sábado, 27 de dezembro de 2008

Judô: CBJ lança loja de produtos oficiais na internet


Os praticantes de judô de todo o Brasil já podem se vestir com as cores oficiais da Seleção Brasileira. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) lançou esta semana a Judô Store, loja de produtos oficiais na internet.

Estão disponíveis itens como bonés, agasalhos, camisas, bolsas e muito mais, usados pelos atletas da equipe nacional e também produtos exclusivos de eventos como a Copa do Mundo.

O pagamento pode ser feito por depósito ou transferência pela internet e as compras são entregues pelos Correios. Para agilizar o atendimento aos usuários, há central por telefone e pelo sistema de conversas instantâneas MSN.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Luciano Corrêa tenta renovar a esperança na Copa Jigoro Kano

O desejo de Luciano Corrêa era sacramentar, na China, um ciclo de resultados formidáveis. Mas o desempenho do campeão mundial meio-pesado na Olimpíada de Pequim ficou aquém da expectativa. Dele, sobretudo. De três combates, venceu apenas um, e foi eliminado sem direito sequer a brigar pelo bronze.

A decepção, porém, não abalou o status do judoca. Corrêa será o único brasileiro na tradicional Copa Jigoro Kano, torneio realizado em Tóquio, no Japão, a partir desta sexta-feira, que só perde em importância para o Campeonato Mundial e a Olimpíada. Prova do moral elevado de que goza mundo afora, o brazuca quer usar o evento apagar o má performance em Pequim.

- A Jigoro Kano é um dos campeonatos mais fortes do mundo. Por isso, é uma bela forma de encerrar o ano. Pela preparação que fiz para os Jogos Olímpicos, eu esperava um resultado muito melhor. Participar da Jigoro vai ajudar a aumentar minha auto-estima e minha confiança - disse ele, que vai lutar no domingo.

Corrêa esteve presente na edição do ano passado da copa e obteve uma medalha de bronze. Como da Jigoro Kano participam os melhores atletas do Japão, maior potência do judô mundial, e atletas de ponta da Europa, ele não faz previsão. Mas insiste que um bom resultado pode fazer os rivais "tremerem" um pouco.

Ainda mais porque, depois de muitas noites mal dormidas, ele afirmou ter reencontrado a fórmula que lhe rendeu duas medalhas em mundiais.

- (Na Olimpíada) não consegui aplicar meu judô. Analisei demais meus adversários e não impus meu ritmo. A minha característica é impor ritmo, ir para cima - observa.

Nada melhor do que testar a atual condição em alto nível. Principalmente porque, em agosto, ele tem de defender o título mundial em Roterdã, na Holanda.

- Vou usar essa competição para me acertar para o Mundial, que é meu objetivo.

Com o novo ciclo à frente, é hora de renovar esperanças. Para Corrêa, Londres começa agora.

Os momentos de Luciano Corrêa

2005 - Então um desconhecido em ascensão, conquista a medalha de bronze no meio-pesado no Mundial do Cairo (EGI).

2007 - De volta à Seleção após um período ausente, ganha a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007.

2007 - Obtém, também no Rio, o maior feito da carreira: torna-se campeão mundial meio-pesado.

2008 - Com status de melhor do mundo em sua categoria, perde logo no primeira luta em Pequim. Sem chance do ouro, volta à repescagem e vence a primeira luta. Porém, cai logo em seguida e deixa competição aos prantos.



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Thiago Camilo lidera Pinheiros no título do GP de judô


PORTO ALEGRE - O judoca Thiago Camilo, medalha de prata em Sydney/2000 e bronze em Pequim/2008, comandou a vitória do Pinheiros na final do Grand Prix de judô contra o São Caetano, neste domingo, em Porto Alegre. Foi o terceiro título do Pinheiros na competição que reúne os principais clubes brasileiros.

A decisão terminou com o placar de 2 a 0 para a equipe paulistana. Invicto, Camilo venceu Rubens Inocente por ippon em sua primeira competição na categoria até 90 kg. Na outra vitória do Pinheiros, Tiago Takara superou Carlos Luz, por shido (punição).

Ainda houve mais duas lutas, no confronto de melhor-de-cinco, entre Daniel Hernandes, pelo Pinheiros, e Walter Santos, e Adriano dos Santos e Marco Inácio, pelo São Caetano. Os duelos, no entanto, terminaram empatados.


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Porto Alegre é palco do Grand Prix de judô


Neste fim de semana a cidade de Porto Alegre será palco da principal competição de clubes do judô brasileiro. Trata-se da quinta edição do Grand Prix Nacional, que será disputado no ginásio da Sogipa.

A competição reunirá 13 clubes e aproximadamente 140 judocas e terá pela primeira vez o formato de chave olímpica com repescagem. Os combates das categorias (-66kg, -73kg, -81kg, -90kg e +90kg) serão decididos numa série melhor de cinco.

O sorteio do Grand Prix já foi realizado e a primeira rodada terá um duelo de favoritos ao título, Esporte Clube Pinheiros, do hudoca Tiago Camilo (medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim) contra o Belo Dente/Minas Tênis Clube, de Luciano Correa (campeão mundial).

- Não tivemos sorte no sorteio e isso é algo que poderia acontecer. Agora é treinar forte nesta reta final de preparação para encarar uma equipe duríssima como a do Pinheiros. Eu gosto de entrar encarando logo de cara um grande adversário para já sentir o clima da competição. Desta vez, com certeza, toda a equipe do Minas terá um grande judoca pela frente - disse Luciano.

Três equipes ganharam bye, folga na primeira rodada e garantiram vaga já na próxima fase da competição: G.R. Barueri (SP), Sesc Bahia/Betim (BA) e Espaço Futuro (DF).

Veja os confrontos da primeira rodada do Grand Prix:

Flamengo (RJ)XJequiá Iata Clube (RJ)Universidade Gama Filho (RJ)XSanto André/Maisvalor/Qualyvel (SP)USCS/São Caetano (SP)XFTC (BA)Oi/Sogipa (RS)XUnisul (SC)Esporte Clube Pinheiros (SP)XBelo Dente/Minas Tênis Clube (MG)



terça-feira, 25 de novembro de 2008

CBJ anuncia suspensão, e Penalber deve perder bronze do Mundial Jr.


O judoca Victor Penalber foi oficialmente suspenso nesta segunda-feira pela Confederação Brasileira de Judô. O atleta foi flagrado no antidoping no dia 5 de outubro, durante o Mundial por Equipes de Tóquio.

Como a suspensão é retroativa, o lutador deve perder a medalha de bronze no último Mundial Júnior, disputado na Tailândia, entre 23 e 26 de outubro. A CBJ espera, porém, a oficialização do período de afastamento e da validade da punição para eventos menores para anular os resultados do lutador.

Segundo o coordenador da entidade, Ney Wilson, o resultado do Mundial por equipes não deve ser alterado. O caso veio a público na semana passada, mas a entidade esperou receber a confirmação da contraprova para confirmar a suspensão do atleta.

A CBJ também confirmou que a substância apontada no exame do judoca carioca foi o diurético furosemida. A substância está na lista da Agência Mundial Antidoping porque pode ser usada para mascarar o uso de outras substâncias.

Em modalidades que dependem de peso, como o judô, diuréticos podem ser usados para garantir que o atleta chegue ao peso de sua categoria. Penalber compete entre os leves, para a atletas de até 73 kg.

O último judoca brasileiro flagrado no antidoping foi João Derly, que competia na época nos 60 kg, também com diurético. Quando voltou a competir, o gaúcho já lutou no 66 kg, categoria em que foi bicampeão mundial. Derly foi suspenso por seis meses. A punição de Penalber, porém, deve ser de dois anos, seguindo o novo Código Mundial Antidoping.

domingo, 16 de novembro de 2008

Grand Prix Nacional é oficialmente lançado no Rio de Janeiro

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15/11/2008 - 20:21:43 - por FS / AI CBJ

Foi oficialmente lançado na noite da última sexta-feira, no Rio de Janeiro, a quinta edição do Grand Prix Nacional Interclubes de Judô. O evento foi dividido em duas partes: na primeira aconteceu o sorteio das chaves do masculino e feminino; na segunda um coquetel com a Scania, na Marina da Glória, um dos cartões postais da Cidade Maravilhosa.


O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, abriu o evento no hotel Ceasar Business ressaltando a importância do Grand Prix para a CBJ.


"A CBJ tem toda a atenção com os clubes, responsáveis pela formação dos atletas que tantas conquistas importantes têm dado ao longo dos anos para o judô brasileiro. O Grand Prix é um evento que tem boa participação do público e acompanhamento da mídia. O GP tem grande apelo pelo altíssimo nível da competição e dos clubes participantes, o que abrilhanta ainda mais o torneio", diz Paulo Wanderley.


O presidente da CBJ também destacou o ano fantástico protagonizado pelo judô feminino. Além da inédita medalha olímpica conquistada por Ketleyn Quadros, no último campeonato mundial júnior quatro das cinco medalhas foram de mulheres.

"As mulheres estão bem na fita como se diz na gíria. Graças a isso teremos um Grand Prix feminino maravilhoso este ano", afirma.


Medalha de ouro no Campeonato Mundial 2007, Luciano Correa brincava pouco antes do sorteio dizendo que gostaria de pegar um adversário forte logo de cara. Não deu outra. O confronto com o Esporte Clube Pinheiros poderia até ser uma possível final. Mas no sorteio os dois clubes acabaram caindo num confronto logo na primeira rodada.

"Já fui cabeça de chave em algumas competições e às vezes você acaba pegando um adversário duro. Sorteio é sorte e isso acontece. Agora é treinar e fazer força para valer, pois o combate contra o Pinheiros será duríssimo", diz o campeão mundial.

Confira as chaves:


Feminino

Pule 1



São Caetano
Sogipa
Unisul
Universidade Gama Filho

Pule 2



Esporte Clube Pinheiros
Minas Tênis Clube
Espaço Futuro
Betim

Masculino


Chave A



Primeira rodada:
Esporte Clube Pinheiros x Minas Tênis Clube
Flamengo x Jequiá
Universidade Gama Filho x Santo André
Barueri fica de bye e pega o vencedor de Gama x Santo André

Chave B



Primeira rodada:
São Caetano x FTC
Betim fica de bye e pega o vencedor de São Caetano x FTC
Sogipa x Unisul
Espaço Futuro fica de bye e pega o vencedor de Sogipa x Unisul



segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Honorato e Daniel Hernandes garantem retorno à seleção de judô

Os veteranos Carlos Honorato e Daniel Hernandes estão de volta à seleção brasileira de judô. Neste domingo, os dois atletas confirmaram o favoritismo e venceram a seletiva Projeto Londres 2012, em Vitória (ES), garantindo assim o direito de disputar vagas no circuito internacional com a equipe principal do país.





