segunda-feira, 28 de maio de 2012

Brasil domina quadro de medalhas no Grand Slam de judô de Moscou


Com quatro ouros e um bronze, a Seleção Brasileira dominou o quadro de medalhas do Grand Slam de judô de Moscou, disputado neste fim de semana.

As mulheres foram fundamentais para que o Brasil ficasse em primeiro lugar. Sarah Menezes (até 48 quilos), Erika Miranda (até 52 quilos), Maria Portela (até 70 quilos) e Maria Suelen Altheman (acima de 78 quilos) subiram no lugar mais alto do pódio.

O bronze foi conquistado por Eleudis Valentim, que nas semifinais da categoria até 52 quilos foi derrotada pela compatriota Erika Miranda. Uzbequistão, com três ouros, duas pratas e um bronze, foi o segundo colocado, e o Japão (2-1-0) foi terceiro.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ketleyn Quadros comemora fase sem lesões para lutar Grand Slam do Rio

Ketleyn, Judô (Foto: Divulgação / CBJ)

O Grand Slam de Judô do Rio de Janeiro acontece nos dias 9 e 10 de junho, no ginásio Caio Martins, em Niterói-RJ. E a competição contará com Ketleyn Quadros. Fora de Londres, a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica em um esporte individual, em Pequim-2008, competirá de olho na preparação para os Jogos do Rio-2016.

Será a terceira vez que Ketleyn compete no Grand Slam do Rio. Desta vez, a atleta comemora a fase sem lesões, que a faz chegar 100% para a competição. No ano passado, ela conseguiu seu melhor resultado, um quinto lugar.

- Sempre tinha alguma lesão para me atrapalhar e será a primeira vez que chego bem fisicamente e psicologicamente também. Fico muito feliz com o momento que estou vivendo no judô. Ainda tenho muito o que melhorar, mas acredito que um bom resultado no Grand Slam do Rio será o primeiro passo, com o pé direito, para fazer um bom ciclo olímpico para Rio 2016 - disse Ketleyn Quadros.

Em 2009, na primeira edição do Grand Slam do Rio, Ketleyn Quadros foi homenageada pela secretaria de esportes e lazer do Rio de Janerio e gravou suas mãos na calçada da fama do ginásio do Maracanãzinho.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Felipe Kitadai, judoca brasileiro



Felipe Eidji Kitadai é paulista nascido em 1989.

Integra a selecão brasileira de judo desde 2008. Atualmente é o melhor atleta brasileiro do ranking mundial para as Olimpiadas de Londres em 2012. Felipe ocupa a 18 posicão do ranking e sendo assim é o brasileiro com mais chances de ir para as Olimpiadas.

Integrante da SOGIPA, o judoca ganhou notoriedade ao ser medalhista de ouro da categoria até 60 kg na Copa do Mundo em Roma, ao ter em sua trajetória uma vitória sobre o único tricampeão olímpico da história do judô, Tadahiro Nomura.

O atleta também teve outras conquistas expressivas na carreira: foi ouro nos Jogos da Lusofonia 2009, bronze na Copa do Mundo de São Paulo 2010 e prata no Campeonato Pan-Americano, em 2010.

Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, Kitadai foi medalha de ouro na categoria até 60 kg.





sexta-feira, 18 de maio de 2012

Técnicos que fazem a diferença: o “pulo do gato” do judô, com Rosicléia

Não foi de repente nem por acaso a primeira medalha brasileira feminina do judô em uma Olimpíada, com Ketleyn Quadros – um bronze na categoria leve (até 57 kg) de Pequim 2008. Naquele momento do 11 de agosto, a técnica Rosicléia Campos pensou – só por um instante…! – que já podia morrer. Que nada. Foram anos de trabalho para o "pulo do gato", como diz a treinadora, do judô feminino, que deixou de ser uma extensão do masculino para ganhar postura própria. E ainda "há muito caminho pela frente". Mas Rosicléia está satisfeita principalmente pela constância de resultados, pela técnica e consistência das atletas.

- As conquistas vêm sustentando a realidade que se tornou o judô feminino brasileiro.

Com 11 anos de idade, Rosicléia chegava à academia para aprender judô. Depois, foi atleta do Flamengo e defendeu a equipe brasileira dos 15 aos 30 anos, na categoria médio (até 66 kg). Como judoca, foi à Olimpíada de Barcelona 1992 e à de Atlanta 1996.

Atrás do que queria: continuar no judô

Depois, decidiu que seguiria no judô, como profissional – tem duas pós-graduações, em treinamento esportivo e em judô de alto rendimento – e teve chance de começar na equipe brasileira como assistente de Priscila Medeiros e Geraldo Bernardes.

- Em 2000, fui convidada para ser auxiliar-técnica na Olimpíada de Sydney. Em 2001, passei a fazer parte do grupo de técnicos da CBJ [Confederação Brasileira de Judô], dirigindo a equipe juvenil, e em 2002, a júnior. Em 2005 cheguei à equipe sênior.

