sábado, 29 de outubro de 2011

Técnica da Seleção feminina de judô reclama: "foi muito ruim"

Apesar do bronze de Sarah Menezes, técnica da Seleção não aprovou desempenho do judô feminino. Foto: Reuters

A saída dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara sem nenhuma medalha de ouro nas categorias femininas do judô deixou a técnica Rosicleia Campos extremamente insatisfeita. Após a derrota de Sarah Menezes neste sábado, ela criticou o desempenho de suas pupilas e disse que que achou a performance da equipe foi inferior ao esperado.

"Muito ruim, aquém das expectativas. Não devemos nada para ninguém. A competição apenas provou que temos muito a crescer, as atletas estão apuradas. Faltou um pouco de postura, elas respeitaram as adversárias demais, especialmente a Rafaela. Não admito que as atletas tenham perdido por deficiência técnica, apenas a cubana que a Erika enfrentou era melhor", afirmou.

As meninas brasileiras do judô conquistaram apenas duas pratas (Rafaela Silva e Érika Miranda) e quatro bronzes (Maria Portela, Maria Suelen, Mayra Aguiar e Sarah Menezes) em Guadalajara. "Ninguém precisa ser prepotente, mas precisa ser confiante. Faltou confiança para as meninas", disse.

A técnica fez críticas firmes, mas ressaltou que os revezes chegaram em um momento em que ainda é possível fazer evoluir, já que a grande meta é a Olimpíada de Londres 2012. Desta forma, ela manifestou confiança no potencial de suas atletas, apesar do fracasso no torneio mexicano.

Ao contrário da equipe feminina, a masculina registrou um recorde na história da competição continental. Com seis ouros, de Leandro Guilheiro, Luciano Corrêa, Felipe Kitadai, Leandro Cunha, Tiago Camilo e Bruno Mendonça, o Brasil ultrapassou o desempenho dos Jogos de Indianápolis, em 1987 e de Santo Domingo, em 2003.

Com quimono de Sarah, Kitadai dá ouro e recorde ao Brasil no judô


Depois de passar por um momento constrangedor no início da tarde, quando competiu com o quimono manchado, o brasileiro Felipe Kitadai se recuperou e consagrou a melhor campanha do judô do País nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

Na noite deste sábado, o judoca paulistano, utilizando uma roupa emprestada por Sarah Menezes, venceu o mexicano Nabor Castillo, por ippon, em confronto válido pela categoria ligeiro, e conquistou a medalha de ouro.

Erika Miranda perde para cubana e fica com a prata


A brasileira Erika Miranda não resistiu à cubana Yanet Bernoy e acabou com a medalha de prata, em confronto válido pela categoria meio-leve dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em uma luta na qual acabou totalmente dominada pela adversária, a judoca brasiliense não conseguiu impor seu estilo de luta e, consequentemente, foi superada na disputa pelo título do evento.

Controlada pela adversária durante todo o combate, Erika, que também conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, há quatro anos, lamentou o estilo de luta da adversária e aproveitou para alfinetar a arbitragem, como já ocorreu com outros judocas brasileiros em Guadalajara.

"Foi uma luta muito fechada. Tomei um golpe no início da luta e foi muito rápido. Consegui virar, mas tive que abrir a luta. A arbitragem teve uns problemas essas dias, aí tive que correr", disse.

Kitadai suja a calça, mas vai à final. Érika também busca ouro; Sarah cai


Felipe Kitadai passou por uma situação delicada durante a luta que o classificou à final dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Fez muita força no primeiro golpe e acabou sujando de marrom as calças do quimono, branco. Apesar do incidente, ele derrotou o americano Aaron Kunihiro. Érika Miranda também vai brigar pelo ouro. Se ao menos um deles for campeão, o Brasil quebrará um recorde. Com cinco vitórias até agora, pode superar o desempenho de Indianápolis-1987 e de Santo Domingo-2003. Já Sarah Menezes, bicampeã mundial júnior (2008 e 2009) e bronze no Mundial Sênior do ano passado, decepcionou nas semifinais. Perdeu e agora lutará pelo bronze.

Felipe Kitadai na luta de judô do Pan (Foto: VIPCOMM)Felipe Kitadai tentará conquistar mais uma medalha de ouro para o Brasil (Foto: VIPCOMM)

Caso Sarah vença, o Brasil igualará o número de pódios do Pan do Rio, em 2007: 13. Lá, no entanto, foram apenas quatro ouros. Até agora, no México, já foram cinco, além de duas pratas e três bronzes.

Estreante em Pans, a ligeiro (48kg) Sarah, após 2m10s, conseguiu um ippon contra a americana Angela Woosley. Na segunda luta, caiu diante da cubana Dayaris Mestre, para quem nunca tinha perdido. O bronze será disputado contra a colombiana Luz Alvarez.

Érika (52kg) vem de uma prata no Pan do Rio. Em Guadalajara, estreou com um ippon sobre a canadense Laurie Wiltshite. Na metade da luta, conseguiu um wasari. Depois, a adversária sofreu três punições, o equivalente a um wasari. No segundo confronto da meio-leve, a brasileira encarou a argentina Oritia Gonzalez e, com outro ippon, se garantiu na final. A adversária será a cubana Yanet Bermoy, vice-campeã olímpica.

Na ligeiro (60kg) masculina, Felipe Kitadai só precisou de 1m40s para imobilizar o venezuelano Javier Guedes. Depois, passou pelo americano Aaron Kunihiro, por ippon.