Afastado da seleção desde o Campeonato Mundial de 2007, Honorato disputou a seletiva uma categoria acima da que estava acostumado. Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 no médio (90 kg), o judoca ganhou o campeonato deste domingo no meio-pesado (100 kg) depois de derrotar Leandro Gonçalves na decisão.

"Já sabia na minha cabeça que eu precisava subir. Sempre soube que precisava lutar no meio-pesado, pois sofria muito para chegar aos 90 quilos", revelou Honorato em entrevista ao UOL Esporte na última quinta-feira, afirmando ainda não ter previsão nenhuma de quando irá se aposentar. "Lutarei até quando eu agüentar", completou o atleta de 33 anos.

Daniel Hernandes, por sua vez, também mantém as chances de voltar a defender o Brasil nas Olimpíadas (ele participou de Sydney-2000 e Atenas-2004). O judoca ainda defendeu o país no último Campeonato Mundial por equipes, em outubro, no Japão, e ajudou a equipe nacional a levar o terceiro lugar com duas vitórias.

Neste domingo, Hernandes perdeu sua primeira luta contra o outro finalista, Rodrigo Artilheiro. O atleta paulista, no entanto, conseguiu a vaga após obter dois triunfos em seguida sobre o rival, que também é membro da seleção brasileira de luta greco-romana.

"O mais importante para mim foi voltar ao ciclo olímpico, o que era meu principal objetivo. Esse pode ser o meu último ciclo, por isso é vital para mim. Ainda estou precisando de um melhor ritmo de luta, mas fiquei satisfeito com o que produzi hoje [domingo]", comemorou Hernandes após a final.

No último sábado, foram disputadas as categorias de ligeiro a meio-médio. A surpresa ficou por conta da exclusão da campeã mundial júnior Rafaela Lopes (57 kg), derrotada na estréia por Paula Souza. No fim, Mariana Barros ficou com a vaga no peso.

Confira os vencedores de todas as categorias:
Feminino
48 kg: Taciana Resende
52 kg: Raquel Lopes
57 kg: Mariana Barros
63 kg: Camila Minakawa
70 kg: Márcia Costa
78 kg: Deborah Almeida
+78 kg: Maria Suelen

Masculino
60 kg: Felipe Kitadai
66 kg: Luiz Revite
73 kg: Marcelo Contini
81 kg: Rodrigo Luna
90 kg: Ricardo Trevisan
100 kg: Carlos Honorato
+100 kg: Daniel Hernandes

domingo, 26 de outubro de 2008

Judocas brasileiras levam ouro e bronze no Mundial Júnior, na Tailândia


Divulgação/CBJ Divulgação/CBJ

Rafaela Silva no topo do pódio até 57kg

A fase do judô feminino do Brasil é realmente das melhores. Com medalhas desde as etapas iniciais da Copa do Mundo Sênior nos primeiros meses do ano e o bronze histórico de Ketleyn Quadros nos Jogos de Pequim (a primeira medalha olímpica individual feminina do Brasil), foi a vez de Rafaela Silva (-57kg) e Camila Minakawa (-63kg) brilharem no Mundial Júnior, disputado em Bancoc, na Tailândia. Rafaela, carioca da Cidade de Deus e cria de uma ONG da comunidade, saiu vencedora no peso leve. Já a paulista Camila foi bronze no meio-médio. Em dois dias de competição, já foram três pódios do Brasil no Mundial Júnior, contando com o ouro de Sarah Menezes (-48kg) na estréia do campeonato.

- Comecei no judô meio por acaso. Antes eu ficava o tempo todo na rua brigando e fazendo bagunça. Eu treinei muito desde que ganhei o Brasileiro Júnior no começo do ano. Meu técnico Geraldo (Bernardes) sempre acreditou que subir no pódio em uma competição assim seria possível - diz Rafaela, de 16 anos, que este ano já havia sido prata na Copa do Mundo Júnior da Alemanha.

 

Os olhos do judô mundial começaram a se direcionar para a menina de jeito sério e faixa marrom na cintura quando, sem a menor "cerimônia", defendeu-se de um golpe da japonesa Makiko Otomo com uma incrível chave de braço. Lição aprendida com Flávio Canto, criador da ONG onde a judoca treina.

- O Flávio (Canto) sempre me incentiva e passa o que ele sabe fazer de melhor no judô no chão. Uma coisa que ele me diz sempre é que tenho que entrar para lutar respeitando a adversária, mas sem medo. Pois eu tenho tudo para vencer - afirma.

Pela medalha de ouro, Rafaela venceu Om Pongchaliaew (THA) por yuko, bateu a japonesa Makiko Otomo por ippon (chave de braço), ganhou da turca Bahar Buker por yuko, derrotou Gemma Howell (GBR) por wazari e a francesa Automne Pavia por ippon em apenas 23 segundos. 


Agora o mundo está aprendendo a conhecer o valor das mulheres do Brasil - Camila Minakawa


Camila Minakawa também brilhou. Ganhou seus três primeiros combates por ippon sobre Balnur Kiyalbekova (KAZ), Nyamjargal Mungunshagai (MGL) Narine Zaimtsyan (RUS). Só perdeu na semifinal diante da holandesa Antoinette Hennink, atual campeã européia. Na disputa do bronze, não precisou lutar, já que a coreana Da-Woon Joung não entrou no tatame. 

 

Divulgação/CBJ

Camila dividindo o terceiro lugar no pódio

- Quando se pensa em judô brasileiro a primeira imagem que vem é o masculino. Agora o mundo está aprendendo a conhecer o valor das mulheres do Brasil - diz, feliz, Camila Minakawa, que contou com a torcida dos pais, também judocas, na Tailândia.

A meio-médio sabe que a medalha não foi por acaso. Foi fruto de muito trabalho.

- Todo o planejamento foi perfeito. Conseguimos chegar no Mundial no auge da forma. O momento chave foi na Alemanha, quando pudemos treinar e competir com nossas adversárias aqui do Mundial. Depois, fomos fazer a aclimatação no Japão com a seleção olímpica, onde pudemos pegar experiência deles. E acabamos "mordidos" pelo mosquitinho Olímpico. Deu mais vontade em todas nós. Aí, na fase final de treinos na França foi só a lapidação dos detalhes - acredita Camila, de 18 anos.

Com três medalhas em quatro categorias disputadas, as meninas sabem que os primeiros pódios motivam o restante da equipe que ainda vai vestir o quimono.

- Nós todos, do masculino e feminino, torcemos um pelo outro. E ver uma medalha no pescoço de alguém com quem treinamos é muito legal - conta Camila, que recebeu um abraço emocionado do peso ligeiro Felipe Kitadai, cheio de lágrimas nos olhos.

Tanto Camila quanto Rafaela não terão descanso. Elas disputam a pré-seletiva para Londres 2012 nos próximos dia 1 e 2 de novembro, em Vitória, no Espírito Santo. Neste sábado lutam Mayra Aguiar (-70kg) e Stefanie Lupetti (-78kg), no feminino, e Marcelo Filho (-81kg) e Victor Penalber (-73kg) no masculino.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mundial Júnior testa novas regras do judô


Conhecido pela tradição, o judô está prestes a inaugurar um período de lutas mais curtas e menos truncadas. A tática adotada pela Federação Internacional (FIJ) para tanto é alterar as regras. E a entidade usará o Mundial Júnior, que tem início nesta quarta-feira, em Bangcoc (TAI), para testar algumas novidades.

A principal experiência é a extinção do koka, pontuação mais baixa de um confronto (leia mais abaixo). Com isso, passaria a haver apenas outras três pontuações para golpes: ippon, waza-ari e yuko.

Outra orientação é para se usar o mate (se pronuncia matê) – ordem do árbitro para interrupção da luta –, o mínimo possível.

As regras experimentais têm como meta tornar o esporte mais ágil e sem tantas paralisações. Porém, elas somente poderão ser aprovadas em votação no congresso técnico do Mundial de Roterdã (HOL), em agosto de 2009.

Para o árbitro brasileiro Emanuel Mattar, a iniciativa é válida.

Estas regras vão provocar maior número de ippons e dar mais ação ao combate – afirmou.

Em busca de uma adaptação rápida, a Seleção Brasileira júnior recebeu instruções de como lutar.

O técnico da Seleção masculina, Henrique Guimarães, explicou como serão aplicadas as novas regras. Posso dizer que estou preparada – disse a ligeiro Sarah Menezes, que estréia nesta quarta no evento.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Judo: Brasileiro Senior tera dez horas de transmissao ao vivo

om nomes de peso do judô confirmados, o Campeonato Brasileiro Sênior 2008, programado para este fim de semana no Piauí, terá aproximadamente 10 horas transmissão ao vivo na TV Cidade Verde, filiada do SBT em Teresina. O evento também terá acompanhamento online do site www.cidadeverde.com.

"Queremos causar um grande impacto com a realização deste Brasileiro no Piauí. Tenho convicção que será um sucesso", diz o presidente de Federação Piauiense de Judô, Dannys Maia Queiroz.

Cerca de 250 atletas já confirmaram inscrição, entre eles os olímpicos Denílson Lourenço (-60kg) e Andressa Fernandes (-52kg), além de Sarah Menezes (-48kg), estrela local.

O ginásio do evento terá capacidade para 2 mil torcedores. Segundo o presidente Dannys Queiroz, a divulgação do evento também está sendo feita em grande escala. Foram mais de 300 inserções na TV, 20 outdoors e 21 dias de um programa no ar chamado "Momento do Judô". Com duração de cinco minutos, visa explicar regras do judô e curiosidades sobre a modalidade.


sábado, 4 de outubro de 2008

Judo: Brasil disputa o Mundial por Equipes neste domingo


A seleção masculina de judô disputa neste domingo, no Japão, o Campeonato Mundial por Equipes. O Brasil será representado por Charles Chibana (-60kg), Denílson Lourenço (-66kg), Victor Penalber (-73kg), Flávio Canto/Guilherme Luna (-81kg), Eduardo Santos/Hugo Pessanha (-90kg), Leonardo Leite (-100kg), Walter Santos/Daniel Hernandes (+100kg).

A disputa será por um título inédito para o judô brasileiro. Em duas ocasiões o Brasil foi vice-campeão (1998 e 2007).