Ter acompanhado judocas amadurecendo, física, técnica e psicologicamente fez diferença, sim, na opinião de Rosicléia, que teve ainda como juvenis algumas das principais atletas brasileiras de hoje, como Maria Suellen Altheman (+78 kg), Érika Miranda (-52 kg), Sarah Menezes (-48 kg e que já chegou à equipe principal com apenas 16 anos).

- Foi importante também pela credibilidade no trabalho, mas como técnico quis colocar em prática tudo o que eu gostaria de ter recebido. Claro que era outra estrutura. Hoje, para um atleta ser de alto rendimento e conseguir resultados é preciso dinheiro – o que não havia. Na Olimpíada de 1996 eu não conhecia nenhuma das minhas adversárias – hoje, elas conhecem 100% das rivais e até já treinaram e lutaram com todas elas.

Credibilidade, resultados e independência

Essa postura, diz Rosicléia, foi o que mudou o judô feminino no Brasil: não era mais extensão – tinha se separado e se tornado independente.

- Esse foi o pulo do gato: um judô voltado para as atletas. Hoje podemos aceitar cobranças, porque temos condições de igual para igual, temos oportunidade de nos aprimorar. Antes, não tínhamos resultados porque não tínhamos estrutura, não tínhamos estrutura porque não tínhamos resultado – e ficava assim.

Rosicléia recebeu apoio de Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ, de José Roberto Perillier, hoje gerente geral de alto rendimento do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), e Jorge Bechara, do setor administrativo do COB – que "compraram a briga" pela ex-atleta de 35 anos (que agora está com 43). Dessa forma, se tornou uma técnica com visão bem abrangente – não apenas uma treinadora, no tatame, mas com conhecimento no gerenciamento do grupo e também do "entorno" das atletas, com apoio, como exemplifica, nas questões de marketing, de participação em redes sociais.

Diferente em tudo, do físico ao estilo

Além do judô feminino ser diferente, das necessidades ao estilo de luta, outro ponto importante foi "estabelecer" que também era totalmente diferente nos aspectos médico e fisiológico. As judocas agora têm a médica Tathiana Parmigiano, também ex-atleta, que segundo Rosicléia tem linguagem de fácil entendimento, que ajuda com problemas que muitas vezes as judocas nem sabem que existem. Há ainda alimentação adequada, psicóloga, e as judocas "absorveram bem que precisam ser atleticamente fortes, que não é vergonhoso ter braço forte – como na minha época de atleta".

- A mulher é mais passional, mas também crítica, atenta, comprometida, eficaz, crítica… E nossa equipe é muito forte, bem preparada fisicamente.

Assim, a equipe brasileira feminina foi, com resultados gradativos, ganhando consistência.

- As sete medalhas do Pan 2007, a primeira medalha olímpica feminina com a Ketleyn em 2008, dois bronzes no Mundial 2010, uma prata e dois bronzes no Mundial 2011. Também ganhamos de Cuba pela primeira vez no Pan de Equipes. São conquistas que sustentam o que é o judô feminino hoje.

Medalhistas olímpicos do Judô Brasileiro de 1972 a 2008

Munique 1972

Chiaki Ishii – Bronze (Meio-Pesado)

Los Angeles 1984

Douglas Vieira – Prata (Meio-Pesado)
Luís Onmura – Bronze (Leve)
Walter Carmona – Bronze (Médio)

Seul 1988

Aurélio Miguel – Ouro (Meio-Pesado)

Barcelona 1992

Rogério Sampaio – Ouro (Meio-Leve)

Atlanta 1996

Henrique Guimarães – Bronze (Meio-Leve)
Aurélio Miguel – Bronze (Meio-Pesado)

Sydney 2000

Tiago Camilo – Prata (Leve)
Carlos Honorato – Prata (Médio)

Atenas 2004

Leandro Guilheiro - Bronze (Leve)
Flávio Canto - Bronze (Meio-Médio)

Pequim 2008

Leandro Guilheiro - Bronze (Leve)
Ketleyn Quadros - Bronze (Leve)
Tiago Camilo – Bronze (Meio-médio)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Rosicleia Campos mudou a cara do judô feminino no Brasil

Sergio Moraes/Reuters

Técnica da Seleção Brasileira feminina de judô desde 2005, Rosicleia Campos alcançou um feito histórico às vésperas do teste de fogo nos Jogos Olímpicos. Mergulhada há seis anos no que batizou de "causa", atualmente seis das sete categorias olímpicas estão dentro dos critérios de classificação para Londres 2012. Premiada pelo feito como a melhor treinadora do país em esportes individuais de 2011, Rosicleia acredita que o judô feminino, enfim, tenha obtido a atenção necessária para ir atrás das medalhas.