Kitadai só soube que sua calça tinha uma indiscreta mancha marrom quando saiu da área da competição. A comissão técnica ria; ele, depois, também. Na decisão do ouro, enfrentará o mexicano Nabor Castillo.

Judô brasileiro pode atingir recorde em Pans neste sábado


Medalhista no Mundial de Paris, Sarah Menezes é a esperança na disputa por equipes neste sábado. Foto: AFP

O último dia de disputas do judô em Guadalajara pode garantir um recorde para a delegação brasileira. Se conquistar uma medalha de ouro, o País vai totalizar seis e chegar ao melhor desempenho em uma única edição de Jogos Pan-Americanos.

As primeiras colocações de Leandro Cunha e Bruno Mendonça na sexta deixaram o Brasil com cinco medalhas douradas, igualando as marcas de Indianápolis 1987 e Santo Domingo 2003. Cunha venceu o americano Kenneth Hashimoto na decisão da categoria até 66 kg. Já Mendonça bateu o argentino Alejandro Clara na final até 73 kg.

"Nós, do judô, estamos conquistando nosso espaço. A gente sabe que é possível ganhar, o negócio é manter o punho firme para não deixar escapar mais medalhas", comemorou Bruno Mendonça logo após garantir o título.

Para atingir o recorde, o Brasil será representado neste sábado por Sarah Menezes (até 48 kg), Erika Miranda (até 52 kg) e Felipe Kitadai (até 60 kg), que ocupam boas posições no ranking da federação internacional. Sarah é a terceira, Erika a sexta, e Felipe o 17º. Sarah, inclusive, foi medalha de prata no Mundial de judô deste ano, em Paris.

Além das conquistas de Leandro Cunha e Bruno Mendonça, as outras três medalhas de ouro do Brasil no judô em Guadalajara foram obtidas por Leandro Guilheiro (até 81 kg), Tiago Camilo (até 90 kg) e Luciano Correa (até 100 kg).

Os judocas do País também conseguiram duas pratas, com Rafaela Silva (até 57 kg) e Rafael "Baby" Silva (mais de 100 kg), e três bronzes, com Maria Suelen Altheman (mais de 78 kg), Maria Portela (até 70 kg) e Mayra Aguiar (até 78 kg). A única atleta que ficou sem medalhas foi Katherine Campos, que perdeu o bronze para a canadense Stefanie Tremblay na categoria até 63 kg.

Erika Miranda estrangula argentina e vai à final do judô

A judoca Erika Miranda garantiu, neste sábado, vaga na final do judô peso meio-leve (-52 kg) dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Na semifinal, ela estrangulou a argentina Oritia del Gonzalez, que desistiu do combate e agora vai disputar o bronze após a definição da repescagem.

Erika teve postura agressiva na luta e, depois de derrubar Gonzalez no chão, partiu para cima em busca da imobilização. Conseguiu passar as pernas prendendo o pescoço e o braço da rival argentina, que desistiu depois de tentar resistir, dando três tapas na companheira.

A judoca do Brasil vai lutar pelo ouro contra a cubana Yanet Bermoy, que passou pela americana Angelica Delgado na outra semifinal. Os embates por medalha do Pan de Guadalajara começam às 20h (de Brasília).

Com a definição da tabela do judô, Erika Miranda estreou na disputa direto nas quartas de final, e não teve problema para se classificar. Enfrentou a canadense Laurie Wiltshire e venceu com facilidade, conseguindo um wazari por golpe e outro por três punições dadas à rival pela arbitragem.

Erika Miranda foi prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007. Competindo no Brasil,ainda conseguiu ouro no Grand Slam do Rio e na Copa do Mundo de Belo Horizonte, ambos em 2009. A atleta se classificou para disputar a Olimpíada de Pequim, em 2008, mas sofreu lesão no ligamento cruzado e no colateral do joelho direito em seu último dia de treinamento, sendo cortada da competição.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bruno Mendonça arrasa argentino em 17s e iguala recorde

O brasileiro Bruno Mendonça aplicou um ippon para cima do argentino Alejandro Clara em apenas 17s conquistou mais um ouro para o Brasil nesta sexta-feira, na categoria para mais leves que 73 kg, pelos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Com isso, o País igualou o Pan de 1987, em Indianápolis, e o de 2003, em Santo Domingo, com o recorde de cinco primeiros lugares no pódio.

Com apenas 17s de luta, Bruno Mendonça derrubou o rival argentino, apenas o 90º colocado no ranking mundial - o brasileiro é o 15º -, aplicou um ippon e deixou o ginásio ovacionado, com o primeiro lugar no pódio conquistado de maneira bem rápida.

Em sua trajetória até a final, Bruno Silva eliminou o chileno Fernando Salazar, nas quartas de final, e o canadense Nicholas Tritton, na semi. O argentino, por sua vez, surpreendeu e passou pelo anfitrião mexicano Lee Mata e pelo cubano Ronald Girones, antes de sucumbir na decisão contra o brasileiro.

Além de Bruno, o Brasil já havia vencido ouros no Pan de Guadalajara no judô com Leandro Guilheiro, Luciano Correa, Tiago Camilo e Leandro Cunha, igualando a marca das edições de 1987 e 2003 da competição com cinco medalhas de ouro no esporte.

"Estamos dentro do treino, do convívio direto que cada atleta faz, e sabemos que é possível ganhar mais medalhas. O negócio é manter o pulso firme para não deixar escapar medalhas e amanhã (sábado) vem mais. Estamos conquistando nosso espaço no judô e vamos chegar lá", afirmou Bruno Mendonça logo após o triunfo.