Além do Brasil disputam a competição no masculino a Rússia, Geórgia, Irã, Coréia, Argélia, Austrália e Japão. Entre as mulheres, competem a França, Alemanha, China, Coréia, Argélia, Cuba, Austrália e Japão. Pela primeira vez o torneio terá premiação em dinheiro: A medalha de ouro vale US$ 50 mil, a prata US$ 20 mil e o bronze US$ 15 mil.

"A competição por equipes é diferente e eu curto bastante. Gosto da energia que vem dos demais atletas e da forma como o judô vira um esporte coletivo neste tipo de evento", conta Flávio Canto, que estava presente nas equipes prateadas de 98 e 2007.

Contando com dois atletas que representaram o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim (Denílson Lourenço e Eduardo Santos). A equipe contará com quatro judocas que marcaram presença na última edição do mundial de equipes, disputa na China em 2007: Charles Chibana, Victor Penalber, Hugo Pessanha e Leonardo Leite.

"Queremos ser campeões e trazer este título inédito para o Brasil. Batemos na trave duas vezes e esta equipe está com muita vontade de ganhar", diz Leonardo Leite.

Fazem parte da comissão técnica no Mundial o coordenador técnico internacional Ney Wilson Silva, o técnico Luiz Shinohara, o médico Breno Schor e a árbitra Marilaine Ferrantio.

domingo, 28 de setembro de 2008

Daniel Hernandes confiante para o novo ciclo olimpico do Judo


Com 1,90m e 140kg, Daniel Hernandes foi absoluto na categoria peso pesado entre os anos de 2000 e 2005. Viu surgir adversários de alto nível no país como Walter Santos e João Gabriel e, prejudicado por lesões, atravessou uma fase difícil. Convocado pela comissão técnica da CBJ para disputar o Campeonato Mundial por Equipes, que acontecerá em 5 de outubro, Hernandes sabe que a competição marcará o reinício de um longo processo seletivo para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

A equipe do Brasil embarca na terça-feira (30/9) para o Japão. Além de Daniel Hernandes, representam o país no torneio Denílson Lourenço/ Charles Chibana (-60kg), João Derly (-66kg), Victor Penalber (-73kg), Flávio Canto/Guilherme Luna (-81kg), Eduardo Santos/Hugo Pessanha (-90kg), Leonardo Leite (-100kg), Walter Santos (+100kg).

"Estou com 29 anos e confiante que posso chegar aos jogos de Londres. Ter ficado de fora do Pan do Rio e da olimpíada de Pequim foi duro, mas vou fazer a minha parte para representar o Brasil no maior número de eventos internacionais", diz Daniel.

Daniel sabe que o caminho de volta é longo. Com a vitória no Troféu Brasil, realizado há duas semanas em Porto Alegre, o judoca do Esporte Clube Pinheiros está garantido na primeira seletiva do processo olímpico, que acontecerá em novembro

"Não sofro mais com lesões e estou fazendo um trabalho físico específico de judô. Tenho sentido uma boa melhora, principalmente na pegada", conta.


Judo no Quebec Open

O judô brasileiro estará muito bem representado no Quebec Open, que será disputado em Montreal, no Canadá, nos próximos dias 11 e 12 de outubro. Atletas de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins disputarão a competição, que reunirá cerca de 700 judocas de países como Japão, França, Holanda, Estados Unidos, Ucrânia, Suécia, Eslovênia, México e Uzbequistão, além de Canadá e Brasil.

"Com atletas de tantos estados presentes vai acabar virando campeonato brasileiro", brinca Sérgio Pessoa, ex-atleta olímpico do Brasil no peso ligeiro e hoje técnico da seleção canadense.

Pessoa, que vive no Canadá há quatro anos, é um dos organizadores do evento e um dos maiores incentivadores do intercâmbio Brasil-Canadá na modalidade.

O alto nível de competição entusiasmou até os judocas olímpicos do Canadá. Nicholas Tritton, Sasha Mehmedovic e Marylise Lévesque estão entre os inscritos para os combates.

"Os três judocas olímpicos nem pensavam em participar do Quebec Open, mas quando viram os países confirmados e o nome dos atletas que virão acabaram mudando de idéia. Esperamos lutas excelentes", comemora o diretor geral do Judo do estado de Quebec, Patrick Esparbès.

domingo, 21 de setembro de 2008

Mundial de Judô por equipes terá premiação em dinheiro

A Federação Internacional de Judô premiará em dinheiro os países medalhistas no Campeonato Mundial por Equipes, que acontecerá no dia 5 de agosto, no Japão. O Brasil será representado no masculino pelos judocas Denílson Lourenço/ Charles Chibana (-60kg), João Derly (-66kg), Victor Penalber (-73kg), Flávio Canto/Guilherme Luna (-81kg), Eduardo Santos/Hugo Pessanha (-90kg), Leonardo Leite (-100kg), Walter Santos/Daniel Hernandes ( 100kg). A medalha de ouro vale US$ 50 mil, a prata US$ 20 mil e o bronze US$ 15 mil.

A disputa será por um título inédito para o judô brasileiro. Em duas ocasiões o Brasil foi vice-campeão (1998 e 2007). A equipe embarca para o Japão no dia 30/9.

- Com certeza este é o caminho para a profissionalização da modalidade. Outros esportes já têm enraizada a cultura da premiação em dinheiro e o judô começa a dar os primeiros passos nesta direção. Aprovo a iniciativa da Federação Internacional - disse o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Judõ: Medalhista em Sidney aprova reduçao de um minuto no tempo de luta


Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sidney/2000, Carlos Honorato foi uma das atrações do Troféu Brasil no último sábado, na Sogipa. O judoca comentou sobre a mudança do tempo de luta de cinco para quatro minutos.

A iniciativa foi uma das atrações do evento e é uma recomendação da Federação Internacional. Após o Campeonato Mundial Júnior, em outubro, será decidido se a nova regra homologada.

"É preciso estar muito bem preparado fisicamente. Com um minuto a menos a luta fica mais intensa e pegada, o que é muito bom para o público e imprensa. Eu aprovo essa iniciativa de tornar o judô mais dinâmico", diz Honorato, que foi derrotado na final da competição disputada na Sogipa por Leonardo Leite, no hantei.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Judô: olímpicos se sagram campeões do Troféu Brasil de olho nos Jogos de 2012

Após sair sem medalha dos Jogos Olímpicos de Pequim, João Derly deu neste sábado o primeiro passo rumo às Olimpíadas de Londres, em 2012. O bicampeão mundial foi um dos campeões do Troféu Brasil 2008 que acontece em Porto Alegre neste final de semana e serve como primeira seletiva para Londres. Derly venceu no meio-leve e ajudou seu clube, o Sogipa, a ficar com o título por equipes.


- Conquistar uma medalha ajuda a definitivamente virar a página dos Jogos Olímpicos, ainda mais num Troféu Brasil com tantos atletas de alto nível. Agora é visualizar o ano de 2009, competir bem nas seletivas e garantir a vaga para o Campeonato Mundial, em setembro, na Holanda - disse Derly, que foi bastante aplaudido pela torcida gaúcha.

Companheira de Derly no Sogipa, Mayra se sagrou campeã no meio-pesado, uma categoria acima da que está acostumada a luta. A mudança foi para ganhar ritmo de luta para o Mundial júnior, que acontece em outubro, na Tailândia.

- É muito bom voltar a competir em casa e ser campeã, mesmo em uma categoria acima da minha. O objetivo aqui era ganhar ritmo de competição para o Campeonato Mundial Júnior, que é a minha prioridade.


domingo, 14 de setembro de 2008

Flamengo participa do Troféu Brasil de Judô

No próximo final de semana será realizado, no ginásio do Sogipa, em Porto Alegre (RS), o VII Troféu Brasil Interclubes de Judô. O evento classificará o vencedor de cada categoria de peso para o primeiro processo seletivo, visando as Olimpíadas de Londres 2012. Além disso, o Troféu Brasil qualificará as equipes para disputar o Grand Prix Nacional de Judô 2008.

Com o número recorde de 376 judocas, representando 73 Clubes, o Troféu Brasil promete agitar a cidade entre os dias 13 e 14 de setembro.

A delegação do C.R.Flamengo, que é formada por 11 judocas, dois técnicos e um chefe de comissão, embarca para Porto Alegre na próxima sexta-feira (12/9), disposta a garantir excelentes resultados para o Rubro-Negro.

Relação dos judocas do C.R.Flamengo:

Masculino:

Ricardo Ayres (-60kg)

Jorge Alves (-66kg)

Rodrigo Rocha (-73kg)

Osvaldo Pereira (-90kg)

Marcelo Cruz (-90kg)

Leonardo Leite (-100kg)

Rodrigo Artilheiro (+100kg)

Feminino:

Karina Oliveira (-57kg)

Yasmim Valverde (-63kg)

Gisele Martins (-63kg)

Linda Calderaro (+78kg)

Técnicos:

Jomar Carneiro

Alexandre Garcez

Chefe Delegação:

Frederico Flexa

domingo, 7 de setembro de 2008

Brasileiras do judo levam prata e bronze na Paraolimpiada

As mulheres do judô fizeram bonito nos tatames da China e contabilizaram mais duas medalhas para o país no primeiro dia de competição. Karla Cardoso conquistou a prata na categoria até 48kg e Michelle Ferreira levou o bronze na categoria até 52kg. As duas judocas paraolímpicas têm baixa visão.

Karla foi derrotada por ippon pela chinesa Wuaping Guo, ficando com o segundo lugar. A brasileira fez três lutas durante todo o dia. Ela venceu as duas primeiras e perdeu a final. O bronze foi para a russa Victoria Botapova e para a alemã Carmen Brussig.


"O nível aumentou muito nessa paraolimpíada, mas eu treinei bastante para isso. Queria agradecer a quem me apoiou nesses quatro anos de preparação porque eu tive de abrir mão de muita coisa na minha vida, inclusive a convivência com a minha filha por causa do judô", disse Karla, nascida no Rio de Janeiro e que também foi medalhista de prata em Atenas.

Já Michelle, de Campo Grande, venceu a sua primeira luta do dia, perdeu a segunda e foi para a disputa do bronze contra a espanhola Scheila Hernandez. A brasileira, estreante em paraolimpíada, levou a melhor e ficou com a medalha depois de aplicar um ippon na adversária. Michelle dividiu o terceiro lugar da categoria até 52kg com a russa Alesya Stepanyuk. O ouro ficou com a chinesa Na Cui e a a França levou a prata com Sandrine Aurieres-Martinet.

