Rússia, uma das principais equipes do mundo, não conseguiu nenhuma medalha e tem uma equipe boa. Não é simples. Tivemos uma boa participação, mas como torcedor eu queria ouro até porque sei que temos potencial para isso".

Canto também comentou a disputa entre o judô, vela e atletismo como modalidade brasileira com mais conquistas olímpicas e diz que está na torcida pelas modadalidades "rivais":

"Tenho esperanças que isso aconteça pois seria mais medalhas para isso. A vela tem atletas fortíssimos candidatos ao ouro. O atletismo também tem o Jadel Gregório, Mauren Maggi, Fabiana Murer. A disputa com a vela e atletismos é uma brincadeira saudável, não torcemos contra. Espero que o judô ganhe 50 medalhas, a vela 50 e o atletismo também".



terça-feira, 12 de agosto de 2008

TIAGO CAMILO É BRONZE OLÍMPICO


 

Tiago Camilo conquistou sua segunda medalha olímpica. O meio-médio, que havia sido prata em Sydney 2000 entre os leves, levou o bronze em sua segunda participação olímpica, dessa vez na categoria de cima.

Camilo venceu o holandês Guillaume Elmont, campeão mundial de 2005, na disputa da medalha. Na repescagem, ele havia passado por Euan Burton (GBR), por waza-ari, e por Travis Stevens (EUA), por ippon.

"Estou chorando de felicidade, não tenho motivo para estar triste. No momento mais difícil eu pensei no povo do Brasil que carrego no meu coração. Muita gente queria estar no meu lugar e eu não podia desperdiçar a chance", comentou Camilo.

Resultados:

81kg:
Alemanha
Coréia do Sul
Brasil e Ucrânia

63kg:
Japão
França
Holanda e Coréia do Norte

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Melhor judoca do mundo em 2007 luta pelo primeiro ouro do Brasil em Pequim

  • Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro 

Apesar do favoritismo, Tiago Camilo se mostra tranqüilo em sua chegada a Pequim

Com o clima alegre das duas medalhas de bronze conquistadas nesta segunda-feira, o judô brasileiro volta aos tatames na madrugada de terça-feira com a categoria meio-médio. E a promessa é de mais alegria para o Brasil nestes Jogos Olímpicos, com a estréia no ginásio de Ciência e Tecnologia de Pequim do melhor judoca do mundo em 2007, Tiago Camilo. No feminino, Danielli Yuri entra para repetir o feito de Ketleyn Quadros, a primeira judoca a conquistar uma medalha para o país em Olimpíadas. As disputas serão transmitidas ao vivo pela Rede Globo e pelo SporTV a partir de 1h (de Brasília).

Campeão mundial em 2007, Tiago Camilo tem experiência também nos tatames olímpicos, tendo conquistado a medalha de prata em Sydney (2000). Como maiores adversários para o ouro, que o transformaria no único brasileiro campeão mundial e olímpico nos tatames, Tiago terá pela frente o francês Anthony Rodriguez, derrotado por ele na final do Mundial do Rio de Janeiro. Além deste, estarão também o holandês Guillaume Elmont, campeão mundial em 2005 e medalha de bronze no Mundial do Rio-2007, e o ucraniano Roman Gontiuk, prata em Atenas-2004 e tricampeão da Copa do Mundo. 

 

  • Aspas

    Vou encarar cada luta como uma final, vendo cada adversário como o mais importante"

- Fui campeão mundial no ano passado. Agora é outra história. Não me acho favorito e também não vejo outros favoritos. Vou encarar cada luta como uma final, vendo cada adversário como o mais importante. O fato de ser um campeão mundial me deixa ainda mais visado. Mas faço questão de transformar isso numa coisa positiva para mim – avisa ele, que estréia em Pequim contra o japonês Takashi Ono, vice-campeão da tradicional Copa Jigoro Kano em 2007.

Técnico da equipe masculina, Luiz Shinohara mostra confiança no excelente momento do seu judoca, que conquistou o título mundial após sete ippons, a pontuação máxima do judô.

- Tiago já ganhou e perdeu do japonês e é sempre uma luta dura. Com certeza o Ono deve estar mais preocupado com o Tiago do que o Tiago com ele. Se chegar à semi, deverá ter Azerbaijão ou Alemanha. Para o Tiago, seria melhor o alemão Bishof, que foi campeão mundial em 2003 - analisa.

Estréia com a companhia da família

 

Ketleyn Quadros provou nesta segunda-feira que uma judoca brasileira também pode conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos. É com essa certeza que Danielli Yuri faz sua estréia em Olimpíadas em Pequim, pegando na sua primeira luta a coreana Jayoung Kong, vice-campeã asiática. Ela, porém, se mostra modesta em suas pretensões.

- Vou ficar feliz se, depois da minha última luta, eu tiver certeza de que fiz o meu melhor, que dei tudo o que podia independente de subir no pódio ou não. Vai ser muito bom ter minha família, que mora no Japão, e alguns amigos dos tempos de escola torcendo por mim.

Técnica responsável pela histórica Vou ficar feliz se, depois da minha última luta, eu tiver certeza de que fiz o meu melhor, que dei tudo o que podia independente de subir no pódio ou não. Vai ser muito bom ter minha família, que mora no Japão, e alguns amigos dos tempos de escola torcendo por mim".