Rafaela Silva perde em decisão do judô e Cuba soma mais um ouro

Rafaela levou uma punição já nos minutos finais e não conseguiu se recuperar . Foto: Ivan Pacheco/Terra

A jovem judoca brasileira Rafaela Silva, 19 anos e 7ª colocada no ranking mundial, foi superada pela cubana Yurisleidys Lupetey - 14ª na modalidade -, em duelo realizado no Ginásio Del Code II e válido pelos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Com o resultado, a atleta garantiu a prata na categoria leve (-57 kg), e viu Cuba ganhar mais um ouro no Pan mexicano.

A luta seguiu equilibrada ao longo de todo o duelo, mas a brasileira sofreu uma punição a apenas 1min13s do fim e a cubana ganhou um yuko, ficando em vantagem no placar. Depois, a rival da América Central usou de toda sua catimba para levar seu ponto extra até os últimos instantes.

Em sua estreia na competição, Rafaela havia derrotado a canadense Joliane Melançon na etapa de quartas de final, eliminando posteriormente a colombiana Yadinys Amaris na semi antes de chegar à decisão. A cubana, por sua vez, havia passado pela chilena Belen Achurra e pela argentina Melissa Rodriguez.

A jovem revelação do judô brasileiro despontou para o esporte há dois anos, quando surpreendeu e conquistou medalha de ouro no Mundial Junior. Além disso, ela ainda tem no currículo um primeiro lugar no pódio celebrado na Copa do Mundo de Madrid, em 2009, e no Grand Prix de Dusseldorf, em fevereiro. Este ano, ela ainda comemorou o vice-campeonato mundial em Paris.

Leandro Cunha espanta "zebra" americana e leva ouro no judô

Leandro Cunha espantou a zebra e ganhou o ouro. Foto: Ivan Pacheco/Terra

O judoca brasileiro Leandro Cunha, número 6 do ranking mundial, derrotou a "zebra" americana Kenneth Hashimoto - apenas o 105º na modalidade - nesta sexta-feira, em duelo realizado no Ginásio Del Code II e válido pelos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Com o resultado, o atleta garantiu o ouro na categoria meio-leve (-66 kg).

Leandro começou melhor no duelo e aplicou um yuko no oponente logo de cara. Depois, conseguiu aplicar um wazari e tentou a imobilização do braço do adversário, mas o americano escapou em tempo. Leandro ainda somou outro yuko na sequência, pouco antes de o americano receber sua terceira punição e dar mais um ouro ao Brasil.

"Há uns três anos não tive tantos resultados importantes e agora fui ouro no Pan, tenho que continuar trabalhando agora", afirmou o atleta logo após o combate. "A gente tem que colocar esse favoritismo no tatame, esse momento está sendo maravilhoso para mim e preciso continuar batalhando para a Olimpíada", acrescentou.

O brasileiro havia estreado Guadalajara direto na etapa de quartas de final e eliminou o canadense Sasha Mehmedovic logo em seu primeiro combate. Depois, passou por cima do mexicano Francisco Carreon e conquistou vaga na decisão da modalidade.

Apesar de ter 31 anos, Leandro Cunha fez sua estreia em Pan-Americanos apenas na edição Guadalajara. Entretanto, o atleta tem resultados expressivos em Mundiais de judô: ficou com a prata em 2010 e 2011. É um atleta experiente: está há 10 anos na Seleção Brasileira de judô.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

'Baixinha' Portela derrota 'gigante' americana e é bronze no judô


judô Maria Portela (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)

Maria Portela conquistou a primeira medalha do Brasil no segundo dia de competições do judô em Guadalajara. Na final da repescagem, a gaúcha de apenas 1,58m derrotou a gigante americana Kathleen Helen Sell, dos Estados Unidos, por ippon e faturou o bronze na categoria até 70kg.

Apesar da desvantagem na estatura, a brasileira dominou as ações da luta desde o início. Buscou os golpes a todo momento e saiu em vantagem com um yuko, após duas punições de falta de combatividade para a adversária. E faltando pouco mais de um minuto para o fim do combate, ela encaixou um belo golpe que lhe rendeu a vitória.

- Estou acostumada a lutar com atletas maiores do que eu, até porque sou a menor do circuito. Fico feliz com o bronze. Trabalhei muito para o ouro, mas acabei errando na semi. Não foi o planejado, mas estou muito feliz.

Portela iniciou a campanha nos Jogos Pan-Americanos com uma vitória sobre a equatoriana Vanessa Chala, em luta que durou apenas dez segundos. Na sequência, foi derrotada pela colombiana Yuri Avelar e acabou indo para a repescagem, onde disputou o bronze.

Mayra Aguiar resolve luta em apenas 28 segundos e é bronze no judô


judô Mayra Aguiar (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)

Mayra Aguiar não estava para brincadeira na repescagem. Após derrotar a mexicana Lenia Fabiola Ruvalcaba em apenas cinco segundos, a brasileira precisou de 28 para vencer a argentina Lorena Andrea Briceño e conquistar a medalha de bronze na categoria até 78kg.

Em Guadalajara, a gaúcha não contou com a sorte no sorteio das chaves e teve pela frente, logo em sua segunda luta, a americana Kayla Jean Harrison, principal candidata ao ouro, e acabou derrotada. Mesmo assim, se mostrou satisfeita com o resultado obtido.

- Eu nunca tinha competido com a argentina antes, mas treinamos bastante essa semana. Estudei a pegada dela e a consegui jogar. Então esse bronze foi bom.