 

No masculino os atletas brasileiros Helder Araujo (até 60 kg) e Eduardo Amaral (até 66kg) foram derrotados logo na fase qualificatória.



sábado, 6 de setembro de 2008

Judô: Brasil definido para Mundial por equipes

Depois de uma campanha considerada razoável nos Jogos Olímpicos de Pequim, o judô brasileiro está pronto para mais um desafio. Nesta quinta-feira a Confederação Brasileira de Judô definiu os atletas que vão representar o país no Campeonato Mundial por equipes, que será disputado no dia 5 de outubro, em Tóquio, no Japão.

Estão convocados Denílson Lourenço/Charles Chibana (categoria até 60kg), João Derly (até 66kg), Victor Penalber (até 73kg), Flávio Canto/Guilherme Luna (até 81kg), Eduardo Santos/Hugo Pessanha (até 90kg), Leonardo Leite (até 100kg), Walter Santos/Daniel Hernandes (acima de 100kg).

A disputa será por um título inédito para o judô brasileiro. Em duas ocasiões o Brasil foi vice-campeão (1998 e 2007).

- Minha meta é sempre representar bem o Brasil. Estou treinado e pronto para lutar. O objetivo agora é disputar o maior número de eventos e trabalhar firme para voltar à Seleção - diz Daniel Hernandes, que neste ano disputou a Copa do Mundo da Espanha e ficou na quinta colocação.

Rússia, Geórgia, Irã, Coréia, Argélia, Austrália e Japão compõem a chave masculina, enquanto França, Alemanha, China, Coréia, Argélia, Cuba, Austrália e Japão participam entre as mulheres.



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Brasileiro de Judô em Teresina será seletiva para Londres 2012


A Confederação Brasileira de Judô - CBJ - confirmou nesta terça-feira (2) que o Campeonato Brasileiro Sênior de Judô, que será realizado em Teresina no mês de outubro, valerá vaga na primeira seletiva do Projeto Londres 2012, em novembro deste ano. O Brasileiro acontecerá pela primeira vez no Piauí e será transmitido ao vivo pela TV Cidade Verde e Cidadeverde.com, direto do Iate Clube de Teresina.

De acordo com a CBJ, terão vaga na seletiva de 1º de novembro o campeão brasileiro júnior, o titular do Brasil no Pan Júnior e o titular da Equipe Sub-23, além do campeão do Troféu Brasil, que será realizado neste mês em Porto Alegre. Nenhum outro piauiense se enquadra nas condições, o que torna o Brasileiro em Teresina uma oportunidade única para quem quiser entrar no novo ciclo olímpico. A última vaga será por indicação técnica da Confederação.

O vencedor da seletiva de novembro deverá disputar a vaga na seleção principal com o titular do Brasil nas Olimpíadas. A CBJ ainda não confirmou, mas a exemplo das seletivas anteriores deverá dar privilégios aos medalhistas de Pequim. Sarah Menezes, como titular do Brasil, aguarda sua rival da seletiva.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Campeões mundiais falham, mas judô conquista três medalhas

Os três bronzes conquistados em Pequim ficaram aquém do que pretendia o judô brasileiro --o objetivo inicial da confederação nacional era de três medalhas sendo um ouro. Mas as conquistas mantiveram o esporte como o segundo que mais rendeu pódios ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos.

Agora, o judô soma 15 medalhas, ficando atrás somente da vela, que já conquistou 16 medalhas, duas delas em Pequim.

As medalhas de bronze foram conquistadas por Ketleyn Quadros (até 57 kg), que se transformou na primeira medalhista olímpica brasileira em competição individual, Leandro Guilheiro (até 73 kg) e Tiago Camilo (até 81 kg).

O Brasil não superou o número de medalhas estipuladas devido em grande parte aos maus desempenhos dos campeões mundiais João Derly e Luciano Corrêa.

Derly caiu na segunda rodada diante do português Pedro Dias na categoria até 66 kg, enquanto Luciano Corrêa perdeu para o polonês Przemyslaw Matyjaszek na repescagem, em luta válida pela categoria até 100 kg.

Campeão mundial em 2007, Tiago Camilo também era uma esperança de medalha de ouro, mas conquistou "apenas" com o bronze na categoria até 81 kg.

Outra que podia surpreender e brigar por uma medalha era a mineira Érica Miranda, medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos, que foi cortada às vesperas da competição em virtude de uma lesão nos ligamentos cruzado anterior e colateral medial do joelho direito. Ela foi substituída por Andressa Fernandes, que foi derrotada logo na estréia.


sábado, 16 de agosto de 2008

Para Canto resultado do Judô foi bom

Medalhista de bronze na categoria meio-médio nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2000, o judoca Flávio Canto analisou a campanha brasileira na Olimpíada de Pequim:

"O resultado foi bom, igualou em termos de quantidade a melhor participação brasileira em Jogos Olímpicos, em 84, Los Angeles, que foi uma Olimpíada que teve desfalques dos países socilistas como Cuba, União Soviética. O Brasil teve um mundial excepcional, por isso a expectativa era maior. Poderia ter tido um resultado melhor por causa do mundial e da equipe brasileira. Tivemos a medalha histórica da Ketlyn, primeira atleta a ganhar medalha em esporte individual", disse Flávio.

Os judocas brasileiros conquistaram três medalhas de bronze com Tiago Camilo, Leandro Guilheiro e Ketlyn Quadros na Olimpíada de Pequim, elevendo para 15 o total de pódios olímpicos na modalidade. Até o momento, o judô é o esporte que mais levou o Brasil ao pódio, ultrapassando vela, com 14 medalhas, e atletismo, com 13.

O Brasil foi disputar a Olimpíada com três campeões mundiais (João Derly, Tiago Camilo e Luciano Corrêa) e era tido como favoritos para conquistar a medalha de ouro. Canto comenta a pressão por resultados:

"O problema é que as pessoas tendem a comparar o judô com outros esportes como vôlei, futebol. O judô é diferente, é muito equilibrado e mais fácil de perder. A Olimpíada é um bom exemplo, em Pequim tivemos uma distribuição de medalhas inacreditável, com 25 países subindo ao pódio", afirma o judoca, que exemplifica:

"A Rússia, uma das principais equipes do mundo, não conseguiu nenhuma medalha e tem uma equipe boa. Não é simples. Tivemos uma boa participação, mas como torcedor eu queria ouro até porque sei que temos potencial para isso".

Canto também comentou a disputa entre o judô, vela e atletismo como modalidade brasileira com mais conquistas olímpicas e diz que está na torcida pelas modadalidades "rivais":

"Tenho esperanças que isso aconteça pois seria mais medalhas para isso. A vela tem atletas fortíssimos candidatos ao ouro. O atletismo também tem o Jadel Gregório, Mauren Maggi, Fabiana Murer. A disputa com a vela e atletismos é uma brincadeira saudável, não torcemos contra. Espero que o judô ganhe 50 medalhas, a vela 50 e o atletismo também".



terça-feira, 12 de agosto de 2008

TIAGO CAMILO É BRONZE OLÍMPICO


 

Tiago Camilo conquistou sua segunda medalha olímpica. O meio-médio, que havia sido prata em Sydney 2000 entre os leves, levou o bronze em sua segunda participação olímpica, dessa vez na categoria de cima.

Camilo venceu o holandês Guillaume Elmont, campeão mundial de 2005, na disputa da medalha. Na repescagem, ele havia passado por Euan Burton (GBR), por waza-ari, e por Travis Stevens (EUA), por ippon.

"Estou chorando de felicidade, não tenho motivo para estar triste. No momento mais difícil eu pensei no povo do Brasil que carrego no meu coração. Muita gente queria estar no meu lugar e eu não podia desperdiçar a chance", comentou Camilo.

Resultados:

81kg:
Alemanha
Coréia do Sul
Brasil e Ucrânia

63kg:
Japão
França
Holanda e Coréia do Norte

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Melhor judoca do mundo em 2007 luta pelo primeiro ouro do Brasil em Pequim

  • Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro 

Apesar do favoritismo, Tiago Camilo se mostra tranqüilo em sua chegada a Pequim

Com o clima alegre das duas medalhas de bronze conquistadas nesta segunda-feira, o judô brasileiro volta aos tatames na madrugada de terça-feira com a categoria meio-médio. E a promessa é de mais alegria para o Brasil nestes Jogos Olímpicos, com a estréia no ginásio de Ciência e Tecnologia de Pequim do melhor judoca do mundo em 2007, Tiago Camilo. No feminino, Danielli Yuri entra para repetir o feito de Ketleyn Quadros, a primeira judoca a conquistar uma medalha para o país em Olimpíadas. As disputas serão transmitidas ao vivo pela Rede Globo e pelo SporTV a partir de 1h (de Brasília).

Campeão mundial em 2007, Tiago Camilo tem experiência também nos tatames olímpicos, tendo conquistado a medalha de prata em Sydney (2000). Como maiores adversários para o ouro, que o transformaria no único brasileiro campeão mundial e olímpico nos tatames, Tiago terá pela frente o francês Anthony Rodriguez, derrotado por ele na final do Mundial do Rio de Janeiro. Além deste, estarão também o holandês Guillaume Elmont, campeão mundial em 2005 e medalha de bronze no Mundial do Rio-2007, e o ucraniano Roman Gontiuk, prata em Atenas-2004 e tricampeão da Copa do Mundo. 

 

  • Aspas

    Vou encarar cada luta como uma final, vendo cada adversário como o mais importante"

- Fui campeão mundial no ano passado. Agora é outra história. Não me acho favorito e também não vejo outros favoritos. Vou encarar cada luta como uma final, vendo cada adversário como o mais importante. O fato de ser um campeão mundial me deixa ainda mais visado. Mas faço questão de transformar isso numa coisa positiva para mim – avisa ele, que estréia em Pequim contra o japonês Takashi Ono, vice-campeão da tradicional Copa Jigoro Kano em 2007.

Técnico da equipe masculina, Luiz Shinohara mostra confiança no excelente momento do seu judoca, que conquistou o título mundial após sete ippons, a pontuação máxima do judô.

- Tiago já ganhou e perdeu do japonês e é sempre uma luta dura. Com certeza o Ono deve estar mais preocupado com o Tiago do que o Tiago com ele. Se chegar à semi, deverá ter Azerbaijão ou Alemanha. Para o Tiago, seria melhor o alemão Bishof, que foi campeão mundial em 2003 - analisa.

Estréia com a companhia da família

 

Ketleyn Quadros provou nesta segunda-feira que uma judoca brasileira também pode conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos. É com essa certeza que Danielli Yuri faz sua estréia em Olimpíadas em Pequim, pegando na sua primeira luta a coreana Jayoung Kong, vice-campeã asiática. Ela, porém, se mostra modesta em suas pretensões.

