domingo, 26 de outubro de 2008

Judocas brasileiras levam ouro e bronze no Mundial Júnior, na Tailândia


Divulgação/CBJ Divulgação/CBJ

Rafaela Silva no topo do pódio até 57kg

A fase do judô feminino do Brasil é realmente das melhores. Com medalhas desde as etapas iniciais da Copa do Mundo Sênior nos primeiros meses do ano e o bronze histórico de Ketleyn Quadros nos Jogos de Pequim (a primeira medalha olímpica individual feminina do Brasil), foi a vez de Rafaela Silva (-57kg) e Camila Minakawa (-63kg) brilharem no Mundial Júnior, disputado em Bancoc, na Tailândia. Rafaela, carioca da Cidade de Deus e cria de uma ONG da comunidade, saiu vencedora no peso leve. Já a paulista Camila foi bronze no meio-médio. Em dois dias de competição, já foram três pódios do Brasil no Mundial Júnior, contando com o ouro de Sarah Menezes (-48kg) na estréia do campeonato.

- Comecei no judô meio por acaso. Antes eu ficava o tempo todo na rua brigando e fazendo bagunça. Eu treinei muito desde que ganhei o Brasileiro Júnior no começo do ano. Meu técnico Geraldo (Bernardes) sempre acreditou que subir no pódio em uma competição assim seria possível - diz Rafaela, de 16 anos, que este ano já havia sido prata na Copa do Mundo Júnior da Alemanha.

 

Os olhos do judô mundial começaram a se direcionar para a menina de jeito sério e faixa marrom na cintura quando, sem a menor "cerimônia", defendeu-se de um golpe da japonesa Makiko Otomo com uma incrível chave de braço. Lição aprendida com Flávio Canto, criador da ONG onde a judoca treina.

- O Flávio (Canto) sempre me incentiva e passa o que ele sabe fazer de melhor no judô no chão. Uma coisa que ele me diz sempre é que tenho que entrar para lutar respeitando a adversária, mas sem medo. Pois eu tenho tudo para vencer - afirma.

Pela medalha de ouro, Rafaela venceu Om Pongchaliaew (THA) por yuko, bateu a japonesa Makiko Otomo por ippon (chave de braço), ganhou da turca Bahar Buker por yuko, derrotou Gemma Howell (GBR) por wazari e a francesa Automne Pavia por ippon em apenas 23 segundos. 


Agora o mundo está aprendendo a conhecer o valor das mulheres do Brasil - Camila Minakawa


Camila Minakawa também brilhou. Ganhou seus três primeiros combates por ippon sobre Balnur Kiyalbekova (KAZ), Nyamjargal Mungunshagai (MGL) Narine Zaimtsyan (RUS). Só perdeu na semifinal diante da holandesa Antoinette Hennink, atual campeã européia. Na disputa do bronze, não precisou lutar, já que a coreana Da-Woon Joung não entrou no tatame. 

 

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Camila dividindo o terceiro lugar no pódio

- Quando se pensa em judô brasileiro a primeira imagem que vem é o masculino. Agora o mundo está aprendendo a conhecer o valor das mulheres do Brasil - diz, feliz, Camila Minakawa, que contou com a torcida dos pais, também judocas, na Tailândia.

A meio-médio sabe que a medalha não foi por acaso. Foi fruto de muito trabalho.

- Todo o planejamento foi perfeito. Conseguimos chegar no Mundial no auge da forma. O momento chave foi na Alemanha, quando pudemos treinar e competir com nossas adversárias aqui do Mundial. Depois, fomos fazer a aclimatação no Japão com a seleção olímpica, onde pudemos pegar experiência deles. E acabamos "mordidos" pelo mosquitinho Olímpico. Deu mais vontade em todas nós. Aí, na fase final de treinos na França foi só a lapidação dos detalhes - acredita Camila, de 18 anos.

Com três medalhas em quatro categorias disputadas, as meninas sabem que os primeiros pódios motivam o restante da equipe que ainda vai vestir o quimono.

- Nós todos, do masculino e feminino, torcemos um pelo outro. E ver uma medalha no pescoço de alguém com quem treinamos é muito legal - conta Camila, que recebeu um abraço emocionado do peso ligeiro Felipe Kitadai, cheio de lágrimas nos olhos.

