quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mesmo com recorde, Shinohara admite decepção por falta de ouro

A equipe brasileira terminou o Mundial individual na oitava colocação do ranking, sendo a primeira entre os países que não conquistaram ouro. A .... Foto: Léo Pinheiro/Terra

A delegação brasileira que disputou o Campeonato Mundial de Judô em Paris chegou ao País nesta terça-feira com cinco medalhas individuais na bagagem, recorde na competição. O fato de nenhum atleta ter subido ao lugar mais alto do pódio, no entanto, deixou o técnico da Seleção masculina, Luiz Shinohara, decepcionado.

"Em termos de quantidade de medalha, era mais ou menos isso que a gente esperava. Agora, em termos de qualidade, a gente apostava em pelo menos um ou dois ouros. Fizemos duas finais, mas não conseguimos", afirmou Shinohara. Das cinco medalhas brasileiras, duas foram de prata, com Rafaela Silva (até 57 kg) e Leandro Cunha (até 66 kg), que chegaram até as finais de suas categorias, mas foram derrotados por ippon por judocas japoneses. Sarah Menezes (até 48 kg), Mayra Aguiar (até 78 kg) e Leandro Guilheiro (até 81kg) voltaram para o Brasil com o bronze no peito.

"A participação foi muito boa, lógico que uma medalha de ouro faz toda a diferença, mas nosso foco principal era ter o maior número de medalhas e a gente acabou superando todos os Mundiais, com cinco medalhas", avaliou o técnico.

Para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, o trabalho é feito para colocar o Brasil no maior número possível de pódios, mas tentando garantir ao menos uma medalha de ouro, importante para o País no quadro de medalhas das Olimpíadas.

"A expectativa é muito boa, mas Jogos Olímpicos são Jogos Olímpicos. O trabalho todo é voltado para eles. Tivemos um desempenho muito bom no Mundial, com número muito bom em medalhas, mas a gente quer transformar isso aí em qualidade. Tendo uma, duas ou três medalhas e uma delas de ouro nos Jogos Olímpicos já é um resultado excelente", explicou Shinohara.

Derrotas para japonesas farão judocas terem treinamento específico


O sorriso estava estampado no rosto. Após garantir a melhor participação brasileira no Mundial de Judô, Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Sarah Menezes desembarcaram no Rio de Janeiro felizes pela conquista, mas já pensando em táticas para evitar derrotas para as japonesas. Em quatro combates na competição, foram quatro vitórias nipônicas.

- Uma medalha mundial é sempre importante e ainda o jeito que foi. Foram quatro ippons, então foi uma ótima competição. Agora temos treinamento no Japão para parar de perder para as japonesas. E vamos focar nas Olimpíadas mesmo - afirmou ao "Mayra Aguiar, bronze na categoria até 78kg.

Natural do Piauí, Sarah Menezes participou das Olimpíadas de Pequim-2008 com 18 anos e foi eliminada por ippon na primeira luta. Três anos depois, a medalhista de bronze na categoria até 48 kg acredita que a experiência das competições internacionais vai ajudá-la em 2012.

- É uma motivação que dá (ganhar o bronze), uma recompensa do esforço que eu estou tendo. Na Olimpíada de Pequim eu era bem nova e agora, com mais experiência, vai mudar completamente.

Prata na categoria até 57kg, Rafaela Silva se emocionou ao encontrar o técnico Geraldo Bernardes, que a acompanha e incentiva desde o início da carreira.

- Meu professor sempre falou e eu nunca coloquei fé. Eu ficava mais brincando. E agora eu vi que eu cheguei na seleção e sou vice campeã mundial - disse, orgulhosa.


sábado, 27 de agosto de 2011

Luciano Corrêa vê Londres mais longe com derrota em estreia

Campeão mundial em 2007, o meio-pesado Luciano Corrêa teve uma estreia decepcionante no Mundial de Judô de Paris. O brasileiro fez sua estreia contra o georgiano Irakli Tsirekdze em uma das primeiras lutas da manhã de Paris, e terminou derrotado após ter levado quatro punições. Depois da derrota, o judoca lamentou a eliminação e admitiu que a briga por uma vaga na Olimpíada de Londres ficou mais complicada.