- Vou ficar feliz se, depois da minha última luta, eu tiver certeza de que fiz o meu melhor, que dei tudo o que podia independente de subir no pódio ou não. Vai ser muito bom ter minha família, que mora no Japão, e alguns amigos dos tempos de escola torcendo por mim.

Técnica responsável pela histórica Vou ficar feliz se, depois da minha última luta, eu tiver certeza de que fiz o meu melhor, que dei tudo o que podia independente de subir no pódio ou não. Vai ser muito bom ter minha família, que mora no Japão, e alguns amigos dos tempos de escola torcendo por mim".

Uma das responsáveis pela medalha histórica conquistada por Ketleyn Quadros, a técnica Rosicléia Campos dá uma pista do que pode acontecer nesta terça-feira;

- A Yuri caiu na parte asiática da chave. Embora ela também seja japonesinha, tem um estilo ocidentalizado que pode surpreender.


Guilheiro: medalha de Ketleyn é mais importante

Guilheiro fatura o bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim


Direto de Pequim

Mesmo garantindo sua segunda medalha olímpica na carreira (duas de bronze), o judoca brasileiro Leandro Guilheiro comemorou também a conquista de Ketleyn Quadros, que também ficou em terceiro, nesta segunda-feira, na categoria até 57 quilos. Segundo o judoca, a medalha da companheira é mais importante que a sua.

Ketleyn entrou para história do esporte do País com essa conquista. A atleta foi a primeira mulher brasileira a garantir uma medalha em jogos Olímpicos em um esporte individual.

"Não penso na minha medalha como uma dádiva. Mais importante que a minha vitória foi a conquista da Ketleyn, esta, sim, uma marca para o judô feminino que premia o esforço de toda uma geração. Desta vez, o ouro era mais palpável para mim, mas quem sou eu para renegar uma medalha", declarou.

Guilheiro comentou também seu desempenho na competição. Segundo o judoca, sua luta evolui ao longo dos Jogos Olímpicos, até chegar na conquista de uma medalha.

"Não fui bem nas primeiras lutas. Evoluí ao longo da competição, principalmente após a derrota para o coreano, em que nós dois saímos machucados. Quanto à final contra o iraniano, já havia vencido ele na Supercopa de Moscou", lembrou Guilheiro.

O brasileiro admitiu que momentos antes da luta, teria visualizado o ippon em Ali Malomat mais de mil vezes. "Foi um golpe de grande plasticidade. Quando assisti à vitória da Ketleyn, ganhei uma motivação extra para a minha luta. Hoje o Brasil viveu um dia mágico", finalizou.

Após medalha, Guilheiro só pensa em descansar

Leandro Guilheiro dá ippon e leva o bronze no judô


Renato PazikasDireto de Pequim

Mesmo após faturar a segunda medalha para o Brasil na Olimpíada de Pequim e a segunda em Jogos Olímpicos na carreira, o judoca Leandro Guilheiro afirmou que depois de tantas lutas nesta segunda-feira, só pensa em descansar

"Sou muito chato com comemoração. Quero só descansar e falar com a minha família. Lamento eles não estarem aqui porque foram os que me ajudaram em todos os momentos", comentou.

Depois da Olimpíada de Atenas, quando também faturou o terceiro lugar, Guilheiro sofreu com as lesões. O judoca operou o pulso, lesionou o quadril e teve uma hérnia de disco pouco antes do Pan do Rio, quando faturou a prata.

No entanto, o atleta afirmou que nunca desistiu. Na primeira luta, contra o argentino Daniel Bertolotti, o adversário abriu dois kokas, mas Guilheiro disse que no judô é preciso acreditar até o final.

"Acredito até o fim. Enquanto tiver chances, não desisto. No judô, com um ippon você vence uma luta. Fui crescendo durante a competição", completou o brasileiro, que derrotou o iraniano Ali Malomat em apenas 23 segundos de luta, com um ippon.



Após luta de 23 segundos, judoca dá 2º bronze ao Brasil

Guilheiro comemora 2º bronze olímpico na carreira


O brasileiro Leandro Guilheiro derrotou o iraniano Ali Malomat, na categoria até 73 kg, nesta segunda-feira, pelos Jogos Olímpicos de Pequim, no Ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia, e faturou, por ippon, a segunda medalha de bronze para o Brasil em apenas 23 segundos de luta.

» Assista ao vídeo

Alguns minutos antes de Guilheiro, a brasileira Ketleyn Quadros também ficou com o terceiro lugar no judô. Foi a primeira vez que uma mulher faturou uma medalha olímpica para o Brasil em esportes individuais.

Antes de pisar no tatame contra o iraniano, Guilheiro derrotou o ucraniano Gennadii Bilodid, que recebeu quatro punições por falta de combatividade e acabou eliminado.

Guilheiro estreou em Pequim com uma vitória sobre o argentino Mariano Daniel Bertolotti. Logo depois, com um ippon, derrotou o sul-africano Marlon August pelas oitavas-de-final.

Nas quartas, o brasileiro enfrentou o sul-coreano Wang Kichun, atual campeão mundial. Depois de um combate zerado durante o tempo regulamentar, o asiático conseguiu um ippon no "golden score".

O campeão olímpico da categoria foi Elnur Mammadli, do Azerbaijão, que venceu na final o sul-coreano algoz de Guilheiro. O outro bronze ficou com Rasul Boqiev, do Tajiquistão.

Com bronze, judoca ganha 1ª medalha do Brasil e faz história

Ketleyn derrubou tabus com o seu bronze em Pequim


Com um bronze, a judoca Ketleyn Quadros, 20 anos, deu a primeira medalha ao Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. Na manhã desta terça-feira (horário de Brasília), terceiro dia de competições, a atleta venceu a australiana Maria Pekli na categoria leve (até 57 kg). Além disso, a brasiliense entrou para a história como a primeira medalhista mulher do País em esportes individuais. » Assista ao vídeo

domingo, 10 de agosto de 2008

Japonês Uchishiba conquista o bicampeonato olímpico no judô 66 kg

O japonês Masato Uchishiba conquistou o bicampeonato olímpico no judô na categoria até 66 quilos ao derrotar na final o francês Benjamin Darbelet, enquanto que o cubano Yordanis Arencibia ficou com o bronze neste domingo nos Jogos Olímpicos de Pequim.

O japonês não precisou de muito tempo para vencer. Uchishiba dominou rapidamente seu rival e, depois de pouco mais de um minuto, o imobilizou. Darbelet tentou sair da guarda do japonês, sem sucesso.

Uchishiba já havia conquistado a medalha de ouro nos Jogos de Atenas-2004.

O cubano Yordanis Arencibia e o norte-coreano Pak Chol Min ficaram com as medalhas de bronze. O cubano foi medalha de bronze em Atenas-2004 e de prata no Mundial-2007 do Rio de Janeiro.

Bicampeão mundial João Derly chora, pede desculpas e reclama dos juízes

A última imagem de João Derly em Pequim foi de um choro contido. Quando se preparava para deixar o ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia, ele aceitou o pedido de um autógrafo para uma fã, pediu desculpas a ela e depois não resistiu às lágrimas. Bicampeão mundial e uma das maiores esperanças de medalha do Brasil em Pequim, ele lamentou a derrota para o português Pedro Dias.


- Fico procurando alguma coisa que tenha feito de errado, mas isso é esporte. A gente entra sem saber quem vai vencer. Achei que eu poderia ir melhor aqui. Fico triste de não disputar uma medalha e sair assim - disse.

João elogiou o estilo de luta do português. Disse que não conseguiu encaixar seu jogo desde o começo do combate e também fez críticas aos juízes.

- Nunca gostei de botar culpa nos juízes, mas eles tiveram alguns erros na luta. E eu poderia ter compensado isso de alguma forma e acabei me enrolando - disse ele, que falou que seu rival poderia ter sido punido por falta de combatividade no início da luta.

O brasileiro contou ainda que ficou 'desesperado' nos segundos finais da luta, quando tentou reverter a vantagem do português. E fez uma crítica de sua atuação.

- A gente tira lições quando perde e quando ganha. Eu tenho que impor mais o meu jogo. Sou agressivo e hoje estava mais acanhado - disse.



Andressa perde e está fora dos Jogos Olímpicos

Menos de 24h após chegar a Pequim, para substituir Érika Miranda, a judoca Andressa Fernandes estréia com derrota na categoria meio-leve(até 52kg) dos Jogos Olímpicos de Pequim. Neste domingo, Andressa perdeu para a dominicana Maria Garcia, por duas punições contra uma, todas por falta de combatividade, em uma luta com poucos ataques.

As esperanças de Andressa para continuar nestes Jogos Olímpicos duraram apenas até a segunda luta de Maria Garcia no meio-leve. A dominicana foi derrotada pela coreana Kyungok Kim, eliminando a brasileira
 

Chegada suada a Pequim

Andressa Fernandes substituiu Érika Miranda, que sentiu uma lesão no joelho durante os treinos para os Jogos Olímpicos. A paulistana de Santos viveu um drama nos últimos dias, chegando a ter sua ida para Pequim negada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ), devido ao curto espaço de tempo para que todos os trâmites pudessem ser resolvidos.

Entretanto, na última quinta-feira, a CBJ decidiu pela ida de Andressa para os Jogos. Após uma viagem de mais de trinta horas para Pequim, a santista chegou no último sábado à capital chinesa, tendo menos de 24 horas para se adaptar ao fuso horário local e estrear nas Olimpíadas.


Bicampeão mundial, Derly perde e está fora de sua primeira participação olímpica

Agência/Reuters Agência/Reuters

Pedro, de azul, no ataque a Derly nas oitavas

Uma das esperanças de ouro do Brasil, João Derly foi derrotado em sua segunda luta neste domingo pelos Jogos Olímpicos de Pequim. Pela categoria meio-leve (até 66kg), o bicampeão mundial perdeu para o português Pedro Dias, 13º lugar no Mundial do Rio de Janeiro, por um wazari e um koka, contra apenas um koka do brasileiro. Com a derrota de Pedro Dias para o norte-coreano Chol Min Pak nas quartas-de-final, João dá adeus ao sonho da medalha em sua primeira participação olímpica.

