Judô: Federações começam a receber kits com tatames e equipamentos

As federações baiana e sergipana de judô foram as primeiras a receberem o kit de duas áreas oficiais fornecido pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). A entrega teve início nesta segunda-feira e está sendo feita pela Recoma, vencedora da licitação para fornecimento de 54 áreas de lutas para as 27 federações filiadas.

Cada federação estadual receberá dois kits completos. Cada kit tem um tatame com 144 metros quadrados, feito pela BSW na Alemanha e importado pela Recoma, duas Telas de LCD para scoreboard, dois computadores e uma câmera para vídeo replay. No total serão 7.776 metros quadrados de tatames, 108 telas, 54 câmeras e 108 computadores.

O investimento de R$ 2.871 milhões é o maior pedido individual que a BSW já recebeu. A empresa alemã é representada pela Recoma desde 1996 e é uma das principais fornecedoras de tatames do mundo.

"Esta iniciativa faz parte do Programa de Apoio às Federações, criado pela Confederação Brasileira de Judô em 2009. Temos a certeza de que este investimento ajudará no desenvolvimento e descentralização da modalidade, foco da nossa gestão", diz o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley Teixeira.

O Tatame Olímpico Regupol, fabricado na Alemanha pela empresa BSW, é aprovado pela Federação Internacional de Judô (FIJ). O produto já foi usado no Grand Slam do Rio de Janeiro e na Copa do Mundo, em São Paulo, eventos do Circuito Mundial.

Depois dos estados nordestinos, a Recoma programou as entregas por região, até dezembro, na seguinte ordem: centro-oeste, sudeste, sul e norte.

Judô: Seleção Brasileira luta duas Copas do Mundo neste fim de semana

A Seleção Brasileira terá dois compromissos neste fim de semana em dois países diferentes. Em Roma, seis mulheres lutam a Copa do Mundo da Itália, e em Liverpool, sete homens encaram a Copa do Mundo da Inglaterra. Os dois eventos contam pontos para o ranking olímpico e mundial da Federação Internacional de Judô (FIJ). A medalha de ouro em uma etapa de Copa do Mundo vale 100 pontos para o ranking da FIJ. A prata garante mais 60 pontos na lista, enquanto o bronze 40.

O ranqueamento mundial também faz parte do critério de classificação olímpico estabelecido pela FIJ para Londres 2012. Garantem vaga nas Olimpíadas os 22 homens e as 14 mulheres mais bem colocadas no ranking. Apenas um atleta por país lutará as Olimpíadas.

Em Roma, lutam Eleudis Valentim (52kg), Ketleyn Quadros (57kg), Flávia Gomes (57kg), Mariana Silva (63kg), Camila Minakawa (63kg) e Dione Lima (63kg). Entre estas judocas, Eleudis, Flávia e Dione estão convocadas para a disputa do Mundial Sub-20 de judô. Além do torneio, as atletas permanecem para um treinamento de campo.

Já em Liverpool competem Felipe Kitadai (60kg), Marcelo Contini (73kg), Victor Penalber (81kg), Felipe Costa (81kg), Hugo Pessanha (90kg), Daniel Hernandes (+100kg) e David Moura (+100kg). Antes da disputa da Copa do Mundo, a Confederação Brasileira de Judô realiza vistoria em Sheffield, cidade escolhida para aclimatação para os Jogos Olímpicos de Londres. Além dos atletas estão presentes também representantes das áreas técnica, administrativa, médica, fisioterapia, estrategismo, preparação física, psicologia e imprensa.

Judô brasileiro escolhe Sheffield como quartel-general para Londres-2012

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2012 está marcada para o dia 27 de julho, mas a Confederação Brasileira de Judô já se apressou para encontrar o quartel-general da equipe na Inglaterra. Nesta semana, atletas, comissão técnica e dirigentes foram até Sheffield para analisar a cidade. E aprovaram (assista ao vídeo ao lado).

O grupo pôde ver de perto fisioterapia, massagem e até dojô com câmeras para corrigir os movimentos. O hotel fica a poucos quilômetros do local de treinos, e uma ala já foi reservada para o judô brasileiro. Tudo para garantir a tranquilidade da delegação.

- Foi uma decisão muito importante, pois agora a gente percebe que vai ter muita paz e tranquilidade para se concentrar somente nos jogos - analisou o judoca Hugo Pessanha.

Ney Wilson Silva, coordenador técnico da seleção, sabe que a estrutura pode ajudar bastante o Brasil a conquistar medalhas.

- Aqui eles não precisam ficar dentro de um quarto, têm um espaço maior para poder realmente viver as Olimpíadas. Mas com todos os serviços, com tudo a seu favor.

Sheffield fica a quase 300km de distância de Londres, mas os benefícios podem chegar até lá. Ter atletas de ponta treinando na cidade é mais do que um orgulho, é uma oportunidade. Os judocas brasileiros participaram de eventos, como ministrar aulas para os moradores.

- Esse é o maior legado que as Olimpíadas podem deixar para um país. Não só fazer um esporte competitivo, mas um esporte social, que possa ter mais praticantes - comentou Daniel Hernandes.

Na cidade, também ficarão hospedadas equipes da Grã-Bretanha, da Sérvia, dos Estados Unidos e do Canadá.

Judô brasileiro testa instalações de Londres-2012

Sete atletas brasileiros e integrantes da comissão técnica da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) embarcam neste domingo (25) para a Inglaterra, onde realizam um teste de situações que irão ocorrer durante as Olimpíadas de Londres em 2012. A seleção ficará por quatro dias em Sheffield - base da equipe nos Jogos.