Uma das responsáveis pela medalha histórica conquistada por Ketleyn Quadros, a técnica Rosicléia Campos dá uma pista do que pode acontecer nesta terça-feira;

- A Yuri caiu na parte asiática da chave. Embora ela também seja japonesinha, tem um estilo ocidentalizado que pode surpreender.


Guilheiro: medalha de Ketleyn é mais importante

Guilheiro fatura o bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim


Direto de Pequim

Mesmo garantindo sua segunda medalha olímpica na carreira (duas de bronze), o judoca brasileiro Leandro Guilheiro comemorou também a conquista de Ketleyn Quadros, que também ficou em terceiro, nesta segunda-feira, na categoria até 57 quilos. Segundo o judoca, a medalha da companheira é mais importante que a sua.

Ketleyn entrou para história do esporte do País com essa conquista. A atleta foi a primeira mulher brasileira a garantir uma medalha em jogos Olímpicos em um esporte individual.

"Não penso na minha medalha como uma dádiva. Mais importante que a minha vitória foi a conquista da Ketleyn, esta, sim, uma marca para o judô feminino que premia o esforço de toda uma geração. Desta vez, o ouro era mais palpável para mim, mas quem sou eu para renegar uma medalha", declarou.

Guilheiro comentou também seu desempenho na competição. Segundo o judoca, sua luta evolui ao longo dos Jogos Olímpicos, até chegar na conquista de uma medalha.

"Não fui bem nas primeiras lutas. Evoluí ao longo da competição, principalmente após a derrota para o coreano, em que nós dois saímos machucados. Quanto à final contra o iraniano, já havia vencido ele na Supercopa de Moscou", lembrou Guilheiro.

O brasileiro admitiu que momentos antes da luta, teria visualizado o ippon em Ali Malomat mais de mil vezes. "Foi um golpe de grande plasticidade. Quando assisti à vitória da Ketleyn, ganhei uma motivação extra para a minha luta. Hoje o Brasil viveu um dia mágico", finalizou.

Após medalha, Guilheiro só pensa em descansar

Leandro Guilheiro dá ippon e leva o bronze no judô


Renato PazikasDireto de Pequim

Mesmo após faturar a segunda medalha para o Brasil na Olimpíada de Pequim e a segunda em Jogos Olímpicos na carreira, o judoca Leandro Guilheiro afirmou que depois de tantas lutas nesta segunda-feira, só pensa em descansar

"Sou muito chato com comemoração. Quero só descansar e falar com a minha família. Lamento eles não estarem aqui porque foram os que me ajudaram em todos os momentos", comentou.

Depois da Olimpíada de Atenas, quando também faturou o terceiro lugar, Guilheiro sofreu com as lesões. O judoca operou o pulso, lesionou o quadril e teve uma hérnia de disco pouco antes do Pan do Rio, quando faturou a prata.

No entanto, o atleta afirmou que nunca desistiu. Na primeira luta, contra o argentino Daniel Bertolotti, o adversário abriu dois kokas, mas Guilheiro disse que no judô é preciso acreditar até o final.

"Acredito até o fim. Enquanto tiver chances, não desisto. No judô, com um ippon você vence uma luta. Fui crescendo durante a competição", completou o brasileiro, que derrotou o iraniano Ali Malomat em apenas 23 segundos de luta, com um ippon.



Após luta de 23 segundos, judoca dá 2º bronze ao Brasil

Guilheiro comemora 2º bronze olímpico na carreira


O brasileiro Leandro Guilheiro derrotou o iraniano Ali Malomat, na categoria até 73 kg, nesta segunda-feira, pelos Jogos Olímpicos de Pequim, no Ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia, e faturou, por ippon, a segunda medalha de bronze para o Brasil em apenas 23 segundos de luta.

» Assista ao vídeo

Alguns minutos antes de Guilheiro, a brasileira Ketleyn Quadros também ficou com o terceiro lugar no judô. Foi a primeira vez que uma mulher faturou uma medalha olímpica para o Brasil em esportes individuais.

Antes de pisar no tatame contra o iraniano, Guilheiro derrotou o ucraniano Gennadii Bilodid, que recebeu quatro punições por falta de combatividade e acabou eliminado.

Guilheiro estreou em Pequim com uma vitória sobre o argentino Mariano Daniel Bertolotti. Logo depois, com um ippon, derrotou o sul-africano Marlon August pelas oitavas-de-final.

Nas quartas, o brasileiro enfrentou o sul-coreano Wang Kichun, atual campeão mundial. Depois de um combate zerado durante o tempo regulamentar, o asiático conseguiu um ippon no "golden score".

O campeão olímpico da categoria foi Elnur Mammadli, do Azerbaijão, que venceu na final o sul-coreano algoz de Guilheiro. O outro bronze ficou com Rasul Boqiev, do Tajiquistão.

Com bronze, judoca ganha 1ª medalha do Brasil e faz história

Ketleyn derrubou tabus com o seu bronze em Pequim


Com um bronze, a judoca Ketleyn Quadros, 20 anos, deu a primeira medalha ao Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. Na manhã desta terça-feira (horário de Brasília), terceiro dia de competições, a atleta venceu a australiana Maria Pekli na categoria leve (até 57 kg). Além disso, a brasiliense entrou para a história como a primeira medalhista mulher do País em esportes individuais. » Assista ao vídeo

domingo, 10 de agosto de 2008

Japonês Uchishiba conquista o bicampeonato olímpico no judô 66 kg

O japonês Masato Uchishiba conquistou o bicampeonato olímpico no judô na categoria até 66 quilos ao derrotar na final o francês Benjamin Darbelet, enquanto que o cubano Yordanis Arencibia ficou com o bronze neste domingo nos Jogos Olímpicos de Pequim.