"Dificulta. Ninguém imaginava que eu ia sair tão cedo. Nem eu. Acho que fiz uma boa preparação. Estou bem chateado com o que aconteceu. Mas não posso deixar isso passar e abrir a guarda. Agora é continuar trabalhando duro, me preparar para as próximas etapas e pontuar para ficar bem no ranking e tentar essa vaga olímpica", disse Corrêa, visivelmente decepcionado com seu desempenho.

"A gente já tem Copa do Mundo no final do mês, então falta em chegar em Belo Horizonte, sentar com meu técnico do Minas Tênis Clube e ver direitinho. Agora todo mundo está de cabeça quente, chateado, então tem que planejar direito e treinar bem. Não adianta sair catando um monte de Copa do Mundo e Grand Prix. Tem que treinar para tentar pontuar", explicou.

A meta de Corrêa agora é voltar aos treinamentos para reparar os erros apresentados no Mundial de Paris. "Tenho muita dificuldade em lutar com cara que pega cruzado, que nem o estilo do georgiano e do pessoal do Leste Europeu. Agora é tentar minimizar essa falha", afirmou o brasileiro.

O Brasil já conta com cinco medalhas nesta edição do Mundial, um recorde no número de pódios. Leandro Cunha (-66 kg) e Rafaela Silva (-57 kg) ficaram com a prata, enquanto Sarah Menezes (-48 kg), Mayra Aguiar (-78 kg) e Leandro Guilheiro (-81 kg) conquistaram o bronze.

Resumo do desempenho dos Brasileiros no 5º dia do Mundial de Judô

O quinto dia do Mundial de Judô de Paris não foi bom para o Brasil. Contando com cinco judocas, o dia em que mais atletas do País lutaram, a Seleção viu todos seus participantes serem eliminados neste sábado antes das quartas de final. É o primeiro dia desde o início da competição em que não haverá brasileiro no pódio de Paris. O torneio segue no domingo com a disputa por equipes, que terá participação da Seleção.

A primeira derrota veio com o ex-campeão mundial dos meio pesados Luciano Corrêa, que caiu na estreia para o georgiano Irakli Tsirekdze em uma das primeiras lutas da manhã de Paris. Pouco depois, o pesado Daniel Hernandes foi derrotado pelo francês Teddy Riner, tricampeão mundial e queridinho da torcida francesa.

O Brasil também teve derrotas com Rafael Silva (+100 kg) e Leonardo Leite (-100 kg), eliminados respectivamente na segunda rodada e nas oitavas de final. A última esperança do País era Maria Suellen Altheman (+78 kg), mas a paulista não conseguiu passar da cubana Idalis Ortiz.

O sorteio das chaves não foi bondoso com Hernandes. Escalado para enfrentar na primeira luta Riner, atleta de 2,04 m e 130 kg, o brasileiro não se intimidou e foi para cima do francês. Mas a zebra não esteve presente no Palais Omnisports de Bercy.

Sem ser derrotado em lutas pela categoria superior a 100 kg há três anos (desde a semifinal da Olimpíada de Pequim, em que caiu para o uzbeque Abdullo Tangriev), Riner teve calma e aplicou um uchimata com facilidade para derrotar o paulista por ippon em 1min43s.

Na primeira luta de um brasileiro, o meio-pesado Luciano Corrêa, ouro no campeonato mundial de 2007, realizado no Rio de Janeiro, foi eliminado por Irakli Tsirekdze. O brasileiro recebeu quatro punições e deixou a competição mais cedo.

Já a segunda luta de um judoca do País teve resultado bem melhor. Também na categoria até 100 kg, Leonardo Leite conseguiu uma boa apresentação contra o georgiano Irakli Tsirekdze. O judoca abriu vantagem com um yuko e, a 11 segundos do final da luta, aplicou um eri seoi otoshi e deixou o tatame com um ippon.