Aos 20 anos, ela garante sua segunda medalha em Jogos Pan-Americanos. Em 2007, foi prata no Rio de Janeiro.


Tiago Camilo se vinga de cubano e é bicampeão pan-americano no México


Quando subiu ao tatame, Tiago Camilo carregava nas costas e na cabeça a ansiedade por saber que ainda faltava algo. Após mudar para a categoria até 90 kg, o judoca se viu em um jejum de conquistas importantes. A mudança de rumo veio nesta quinta-feira. E da melhor forma possível. Diante do cubano Asley Gonzales Montero, algoz na semifinal do Grand Slam do Rio de Janeiro, Tiago conseguiu sua vingança e o título que faltava. O grito após a vitória foi o desabafo.

- Eu tinha perdido para ele no Rio de Janeiro. Estava faltando uma conquista desse nível desde que eu mudei de categoria. Isso me coloca novamente dentro da briga pelos Jogos Olímpicos de Londres - afirmou o judoca, embora a competição não conte pontos para o ranking.

Pan judô Tiago Camilo ouro (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)

Para Tiago, a conquista do bicampeonato dá ainda mais confiança para as próximas competições.

- É uma vitória importante, vai me dar ainda mais confiança. Acima de tudo, gosto de vencer sempre. Conquistar o bi dá uma alegria muito grande. Afinal, são Jogos Pan-Americanos. Ajuda a vivenciar o espírito olímpico também.

Durante o período sem grandes conquistas, Tiago precisou lidar com críticas. Para o judoca, a vitória deve ser dedicada até mesmo em quem não confiou em seu potencial.

- Isso é um prêmio por tudo o que eu passei. Tenho que dedicar a todos que torceram por mim e aos que não torceram também. Tive alguns tropeços em campeonatos importantes, mas a vida é assim mesmo. Eu precisava vencer aqui. Estou trabalhando muito por isso.

A luta começou equilibrada. Tiago tentava o ataque e o cubano se defendia bem. Só que em um descuido do adversário, o brasileiro conseguiu encaixar um belo golpe e aplicou o ippon. Festa ainda no tatame e gostinho de vingança sobre o rival.

Campanha em Guadalajara

Tiago Camilo talvez tenha tido a estreia mais complicada. Contra o canadense Alexander Emond, teve trabalho no início e viu o adversário ir para cima. Duas punições contra o rival, no entanto, colocaram o brasileiro em vantagem. Na sequência, encaixou um ippon e também venceu na estreia.

Na semifinal, Tiago também precisou vencer toda a torcida contra. Com o grito de guerra mexicano "Sí, se puede" exposto no telão, o medalhista olímpico mostrou força. Depois de um ippon contra Isao Cardenas, venceu mais uma e garantiu a ida para a final.

Guilheiro leva o ouro no Pan: 'Limpei a alma'


As manchas de sangue do rival no quimono vão ficar de lembrança. O ouro, no entanto, veio sem feridas ou incidentes pelo caminho. Prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, Leandro Guilheiro trouxe para o México a vontade de consertar os erros da derrota em casa. E conseguiu de maneira impecável. Em final contra o porto-riquenho Gadiel Miranda, venceu mais uma vez por ippon, o quarto em quatro lutas, e conquistou em dois minutos a medalha tão esperada nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, na categoria até 81 kg.

- Essa medalha já estava engasgada há quatro anos. Mesmo não valendo pontos para o ranking, o Pan era, hoje, a competição mais importante para mim. Esse ouro era uma questão pessoal. Limpei a alma aqui – afirmou o lutador após a vitória.

Pan judô Leandro Guilheiro (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)

Guilheiro diz que tentou não levar a derrota de 2007 para o tatame. Ainda assim, da prata no Rio, o judoca trouxe uma série de ensinamentos. O principal deles foi o cuidado com o corpo. Na final em 2007, ele precisou lidar com as dores de uma hérnia de disco, curada com uma cirurgia após os Jogos Olímpicos de Londres. Desde então, deixou os problemas físicos para trás.

- O corpo é um bem muito precioso. E o cuidado tem de ser disciplinado. Aprendi que precisava cuidar melhor do corpo. E tenho feito isso.

Na final, Guilheiro encaixou o seu terceiro ippon em golpe - o quarto, na segunda luta, foi fruto de uma punição ao rival. Segundo o judoca, a rapidez na definição da conquista foi fruto de concentração no confronto.

- Entrei muito concentrado, focado o tempo inteiro. Li os movimentos dele a todo momento. Então, surgiu a oportunidade de encaixar o golpe e deu certo. Não foi algo programado.

Na luta, o judoca de 28 anos não deu chances ao adversário em nenhum momento. Após aplicar um yuko, Guilheiro, por excesso de vontade, foi punido por uma pegada irregular no quimono do rival. Na sequência, mostrou a superioridade ao aplicar um golpe perfeito, erguer os braços e comemorar a vitória.

A campanha de Guilheiro foi impecável. Na estreia, contra o chileno Luis Antonio Retamales, o rival tentou endurecer a defesa, mas o número 2 do ranking mundial conseguiu encaixar um wazari com poucos minutos de luta. Depois, finalizou com um ippon e avançou.

Contra o peruano German Velazco, Guilheiro apenas esperou. Com quatro punições shido sobre o rival, venceu por ippon e conseguiu a segunda vitória em Guadalajara. Contra o canadense Antoine Valois, mais uma vitória por ippon e a ida à final.