O japonês não precisou de muito tempo para vencer. Uchishiba dominou rapidamente seu rival e, depois de pouco mais de um minuto, o imobilizou. Darbelet tentou sair da guarda do japonês, sem sucesso.

Uchishiba já havia conquistado a medalha de ouro nos Jogos de Atenas-2004.

O cubano Yordanis Arencibia e o norte-coreano Pak Chol Min ficaram com as medalhas de bronze. O cubano foi medalha de bronze em Atenas-2004 e de prata no Mundial-2007 do Rio de Janeiro.

Bicampeão mundial João Derly chora, pede desculpas e reclama dos juízes

A última imagem de João Derly em Pequim foi de um choro contido. Quando se preparava para deixar o ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia, ele aceitou o pedido de um autógrafo para uma fã, pediu desculpas a ela e depois não resistiu às lágrimas. Bicampeão mundial e uma das maiores esperanças de medalha do Brasil em Pequim, ele lamentou a derrota para o português Pedro Dias.


- Fico procurando alguma coisa que tenha feito de errado, mas isso é esporte. A gente entra sem saber quem vai vencer. Achei que eu poderia ir melhor aqui. Fico triste de não disputar uma medalha e sair assim - disse.

João elogiou o estilo de luta do português. Disse que não conseguiu encaixar seu jogo desde o começo do combate e também fez críticas aos juízes.

- Nunca gostei de botar culpa nos juízes, mas eles tiveram alguns erros na luta. E eu poderia ter compensado isso de alguma forma e acabei me enrolando - disse ele, que falou que seu rival poderia ter sido punido por falta de combatividade no início da luta.

O brasileiro contou ainda que ficou 'desesperado' nos segundos finais da luta, quando tentou reverter a vantagem do português. E fez uma crítica de sua atuação.

- A gente tira lições quando perde e quando ganha. Eu tenho que impor mais o meu jogo. Sou agressivo e hoje estava mais acanhado - disse.



Andressa perde e está fora dos Jogos Olímpicos

Menos de 24h após chegar a Pequim, para substituir Érika Miranda, a judoca Andressa Fernandes estréia com derrota na categoria meio-leve(até 52kg) dos Jogos Olímpicos de Pequim. Neste domingo, Andressa perdeu para a dominicana Maria Garcia, por duas punições contra uma, todas por falta de combatividade, em uma luta com poucos ataques.

As esperanças de Andressa para continuar nestes Jogos Olímpicos duraram apenas até a segunda luta de Maria Garcia no meio-leve. A dominicana foi derrotada pela coreana Kyungok Kim, eliminando a brasileira
 

Chegada suada a Pequim

Andressa Fernandes substituiu Érika Miranda, que sentiu uma lesão no joelho durante os treinos para os Jogos Olímpicos. A paulistana de Santos viveu um drama nos últimos dias, chegando a ter sua ida para Pequim negada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ), devido ao curto espaço de tempo para que todos os trâmites pudessem ser resolvidos.

Entretanto, na última quinta-feira, a CBJ decidiu pela ida de Andressa para os Jogos. Após uma viagem de mais de trinta horas para Pequim, a santista chegou no último sábado à capital chinesa, tendo menos de 24 horas para se adaptar ao fuso horário local e estrear nas Olimpíadas.


Bicampeão mundial, Derly perde e está fora de sua primeira participação olímpica

Agência/Reuters Agência/Reuters

Pedro, de azul, no ataque a Derly nas oitavas

Uma das esperanças de ouro do Brasil, João Derly foi derrotado em sua segunda luta neste domingo pelos Jogos Olímpicos de Pequim. Pela categoria meio-leve (até 66kg), o bicampeão mundial perdeu para o português Pedro Dias, 13º lugar no Mundial do Rio de Janeiro, por um wazari e um koka, contra apenas um koka do brasileiro. Com a derrota de Pedro Dias para o norte-coreano Chol Min Pak nas quartas-de-final, João dá adeus ao sonho da medalha em sua primeira participação olímpica.

A luta deste domingo foi tensa desde o início para João Derly. Mostrando que havia estudado bem o jogo do adversário, Pedro Dias se defendia bem dos ataques de perna do gaúcho e usava muito bem os contra-golpes, levando sempre muito perigo a João Derly. E foi em um desses contra-golpes que o português definiu sua vitória, conseguindo o wazari e somando-o ao koka obtido pela punição ao brasileiro por falta de combatividade.



sábado, 9 de agosto de 2008

Estrela japonesa perde chance de chegar ao tricampeonato olímpico no judô

Bicampeã olímpica (Sydney e Atenas) e uma das grandes esperanças de medalha de ouro do judô japonês, Ryoko Tani foi eliminada neste sábado nas semifinais da categoria até 48kg dos Jogos Olímpicos de Pequim. Ryoko perdeu para a romena Alina Dumitru por um wazari contra um yuko e agora entra na disputa pela medalha de bronze.


Apesar de fazer com Dumitru um dos clássicos do judô mundial, Ryoko nunca havia perdido para a romena, somando três vitórias, a última delas no Mundial do Rio de Janeiro, quando conquistou o heptacampeonato.