Na sequência, o meio-pesado teve pela frente o tailandês Teerwat Homklin e conseguiu outra vitória contundente. Depois de obter um yuko, Leite superou o asiático com um ippon e avançou às oitavas de final. O caminho para as quartas passava pelo egípcio Ramadan Darwish, bronze no Mundial de Roterdã 2009, e o africano conseguiu vitória por ippon.

A quarta estreia foi do pesado Rafael Silva, que derrotou o lituano Marius Paskevicius por ippon. Na sequência o mato-grossense enfrentou o francês Matthieu Battaille e foi derrotado por ippon, para a festa da torcida da casa.

Entre as mulheres a única presença é de Maria Suellen Altheman na categoria superior a 78 kg, que enfrentou a marroquina Rania El Kilali. Suellen tomou a iniciativa da luta e com menos 40s conseguiu um wazari. Em controle total da disputa a brasileira obteve seu ippon pouco mais de um minuto depois a partir de um segundo wazari e avançou.

A adversária nas oitavas era Idalis Ortiz, que já havia vencido Suellen em duas outras oportunidades. A brasileira não conseguiu encaixar golpes na cubana, que jogou de forma calma e cautelosa. Por fim, a paulista recebeu duas punições e viu sua derrota por yuko.

O Brasil encerra sua participação na competição individual com cinco medalhas, um recorde no número de pódios. Leandro Cunha (-66 kg) e Rafaela Silva (-57 kg) ficaram com a prata, enquanto Sarah Menezes (-48 kg), Mayra Aguiar (-78 kg) e Leandro Guilheiro (-81 kg) conquistaram o bronze.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A sexta-feira dos brasileiros no Mundial de Judô

Mayra Aguiar ganhou as três lutas nas eliminatórias por ippon, mas caiu diante da líder do ranking mundial, na semifinal da categoria até 78kg. Em luta equilibrada, ela sofreu dois wazaris e perdeu por ippon da japonesa Akami Ogata.

O meio (-90 kg) Hugo Pessanha foi derrotado pelo coreano Kyu-Won Lee na repescagem e perdeu a chance de brigar pelo bronze no Mundial de Paris. Perdendo por yuko, Hugo partiu para o ataque, mas tomou o contra-golpe do coreano e perdeu por ippon. O judoca também caiu por ippon nas quartas de final diante do líder do ranking e campeão mundial, o grego Ilias Iliadis.

A surpresa do dia foi a eliminação precoce do médio Tiago Camilo. Ele perdeu por wazari nas oitavas de final para Valentyn Grekov. O brasileiro até começou na frente com um yuko, mas foi surpreendido pelo ucraniano, que partiu para cima nos minutos finais e dominou o combate.

A médio Maria Portela (-70 kg) também está fora. Na estreia, ela encaixou um golpe com dois minutos de luta, o suficiente para bater a canadense Kelita Zupancic por yuko. Mas, no segundo combate, a brasileira tomou duas punições e caiu diante da eslovaca Rasa Sraka por um yuko.

O Mundial de Paris é o último do ciclo olímpico que culminará com os Jogos de 2012. Para Londres, se classificam os 22 melhores homens e as 14 melhores mulheres na classificação. Uma medalha de ouro vale 500 pontos no ranking. A prata dá 300 pontos, o bronze, 200, o quinto lugar, 100, e a sétima colocação, 80 pontos.

Mayra Aguiar vence por ippon e fatura o bronze na categoria até 78kg

A meio-pesado (-78 kg) Mayra Aguiar, vice-campeã do mundo no ano passado, derrotou a alemã Heide Wollert, número 7 do ranking, e faturou a quinta medalha do Brasil no Mundial de judô, nesta sexta-feira, em Paris. Esta é a melhor campanha entre as mulheres: uma prata e dois bronzes, superando 2010, quando as brasileiras levaram uma prata e um bronze. Com as pratas de Leandro Cunha (66kg) e Rafaela Silva (57kg) e os bronzes de Mayra Aguiar (78kg), Sarah Menezes (48kg) e Leandro Guilheiro (81kg), a seleção canarinho conquista o maior número de medalhas da história da modalidade.