A luta deste domingo foi tensa desde o início para João Derly. Mostrando que havia estudado bem o jogo do adversário, Pedro Dias se defendia bem dos ataques de perna do gaúcho e usava muito bem os contra-golpes, levando sempre muito perigo a João Derly. E foi em um desses contra-golpes que o português definiu sua vitória, conseguindo o wazari e somando-o ao koka obtido pela punição ao brasileiro por falta de combatividade.



sábado, 9 de agosto de 2008

Estrela japonesa perde chance de chegar ao tricampeonato olímpico no judô

Bicampeã olímpica (Sydney e Atenas) e uma das grandes esperanças de medalha de ouro do judô japonês, Ryoko Tani foi eliminada neste sábado nas semifinais da categoria até 48kg dos Jogos Olímpicos de Pequim. Ryoko perdeu para a romena Alina Dumitru por um wazari contra um yuko e agora entra na disputa pela medalha de bronze.


Apesar de fazer com Dumitru um dos clássicos do judô mundial, Ryoko nunca havia perdido para a romena, somando três vitórias, a última delas no Mundial do Rio de Janeiro, quando conquistou o heptacampeonato.

Petrikov perde, e Denílson Lourenço está fora das Olimpíadas

Agência/AFP Agência/AFP

Petrikov, de quimono azul, na vitória sobre Denílson Lourenço, na segunda rodada

O Brasil termina o primeiro dia sem medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim. Após ser derrotado pelo tcheco Pavel Petrikov na segunda rodada da categoria ligeiro (até 60kg), Denílson Lourenço viu seu sonho olímpico terminar com a derrota de Petrikov nas oitavas-de-final para o uzbeque Rishod Sobirov, no golden score.

Com a saída de Lourenço, o Brasil não tem mais chances neste sábado. Pouco antes, Sarah Menezes viveu o mesmo drama na ligeiro (até 48kg), ao ver a húngara Eva Csernoviczki ser derrotada em sua segunda luta, para a romena Alina Alexandre Dumitru. Na estréia em Pequim, Sarah havia sido derrotada por Eva por ippon.



Andressa Fernandes chega a Pequim 25 horas antes da estréia em Olimpíadas

Depois de muita polêmica, a judoca Andressa Fernandes desembarcou em Pequim às 11h15m locais (0h15m de sábado em Brasília). Convocada na última hora para o lugar de Érika Miranda, cortada por uma lesão no joelho, ela chegou ao aeroporto 25 horas antes de ter de entrar no tatame para lutar com a dominicana Maria Garcia.


- Não acho que vou ter problemas com fuso horário ou adaptação ao clima. Tenho uma ordem do meu técnico para chegar e dar uma corrida de uns 25 minutos para desintoxicar. Depois, vou descansar e lutar. Estar aqui para mim é uma grande vitória - diz ela.

Andressa por pouco não ficou fora das Olimpíadas. Inicialmente, a Confederação Brasileira de Judô informou que não haveria tempo hábil para que ela fosse inscrita no lugar de Érika. A confirmação só saiu na noite de quinta na China (manhã de quinta no Brasil).

- Depois de tudo o que aconteceu, quero fazer bonito para compensar o esforço que fizeram por mim. Mas não vou me cobrar muito. Tentarei entrar o mais calma possível - diz.

A missão de Andressa não será fácil. Sua adversária de estréia foi medalha de bronze no último mundial juvenil, em 2006.

- Ela vem evoluindo muito nos últimos anos. Será uma adversária difícil - diz.

Brasileira perde em um minuto e dá adeus



A brasileira Sarah Menezes não teve sorte e foi derrotada logo em sua primeira luta nas Olimpíadas de Pequim. Ela foi superada por ippon pela húngara Eva Csernoviczki após 1m07 de combate.

Fora da briga pelo ouro na categoria até 48 quilos, Sarah precisava torcer para que a húngara avançasse até as semifinais. Só assim, a brasileira poderia disputar a repescagem. Csernoviczki, porém, perdeu em sua segunda luta, e Sarah não voltará aos tatames em Pequim.


Lourenço perde e dá adeus à luta pelo ouro na categoria até 60 quilos do judô

Denílson Lourenço está fora da briga pelo ouro em Pequim. O judoca brasileiro foi facilmente superado pelo tcheco Pavel Petrikov, neste sábado, e acabou eliminado na categoria até 60 quilos.


Mais passivo, o brasileiro passou boa parte da luta se defendendo. Do outro lado, Petrikov atacava e conseguiu primeiro um yuko, logo trocado para um koka pelos juízes de canto. Faltando menos de um minuto para o fim, o drama do brasileiro aumentou, com o tcheco conseguindo o yuko que definiu o placar.


Para ter a chance de lutar pelo bronze, o brasileiro agora precisa torcer para que Petrikov avance até as semifinais. Caso o tcheco não fique entre os quatro primeiros, Lourenço não voltará aos tatames na China.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

João Derly é poupado de treino antes da estréia contra sul-coreano no domingo

Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro

João Derly em momento de descontração

O judoca brasileiro bicampeão mundial dos meio-leves, João Derly, faz sua estréia em Olimpíadas no próximo domingo e nesta sexta-feira preferiu não treinar para se poupar para a primeira luta contra o sul-coreano Joosin Kim.

Derly, de 27 anos, vai enfrentar Kim pela primeira vez.

- É hora de descansar o corpo. Estou no peso e posso poupar energia para chegar bem na competição. Não me lembro de ter chegado a uma competição tão bem assim em relação ao peso - afirma Derly, que está pesando 65,8 kg, segundo a Confederação Brasileira de Judô. Sua categoria tem atletas até 66 kg.


Rogério Sampaio conta como conseguiu levar Andressa Fernandes a Pequim



A batalha foi vencida. Foi com esse sentimento que o campeão olímpico dos Jogos de Barcelona-1992, Rogério Sampaio definiu o sucesso de seus esforços para conseguir que a judoca Andressa Fernandes substituísse Érika Miranda, cortada da seleção devido a uma lesão no joelho, nas Olimpíadas de Pequim.

Nesta quarta-feira, quando Érika deixou a equipe, o técnico da seleção de judô, Ney Wilson, afirmou que não seria possível chamar a atleta reserva, Andressa, para disputar as Olimpíadas por falta de tempo. Porém, após um dia de conversas entre Sampaio, o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, e representantes do Comitê Olímpico Brasileiro, a situação foi contornada e Andressa embarcará para Pequim ainda nesta quinta-feira.

- Esse não foi um ippon como os que eu conquistava nos meus tempos de atleta. Essa luta levou tempo, foi cansativa, mas coroada com vitória. Uma vitória por pontos, mas legítima. Que venham agora os verdadeiros adversários olímpicos – afirmou Sampaio, que, em breve, estreará seu blog no GLOBOESPORTE.COM e será o comentarista de judô da TV Globo durante as Olimpíadas.  


O campeão olímpico conta na carta que passou a última madrugada no telefone com Wanderley, que só havia chegado à Vila Olímpica nesta quarta-feira. O dirigente, então, conseguiu inscrever a atleta junto à Federação Internacional de Judô rapidamente, pois a data já era o dia-limite para a alteração dos nomes dos representantes de cada categoria. Depois de tudo certo com a FIJ, foi a vez do COB providenciar os detalhes para a viagem da judoca e, assim, terminar a 'força-tarefa' que levou a atleta a Pequim.

 

Leia um trecho da carta de Rogério Sampaio:

"É certo que ela teria melhores condições de luta se já tivesse embarcado na terça-feira, dia do corte de Érika Miranda. Apesar de tantos percalços, a atleta já chegará a Pequim como uma vencedora. Ela vai ter a oportunidade de competir, de apresentar o seu melhor e, quem sabe, de conquistar uma medalha olímpica. A trajetória de Andressa Fernandes até chegar às Olimpíadas foi marcada por muitas dificuldades, mas acredito que ela possa surpreender na competição de domingo. Afinal, a superação faz parte da história dos grandes campeões."


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

No embarque de Andressa Fernandes, Rogério Sampaio aposta em medalha


Julyana Travaglia/GLOBOESPORTE.COM

Andressa embarcou nesta quinta para Pequim

Um dos mais animados – depois da própria Andressa Fernandes, é claro! –, Rogério Sampaio, medalhista olímpico em Barcelona-1992, era só confiança no embarque da judoca para Pequim. Andressa soube na manhã desta quinta-feira que iria substituir Érika Miranda, cortada da seleção por um problema de lesão no joelho. Rogério, dono da academia em que ela treina em Santos, a acompanhou até o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos.

- Ela está muito bem preparada - afirma Rogério.

O ex-judoca e que será comentarista do esporte na TV Globo durante as Olimpíadas aposta em medalha para Andressa, que competirá na categoria meio-leve. Ele viaja nesta tarde para Pequim. Serão cerca de 30 horas até chegar à capital chinesa. Seu desembarque está previsto para as 9h de sábado (pelo horário local) e a estréia já será no domingo, diante da dominicana Maria Garcia. 

- A Andressa lutou com a Maria há dois anos e ganhou. Ela está muito bem e nunca deixou de treinar. Estou confiante em medalha - diz Sampaio.

O comentarista ainda não se conforma com a forma com que foi conduzida a convocação de Andressa. Érika, a atleta cortada em Pequim, já viajou machucada para a China. Depois, o técnico da seleção brasileira, Ney Wilson, afirmou que não seria possível chamar uma reserva. Nesta quinta pela manhã, porém, veio a autorização.

- Após os Jogos, eu vou questiona a confederação sobre o motivo de ter levado uma atleta machucada e por que não deixaram a reserva de sobreaviso ou mesmo por que não levaram a equipe reserva para treinar lá junto dos titulares - completa Rogério Sampaio.

Tiago Camilo e João Derly enfrentam japonês e coreano na estréia

Mateus Bruxel/GLOBOESPORTE.COM Mateus Bruxel/GLOBOESPORTE.COM

João Derly e Tiago Camilo são as maiores esperanças de medalha do Brasil no judô

Nove dos 13 judocas brasileiros já conhecem seus adversários na estréia no torneio dos Jogos de Pequim. Brasileiros com mais chance de medalha, Tiago Camilo e João Derly terão pela frente rivais orientais. O primeiro encara o japonês Takashi Ono, e o segundo enfrenta o coreano Joojin Kim.

Os primeiros brasileiros a entrar no tatame, no sábado, serão Denílson Lourenço e Sarah Menezes. O paulista vai enfrentar o ucraniano Maksym Korotun.

- Denílson caiu numa chave boa. Temos imagens em filme deste ucraniano, e Denílson já treinou bem com ele - disse Luiz Shinohara, técnico da seleção brasileira.

Já a piauiense vai enfrentar a húngara Eva Csernoviczki.

- Neste ano, Sarah teve a oportunidade de treinar com a maior parte das atletas de sua categoria. Ela treinou bastante com essa húngara e lutou bem com a romena pentacampeã européia e bronze no Mundial, com quem poderá fazer o segundo combate - disse Rosicléia Campos, técnica da seleção brasileira, referindo-se a Alina Alexandra Dumitru.