Brasil tem favoritos no judô no 13º dia de Pan


Em 2º no ranking mundial, Guilheiro é promessa em Guadalajara. Foto: AFP

O judô surge como uma grande aposta para o Brasil na reta final dos Jogos Pan-Americanos. Quatro brasileiros estarão no tatame nesta quinta-feira, 13º dia de disputas, sendo três deles favoritos a estarem no pódio e ajudarem o País a seguir vivo na luta contra Cuba pelo segundo lugar no quadro de medalhas geral.

Segundo colocado no ranking mundial da categoria até 81 kg, Leandro Guilheiro (81 kg) é favorito ao ouro em Guadalajara. O judoca já coleciona dois bronzes em Olimpíadas - Atenas 2004 e Pequim 2008 -, além da prata no Mundial de Tóquio 2010 e no Pan do Rio. Na estreia, ele enfrenta o chileno Luis Antonio Retamales.

Tiago Camilo (90 kg) é outro destaque. O atleta, também medalhista olímpico e mundial, possui dois ouros em Pans: Santo Domingo (2003) e (Rio 2007), e agora vai atrás do tricampeonato. A primeira luta do brasileiro é contra o canadense Alexandre Emond.

Já entre as mulheres, Mayra Aguiar (78 kg), prata no Rio e no Mundial de Tóquio, encara a equatoriana Diana Veronica Chala. Ainda hoje, a estreante Maria Portela (70 kg) chega confiante ao Pan, apesar de ainda não saber quem será a adversária dela.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Rafael Silva é derrotado pelo cubano e leva a prata no judô


Em luta que valia o ouro no judô, o brasileiro Rafael Silva foi derrotado pelo cubano Oscar Rene Brayson, pela categoria dos pesados acima de 100 kg nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em duelo realizado no Gimnasio del Code II nesta quarta-feira, o atleta do Brasil, apesar do revés, garantiu a medalha de prata ao País.

O adversário de Cuba saiu na frente com um yuko, enquanto o brasileiro mostrava-se mais parado no combate. Experiente, o cubano parecia querer levar a pequena vantagem até o final e evitava as investidas de Rafael, que não conseguia se desvencilhar e aplicar nenhum golpe diferente.

E, com essa pequena tática, o cubano arrancou três punições do brasileiro, que ainda sofreu um wazari. A apenas 30 segundos do fim da luta, apenas um ippon salvaria o revés de Rafael, que penava para encaixar seu melhor judô contra Oscar Rene. Com isso, o ouro ficou para Cuba. "Estou feliz com a prata e decepcionado com a luta. Faltou ir melhor com o jogo dele para pensar na luta e definir os detalhes", definiu o judoca do Brasil após o combate.

"Ele anulou bem meu jogo, foi uma luta bastante detalhista. A gente sempre acha alguma coisa assim, mas tem que tentar jogar com o judô e deixar o menos possível na mão do árbitro. O culpado é quem está lutando, não tem problema, cabeça erguida e bola para a frente", acrescentou.

Em sua campanha até a final, Rafael Silva derrotou o americano Anthony James Turner Jr, nas quartas de final, e o mexicano Ramon Henrique Flores, na semi. O cubano, por sua vez, havia passado por cima do portorriquenho Pablo Figueroa e também do colombiano Luis Ignacio Salazar.

O Brasil volta a disputar um ouro no judô ainda nesta quarta, com a luta de Luciano Correia contra o cubano Oreydi Despaigne, pela categoria para mais leves que 100 kg. Já no feminino, Maria Suelen Altheman disputa o bronze na sequência contra a americana Molly Elizabeth O´Rourke, para as mulheres mais pesadas que 78 kg.

ubano vence brasileiro na final, e País leva a prata no judô
26 de outubro de 2011 20h29 atualizado às 22h37

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Judô: final de 100kg - R. Silva (BRA) x O. Brayson (CUB) - (M)

Celso Paiva
Direto de Guadalajara

Em luta que valia o ouro no judô, o brasileiro Rafael Silva foi derrotado pelo cubano Oscar Rene Brayson, pela categoria dos pesados acima de 100 kg nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em duelo realizado no Gimnasio del Code II nesta quarta-feira, o atleta do Brasil, apesar do revés, garantiu a medalha de prata ao País.

Veja todos os resultados do Pan
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Veja todos os ouros conquistados pelo Brasil

O adversário de Cuba saiu na frente com um yuko, enquanto o brasileiro mostrava-se mais parado no combate. Experiente, o cubano parecia querer levar a pequena vantagem até o final e evitava as investidas de Rafael, que não conseguia se desvencilhar e aplicar nenhum golpe diferente.

E, com essa pequena tática, o cubano arrancou três punições do brasileiro, que ainda sofreu um wazari. A apenas 30 segundos do fim da luta, apenas um ippon salvaria o revés de Rafael, que penava para encaixar seu melhor judô contra Oscar Rene. Com isso, o ouro ficou para Cuba. "Estou feliz com a prata e decepcionado com a luta. Faltou ir melhor com o jogo dele para pensar na luta e definir os detalhes", definiu o judoca do Brasil após o combate.

"Ele anulou bem meu jogo, foi uma luta bastante detalhista. A gente sempre acha alguma coisa assim, mas tem que tentar jogar com o judô e deixar o menos possível na mão do árbitro. O culpado é quem está lutando, não tem problema, cabeça erguida e bola para a frente", acrescentou.

Em sua campanha até a final, Rafael Silva derrotou o americano Anthony James Turner Jr, nas quartas de final, e o mexicano Ramon Henrique Flores, na semi. O cubano, por sua vez, havia passado por cima do portorriquenho Pablo Figueroa e também do colombiano Luis Ignacio Salazar.