Desde o início da luta, a técnica Rosicleia Campos dava instruções para a lutadora e pedia mais agilidade na pegada. Com 1m30m de combate, ela encaixou um um uchi mata e venceu a luta por ippon, no tatame do Palais Omnisports de Bercy, na capital francesa.

Mayra Aguiar ganhou as três lutas nas eliminatórias por ippon, mas caiu diante da líder do ranking mundial, na semifinal da categoria até 78kg. Em luta equilibrada, ela sofreu dois wazaris e perdeu por ippon da japonesa Akami Ogata.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Leandro Guilheiro avança às semifinais do Mundial de Paris

O meio-médio Leandro Guilheiro (-81 kg) confirmou o favoritismo, venceu quatro lutas nas eliminatórias e avançou para as semifinais do Mundial de judô, em Paris. O SporTV transmite ao vivo a disputa por medalhas a partir das 10h30m (horário de Brasília). Guilheiro, segundo do ranking mundial, é o único brasileiro que ainda segue na disputa nesta quinta-feira, já que Flávio Canto e Mariana Silva foram eliminados.

Leandro Guilheiro vai à semifinal no Mundial de Judô (Foto: AFP)

Leandro Guilheiro encarou o colombiano Pedro Castro na primeira luta e venceu por wazari, após o adversário levar três punições. No segundo combate, a história se repetiu: três punições para o iraniano Amir Nejad Ghasemi e vitória de Guilheiro por wazari.

Num confronto equilibradíssimo contra o francês Alain Schmitt e as vaias da torcida, o brasileiro só conquistou a vitória na decisão da arbitragem (2 a 1), depois de empate nos cinco minutos regulamentares - um yuko para cada por punições - e nenhuma pontuação no 'golden score'. Nas quartas-de-final, Guilheiro encaixou um golpe e conseguiu um yuko para vencer Sergiu Toma, da Moldavia, e se classificar para a semifinal contra o montenegrino Srdjan Mrvaljevic.

O outro meio-médio brasileiro, Flávio Canto, caiu na terceira luta, contra o russo Ivan Nofontov, que pontuou com um wazari duvidoso e um yuko. Na estreia, Canto deu uma chave de braço no mexicano Karim Rezc e venceu por ippon. Na segunda luta, o brasileiro não mudou a tática e em apenas 23 segundos aplicou outra chave de braço para derrotar o ucraniano Vitalii Dudchyk, novamente por ippon.

Única representante feminina do Brasil nesta quinta, a meio-médio (-63 kg) Mariana Silva foi eliminada logo na estreia. Ela tomou uma chave de braço com 1m50s de luta e perdeu por ippon para a austríaca Hilde Drexler.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Rafaela Silva perde para japonesa por ippon e fica com a prata no Mundial

Não foi dessa vez que o judô feminino do Brasil conquistou a primeira medalha de ouro em um Mundial. Rafaela Silva perdeu por ippon nesta quarta-feira para a japonesa Aiko Sato e faturou a prata no tatame do Palais Omnisports. Esta foi a terceira medalha do Brasil em Paris, e a segunda de prata de uma brasileira na história da competição. A primeira havia sido de Mayra Aguiar, no ano passando, em Tóquio.

No primeiro dia do campeonato em Paris, Leandro Cunha faturou a prata e Sarah Menezes levou o bronze. O Brasil está em terceiro no quadro de medalhas, atrás de Japão (cinco ouros, duas pratas e dois bronzes) e Uzbequistão (um ouro e um bronze).

No início do duelo, Rafaela Silva foi penalizada com um shido por falta de combatividade. Na sequência, a brasileira tentou um uchimata, sem sucesso. A japonesa teve um maior volume de luta e deu um golpe seoi nage, vencendo a carioca por ippon na final da categoria até 57kg, faltando 1m18s para o fim do combate.

- Nunca tinha lutado contra ela, mas sabia que era uma adversária forte. Fico muito feliz com a medalha, que é fruto do treinamento. Evoluí muito do ano passado para cá e, tão jovem, consegui esse resultado na equipe sênior - disse a tímida vice-campeã olímpica.