O sorteio da chave de Edinanci Silva já foi realizado, mas ela terá de esperar para conhecer sua oponente, pois enfrentará a vencedora de Esther San Miguel (ESP) x Vera Moskalyuk (RUS).

Confira os adversários dos brasileiros:

Masculino:

-60kg: Denílson Lourenço x Maksym Korotun (UCR) - dia 9/sábado

-66kg: João Derly x Joojin Kim (COR) - dia 10/domingo

-73kg: Leandro Guilheiro - ainda sem adversário - dia 11/segunda-feira

-81kg: Tiago Camilo x Takashi Ono (JAP) - dia 12/terça-feira

-90kg: Eduardo Santos - ainda sem adversário - dia 13/quarta-feira

-100kg: Luciano Corrêa - ainda sem adversário - dia 14/quinta-feira

+100kg: João Gabriel Schlittler x Yevgen Sotnikov (UCR) - dia 15/sexta-feira

 

Feminino: 

-48kg: Sarah Menezes x Eva Csernoviczki (HUN) - dia 9/sábado

-52kg: Andressa Fernandes x Maria Garcia (DOM) - dia 10/domingo
-57kg: Ketleyn Quadros x Sinyoung Kang (COR) - dia 11/segunda-feira

-63kg: Danielle Yuri x Jayoung Kong (COR) - dia 12/terça-feira

-70kg: Mayra Aguiar x Leire Iglesias (ESP) - dia 13/quarta-feira

-78kg: Edinanci Silva x vencedora de Esther San Miguel (ESP) x Vera Moskalyuk (RUS) - dia 14/quinta-feira

Após impasse, judoca embarca para Pequim para substituir Érika Miranda

Andressa Fernandes embarca nesta quinta-feira para Pequim, onde se juntará à delegação de judô do Brasil para a disputa dos Jogos Olímpicos de 2008. Andressa vai substituir a judoca Érika Miranda, que lesionou o joelho direito durante os treinos. A confirmação foi feita pelo chefe de equipe brasileiro, Ney Wilson, também diretor técnico da Confederação Brasileira de Judô.


- Conseguimos a inscrição dela. Ela viaja amanhã (hoje), às 16h10m e chega a Pequim na sexta-feira de manhã – disse ele.

A empreitada de Andressa não será simples. Depois de enfrentar as quase 30 horas de viagem, a lutadora terá pouco tempo para descansar, já que a sua categoria, meio-leve, terá as disputas no próximo domingo.

Transmissão das lutas de judo nas Olimpiadas de Pequim

Esse link tambem pode transmitir lutas de Judo nas Olipiadas.

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Transmissão das lutas de judo nas Olimpiadas de Pequim

Lutas de Judo nas Olimpiadas também podem ser transmitidas por esse canal.

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Assista as lutas de Judo nas Olimpíadas.

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Derly: 'Tenho lutado até dormindo'

Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro 

Derly brinca ao lado da estátua de um leão

Após 13 dias em Osaka, no Japão, a delegação brasileira de judô desembarcou no Aeroporto Internacional de Pequim nesta terça-feira para a disputa dos Jogos Olímpicos. O bicampeão mundial meio-leve (- 66kg), João Derly, disse estar no auge para lutar pela medalha de ouro.


- Estou 110%, tanto física quanto emocionalmente. Vivo a melhor fase da minha vida e me encontro num estágio superior ao do Mundial de 2007. Tenho lutado até dormindo - brinca.

Para os judocas, a pressão por resultados não atrapalhará a performance brasileira.

- Estou muito bem preparado para pisar o tatame no dia 14 de agosto. Se for bem na primeira luta, tenho certeza de que conquistarei uma medalha, não importa de que cor. Vou trabalhar forte para não deixar a ansiedade atrapalhar – diz Luciano Corrêa, campeão mundial da categoria meio-pesado (- 100kg) do Mundial Sênior (2007) e medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
A brasiliense Ketleyn Quadros reconheceu que estava um pouco ansiosa para chegar logo a Pequim e realizar o sonho de disputar os Jogos Olímpicos.

- Mas nada irá influir negativamente na hora do tatame - garantiu a judoca, que disputará as provas da categoria leve (- 57kg).

O chefe de equipe Ney Wilson Pereira da Silva está bastante confiante no desempenho dos judocas em Pequim.

- O trabalho da comissão técnica será tirar qualquer peso das costas dos atletas e deixá-los concentrados unicamente nas lutas, sem qualquer tipo de pressão.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Edinanci Silva, a 'tia' dos judocas brasileiros

A judoca brasileira Edinanci Silva, que competirá na categoria meio-pesado nos Jogos Olímpicos de Pequim, disse hoje que conversou com os demais atletas da modalidade para passar um pouco de sua experiência de quem vai para a quarta participação no torneio olímpico.

- Fizemos uma reunião durante a aclimatação no Japão. Primeiro falou o coordenador técnico Ney Wilson, depois ele me pediu que passasse um pouco da minha vivência. Falei da importância de não se iludir com as Olimpíadas e se concentrar para lutar - afirma a judoca, lembrando também a grande expectativa que cerca os atletas:- Agora é esse frenesi todo da imprensa, dos amigos, da família e da torcida. Mas se deixarmos a chance de um bom resultado passar tudo acaba. Para continuar com este clima é preciso vencer - destaca.

Em Pequim, a paraibana baterá o recorde do judô brasileiro de participações em Jogos Olímpicos, superando Aurélio Miguel, Henrique Guimarães, Walter Carmona e Luiz Onmura, que têm três edições do torneio no currículo. Em Atlanta, Sydney e Atenas a judoca de 31 anos terminou na sétima colocação.

À exceção de Edinanci, a média de idade do judô é de 24 anos. Para os vários jovens e estreantes o clima, a beleza e a grandiosidade da Vila Olímpica são fascinantes.

- Não é uma vila, é uma cidade - espanta-se a leve Ketleyn Quadros, tão concentrada quanto suas companheiras de equipe.

- Sem dúvida isto aqui é diferente de tudo o que vivi até hoje. É um cuidado muito grande com os atletas. Nem me deixaram carregar minha mala. Mas estou muito tranqüilo quanto a tudo que nos cerca - comenta Eduardo Santos, do peso médio.

Já Leandro Guilheiro, bronze em Atenas 2004 e único remanescente da equipe masculina que esteve na Grécia há quatro anos, resume o espírito da equipe brasileira.

- Se tiver duas palavras para me definir hoje elas são foco e serenidade - diz o judoca.


"Pega leve com a vida, que a vida pega leve com você"

Joelho direito tira a judoca Érika Miranda dos Jogos Olímpicos

A equipe brasileira de judô nos Jogos Olímpicos de Pequim teve uma baixa nesta terça-feira. A atleta Érika Miranda, da categoria até 52kg, foi cortada da delegação brasileira por causa de um problema no joelho direito, detectado após um exame realizado pelos médicos da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Ela já estava com um problema no local desde o período de preparação, mas, mesmo com a fisioterapia, não se recuperou.


Desta forma, o país não será representado na categoria, já que a reserva, Andressa Fernandes, está no Brasil e não conseguirá chegar na China até o dia 10, data marcada para a realização das lutas. 

Érika havia sido a única entre as mulheres que garantiram participação nos Jogos depois do desempenho no Mundial da modalidade, no Rio de Janeiro (ficou em quinto lugar).



Técnico tenta prorrogar permanência de Sarah Menezes em Pequim


 
O técnico Expedito Falcão embarca às 23h30min desta segunda-feira (4) para Pequim, mas antes tenta conseguir com que sua atleta, a judoca Sarah Menezes (até 48kg), tenha estadia prolongada durante os Jogos Olímpicos. Fora da delegação brasileira, o treinador tem garantida sua presença na China até o dia 16, quando a competição de Judô será concluída. Já a primeira mulher do Piauí em uma Olimpíada luta no dia 9, e no dia 11 terá de voltar ao Brasil.
 
Por determinação da organização dos Jogos, os judocas do Brasil só poderão ficar nos alojamentos da Vila Olímpica enquanto estiverem competindo. Assim, Sarah terá de sair no dia 11 da Vila para dar lugar a outro colega de Seleção. O problema atinge todos os 13 judocas do Brasil classificados para as Olimpíadas.
 
"Estou tentando com amigos ver o que é possível ser feito. Queria mudar a passagem dela. Ela só chega no dia 5 na China, luta dia 9, tem o dia seguinte de folga e depois já volta ao Brasil. Seria importante que ela aproveitasse e acompanhasse todo o torneio", disse Expedito ao Cidadeverde.com.
 

Mayra Aguiar chega em Pequim, degusta maçã e se diz tranqüila para a estréia

André Amaral/GLOBOESPORTE.COM

Novata da seleção brasileira de judô, Mayra Aguiar chegou em Pequim tranqüila. A judoca contou que não está sentindo nervosismo nenhum por competir nos Jogos Olímpicos. Comendo uma maça, ela disse que vai treinar mais um pouco nos próximos dias para estar tinindo na estréia

Tiago Camilo garante estar muito mais maduro agora do que em Sydney-2000

Para Tiago Camilo, equipe olímpica brasileira de judô é a melhor da história do país

Tiago Camilo já viveu um sonho e um pesadelo olímpico. Em Sydney-2000, aos 18 anos, surpreendeu o mundo com uma medalha de prata. Quatro anos depois, foi eliminado na seletiva nacional e ficou fora dos Jogos após uma polêmica disputa com Flávio Canto. Nesta terça-feira, ele chegou a Pequim dizendo que se acha um melhor judoca do que era na Austrália.

- Estou mais maduro. São muitos anos desde Sydney e evoluí como pessoa e como atleta. É um Tiago diferente que chega aqui. Vou viver cada um desses dias intensamente - diz.

Com o status de campeão mundial adquirido no Rio, no ano passado, ele prefere não assumir o favoritismo e diz que sua categoria será uma das mais equilibradas de Pequim.

- Seria injusto me citar ou falar de qualquer outro atleta como favorito. São 10 a 15 lutadores com chances de medalha. Não posso falar de medalha. Posso dizer que vou me doar ao máximo. Aqui não pode ser de outro jeito - diz.

Tiago diz que a equipe brasileira está confiante em poder sair de Pequim com o melhor resultado do país na modalidade na história olímpica. Nas últimas três edições, o país voltou com duas medalhas na bagagem.

- Em termos de resultados e de talento da equipe, é o melhor time que o Brasil já teve no judô. Isso é resultado do trabalho de cada um. Agora é entrar no tatame e lutar por medalhas.

