terça-feira, 30 de junho de 2009

Judocas Flávio Canto e Léo Leite são apresentados no Tijuca Tênis Clube

 

Os judocas Flávio Canto e Léo Leite foram apresentados, nesta segunda-feira, na sede do Tijuca Tênis Clube, no Rio. Os atletas, que vinham sofrendo com a crise do judô carioca desde o fim do ano passado, assinaram contrato de três anos e não esconderam a alegria com o projeto do clube em apoiar o esporte olímpico.

Igor Christ/GLOBOESPORTE.COM

Flávio Canto posa ao lado do avô Cláudio Werneck e de Léo Leite na apresentação oficial ao Tijuca

- Essa vinda para o Tijuca é um resgate da tradição da minha família. Eu nadei pelo clube quando era mais novo, meu avô foi diretor de tênis e agora vou poder vestir o quimono. A idéia do clube é voltar a formar atletas e isso é importante para o judô carioca - disse Flávio.

No almoço de apresentação dos judocas, o avô de Flavio, Cláudio Werneck, recebeu uma placa comemorativa pelos serviços prestados ao clube e deixou o neto emocionado.
- Estou muito orgulhoso, pois ele foi o meu maior incentivador - lembrou o atleta, medalhista em Atenas-2004

Flávio, que estava sem clube desde maio e negociava com o Pinheiros, de São Paulo, conseguiu realizar o desejo de permanecer no Rio, onde comanda o Instituto Reação, que atua na formação de jovens atletas e crianças carentes.

- Faltava um clube forte para eu treinar e o Tijuca me chamou. Mas o fato de continuar no Rio de Janeiro me motivou ainda mais, pois poderei ficar perto do meu instituto e do projeto que eu desenvolvo com os jovens atletas - contou.

Quem também não escondeu o alívio com o novo contrato foi Léo Leite, reserva de Luciano Corrêa nas últimas Olimpíadas. Ele afirmou que o Tijuca tem como objetivo alavancar o esporte olímpico na cidade e a contratação dos judocas serve como ponto de partida para a chegada de outros atletas.

- Esse acerto é muito promissor, pois o Tijuca tem uma estrutura muito boa para os treinamentos. Eu sofri com os salários atrasados no Flamengo e com a crise da modalidade aqui no Rio, mas agora estou mais tranquilo. É um peso que sai das minhas costas - disse Léo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Judô: CBJ assina com Rede Record por quatro anos



O grande marco da abertura do Seminário Nacional de Gestão Esportiva na noite da última sexta-feira no Hotel Windsor, no Rio de Janeiro, foi a solenidade de assinatura do contrato de cessão de direitos entre a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e a Rede Record.

O acordo foi selado entre o presidentes das duas instituições Paulo Wanderley Teixeira (CBJ) e Alexandre Raposo (Record) e terá validade de quatro anos, até a Olimpíada de Londres em 2012. O campeão olímpico Rogério Sampaio será o comentarista.

Depois de adquirir os direitos para transmissão dos próximos Jogos Olímpicos com exclusividade para território nacional, além dos próximos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015, a Record tem no judô a sua primeira modalidade "oficial".

A parceria começará com a transmissão do Grand Slam do Rio de Janeiro e Copa do Mundo de Belo Horizonte e contemplará os demais eventos do calendário oficial da CBJ, como Grand Prix Nacional, Desafios Internacionais, entre outros.

sábado, 6 de junho de 2009

Judô brasileiro compete na Europa

Neste sábado e domingo, serão realizadas duas etapas da Copa do Mundo de Judô. Em Bucareste e Lisboa, vários judocas brasileiros vão competir em busca da medalha de ouro.

Em Bucareste o país será representado por Ricardo Ayres (-60kg), Breno Bufolin (-60kg), Luis Revite (-66kg), Charles Chibana (-66kg), Marcelo Contini (-73kg), Leonardo Luz (-73kg), Nacif Elias (-81kg), Hugo Pessanha (-90kg), Leonardo Leite (-100kg), Leandro Gonçalves (-100kg), Alex Reiler (-100kg) e Walter Santos (+100kg).