A campanha de Rafaela Silva antes da final começou com uma vitória contra a campeã olímpica Giulia Quintavalle, da Itália, por wazari. Na segunda luta, Rafaela venceu a espanhola Concepción Bellorin com um ippon a três minutos do fim. No terceiro combate, a carioca passou pela grega Ioulieta Boukouvala, que sofreu quatro punições. Na quarta luta, contra a alemã Miryam Roper, Rafaela venceu novamente por ippon, garantindo a vaga entre as quatro melhores do mundo. Na semifinal, mais um ippon, contra a americana Marti Malloy, que é freguesa da brasileira (cinco derrotas em seis combates).

A romena Corinna Caprioriu e a japonesa Kaori Matsumoto ficaram com as medalhas de bronze ao vencerem, respectivamente, a americana Marti Malloy - com uma chave de braço no tempo extra - e a alemã Miryam Roper, por imobilização.

O Mundial de Judô, de 23 a 28 de agosto, está sendo transmitido, ao vivo, pelo SporTV.

Eliminados se agarram na vaga olímpica para seguir em frente

Os três brasileiros derrotados nesta quarta-feira, ainda nas eliminatórias de suas categorias do Mundial de judô, em Paris, reagiram de forma diferente. Enquanto Ketleyn Quadros e Erika Miranda demonstraram serenidade e até sorrisos no contato com a imprensa, Bruno Mendonça ficou visivelmente abatido. Em comum entre eles, a vontade de continuar lutando pela vaga olímpica.

Esperança de medalha para o Brasil, Erika ficou longe do pódio, perdendo logo na segunda luta, contra a romena Andreea Chitu. O árbitro parou o combate, consultou o vídeo e desclassificou a meio-leve (-52 kg) brasileira. Nem ela nem a técnica Rosicleia Campos questionaram a decisão.

- Ela fez uma finta e já segurei a perna dela. Como finta não é golpe, não poderia segurá-la, a regra não permite. Foi um erro, que já cometi esse ano na Alemanha, um reflexo antecipado. Ainda tentei entrar com um golpe para disfarçar, mas não deu. Enquanto o árbitro assistia à imagem, eu só pedia que Deus me desse uma chance - confessou Erika.

Estreante em Mundiais, Ketleyn pegou a japonesa Kaori Matsumoto, campeã do mundo e líder do ranking, logo de cara. Após a luta, ela se mostrou bastante resignada com a eliminação na estreia da categoria leve.

- Pelo meu ranking, já sabia que pegaria uma adversária forte de cara. Meu estilo é agressivo, mas não poderia me expor contra a japonesa e não consegui encaixar a pegada. Depois que tomei o primeiro golpe, tentei atacar mais, mas cansei e ela soube segurar a vantagem.

Já Bruno Mendonça foi o que teve mais dificuldades para digerir a eliminação. Ele venceu as duas primeiras lutas, mas foi totalmente dominado pelo esloveno Kunther Rothberg na terceira. Apesar de ter sido sua melhor participação em Mundiais, já que caiu na primeira luta em 2010, ele esperava ir mais longe.

- Não foi a competição que eu tinha em mente. O esloveno foi melhor no combate, mereceu. Ele tem um judô diferente, arrisca muito, usa os contra-golpes e te leva para o chão para tentar te virar. Poucos lutam assim. Meu jogo não bateu com o dele, mas vou pegar a fita desta luta para estudar.

Apesar das eliminações precoces na competição que mais soma pontos para o ranking mundial na corrida olímpica, os três brasileiros prometeram não esmorecer na briga pela vaga. Enquanto Bruno e Erika são os melhores do país em suas categorias e dependem de bons resultados para conquistarem a vaga, Ketleyn tem um difícil duelo caseiro para superar contra Rafaela Silva.