Os judocas que vão para a Inglaterra são Felipe Kitadai (60kg), Marcelo Contini (73kg), Victor Penalber (81kg), Felipe Costa (81kg), Hugo Pessanha (90kg), Daniel Hernandes (+100kg) e David Moura (+100kg).

Além do coordenador técnico Ney Wilson Silva e dos treinadores Luiz Shinohara e Rosicléia Campos, estarão em Sheffield membros das áreas de medicina, psicologia, preparação física, assessoria de imprensa, fisioterapia e estrategismo.

O coordenador técnico Ney Wilson explica que o objetivo da viagem é "experimentar todas as estruturas que usaremos durante as Olimpíadas".

- Alugamos os mesmos espaços e cada uma das áreas da comissão técnica fará testes e avaliações para, a partir deste relato crítico, fazer qualquer ajuste necessário. 

Todo este trabalho tem como meta criar boas condições de aclimatação para os atletas, segundo o coordenador.

- Não faremos apenas a aclimatação para Londres em Sheffield. A base do judô brasileiro será nesta cidade, já que pelo nosso planejamento, o atleta só irá para a Vila Olímpica na véspera de sua luta nos Jogos.

Após a vistoria, os atletas disputam a Copa do Mundo de Liverpool.

Rafael Silva é ouro e Brasil conquista quatro medalhas na Copa do Mundo

Após terminar o primeiro dia da Copa do Mundo do Uzbequistão sem medalhas, a seleção brasileira de judô deu a volta por cima neste domingo, em Tashkent. O paulista Rafael Silva conquistou a medalha de ouro na categoria acima de 100kg e o Brasil foi ao pódio em outras três categorias, com a prata de Maria Portela (-70kg) e os bronzes de Maria Suellen Altheman (+78kg) e Luciano Corrêa (-100kg).

Em boa fase, Rafael Silva, principal esperança do país no torneio, começou o dia com uma vitória por ippon sobre Mukhriddin Butaev, do Uzbequistão. Na semifinal, deixou Emil Tahirov, do Azerbaijão, para trás com dois yuko. Na final, o "Baby" superou outro judoca da casa, Adiljon Tulendibaev. A luta foi decidida por punições: enquanto o paulista recebeu duas, resultando num yuko para seu adversário, o uzbeque levou três, o que se transforma num wazari, que deu a vitória para o Brasil.

Na categoria até 70kg, a gaúcha Maria Portela conquistou a medalha de prata ao derrotar duas judocas do Cazaquistão por ippon e alcançar a decisão contra Juliane Robra, da Suíça. Na final, entretanto, Portela perdeu também por ippon.

Maria Suellen Altheman ficou com o bronze na categoria mais de 78kg. Após vencer na estreia, a brasileira perdeu na semifinal para a russa Nataly Sokolova, mas superou a bielorussa Maryana Slutskaya por ippon na disputa de terceiro lugar.

Luciano Corrêa chegou à semifinal na categoria até 100kg com vitórias por ippon e wazari em sua chave. Na semifinal contra Utkur Kurbanov, do Uzbequistão, porém, duas punições contra o brasileiro acabaram decidindo a luta para o uzbeque. Corrêa se recuperou com um ippon sobre Balint Farkas, da Hungria, para levar a medalha de bronze.

O único brasileiro a ficar sem medalhas neste domingo foi Nacif Elias. Ele começou bem na categoria até 81kg e venceu as duas lutas de sua chave. Entretanto, foi superado pelo japonês Tomohiro Kawakami na semifinal, por yuko, e perdeu por dois yuko a um na disputa pelo bronze contra Yakhyo Imamov, do Uzbequistão.

Leandro Cunha vai atrás do ouro no Pan

Há duas semanas, o judoca Leandro Cunha voltava da França, onde participou do Mundial de Paris, com duas medalhas de prata. No individual, o brasileiro perdeu, por ippon, a final para o japonês Masashi Ebinuma na categoria até 66 kg.

Por equipes, o Brasil - representado pelo próprio Leandro Cunha, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Rafael Silva - eliminou a Coreia do Sul na semifinal e acabou perdendo a final para a anfitriã França, no Palais Omnisports de Bercy, palco principal da competição.

Em entrevista ao Terra, o paulista Leandro Cunha contou como foi o embate com Ebinuma. "Eu já tinha lutado com ele, comecei bem, foi uma luta bastante tática, o judô japônes é bastante parecido com o nosso, infelizmente o ippon me derrubou", disse.

Cunha repetiu o feito conquistado no Japão, no Mundial de 2010 e apesar de falhar novamente numa final, o judoca valorizou o vice-campeonato em Paris. "Eu estava muito confiante, sei que dei o meu melhor e entramos para a história com a prata", falou.

Com o resultado, Cunha somou 600 pontos e subiu para o 6º lugar no ranking da Federação Internacional de Judô (FIJ), o que lhe traz confiança nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Será a estreia do brasileiro na competição.

"Depois de duas finais seguidas de Mundial, meu foco agora é o Pan, vou batalhar por este ouro para ganhar mais força para as Olimpíadas de Londres", prometeu Leandro Cunha, que citou Venezuela e Cuba como os maiores rivais no México.

Depois do Pan, em outubro, o foco muda para o Grand Slam, que será realizado em dezembro. Em abril de 2012, serão definidos os atletas que irão representar o Brasil em Londres. O critério de classificação estabelecido pela FIJ prevê os 22 judocas mais bem colocados.