O Brasil volta a disputar um ouro no judô ainda nesta quarta, com a luta de Luciano Correia contra o cubano Oreydi Despaigne, pela categoria para mais leves que 100 kg. Já no feminino, Maria Suelen Altheman disputa o bronze na sequência contra a americana Molly Elizabeth O´Rourke, para as mulheres mais pesadas que 78 kg.

Maria Suelen vence com ippon em 34 segundos e leva bronze


A brasileira Maria Suelen Altheman levou o bronze na categoria para mulheres acima de 78 kg do judô nesta quarta-feira, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Com um ippon, ela derrotou a americana Molly Elizabeth O´Rourke em 34 segundos de combate e deu ao Brasil mais uma medalha na competição.

"Estava percebendo que os mexicanos estão torcendo muito para nós e isso é muito bom. Entrei concentrada, com um adversário que nunca tinha visto, procurei pegar para sentir e depois encaixar o golpe", declarou a atleta após a vitória.

Maria Suelen havia sido derrotada pela portorriquenha Melissa Mojica na semifinal, após eliminar a venezuelana Giovanna Jose Blanco na fase anterior. Acabou indo para a repescagem, e eliminou a americana O´Rourke da disputa do bronze, levando a medalha. O ouro ficou com a cubana Idalys Ortiz.

Luciano Correa se vinga de "algoz" e leva ouro ao País


O brasileiro Luciano Correa derrotou seu algoz cubano Oreydi Despaigne, pela categoria dos pesados abaixo de 100 kg nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em duelo realizado no Gimnasio del Code II nesta quarta-feira, o atleta do Brasil garantiu a medalha de ouro ao País. O resultado foi uma revanche para Correa, uma vez que, nas duas últimas lutas o rival havia vencido ambas, inclusive na semifinal do Pan em 2007.

Em combate similiar ao de Rafael Silva, que sucumbiu na decisão para os mais pesados que 100 kg, Luciano começou a luta levando uma punição da arbitragem. Entretanto, tomava a iniciativa mais do que o rival e partia para cima a todo instante. O adversário, acuado, levou até "puxões de orelha" de seu treinador, que não aprovava a atuação de seu pupilo.

O cubano, por sua vez, parecia fugir do combate a todo instante e não parava de sair do tatame, Sua postura também lhe rendeu uma punição que resultou no primeiro yuko do brasileiro, que conseguiu a vantagem a 30 segundos do fim. Entretanto, o rival da América Central empatou na sequência. Por isso, o embate foi para a prorrogação.

No desempate, Despaigne continuou com sua tática de fugir das investidas do brasileiro e, ao pisar fora da linha, acabou punido mais uma vez pela arbitragem e viu Luciano Correa e o Brasil conquistarem o ouro no judô. "Como eu falei, os últimos dois confrontos tinha perdido, entrei bem focado e deu certo. Foi para desengasgar o que estava aqui comigo há quatro anos", desabafou o atleta após a conquista.

"Hoje foi meio duvidoso, muita coisa que a arbitragem estava meio confusa, temos que nos importar ao máximo e isso é fruto desse trabalho. Essa torcida foi muito boa, no Rio também foi o máximo essa torcida e depois de quatro anos consegui essa medalha de ouro", acrescentou. Em sua trajetória até a final, Luciano Correa havia derrotado o mexicano Sergio Garcia, o americano Kyle Vashkulat e o portorriquenho Carlos Santiago.

Judô brasileiro prevê uma disputa 'dura' no Pan

O Brasil é uma das maiores forças do judô mundial na atualidade. Por isso mesmo, entra nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara como favorito nas disputas pela medalha de ouro. Mas o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson, faz um alerta: a competição será "dura".

"A disputa do judô nos Jogos de Guadalajara será dura e, mesmo com a tradição que temos no continente, os atletas estão focados e sabem da importância deste evento para o Brasil e também para suas carreiras. Ganhar uma medalha em Jogos Pan-Americanos é escrever o nome na história", diz Ney Franco.

As competições de judô começam na quarta-feira em Guadalajara, quando três judocas brasileiros já entrarão em ação: Luciano Corrêa (até 100kg), Rafael Silva (acima de 100kg) e Maria Suelen Altheman (acima de 78kg) - o primeiro deles, inclusive, foi medalhista de bronze no Pan do Rio, em 2007.

Além dos três judocas do primeiro dia, o Brasil terá representantes em todas as outras categorias: Sarah Menezes (até 48kg), Erika Miranda (até 52kg), Rafaela Silva (até 57kg), Katherine Campos (até 63kg), Maria Portela (até 70kg), Mayra Aguiar (até 78kg), Felipe Kitadai (até 60kg), Leandro Cunha (até 66kg), Bruno Mendonça (até 73kg), Leandro Guilheiro (até 81kg) e Tiago Camilo (até 90kg)



Técnica do judô evoca "Tropa de Elite": "missão dada, missão cumprida"

Arena onde será disputado o judô no Pan-Americano. Foto: Reinaldo Marques/Terra

Se a natação foi o carro chefe de medalhas do Brasil na primeira semana dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, na segunda e decisiva parte do evento as esperanças caem sobre o atletismo e, principalmente, o judô. Com retrospecto positivo nas últimas edições de Pans e torneios internacionais, os integrantes da Seleção sabem da importância que eles têm para a delegação brasileira.