João Derly manda um recado ao rival cubano: 'Nos vemos na final'

André Amaral/GLOBOESPORTE.COM 

Judoca João Derly chega a Pequim

Foram poucos minutos de diferença. Primeiro apareceu a delegação cubana de judô no aeroporto internacional de Pequim. E minutos depois surgiram os brasileiros, puxados pelo bicampeão mundial João Derly, que aproveitou a coincidência para mandar um recado a Yordanis Arencibia, vice-campeão no Mundial do Rio.

- Se eu tivesse cruzado com ele, diria: 'Nos vemos na final'. Estou confiante. Meu objetivo em uma competição grande como essa é sempre o ouro. Fiz o meu melhor no treinamento. Agora é tentar conseguir essa medalha inédita pra mim - diz.

Derly não se incomoda com a posição de favorito ao título olímpico. Apesar de ser estreante em Olimpíadas, diz que está maduro e seguro para competir e brigar pelo ouro.

- As coisas acontecem sempre no tempo certo. É muito bom chegar aqui com bagagem e experiência. Meus últimos anos foram muito bons e espero que continue assim aqui - diz.

O gaúcho assumiu que está ansioso para entrar no tatame. Nesta terça-feira, ele faz seu primeiro treino em Pequim. Mas o que quer saber mesmo é de domingo, quando vai competir pela medalha.

- Se tivesse que começar a lutar hoje à noite, já estaria pronto - diz.

sábado, 2 de agosto de 2008

Conheça os principais tipos de doping no esporte

Conheça mais sobre as principais categorias de drogas banidas pela Wada (Agência Mundial Antidoping):

Estimulantes: substâncias que agem no cérebro estimulando o corpo tanto mental quanto fisicamente. Elas intensificam o estado de alerta, a competitividade e a agressividade, além de ajudarem no combate ao cansaço e fazerem o atleta se sentir mais forte, mas disposto e mais atuante.

O abuso na utilização de estimulantes pode aumentar a pressão sanguínea e a temperatura corporal, além de tornar o batimento cardíaco irregular. Entre os males decorrentes encontram-se paradas cardíacas e derrames.

Os estimulantes podem ser obtidos por meio de remédios controlados ou não-controlados, bem como em suplementos naturais e alimentares.

Entre os estimulantes proibidos constam: amineptina, amifenazola, anfetaminas, bromantan, carfedon, cocaína, efedrinas, fencanfamina, mesocarb, pentilentatrazol, pipradol, fenilpropanolamina, fentermina, salbutamol, salmenterol, estricnina, terbutalina.

Esteróides: os esteróides anabólicos (de fortalecimento) imitam os efeitos da testosterona (hormônio masculino), estimulando as células dos músculos e dos ossos a sintetizarem proteína. Ingerindo essas substâncias, os atletas conseguem aumentar sua carga de treinamento.

Os esteróides são usados na medicina para ajudar um paciente a recuperar-se de grandes cirurgias e de doenças graves.

Já que os esteróides reproduzem os efeitos de um hormônio natural, podem provocar o aparecimento de efeitos colaterais tais como traços masculinos em mulheres, infertilidade, impotência, espinhas e danos nos rins. Essas substâncias aumentam a pressão sanguínea, endurecem as artérias e levam ao surgimento de doenças no coração, males hepáticos e certas formas de câncer.

Entre os esteróides anabólicos contam-se: andostrenediona, nandrolona, estanozolol.

Diuréticos: os diuréticos ajudam a eliminar os fluídos do corpo e são usados para tratar a pressão alta, problemas cardíacos e doenças nos rins e fígado. Eles aumentam a produção de urina e reduzem o inchaço de tecidos provocado pela retenção de líquidos.

Alguns atletas utilizam os diuréticos para perder peso e para disfarçar a presença de outras substâncias em seu corpo ao diluir a urina e dificultar a detecção de remédios proibidos.

Os diuréticos provocam vários efeitos colaterais, incluindo casos graves de desidratação responsáveis por levar à falência dos rins e do coração.

Exemplos de diuréticos: acetazolamida, bumetanida, clortalidona, ácido etacrínico, furosemida, hidroclorotiazida, mersail, espironolactona, treiamtereno.

Hormônio de Crescimento Humano (HGH): trata-se de um hormônio natural que estimula o crescimento e promove a síntese de proteínas. Ingerido artificialmente, o HGH estimula a formação de músculos e tecidos. Entre os efeitos colaterais surgidos em adultos, incluem-se casos de desfiguramento, tais como pés, mãos e mandíbulas excessivamente grandes.

Eritropoietina (EPO): hormônio sintetizado pelos rins para regular a produção de glóbulos vermelhos. O EPO artificial aumenta o número de glóbulos vermelhos, ampliando a capacidade de corpo de usar oxigênio.

O EPO vem sendo usado por praticantes de esportes de resistência tais como os maratonistas e os esquiadores da modalidade cross-country. Mas também houve casos de doping em atletas que praticam esportes de explosão tais como os corredores provas rápidas.

Entre os efeitos colaterais contam-se pressão sanguínea elevada, aparecimento de coágulos em artérias e veias, inchaço do cérebro e convulsões.

Beta-bloqueadores: bloqueiam a transmissão de impulsos por meio dos beta receptores localizados no coração, nos pulmões e nas veias. Os beta-bloqueadores são usados na medicina para tratar de casos de angina, pressão alta e doenças cardíacas.

Por atletas, são consumidos para diminuir os batimentos cardíacos e evitar tremores em modalidades como tiro ao alvo e arco e flecha. Entre os efeitos colaterais contam-se fadiga, depressão e falência do coração.

Doping sanguíneo: injeção de glóbulos vermelhos ou de outros produtos semelhantes para aumentar o número dessas células no corpo. O sangue é tirado de um competidor, armazenado e depois reintroduzido cerca de um mês antes de uma competição.

Entre os perigos desse método incluem-se desde o aparecimento de febre e calafrios até infecções graves (inclusive a Aids), falência dos rins e do fígado e danos cerebrais.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Judô do Brasil aproveita bom ambiente no Japão antes de ir a Pequim

 
Redação Central, 30 jul (EFE).- A equipe brasileira de judô faz no Japão o último período de preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim, esperando aproveitar o ambiente favorável do país onde o esporte foi criado.
 
Os 13 judocas olímpicos brasileiros treinam desde 25 de julho na International Budo University em Katsuura, onde ficam até o dia 5.

"Sempre achei o Japão um lugar muito especial, o que torna esse período de aclimatação mais prazeroso. Estou tentando absorver a energia positiva daqui ao máximo", diz Leandro Guilheiro, bronze em Atenas 2004 na categoria peso leve.

O meio-pesado Luciano Correa, campeão mundial em 2007 e bronze no Mundial de 2005, também aproveita a preparação em território japonês.

"Adoro vir ao Japão, um país de importância fundamental para todos os judocas. Treinar aqui antes de uma competição tão importante é bom. Melhor ainda é pegar o espírito guerreiro daqui e levar conosco para a China", comenta Luciano.

"Conhecer o Japão e presenciar as tradições de nosso esporte é realmente muito legal. Dá uma certa energia que nos leva a querer mais", comentou João Gabriel Schlittler, bronze na categoria pesado no Mundial de 2007, e que já esteve três vezes no país.

A equipe olímpica de judô treina acompanhada de atletas da seleção brasileira júnior, antes de chegar à Vila Olímpica no dia 5 de agosto.

Brasil e Cuba ameaçam Japão no judô

Quatro anos depois de mostrar sua força com dez medalhas olímpicas, entre elas oito de ouro, o Japão tentará nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 voltar a mostrar sua autoridade no judô, ante a ameaça dos países emergentes, entre os quais se encontram Brasil e Cuba.

No Mundial do Rio de Janeiro-2007 e no anterior do Cairo, mostraram que a hegemonia japonesa está sob ameaça, diante do progresso das nações latino-americanas e de outras como a França e a China, anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2008.

Em Cairo-2005, os japoneses 'apenas' obtiveram três títulos, e dois anos mais tarde, na cidade brasileira, sua atuação não melhorou.

Ainda assim, a equipe japonesa chegará à Pequim como grande favorita e com representantes de grande qualidade, como Ryoko Tamura (-48 kg), que tentará seu terceiro título.

A delegação feminina sofreu uma maior renovação nos últimos anos, mas, ainda assim, continuam as campeãs Auymi Tanimoto (-63 kg) e Masae Ueno (-70 kg).

O grande ausente será Kosei Inoue, vencedor dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e tricampeão mundial, ao ser eliminado nas seletivas e anunciar sua retirada dos tatames.

Os campeões em Atenas, Matatoshi Uschichiba (-66 kg), Maki Tsukada (+78 kg) e Keiji Suzuki, que baixou dos 100 kg, continuam na equipe japonesa.

Na frente deles estarão às equipes do Brasil, impressionante no mundial do Rio (três títulos) e Cuba, apesar da deserção em maio da bicampeã mundial, Yurisel Laborde (-78 kg).

Também terá que seguir muito de perto a China, que se preparou com muita consciência para desempenha um bom papel nos Jogos diante de sua torcida, como judocas como Tong Wen (+78 kg), Liu Xia (-78 kg), Qin Dongya (-70 kg) e Gao Feng (-48 kg).

A França é também uma séria aspirante, com nomes como o Teddy Riner, anunciado como o sucessor do mítico David Douillet.

Todos eles parecem dispostos a acabar com o domínio até agora incontestável do Japão, a grande potência do judô, uma esporte que desde 2003 tem experimentado forte desenvolvimento em várias partes do mundo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Judô: Técnico Kiko Pereira acompanha seleção no Japão


Antônio Carlos Pereira, o Kiko, é mais um reforço para a seleção brasileira na reta final de preparação para os Jogos Olímpcios de Pequim. A convite da Confederação Brasileira de Judô, o treinador da Sogipa/RS é assistente técnico do Brasil durante os dez dias de trabalho na International Budo University, em Katsuura/Japão.

"Estou muito feliz pois é minha primeira visita ao país onde o judô nasceu", comenta Kiko que, em Porto Alegre, treina os campeões mundiais João Derly e Tiago Camilo, além da revelação do judô feminino, Mayra Aguiar.

Kiko irá a sua terceira Olimpíada. Ele assistiu aos Jogos de Atlanta 96 e Sydney 2000, ocasiões em que, como agora, a seleção brasileira teve atletas treinados por eles. O ligeiro Alexandre Garcia esteve nos Estados Unidos e a também ligeiro Mariana Martins foi à Austrália.

"Quem sabe agora não volto com uma medalha?", sonha Kiko.