Logo depois de receber o troféu do Prêmio Brasil Olímpico, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, a comandante da Seleção Brasileira conversou com o Correio sobre as mudanças pelas quais o esporte passou. "A primeira coisa que fizemos em 2005 foi mapear o cenário. Onde é que estamos perdendo as lutas? Para quem? Onde temos que melhorar? Para se ter uma ideia, a gente não era a número 1 nem na Pan-América. O trabalho e o resultado não aconteceram por acaso. Fizemos um estudo detalhado de onde era nossa maior dificuldade."

Atleta olímpica nos Jogos de Barcelona (1992) e Atlanta (1996), Rosicleia assumiu o cargo de técnica da Seleção numa época em que nem sequer existia planejamento para o judô feminino. Enquanto os homens eram beneficiados com experiências na Europa em competições e treinos, ela tinha de se virar com suas pupilas em locais não tão promissores, como Cuenca, no Equador.

"Boas atletas sempre existiram no Brasil, mas faltava dinheiro. Agora, não falta. Temos tudo o que precisamos. No começo do trabalho eu avisei às meninas que precisávamos de resultados. Mostramos e agora tenho certeza que não será por falta de locais de treinamento, por pedidos não atendidos, que os resultados não virão", celebra Rosicleia.

Prova de uma das conquistas fora do tatame alcançadas pela técnica atual foi o último intercâmbio no Japão. Classificadas como as principais adversárias do Brasil nas disputas pelo ouro em Londres, as japonesas ficaram sob os olhares atentos das brasileiras. "Acabamos de passar três semanas no Japão. O que mais vimos é que elas treinam muito. Eu passava cinco horas e meia em pé. Sabe quando alguém no Brasil treinou assim? Nunca! Passei isso para as meninas. Querem chegar lá? É isso aí, tem que treinar. Foi isso que elas fizeram e os resultados apareceram."

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Judocas que medalharem em Londres dividirão bônus de R$ 1 milhão



Os judocas brasileiros que subirem no pódio dos Jogos Olímpicos terão um motivo a mais para celebrar a conquista. Isso porque os atletas que ganharem uma medalha em Londres vão dividir um bônus inédito de R$ 1 milhão de reais como recompensa pelo esforço na competição.

A iniciativa partiu da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e será bancada pelos patrocinadores da seleção – Sadia, Infraero, Bradesco, Scania e Cielo.

"Vamos dedicar o montante total para as medalhas. É uma compensação pelo trabalho árduo que eles tiveram e é merecido. Também serve como um ótimo incentivo. Mas vale lembrar que já pagamos R$ 1 milhão para os atletas ranqueados em salários", afirmou presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, em entrevista ao iG.

Ainda não foi estipulada a forma da divisão entre os ganhadores. Será formada uma comissão de três atletas e dois membros da comissão técnica, que se reunirão para acertar os percentuais exatos, mas a medalha de ouro terá peso maior que as outras, naturalmente.

"Mesmo com a premiação, o sonho de ter a medalha é grande. Ter uma medalha não tem preço e é o principal.  Mas é claro que ter uma premiação dessas anima. O judô está com um potencial cada vez maior e isso só mostra o nosso crescimento", opinou o meio-pesado Luciano Corrêa.

O Brasil disputará os Jogos Olímpicos de Londres com uma equipe recorde de 14 atletas. Pela primeira vez, o país classificou atletas em todas as categorias. A expectativa é que a seleção faça sua melhor campanha no torneio com um ouro, no mínimo, somado a outras medalhas.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Judô divulga os 14 competidores de Londres

Brasileiro Leandro Guilheiro vai para Londres como um dos favoritos por ser primeiro do ranking

 

A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) divulgou na tarde desta terça-feira, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, os 14 representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Londres.

Pela primeira vez a entidade não realizou uma seletiva nacional para definir os representantes por peso. A definição foi por conta do ranking da Federação Internacional de Judô.

Leandro Guilheiro e Mayra Aguiar são os únicos brasileiros que se classificaram como primeiros colocados do ranking de suas categorias. Já Mariana Silva e Maria Portela conseguiram a vaga na última semana por meio do Pan-Americano da modalidade.

Somente Brasil, França, Japão e Coreia do Sul conseguiram as 14 vagas pelo ranking mundial.

Será a primeira vez na história que o Brasil levará representantes em todas as categorias para uma Olimpíada.

Confira os convocados para Londres:

Homens

Felipe Kitadai (até 60 kg)

Leandro Cunha (até 66 kg)

Bruno Mendonça (até 73 kg)

Leandro Guilheiro (até 81 kg)

Tiago Camilo (até 90 kg)

Luciano Correa (até 100 kg)

Rafael Silva (mais de 100 kg)
 

Mulheres

Sarah Menezes (até 48 kg)

Érika Miranda (até 52 kg)

Rafaela Silva (até 57 kg)

Mariana Silva (até 63 kg)

Maria Portela (até 70 kg)

Mayra Aguiar (até 78 kg)

Maria Suelen (mais de 78 kg)