Petrikov perde, e Denílson Lourenço está fora das Olimpíadas

Agência/AFP Agência/AFP

Petrikov, de quimono azul, na vitória sobre Denílson Lourenço, na segunda rodada

O Brasil termina o primeiro dia sem medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim. Após ser derrotado pelo tcheco Pavel Petrikov na segunda rodada da categoria ligeiro (até 60kg), Denílson Lourenço viu seu sonho olímpico terminar com a derrota de Petrikov nas oitavas-de-final para o uzbeque Rishod Sobirov, no golden score.

Com a saída de Lourenço, o Brasil não tem mais chances neste sábado. Pouco antes, Sarah Menezes viveu o mesmo drama na ligeiro (até 48kg), ao ver a húngara Eva Csernoviczki ser derrotada em sua segunda luta, para a romena Alina Alexandre Dumitru. Na estréia em Pequim, Sarah havia sido derrotada por Eva por ippon.



Andressa Fernandes chega a Pequim 25 horas antes da estréia em Olimpíadas

Depois de muita polêmica, a judoca Andressa Fernandes desembarcou em Pequim às 11h15m locais (0h15m de sábado em Brasília). Convocada na última hora para o lugar de Érika Miranda, cortada por uma lesão no joelho, ela chegou ao aeroporto 25 horas antes de ter de entrar no tatame para lutar com a dominicana Maria Garcia.


- Não acho que vou ter problemas com fuso horário ou adaptação ao clima. Tenho uma ordem do meu técnico para chegar e dar uma corrida de uns 25 minutos para desintoxicar. Depois, vou descansar e lutar. Estar aqui para mim é uma grande vitória - diz ela.

Andressa por pouco não ficou fora das Olimpíadas. Inicialmente, a Confederação Brasileira de Judô informou que não haveria tempo hábil para que ela fosse inscrita no lugar de Érika. A confirmação só saiu na noite de quinta na China (manhã de quinta no Brasil).

- Depois de tudo o que aconteceu, quero fazer bonito para compensar o esforço que fizeram por mim. Mas não vou me cobrar muito. Tentarei entrar o mais calma possível - diz.

A missão de Andressa não será fácil. Sua adversária de estréia foi medalha de bronze no último mundial juvenil, em 2006.

- Ela vem evoluindo muito nos últimos anos. Será uma adversária difícil - diz.

Brasileira perde em um minuto e dá adeus



A brasileira Sarah Menezes não teve sorte e foi derrotada logo em sua primeira luta nas Olimpíadas de Pequim. Ela foi superada por ippon pela húngara Eva Csernoviczki após 1m07 de combate.

Fora da briga pelo ouro na categoria até 48 quilos, Sarah precisava torcer para que a húngara avançasse até as semifinais. Só assim, a brasileira poderia disputar a repescagem. Csernoviczki, porém, perdeu em sua segunda luta, e Sarah não voltará aos tatames em Pequim.


Lourenço perde e dá adeus à luta pelo ouro na categoria até 60 quilos do judô

Denílson Lourenço está fora da briga pelo ouro em Pequim. O judoca brasileiro foi facilmente superado pelo tcheco Pavel Petrikov, neste sábado, e acabou eliminado na categoria até 60 quilos.


Mais passivo, o brasileiro passou boa parte da luta se defendendo. Do outro lado, Petrikov atacava e conseguiu primeiro um yuko, logo trocado para um koka pelos juízes de canto. Faltando menos de um minuto para o fim, o drama do brasileiro aumentou, com o tcheco conseguindo o yuko que definiu o placar.


Para ter a chance de lutar pelo bronze, o brasileiro agora precisa torcer para que Petrikov avance até as semifinais. Caso o tcheco não fique entre os quatro primeiros, Lourenço não voltará aos tatames na China.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

João Derly é poupado de treino antes da estréia contra sul-coreano no domingo

Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro

João Derly em momento de descontração

O judoca brasileiro bicampeão mundial dos meio-leves, João Derly, faz sua estréia em Olimpíadas no próximo domingo e nesta sexta-feira preferiu não treinar para se poupar para a primeira luta contra o sul-coreano Joosin Kim.

Derly, de 27 anos, vai enfrentar Kim pela primeira vez.

- É hora de descansar o corpo. Estou no peso e posso poupar energia para chegar bem na competição. Não me lembro de ter chegado a uma competição tão bem assim em relação ao peso - afirma Derly, que está pesando 65,8 kg, segundo a Confederação Brasileira de Judô. Sua categoria tem atletas até 66 kg.


Rogério Sampaio conta como conseguiu levar Andressa Fernandes a Pequim



A batalha foi vencida. Foi com esse sentimento que o campeão olímpico dos Jogos de Barcelona-1992, Rogério Sampaio definiu o sucesso de seus esforços para conseguir que a judoca Andressa Fernandes substituísse Érika Miranda, cortada da seleção devido a uma lesão no joelho, nas Olimpíadas de Pequim.

Nesta quarta-feira, quando Érika deixou a equipe, o técnico da seleção de judô, Ney Wilson, afirmou que não seria possível chamar a atleta reserva, Andressa, para disputar as Olimpíadas por falta de tempo. Porém, após um dia de conversas entre Sampaio, o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, e representantes do Comitê Olímpico Brasileiro, a situação foi contornada e Andressa embarcará para Pequim ainda nesta quinta-feira.