Tanto Camila quanto Rafaela não terão descanso. Elas disputam a pré-seletiva para Londres 2012 nos próximos dia 1 e 2 de novembro, em Vitória, no Espírito Santo. Neste sábado lutam Mayra Aguiar (-70kg) e Stefanie Lupetti (-78kg), no feminino, e Marcelo Filho (-81kg) e Victor Penalber (-73kg) no masculino.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mundial Júnior testa novas regras do judô


Conhecido pela tradição, o judô está prestes a inaugurar um período de lutas mais curtas e menos truncadas. A tática adotada pela Federação Internacional (FIJ) para tanto é alterar as regras. E a entidade usará o Mundial Júnior, que tem início nesta quarta-feira, em Bangcoc (TAI), para testar algumas novidades.

A principal experiência é a extinção do koka, pontuação mais baixa de um confronto (leia mais abaixo). Com isso, passaria a haver apenas outras três pontuações para golpes: ippon, waza-ari e yuko.

Outra orientação é para se usar o mate (se pronuncia matê) – ordem do árbitro para interrupção da luta –, o mínimo possível.

As regras experimentais têm como meta tornar o esporte mais ágil e sem tantas paralisações. Porém, elas somente poderão ser aprovadas em votação no congresso técnico do Mundial de Roterdã (HOL), em agosto de 2009.

Para o árbitro brasileiro Emanuel Mattar, a iniciativa é válida.

Estas regras vão provocar maior número de ippons e dar mais ação ao combate – afirmou.

Em busca de uma adaptação rápida, a Seleção Brasileira júnior recebeu instruções de como lutar.

O técnico da Seleção masculina, Henrique Guimarães, explicou como serão aplicadas as novas regras. Posso dizer que estou preparada – disse a ligeiro Sarah Menezes, que estréia nesta quarta no evento.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Judo: Brasileiro Senior tera dez horas de transmissao ao vivo

om nomes de peso do judô confirmados, o Campeonato Brasileiro Sênior 2008, programado para este fim de semana no Piauí, terá aproximadamente 10 horas transmissão ao vivo na TV Cidade Verde, filiada do SBT em Teresina. O evento também terá acompanhamento online do site www.cidadeverde.com.

"Queremos causar um grande impacto com a realização deste Brasileiro no Piauí. Tenho convicção que será um sucesso", diz o presidente de Federação Piauiense de Judô, Dannys Maia Queiroz.

Cerca de 250 atletas já confirmaram inscrição, entre eles os olímpicos Denílson Lourenço (-60kg) e Andressa Fernandes (-52kg), além de Sarah Menezes (-48kg), estrela local.

O ginásio do evento terá capacidade para 2 mil torcedores. Segundo o presidente Dannys Queiroz, a divulgação do evento também está sendo feita em grande escala. Foram mais de 300 inserções na TV, 20 outdoors e 21 dias de um programa no ar chamado "Momento do Judô". Com duração de cinco minutos, visa explicar regras do judô e curiosidades sobre a modalidade.


sábado, 4 de outubro de 2008

Judo: Brasil disputa o Mundial por Equipes neste domingo


A seleção masculina de judô disputa neste domingo, no Japão, o Campeonato Mundial por Equipes. O Brasil será representado por Charles Chibana (-60kg), Denílson Lourenço (-66kg), Victor Penalber (-73kg), Flávio Canto/Guilherme Luna (-81kg), Eduardo Santos/Hugo Pessanha (-90kg), Leonardo Leite (-100kg), Walter Santos/Daniel Hernandes (+100kg).

A disputa será por um título inédito para o judô brasileiro. Em duas ocasiões o Brasil foi vice-campeão (1998 e 2007).

Além do Brasil disputam a competição no masculino a Rússia, Geórgia, Irã, Coréia, Argélia, Austrália e Japão. Entre as mulheres, competem a França, Alemanha, China, Coréia, Argélia, Cuba, Austrália e Japão. Pela primeira vez o torneio terá premiação em dinheiro: A medalha de ouro vale US$ 50 mil, a prata US$ 20 mil e o bronze US$ 15 mil.

"A competição por equipes é diferente e eu curto bastante. Gosto da energia que vem dos demais atletas e da forma como o judô vira um esporte coletivo neste tipo de evento", conta Flávio Canto, que estava presente nas equipes prateadas de 98 e 2007.

Contando com dois atletas que representaram o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim (Denílson Lourenço e Eduardo Santos). A equipe contará com quatro judocas que marcaram presença na última edição do mundial de equipes, disputa na China em 2007: Charles Chibana, Victor Penalber, Hugo Pessanha e Leonardo Leite.

"Queremos ser campeões e trazer este título inédito para o Brasil. Batemos na trave duas vezes e esta equipe está com muita vontade de ganhar", diz Leonardo Leite.

Fazem parte da comissão técnica no Mundial o coordenador técnico internacional Ney Wilson Silva, o técnico Luiz Shinohara, o médico Breno Schor e a árbitra Marilaine Ferrantio.