Já em Lisboa, a seleção feminina será formada por Sarah Menezes (-48kg), Andressa Fernandes (-52kg), Erika Miranda (-52kg), Raquel Silva (-52kg), Rafaela Silva (-57kg), Ketleyn Quadros (-57kg), Mariana Barros (-63kg), Camila Minakawa (-63kg), Danielli Yuri (-63kg) e Natália Bordgnon (-70kg)

- Será a primeira vez que uma equipe do Brasil disputa a Copa do Mundo de Bucareste, por isso, é novidade para todos.. Com certeza será um torneio forte, pois acontecerá numa região onde residem muitos bons lutadores - afirmou Leonardo Leite, vice-campeão mundial por equipes em 2007.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Casal que dirigiu Federação na "era Mamede" é condenado à prisão por desvio de verbas


Antonio Oliveira Costa e sua esposa Maria Salvador da Costa, ambos ex-presidentes da Federação Mineira de Judô durante a "era Mamede", foram condenados a 16 anos de prisão em regime fechado, pela Justiça Mineira. Em ação penal movida pelo Ministério Público, os ex-dirigentes foram considerados culpados por crimes como desvio de verba, formação de quadrilha e apropriação indébita. A defesa do casal já entrou com pedido de anulação da sentença.

A decisão foi registrada no dia 27 de maio e publicada no Diário Oficial dois dias depois. Embora condenado, o casal ainda não foi intimado e segue em liberdade, segundo informou o advogado de defesa Antonio Velloso Neto.

O casal comandou a entidade mineira no período em que Joaquim Mamede presidiu a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) - de 1980 a 2001. A polêmica administração do mandatário foi marcada por acusações de corrupção e irregularidades. Aliado de Mamede, Antonio Oliveira foi presidente da federação a partir de 1984, permanecendo no cargo até 1987. Em seguida, foi a esposa, Maria Salvador, quem assumiu o comando da entidade, até 2001, quando foi destituída do cargo, sendo substituida por uma comissão interventora.

Após sua saída, a Federação Mineira, já sob a tutela de Geraldo Brandão de Oliveira, entrou com uma ação para investigar a passagem de ambos pelo cargo. Os problemas incluem o desvio de verbas da entidade, desvio de valores de um bingo e eles também teriam lesado o "Livro de Ouro" da Federação, entre outras acusações.

Com a condenação do casal e mais dez envolvidos - com menores penas -, a atual presidência da federação, a cargo de Luiz Augusto Martins Teixera, entrará com uma medida de execução provisória, em que tentará receber o valor que foi apropriado pelo casal. A ação inicial falava em uma indenização de cerca R$ 140 mil, valor que pode assim retornar aos cofres da entidade.

"Essa notícia a gente recebe em um primeiro momento com uma tristeza muito grande, porque é um escândalo que envolve o nosso esporte", afirmou Teixeira, atual presidente. "Em um segundo momento, vem a alegria de saber que a Justiça está sendo feita e que está punindo quem anda fora da lei. Esse processo, na verdade, foi um esforço conjunto de várias pessoas, de uma parte do judô mineiro que clamava por justiça."

O dirigente ainda aguarda os próximos passos da defesa de Antonio Oliveira e Maria Salvador. "Como foi em primeira instância, eles podem recorrer e ter redução da quantia, da pena ou até mesmo serem inocentados", completou ele.

Neto, que representa a família Costa (o casal e dois filhos) e mais quatro envolvidos no caso, informou que já entrou com pedido para anular ou reformular a sentença para absolvê-los. "Estou confiante, porque o juiz não examinou uma das teses da defesa, o que torna a sentença nula. É um dos pedidos que encaminhei ao Tribunal de Justiça", explicou. O advogado acrescenta ainda que o juiz aceitou prova ilícita para condenar e a pena, aplicada ao extremo, não seguiu as regras legais.

Teixeira afirmou que tem certo temor de a condenação dos ex-presidentes trazer uma mancha para o esporte, mas ressalta que os envolvidos com o judô em Minas Gerais é que pediram pela punição. "Estou tratando este assunto com muita delicadeza. Não estou condenando ninguém, quero garantir que a instituição não vai ser lesada", concluiu o presidente da Federação Mineira.