"Ficam lembrando a gente disso (a importância do judô no Pan) o tempo inteiro. A desvantagem de fechar um Jogos Pan-Americanos exatamente é essa, você tem que suprir toda essa expectativa. Quando você abre os Jogos Pan-Americanos existem outros esportes que ficam com essa responsabilidade. Dessa vez, pela primeira vez, o judô está ficando por último", disse a técnica Rosicleia Campos, responsável pela equipe feminina.

Rosicleia, inclusive, lembrou uma frase que ficou famosa através do personagem Capitão Nascimento, dos dois filmes Tropa de Elite, para ressaltar o papel que a modalidade tem dentro da competição.

"Missão dada tem que ser missão cumprida. A gente tem um grupo muito forte, viemos com nossa equipe principal. Temos adversários à nossa altura. Jogos Pan-Americanos não é uma competição fácil para a gente, mas faz parte do nosso planejamento, estava dentro do planejamento, então vamos ter o máximo de empenho, com certeza, e vamos brigar pelas medalhas de ouro que é o que interessa em uma competição como essa, no quadro geral de medalhas".

Uma das esperanças de ouro da equipe brasileira, o judoca Leandro Guilheiro deixa a pressão na mão dos técnicos e dirigentes. "Quem geralmente faz previsão é o Comitê Olímpico e a comissão técnica, a gente (os atletas) só se preocupa em lutar. Não dá para negar que temos, realmente, uma condição muito grande de trazer uma série de medalhas para o Brasil, de trazer medalhas de ouro também", confirmou.

"Hoje a equipe é bem homogênea em termos de resultados, de qualidade, tanto no masculino, quanto no feminino. Realmente, a gente sabe da responsabilidade que tem, da cobrança que existe e da expectativa que se tem da nossa equipe. Resultado depende muito do dia", disse.

"Diferente de outras modalidades, o judô na América é difícil, é duro. Todos os países vêm com os principais atletas, Cuba, EUA, Argentina. Tem pessoas que trazem dificuldade pra gente. O resultado só vamos descobrir no dia, realmente, mas acho que a gente tem grande probabilidade de trazer resultados bons", completou Guilheiro.

domingo, 16 de outubro de 2011

O que é um Ippon?

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Ippon (一本? um) é um termo utilizado em competições de artes marciais japonesas, como caratê e judô, atribuída a um golpe "perfeito".

No judô, significa que o golpe foi desferido de forma correta, resultando na projeção do oponente, com queda, desde que este tenha ficado com as costas por completo no tatame, ou quando sejam aplicadas imobilizações, dentro de um tempo determinado, ou pela desistência do adversário em casos de chaves, de mãos ou pés, e estrangulamentos; caso ocorra, a luta termina, podendo assim a luta resolver-se em um único golpe.

No caratê, equivale a um golpe que resulte na queda do oponente ou que não tenha dado chance de defesa, desde que o lutador mostre total controle de si e do adversário; se for observada a presença da forma correta da técnicas, espírito de luta, concentração, noções de espaço e tempo e vigor, será atribuído o ponto[1]. Dependendo do sistema de pontuação usado, pode ou não terminar a luta.

Breno Alves termina em quinto no primeiro dia do Gran Prix de Judô

Primeiro brasileiro a lutar pelo Grand Prix de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Breno Alves (60kg) terminou em quinto lugar na sua categoria. Em sua terceira luta, ele acabou derrotado por Amiran Papinashvili, de Georgia, por yuko, e se despediu da disputa sem medalha.

Antes disso, em sua estreia na na competição, Breno derrotou Lyes Saker, da Argélia, por yuko. Na luta seguinte, venceu Gabit Esimbetov, do Uzbequistão, também por yuko.

Em Abu Dhabi, o Brasil ainda será representado por Moacir Mendes (73kg), Felipe Costa (81kg), Flávio Canto (81kg), Vinícius Nunes (90kg), Hugo Pessanha (90kg), Leonardo Leite (100kg) e David Moura (+100kg) entre os homens, e Camila Minakawa (63kg) e Mariana Silva (63kg) entre as mulheres.

O evento conta pontos importantes para o ranking mundial, que define os classificados para os Jogos Olímpicos de Londres-2012 - 22 em cada categoria masculina e 14 em cada divisão feminina, sendo apenas um atleta por país. A medalha de ouro no Grand Prix vale 200 pontos no ranking, a prata vale 120 e o bronze, 80.

Nesta segunda-feira, competem Camila Minakawa e Mariana Silva, Moacir Mendes, Felipe Costa e Flávio Canto. Na terça, Vinícius Nunes, Hugo Pessanha, Leonardo Leite e David Moura fecham a competição.

domingo, 9 de outubro de 2011

Marina Silva e Camila Minakawa são bronze na Copa do Mundo


As judocas Mariana Silva e Camila Minakawa, da categoria até 63kg, conquistaram neste sábado, em Minsk, a medalha de bronze na Copa do Mundo da Bielorússia, etapa do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô e evento que contou pontos para o ranking mundial e olímpico da modalidade. As atletas foram as únicas representantes do país no torneio.

Com a medalha de bronze, Mariana e Camila garantiram 40 pontos no ranking da FIJ. O ranqueamento mundial também faz parte do critério de classificação olímpico estabelecido pela FIJ para Londres 2012. Garantem vaga nas Olimpíadas os 22 homens e as 14 mulheres mais bem colocadas no ranking. Apenas um atleta por país lutará as Olimpíadas.

Para ficar com a medalha de bronze, Mariana Silva venceu na estreia a russa Anna Shcherbakova por yuko. Na segunda rodada, a brasileira foi superada por yuko pela finlandesa Johanna Ylinen. Lutando na repescagem, Mariana bateu a ucraniana Olena Sayko, por yuko, e depois venceu a também ucraniana Oksana Didenko no golden score.