Ao contrário do Mundial, apenas um representante por país disputa os Jogos Olímpicos. Para os homens, é preciso estar entre os 22 melhores do ranking e para as mulheres, entre as 14.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Aurélio Miguel destaca equipe feminina e aponta inexperiência para Londres

O primeiro dia do Mundial de Judô, realizado em Paris a partir desta terça-feira, contou com uma visita ilustre. O ex-judoca Aurélio Miguel prestigiou o evento realizado no Palais Omnisports de Bercy, e aproveitou para fazer uma análise da equipe brasileira. O campeão olímpico destacou a boa qualidade do time feminino e considerou que o País terá um grupo jovem para a Olimpíada de Londres, em 2012.

"O Brasil, fazendo uma retrospectiva dos últimos campeonatos, tem tudo para fazer um grande Mundial. A equipe feminina está muito homogênea. A Sarah (Menezes) está muito confiante", disse o ex-judoca.

O Palais Omnisports de Bercy não é estranho para Aurélio Miguel. Em 1997, o meio-pesado conquistou sua última medalha, uma prata, ao ser derrotado na final pelo polonês Pawel Nastula. A principal conquista do brasileiro, porém, foi o ouro dos Jogos de Seul, em 1988. Experiente em Olimpíadas, o veterano aponta falta de rodagem no grupo do Brasil que deve seguir para Londres.

"O Brasil está com uma equipe com inexperiência muito grande. Vários atletas despontando ainda na categoria. É que Olimpíada é Olimpíada, né. O resultado é no momento, tem a pressão, o atleta precisa saber administrar bem isso. Mas acredito que o Brasil possa fazer uma boa Olimpíada", analisou.

O Mundial de Judô é realizado em Paris entre os dias 23 e 28 de agosto. O Brasil conta com 19 judocas na competição, que envolve 949 atletas dos cinco continentes. Nesta terça-feira foram disputadas as categorias -48 kg (feminino), -60 kg e -66 kg (masculinos).

Leandro Cunha perde para japonês e repete prata no Mundial

 . Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom/Divulgação

No primeiro dia de disputa do Mundial de Judô, realizado no Palais Omnisports de Bercy, em Paris, Leandro Cunha perdeu na final para Masashi Ebinuma, neste terça-feira, e ficou com título de vice-campeão do mundo na categoria até 66 kg - mesmo feito que alcançou no Mundial de 2010, no Japão. Com um ippon, o judoca japonês superou o brasileiro e conquistou a medalha de ouro no torneio.

Leandro Cunha teve um caminho longo para chegar à final. Em sua primeira luta o meio-leve superou o armênio Armen Nazian e avançou para a terceira rodada por ter conseguido dois yuko. Na sequência, o paulista venceu o georgiano Shalva Kardava e o coreano Jeong-Hwan (este no golden score) para chegar às quartas de final.

O judoca brasileiro alcançou a quarta vitória na competição diante do britânico Colin Oates. Aplicando um uchi-mata, Leandro Cunha conseguiu o ippon, superou Oates e avançou para a semifinal, onde superou Rok Draksik com um yuko. Na final, ele não conseguiu superar o japonês Masashi Ebinuma e ficou com a prata.

As medalhas de bronze foram conquistadas pelos judocas Musa Mogushkov, da Rússia, e Jun-Ho Cho, da Coreira do Sul. O russo venceu o britânico Colin Oaetes, enquanto o asiático se impôs contra Draksik.

Sarah Menezes bate dona da casa e conquista 1ª medalha do Brasil

 . Foto: Reuters

A brasileira Sarah Menezes se recuperou da derrota na semifinal para a japonesa Haruna Asami e conquistou a primeira medalha do Brasil no Mundial de Judô, realizado no Palais Omnisports de Bercy, em Paris. Sara venceu a francesa Frederique Jossinet, frustrou a torcida local e ficou com a medalha de bronze na categoria até 48 kg feminina.

Em duelo disputado, Sarah Menezes saiu em vantagem após conseguir um yuko, resultado de duas advertências que sua rival sofreu. Com o apoio da torcida francesa, Jossinet reagiu no combate e empatou também com um yuko. Faltando menos de um minuto para o final, a brasileira atacou e conseguiu um ippon para garantir a medalha.