- Esse não foi um ippon como os que eu conquistava nos meus tempos de atleta. Essa luta levou tempo, foi cansativa, mas coroada com vitória. Uma vitória por pontos, mas legítima. Que venham agora os verdadeiros adversários olímpicos – afirmou Sampaio, que, em breve, estreará seu blog no GLOBOESPORTE.COM e será o comentarista de judô da TV Globo durante as Olimpíadas.  


O campeão olímpico conta na carta que passou a última madrugada no telefone com Wanderley, que só havia chegado à Vila Olímpica nesta quarta-feira. O dirigente, então, conseguiu inscrever a atleta junto à Federação Internacional de Judô rapidamente, pois a data já era o dia-limite para a alteração dos nomes dos representantes de cada categoria. Depois de tudo certo com a FIJ, foi a vez do COB providenciar os detalhes para a viagem da judoca e, assim, terminar a 'força-tarefa' que levou a atleta a Pequim.

 

Leia um trecho da carta de Rogério Sampaio:

"É certo que ela teria melhores condições de luta se já tivesse embarcado na terça-feira, dia do corte de Érika Miranda. Apesar de tantos percalços, a atleta já chegará a Pequim como uma vencedora. Ela vai ter a oportunidade de competir, de apresentar o seu melhor e, quem sabe, de conquistar uma medalha olímpica. A trajetória de Andressa Fernandes até chegar às Olimpíadas foi marcada por muitas dificuldades, mas acredito que ela possa surpreender na competição de domingo. Afinal, a superação faz parte da história dos grandes campeões."


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

No embarque de Andressa Fernandes, Rogério Sampaio aposta em medalha


Julyana Travaglia/GLOBOESPORTE.COM

Andressa embarcou nesta quinta para Pequim

Um dos mais animados – depois da própria Andressa Fernandes, é claro! –, Rogério Sampaio, medalhista olímpico em Barcelona-1992, era só confiança no embarque da judoca para Pequim. Andressa soube na manhã desta quinta-feira que iria substituir Érika Miranda, cortada da seleção por um problema de lesão no joelho. Rogério, dono da academia em que ela treina em Santos, a acompanhou até o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos.

- Ela está muito bem preparada - afirma Rogério.

O ex-judoca e que será comentarista do esporte na TV Globo durante as Olimpíadas aposta em medalha para Andressa, que competirá na categoria meio-leve. Ele viaja nesta tarde para Pequim. Serão cerca de 30 horas até chegar à capital chinesa. Seu desembarque está previsto para as 9h de sábado (pelo horário local) e a estréia já será no domingo, diante da dominicana Maria Garcia. 

- A Andressa lutou com a Maria há dois anos e ganhou. Ela está muito bem e nunca deixou de treinar. Estou confiante em medalha - diz Sampaio.

O comentarista ainda não se conforma com a forma com que foi conduzida a convocação de Andressa. Érika, a atleta cortada em Pequim, já viajou machucada para a China. Depois, o técnico da seleção brasileira, Ney Wilson, afirmou que não seria possível chamar uma reserva. Nesta quinta pela manhã, porém, veio a autorização.

- Após os Jogos, eu vou questiona a confederação sobre o motivo de ter levado uma atleta machucada e por que não deixaram a reserva de sobreaviso ou mesmo por que não levaram a equipe reserva para treinar lá junto dos titulares - completa Rogério Sampaio.

Tiago Camilo e João Derly enfrentam japonês e coreano na estréia

Mateus Bruxel/GLOBOESPORTE.COM Mateus Bruxel/GLOBOESPORTE.COM

João Derly e Tiago Camilo são as maiores esperanças de medalha do Brasil no judô

Nove dos 13 judocas brasileiros já conhecem seus adversários na estréia no torneio dos Jogos de Pequim. Brasileiros com mais chance de medalha, Tiago Camilo e João Derly terão pela frente rivais orientais. O primeiro encara o japonês Takashi Ono, e o segundo enfrenta o coreano Joojin Kim.

Os primeiros brasileiros a entrar no tatame, no sábado, serão Denílson Lourenço e Sarah Menezes. O paulista vai enfrentar o ucraniano Maksym Korotun.

- Denílson caiu numa chave boa. Temos imagens em filme deste ucraniano, e Denílson já treinou bem com ele - disse Luiz Shinohara, técnico da seleção brasileira.

Já a piauiense vai enfrentar a húngara Eva Csernoviczki.

- Neste ano, Sarah teve a oportunidade de treinar com a maior parte das atletas de sua categoria. Ela treinou bastante com essa húngara e lutou bem com a romena pentacampeã européia e bronze no Mundial, com quem poderá fazer o segundo combate - disse Rosicléia Campos, técnica da seleção brasileira, referindo-se a Alina Alexandra Dumitru.

O sorteio da chave de Edinanci Silva já foi realizado, mas ela terá de esperar para conhecer sua oponente, pois enfrentará a vencedora de Esther San Miguel (ESP) x Vera Moskalyuk (RUS).