Já Camila Minakawa venceu na primeira rodada a turca Selda Koradag, por ippon. Depois, Camila foi derrotada por wazari pela ucraniana Oksana Didenko. Na repescagem, a atleta superou a francesa Laure Polianne, por wazari, e, na disputa do bronze, passou com um yuko pela russa Vera Koval.

Disputaram a Copa do Mundo da Bielorússia, exclusiva para mulheres, 105 judocas de 26 países.

Na última atualização do ranking mundial, divulgado pela Federação Internacional no dia 4 de outubro, Mariana Silva aparece na 19ª colocação, com 402 pontos. Com o descarte de cinco atletas de nacionalidades repetidas e mais bem colocadas que Mariana, a brasileira passa a ocupar o 14º lugar. Já Camila Minakawa está em 35º na lista, com 252 pontos.


Com ippon, Daniel Hernandes leva ouro na Copa do Mundo de Liverpool


Daniel Hernandes venceu na final o lituano Marius Paskevicius com ippon. Foto: Divulgação

O brasileiro Daniel Hernandes conquistou, neste domingo, a medalha de ouro na categoria peso pesado (mais de 100 kg) da Copa do Mundo de judô de Liverpool. O judoca venceu na final, por ippon, o lituano Marius Paskevicius, algoz de outro representando Brasil, David Silva, que depois acabou conquistando o bronze.

Antes de chegar à decisão, Hernandes já havia derrotado o britânico Chris Sherrington, o francês Mehdi Kemouche e o romeno Vladut George Simionescu. Já Silva levou a melhor contra o holandês Roy Meye na final da repescagem.

O também brasileiro Marcelo Contini acabou no sétimo lugar na categoria peso leve (até 73 quilos), enquanto na mesma categoria, mas entre as mulheres (até 57 quilos), Flavia Gomes perdeu para a veterana espanhola Isabel Fernández e na luta pelo bronze para a alemã Hannah Brueck, ficando na quinta posição.

A conquista dá a Hernandes mais 100 pontos no ranking mundial, critério de classificação para as Olímpiadas de Londres. O brasileiro trava uma disputa acirrada com Rafael Silva para ser um dos representante do país. Daniel soma 592 pontos e está em 13º lugar, enquanto Rafael, com 668 pontos, aparece na nona posição, sem contar com os resultados deste final de semana.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Duas judocas representam o Brasil na Copa do Mundo da Bielorrússia

Duas judocas brasileiras vão representar o Brasil na etapa feminina da Copa do Mundo de Judô em Minsk, na Bielorrússia. As atletas Mariana Silva e Camila Minakawa, ambas da categoria até 63kg, entram na disputa em busca de medalhas, que somam pontos importantes na corrida por uma vaga nos Jogos de Londres-2012.

O evento de Minsk conta pontos importantes para o ranking mundial da Federação Internacional de Judô (FIJ), que define os atletas classificados para as Olimpíadas. Os 22 homens e as 14 mulheres mais bem colocadas no ranking garantem vagas. Apenas um atleta representa seu país em cada categoria.

De acordo com as normas da entidade, cada medalha de ouro vale 100 pontos, enquanto a prata garante 60 e o bronze 40.

Na última etapa da Copa do Mundo, realizada em Liverpool (homens) e Roma (mulheres), a delegação brasileira conquistou duas medalhas: uma de ouro, com Daniel Hernandes, e outra de bronze com David Silva, ambos na categoria +100kg.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Brasil fatura duas medalhas em Copa do Mundo do Judôv


O Brasil colocou dois judocas no pódio dos pesos pesados na Copa do Mundo de Liverpool, etapa do Circuito Mundial de Judô, neste domingo. Daniel Hernandes, que disputa ponto a ponto com Rafael Silva a vaga olímpica do País na categoria, foi medalhista de ouro, enquanto David Moura faturou o bronze. As medalhas foram as únicas de brasileiros em etapas de Copa do Mundo neste final de semana.

Com os 100 pontos conquistados neste domingo na Inglaterra e levando em conta os descartes, Hernandes vai a 652 pontos, contra 668 de Rafael Silva, que começou a semana na nona posição do ranking mundial. Só o melhor deles na data limite de classificação olímpica, no ano que vem, irá defender o Brasil em Londres. David Moura deve aparecer no ranking da semana que vem como quarto melhor brasileiro entre os pesados.

Ainda em Liverpool, Marcelo Contini (até 73kg) terminou a Copa do Mundo na sétima posição. Felipe Kitadai, que provavelmente estará em Londres, decepcionou entre os pesos leves, caindo logo na estreia. Outro que perdeu ótima chance de pontuar no ranking mundial foi Hugo Pessanha (até 90kg), que venceu apenas uma luta. Ele está empatado em pontos com Tiago Camilo (em 7.º e 8.º do ranking) e só um deles irá a Londres. Felipe Costa e Victor Penalber também não foram longe em Liverpool.

As mulheres  competiram em Roma, mas não foram bem. O melhor desempenho foi de Flávia Gomes. Ela treina para o Mundial Júnior, que será no fim do mês, e ficou com a quinta posição no peso leve. Mariana Silva, que precisava melhorar sua 18.º posição no ranking mundial para se garantir em Londres, ficou apenas em sétimo e deverá manter sua pontuação. Outras brasileiras que competiram foram Eleudis Valentim, Dione Lima e Kelteyn Quadros. As duas primeiras também disputarão o Mundial Júnior.