Antes de alcançar a disputa do bronze, Sarah passou pela espanhola Oiana Blanco, pela coreana Seung-Min Shin e pela húngara Eva Csernoviczki, mas perdeu na semifinal para líder do ranking, e atual bicampeã mundial, Haruna Asami. Com o resultado, Sarah Menezes igualou o feito conquistado no Mundial do Japão, em 2010, quando também assegurou a medalha de bronze.

Na disputa pela medalha de ouro, Haruna Asami, algoz de Sarah Menezes, bateu a compatriota Tokomo Fukumi e garantiu a conquista do bicampeonato da categoria. A outra medalha de bronze ficou com a húngara Eva Csernoviczki, que venceu a belga Charline Van Snick.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tiago Camilo está na luta por segundo ouro em Mundiais de Judô, agora em Paris

Tiago Camilo, judô


O judoca Tiago Camilo tem chance de conquistar seu segundo ouro em Mundiais na categoria até 90 kg, desta vez em Paris, onde a competição será disputada entre a terça-feira (23) e o domingo (28).

Recuperado de lesão no tornozelo direito, o brasileiro tem a competição de sua categoria marcada para o dia 26.

Tiago, que está com 29 anos, tinha 18 quando foi medalha de prata olímpica em Sydney-2000, ainda na categoria até 73 kg. Foi novamente medalhista olímpico em Pequim-2008, com o um bronze já na categoria até 90 kg.

No Mundial do Rio de Janeiro-2007, foi o campeão dessa categoria.

Em Jogos Pan-Americanos, Tiago Camilo também fez história: foi ouro ainda em São Domingos-2003, na categoria até 78 kg, e repetiu a medalha no Pan do Rio-2007, mas na categoria até 90 kg. Este ano, deve participar do Pan de Guadalajara com a equipe brasileira, em outubro.

Este Mundial de Paris também é importante porque acumula bom número de pontos no ranking internacional do judô, que contam para as vagas na Olimpíada de Londres-2012.

A medalha de ouro vale 500; a de prata, 300, e o bronze, 200.

- O Mundial é a competição que contará mais pontos na classificação para a Olimpíada. A motivação é muito grande.

Depois de lesão no joelho direito em maio e depois no tornozelo direito em julho, o atleta se diz pronto para o Mundial.

- Certamente poderão contar com um Tiago Camilo 100% recuperado e com muita vontade de vencer. A medalha será consequência de um bom desempenho.

Em Paris, a disputa por equipes em todas as categorias serão no último dia da competição – o domingo, 28.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Com três medalhas, Brasil termina Mundial Sub-17 em sétimo

O Brasil encerrou neste domingo a participação no Campeonato Mundial Sub-17 de judô com um ouro e dois bronzes. O país terminou na sétima colocação no quadro de medalhas entre 55 países participantes. O Japão ficou em primeiro, com 7 ouros, 3 pratas e 3 bronzes.

A medalha de ouro do Brasil foi conquistada por Tawany Silva (40kg), enquanto os bronzes vieram com Nathália Mercadante (44kg) e Felipe Almeida (50kg). A seleção foi representada durante os quatro dias do evento por 15 judocas.

Neste domingo, entraram no tatame Aine Schmidt (70kg), Camila Nogueira (+70kg), Thiago Chiodi (90kg) e Marco Silva (+90kg). Thiago foi quem teve o melhor desempenho, tendo sido superado na disputa da repescagem e ficando com a sétima colocação no Mundial.

O coordenador técnico das categorias de base da Confederação Brasileira de judô, Luiz Romariz, ressaltou a importância de o Brasil ficar entre os primeiros colocados no quadro geral de medalhas. "O Brasil foi o único país do continente americano a conseguir uma medalha de ouro, repetindo o que aconteceu na primeira edição do mundial, há dois anos, com a Flávia Gomes", disse.