Confira os adversários dos brasileiros:

Masculino:

-60kg: Denílson Lourenço x Maksym Korotun (UCR) - dia 9/sábado

-66kg: João Derly x Joojin Kim (COR) - dia 10/domingo

-73kg: Leandro Guilheiro - ainda sem adversário - dia 11/segunda-feira

-81kg: Tiago Camilo x Takashi Ono (JAP) - dia 12/terça-feira

-90kg: Eduardo Santos - ainda sem adversário - dia 13/quarta-feira

-100kg: Luciano Corrêa - ainda sem adversário - dia 14/quinta-feira

+100kg: João Gabriel Schlittler x Yevgen Sotnikov (UCR) - dia 15/sexta-feira

 

Feminino: 

-48kg: Sarah Menezes x Eva Csernoviczki (HUN) - dia 9/sábado

-52kg: Andressa Fernandes x Maria Garcia (DOM) - dia 10/domingo
-57kg: Ketleyn Quadros x Sinyoung Kang (COR) - dia 11/segunda-feira

-63kg: Danielle Yuri x Jayoung Kong (COR) - dia 12/terça-feira

-70kg: Mayra Aguiar x Leire Iglesias (ESP) - dia 13/quarta-feira

-78kg: Edinanci Silva x vencedora de Esther San Miguel (ESP) x Vera Moskalyuk (RUS) - dia 14/quinta-feira

Após impasse, judoca embarca para Pequim para substituir Érika Miranda

Andressa Fernandes embarca nesta quinta-feira para Pequim, onde se juntará à delegação de judô do Brasil para a disputa dos Jogos Olímpicos de 2008. Andressa vai substituir a judoca Érika Miranda, que lesionou o joelho direito durante os treinos. A confirmação foi feita pelo chefe de equipe brasileiro, Ney Wilson, também diretor técnico da Confederação Brasileira de Judô.


- Conseguimos a inscrição dela. Ela viaja amanhã (hoje), às 16h10m e chega a Pequim na sexta-feira de manhã – disse ele.

A empreitada de Andressa não será simples. Depois de enfrentar as quase 30 horas de viagem, a lutadora terá pouco tempo para descansar, já que a sua categoria, meio-leve, terá as disputas no próximo domingo.

Transmissão das lutas de judo nas Olimpiadas de Pequim

Esse link tambem pode transmitir lutas de Judo nas Olipiadas.

Fique atento!

Watch live video from FLUTV: ESPORTES 24HR on Justin.tv

Transmissão das lutas de judo nas Olimpiadas de Pequim

Lutas de Judo nas Olimpiadas também podem ser transmitidas por esse canal.

Fique atento!!!

Watch live video from CBTV Sports on Justin.tv

Assista as lutas de Judo nas Olimpíadas.

Esse é um dos links qe podem transmitir lutas de judô nas Olimpiadas. Guarde esse link como favoritos do seu navegador.

Watch live video from WiLL TV on Justin.tv

Derly: 'Tenho lutado até dormindo'

Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro 

Derly brinca ao lado da estátua de um leão

Após 13 dias em Osaka, no Japão, a delegação brasileira de judô desembarcou no Aeroporto Internacional de Pequim nesta terça-feira para a disputa dos Jogos Olímpicos. O bicampeão mundial meio-leve (- 66kg), João Derly, disse estar no auge para lutar pela medalha de ouro.


- Estou 110%, tanto física quanto emocionalmente. Vivo a melhor fase da minha vida e me encontro num estágio superior ao do Mundial de 2007. Tenho lutado até dormindo - brinca.

Para os judocas, a pressão por resultados não atrapalhará a performance brasileira.

- Estou muito bem preparado para pisar o tatame no dia 14 de agosto. Se for bem na primeira luta, tenho certeza de que conquistarei uma medalha, não importa de que cor. Vou trabalhar forte para não deixar a ansiedade atrapalhar – diz Luciano Corrêa, campeão mundial da categoria meio-pesado (- 100kg) do Mundial Sênior (2007) e medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
A brasiliense Ketleyn Quadros reconheceu que estava um pouco ansiosa para chegar logo a Pequim e realizar o sonho de disputar os Jogos Olímpicos.

- Mas nada irá influir negativamente na hora do tatame - garantiu a judoca, que disputará as provas da categoria leve (- 57kg).

O chefe de equipe Ney Wilson Pereira da Silva está bastante confiante no desempenho dos judocas em Pequim.

- O trabalho da comissão técnica será tirar qualquer peso das costas dos atletas e deixá-los concentrados unicamente nas lutas, sem qualquer tipo de pressão.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Edinanci Silva, a 'tia' dos judocas brasileiros

A judoca brasileira Edinanci Silva, que competirá na categoria meio-pesado nos Jogos Olímpicos de Pequim, disse hoje que conversou com os demais atletas da modalidade para passar um pouco de sua experiência de quem vai para a quarta participação no torneio olímpico.

- Fizemos uma reunião durante a aclimatação no Japão. Primeiro falou o coordenador técnico Ney Wilson, depois ele me pediu que passasse um pouco da minha vivência. Falei da importância de não se iludir com as Olimpíadas e se concentrar para lutar - afirma a judoca, lembrando também a grande expectativa que cerca os atletas:- Agora é esse frenesi todo da imprensa, dos amigos, da família e da torcida. Mas se deixarmos a chance de um bom resultado passar tudo acaba. Para continuar com este clima é preciso vencer - destaca.

Em Pequim, a paraibana baterá o recorde do judô brasileiro de participações em Jogos Olímpicos, superando Aurélio Miguel, Henrique Guimarães, Walter Carmona e Luiz Onmura, que têm três edições do torneio no currículo. Em Atlanta, Sydney e Atenas a judoca de 31 anos terminou na sétima colocação.

À exceção de Edinanci, a média de idade do judô é de 24 anos. Para os vários jovens e estreantes o clima, a beleza e a grandiosidade da Vila Olímpica são fascinantes.

- Não é uma vila, é uma cidade - espanta-se a leve Ketleyn Quadros, tão concentrada quanto suas companheiras de equipe.

- Sem dúvida isto aqui é diferente de tudo o que vivi até hoje. É um cuidado muito grande com os atletas. Nem me deixaram carregar minha mala. Mas estou muito tranqüilo quanto a tudo que nos cerca - comenta Eduardo Santos, do peso médio.

Já Leandro Guilheiro, bronze em Atenas 2004 e único remanescente da equipe masculina que esteve na Grécia há quatro anos, resume o espírito da equipe brasileira.

- Se tiver duas palavras para me definir hoje elas são foco e serenidade - diz o judoca.


"Pega leve com a vida, que a vida pega leve com você"

Joelho direito tira a judoca Érika Miranda dos Jogos Olímpicos

A equipe brasileira de judô nos Jogos Olímpicos de Pequim teve uma baixa nesta terça-feira. A atleta Érika Miranda, da categoria até 52kg, foi cortada da delegação brasileira por causa de um problema no joelho direito, detectado após um exame realizado pelos médicos da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Ela já estava com um problema no local desde o período de preparação, mas, mesmo com a fisioterapia, não se recuperou.


Desta forma, o país não será representado na categoria, já que a reserva, Andressa Fernandes, está no Brasil e não conseguirá chegar na China até o dia 10, data marcada para a realização das lutas. 

Érika havia sido a única entre as mulheres que garantiram participação nos Jogos depois do desempenho no Mundial da modalidade, no Rio de Janeiro (ficou em quinto lugar).



Técnico tenta prorrogar permanência de Sarah Menezes em Pequim


 
O técnico Expedito Falcão embarca às 23h30min desta segunda-feira (4) para Pequim, mas antes tenta conseguir com que sua atleta, a judoca Sarah Menezes (até 48kg), tenha estadia prolongada durante os Jogos Olímpicos. Fora da delegação brasileira, o treinador tem garantida sua presença na China até o dia 16, quando a competição de Judô será concluída. Já a primeira mulher do Piauí em uma Olimpíada luta no dia 9, e no dia 11 terá de voltar ao Brasil.
 
Por determinação da organização dos Jogos, os judocas do Brasil só poderão ficar nos alojamentos da Vila Olímpica enquanto estiverem competindo. Assim, Sarah terá de sair no dia 11 da Vila para dar lugar a outro colega de Seleção. O problema atinge todos os 13 judocas do Brasil classificados para as Olimpíadas.
 
"Estou tentando com amigos ver o que é possível ser feito. Queria mudar a passagem dela. Ela só chega no dia 5 na China, luta dia 9, tem o dia seguinte de folga e depois já volta ao Brasil. Seria importante que ela aproveitasse e acompanhasse todo o torneio", disse Expedito ao Cidadeverde.com.
 

Mayra Aguiar chega em Pequim, degusta maçã e se diz tranqüila para a estréia

André Amaral/GLOBOESPORTE.COM

Novata da seleção brasileira de judô, Mayra Aguiar chegou em Pequim tranqüila. A judoca contou que não está sentindo nervosismo nenhum por competir nos Jogos Olímpicos. Comendo uma maça, ela disse que vai treinar mais um pouco nos próximos dias para estar tinindo na estréia

Tiago Camilo garante estar muito mais maduro agora do que em Sydney-2000

Para Tiago Camilo, equipe olímpica brasileira de judô é a melhor da história do país

Tiago Camilo já viveu um sonho e um pesadelo olímpico. Em Sydney-2000, aos 18 anos, surpreendeu o mundo com uma medalha de prata. Quatro anos depois, foi eliminado na seletiva nacional e ficou fora dos Jogos após uma polêmica disputa com Flávio Canto. Nesta terça-feira, ele chegou a Pequim dizendo que se acha um melhor judoca do que era na Austrália.

- Estou mais maduro. São muitos anos desde Sydney e evoluí como pessoa e como atleta. É um Tiago diferente que chega aqui. Vou viver cada um desses dias intensamente - diz.

Com o status de campeão mundial adquirido no Rio, no ano passado, ele prefere não assumir o favoritismo e diz que sua categoria será uma das mais equilibradas de Pequim.

- Seria injusto me citar ou falar de qualquer outro atleta como favorito. São 10 a 15 lutadores com chances de medalha. Não posso falar de medalha. Posso dizer que vou me doar ao máximo. Aqui não pode ser de outro jeito - diz.

Tiago diz que a equipe brasileira está confiante em poder sair de Pequim com o melhor resultado do país na modalidade na história olímpica. Nas últimas três edições, o país voltou com duas medalhas na bagagem.

- Em termos de resultados e de talento da equipe, é o melhor time que o Brasil já teve no judô. Isso é resultado do trabalho de cada um. Agora é entrar no tatame e lutar por medalhas.

João Derly manda um recado ao rival cubano: 'Nos vemos na final'

André Amaral/GLOBOESPORTE.COM 

Judoca João Derly chega a Pequim

Foram poucos minutos de diferença. Primeiro apareceu a delegação cubana de judô no aeroporto internacional de Pequim. E minutos depois surgiram os brasileiros, puxados pelo bicampeão mundial João Derly, que aproveitou a coincidência para mandar um recado a Yordanis Arencibia, vice-campeão no Mundial do Rio.