A Seleção Brasileira Sub-17 embarca de volta para o Brasil na noite desta segunda-feira e volta a competir em setembro, no Campeonato Sul-Americano e Pan-Americano, no Chile.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Judoca brasileira recebe suspensão provisória por mesma substância de Cielo

A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) anunciou a suspensão provisória da Taciana Lima nesta sexta-feira. A judoca testou positivo para a furosemida, mesma substância do caso do nadador Cesar Cielo. A atleta brasileira culpa um suplemento que teria sido roubado durante a etapa de São Paulo da Copa do Mundo para justificar o doping.

  • Divulgação/CBJ

O teste foi realizado em 25 de junho. Em entrevista ao UOL Esporte, a defesa de Taciana apontou uma série de imperfeições no processo encaminhado pela CBJ. O advogado George Daudt Wieck disse que a notificação foi feita por e-mail e não apresenta a concentração de furosemida, além de não ter a assinatura da bioquímica responsável pela análise em laboratório no Canadá.

Mesmo assim, o advogado explicou que enviaria a defesa para a confederação até esta sexta. A CBJ, no entanto, anunciou a suspensão provisória. "Após análise das explicações preliminares e das provas apresentadas pela atleta, a Comissão Médica da Confederação Brasileira de Judô entendeu que estas não eram suficientes para desconstituir o caso de doping", dizia a nota oficial.

Com esta justificativa, a CBJ aplica a suspensão provisória. Taciana ainda tem a possibilidade de pedir a contraprova no prazo de 14 dias a partir desta sexta-feira. Ainda não há data para julgamento. O nadador Cesar Cielo foi flagrado com a mesma substância e foi apenas advertido pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) em decisão ratificada pela CAS (Corte Arbitral do Esporte) após processo que durou 20 dias.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quem é Walter Carmona?

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Walter Carmona (São Paulo, 21 de junho de 1957) é um ex-judoca brasileiro.

Atleta da seleção brasileira de judô entre 1976 e 1988.

Tem como maiores conquistas a medalha de bronze nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984 e medalha de bronze no Mundial de Paris em 1979. Também foi campeão pan-americano e campeão sul-americano.

 Integrante da primeira equipe completa a estagiar no Japão.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Judô trabalha forte para brilhar em Londres e ser o carro-chefe em 2016

Desde 1984, nas Olimpíadas de Los Angeles, o judô ganha medalhas em todas as edições. Por isso, a modalidade tem tudo para ser o carro-chefe do Brasil nos Jogos do Rio, em 2016.

Mas, e no próximo ano, em Londres? Como estão se preparando os atletas para as Olimpíadas? A equipe do "Brasil 2012" foi conferir de perto o desempenho dos brasileiros.

- Os atletas que temos na seleção têm chances de disputar medalhas. Mas estamos com o pé no chão. Os Jogos Olímpicos e o Campeonato Mundial não são assim - analisou Luiz Shinohara, técnico da seleção masculina.

O caminho até Londres está cheio de medalhas. Só em 2011, já são 82 conquistadas, sendo 17 de ouro, número recorde. Com relação ao mesmo período em 2010, o Brasil tinha conquista 53.

- O judô tem a tendência de ser o carro-chefe com cinco, seis ou sete medalhas para 2016. Esse é o caminho - disse Marcus Vinícius, superintendente executivo do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

No Grand Slam do Rio de Janeiro, o Brasil conquistou 11 medalhas no total, com quatro de outro, sendo seis conquistas por mulheres. O país ficou em segundo, perdendo para os japoneses, que levaram oito ouros. No entanto, os atletas brasileiros ganharam mais medalhas na totalidade que os rivais, que levaram dez.

Em seguida, na etapa da Copa do Mundo, em São Paulo, o Brasil alcançou o primeiro no quadro de medalhas, com 17 medalhas no total, sendo quatro de ouro, com a Bélgica conquistando três, terminado em segundo.

Flávio Canto, que disputa a categoria até 81 kg, exaltou a performance e a evolução dos brasileiros.

- É um resultado animador, fazendo uma análise comparativa com os anos anteriores. Estamos vendo um crescimento - elogiou.

No topo da lista de competições deste ano, aparece o Campeonato Mundial, que será realizado em Paris, no mês de agosto. Esperança por mais medalhas na temporada.