- Se eu tivesse cruzado com ele, diria: 'Nos vemos na final'. Estou confiante. Meu objetivo em uma competição grande como essa é sempre o ouro. Fiz o meu melhor no treinamento. Agora é tentar conseguir essa medalha inédita pra mim - diz.

Derly não se incomoda com a posição de favorito ao título olímpico. Apesar de ser estreante em Olimpíadas, diz que está maduro e seguro para competir e brigar pelo ouro.

- As coisas acontecem sempre no tempo certo. É muito bom chegar aqui com bagagem e experiência. Meus últimos anos foram muito bons e espero que continue assim aqui - diz.

O gaúcho assumiu que está ansioso para entrar no tatame. Nesta terça-feira, ele faz seu primeiro treino em Pequim. Mas o que quer saber mesmo é de domingo, quando vai competir pela medalha.

- Se tivesse que começar a lutar hoje à noite, já estaria pronto - diz.

sábado, 2 de agosto de 2008

Conheça os principais tipos de doping no esporte

Conheça mais sobre as principais categorias de drogas banidas pela Wada (Agência Mundial Antidoping):

Estimulantes: substâncias que agem no cérebro estimulando o corpo tanto mental quanto fisicamente. Elas intensificam o estado de alerta, a competitividade e a agressividade, além de ajudarem no combate ao cansaço e fazerem o atleta se sentir mais forte, mas disposto e mais atuante.

O abuso na utilização de estimulantes pode aumentar a pressão sanguínea e a temperatura corporal, além de tornar o batimento cardíaco irregular. Entre os males decorrentes encontram-se paradas cardíacas e derrames.

Os estimulantes podem ser obtidos por meio de remédios controlados ou não-controlados, bem como em suplementos naturais e alimentares.

Entre os estimulantes proibidos constam: amineptina, amifenazola, anfetaminas, bromantan, carfedon, cocaína, efedrinas, fencanfamina, mesocarb, pentilentatrazol, pipradol, fenilpropanolamina, fentermina, salbutamol, salmenterol, estricnina, terbutalina.

Esteróides: os esteróides anabólicos (de fortalecimento) imitam os efeitos da testosterona (hormônio masculino), estimulando as células dos músculos e dos ossos a sintetizarem proteína. Ingerindo essas substâncias, os atletas conseguem aumentar sua carga de treinamento.

Os esteróides são usados na medicina para ajudar um paciente a recuperar-se de grandes cirurgias e de doenças graves.

Já que os esteróides reproduzem os efeitos de um hormônio natural, podem provocar o aparecimento de efeitos colaterais tais como traços masculinos em mulheres, infertilidade, impotência, espinhas e danos nos rins. Essas substâncias aumentam a pressão sanguínea, endurecem as artérias e levam ao surgimento de doenças no coração, males hepáticos e certas formas de câncer.

Entre os esteróides anabólicos contam-se: andostrenediona, nandrolona, estanozolol.

Diuréticos: os diuréticos ajudam a eliminar os fluídos do corpo e são usados para tratar a pressão alta, problemas cardíacos e doenças nos rins e fígado. Eles aumentam a produção de urina e reduzem o inchaço de tecidos provocado pela retenção de líquidos.

Alguns atletas utilizam os diuréticos para perder peso e para disfarçar a presença de outras substâncias em seu corpo ao diluir a urina e dificultar a detecção de remédios proibidos.

Os diuréticos provocam vários efeitos colaterais, incluindo casos graves de desidratação responsáveis por levar à falência dos rins e do coração.

Exemplos de diuréticos: acetazolamida, bumetanida, clortalidona, ácido etacrínico, furosemida, hidroclorotiazida, mersail, espironolactona, treiamtereno.

Hormônio de Crescimento Humano (HGH): trata-se de um hormônio natural que estimula o crescimento e promove a síntese de proteínas. Ingerido artificialmente, o HGH estimula a formação de músculos e tecidos. Entre os efeitos colaterais surgidos em adultos, incluem-se casos de desfiguramento, tais como pés, mãos e mandíbulas excessivamente grandes.

Eritropoietina (EPO): hormônio sintetizado pelos rins para regular a produção de glóbulos vermelhos. O EPO artificial aumenta o número de glóbulos vermelhos, ampliando a capacidade de corpo de usar oxigênio.

O EPO vem sendo usado por praticantes de esportes de resistência tais como os maratonistas e os esquiadores da modalidade cross-country. Mas também houve casos de doping em atletas que praticam esportes de explosão tais como os corredores provas rápidas.

Entre os efeitos colaterais contam-se pressão sanguínea elevada, aparecimento de coágulos em artérias e veias, inchaço do cérebro e convulsões.

Beta-bloqueadores: bloqueiam a transmissão de impulsos por meio dos beta receptores localizados no coração, nos pulmões e nas veias. Os beta-bloqueadores são usados na medicina para tratar de casos de angina, pressão alta e doenças cardíacas.

Por atletas, são consumidos para diminuir os batimentos cardíacos e evitar tremores em modalidades como tiro ao alvo e arco e flecha. Entre os efeitos colaterais contam-se fadiga, depressão e falência do coração.

Doping sanguíneo: injeção de glóbulos vermelhos ou de outros produtos semelhantes para aumentar o número dessas células no corpo. O sangue é tirado de um competidor, armazenado e depois reintroduzido cerca de um mês antes de uma competição.

Entre os perigos desse método incluem-se desde o aparecimento de febre e calafrios até infecções graves (inclusive a Aids), falência dos rins e do fígado e danos cerebrais.