sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Mayra Aguiar passa por duas cirurgias


Mayra Aguiar mundial Judô (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX / Fotocom)

A judoca Mayra Aguiar passou nesta quinta-feira por duas cirurgias, no cotovelo esquerdo e no joelho direito, em São Paulo. Os procedimentos transcorreram bem e a previsão é de alta nesta sexta-feira, quando a gaúcha de 22 anos já inicia a reabilitação. A medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres e primeira do colocada no ranking mundial na categoria até 78kg deve voltar aos treinos em quatro meses e às competições em seis meses.

No cotovelo de Mayra havia uma lesão do ligamento medial e foi retirado um corpo livre - fragmento ósseo - por artroscopia. No joelho foi tratada uma lesão do menisco e reconstrução do ligamento lateral. O primeiro procedimento foi feito pelo ortopedista Breno Schor e o segundo por  Caio D`Elia.

- Mayra sofreu as lesões no Campeonato Mundial de 2013, no Rio de Janeiro, e não estava conseguindo treinar adequadamente. Por isso, optamos por operá-la agora, já que o ranking olímpico começa em maio do ano que vem - disse o doutor Breno.

Na competição do Maracanãzinho a judoca conquistou a medalha de bronze.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Judô brasileiro fará segunda etapa da Seletiva Rio-2016






 

O judô brasileiro foca suas atenções agora para a segunda etapa da Seletiva Rio-2016, que será realizada no próximo dia 14 de dezembro, no ginásio do Clube de Regatas do Flamengo, no Rio de Janeiro. O evento definirá quais atletas permanecerão na equipe brasileira de alto rendimento no segundo ano do ciclo olímpico.

Em 2013, a Confederação Brasileira de Judô trabalhou com três atletas em cada categoria, exceto no meio pesado feminino, onde foram apenas duas representantes, e no meio pesado e pesado masculino, que tiveram quatro nomes na zona de investimento direto. Ainda houve o caso de Rafaela Silva, que iniciou o ano no meio médio, mas retornou para a categoria leve, onde foi campeã mundial.

No masculino, todas as categorias tem, pelo menos, uma vaga em aberto. Eric Takabatake (60kg), Marcelo Contini (73kg), Mauro Moura (81kg), Hugo Pessanha (100kg) e Daniel Hernandes (+100kg) não conseguiram cravar uma vaga entre os 22 melhores do ranking mundial (zona de classificação olímpica) e terão que lutar para se manter na equipe em 2014.

Na categoria médio (70kg) serão duas vagas, já que Eduardo Santos e Eduardo Bettoni Silva também não figuram entre os 22 da lista. No meio leve (66kg), Leandro Cunha, titular do Brasil na Olimpíada de Londres e um dos três nomes na zona de investimento na categoria, decidiu subir de peso e vai disputar uma vaga entre os leves.

No feminino, são duas vagas a serem preenchidas em seis das sete categorias. A única categoria definida é a do peso leve, que já conta com Rafaela Silva, atual líder do ranking mundial, e a medalhista olímpica Ketleyn Quadros.

No meio pesado, que teve duas atletas em 2013 - Mayra Aguiar e Samanta Soares -, terá três representantes em 2014. Samanta tentará se manter na equipe, além de Gabriela Chibana (48kg), Nathália Brigida (48kg), Eleudis Valentim (52kg), Raquel Silva (52kg), Juliene Aryecha (57kg), Flávia Gomes (57kg), Katherine Campos (63kg), Mariana Silva (63kg), Nádia Merli (70kg), Bárbara Timo (70kg), Rochele Nunes (+78kg) e Claudirene Cezar (+78kg).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Brasileiras conquistam ouro no Sul-americano sub-15 de judô


As brasileiras Aline da Silva Cruz e Ana Caroline Nascimento dos Santos conquistaram a medalha de ouro, em suas respectivas categorias, no Campeonato Sul-americano sub-15 de Judô. A competição, realizada no Chile, iniciou na última sexta-feira, 19 de outubro, e terminou no sábado, 20 do mesmo mês.

As jovens atletas, de 12 anos de idade, ingressaram no judô através de um projeto social promovido pela Unibes (União Brasileiro Israelita do Bem Estar Social) na cidade de São Paulo. Os treinos são ministrados em uma das unidades da instituição pela sensei Miriam Minakawa, que exaltou a conquista das judocas."A sensação é maravilhosa. Já estamos colhendo ótimos frutos de um projeto que existe há apenas cinco anos. As meninas foram perfeitas, não apenas como atletas, mas em todos os aspectos. E elas acabam servindo de espelho para outras crianças e jovens que estão no projeto, incentivando-os. Agora, fica o gosto de 'quero mais' e o orgulho de que estamos no caminho certo, tanto da cidadania quanto do esporte", destacou a professora.

Com muita força de vontade e talento, as atletas conquistaram a vaga no torneio internacional após resultados positivos em competições regionais e no Brasileiro da classe. O ouro na categoria meio médio (até 42kg), com Aline, e na categoria leve (até 38kg), com Ana Caroline, foram a consequência positiva de um trabalho realizado sem patrocinadores.

Para esta viagem específica, a instituição conseguiu o apoio da TAM, empresa área que disponibilizou as passagens para a cidade de Santiago. Todas as outras despesas, como hospedagem e alimentação, foram financiadas pela entidade, que conta com a ajuda de doações.

"A Unibes vive de doações. Temos um colaborador anônimo, que contribui todo ano com um valor e, se não fosse ele, talvez elas nem teriam viajado para o campeonato. Poucos atletas tem patrocinadores, estamos até correndo atrás de algum para elas", contou Miriam.

sábado, 28 de setembro de 2013

Brasil garante três ouros no primeiro dia de Grand Prix de judô em Almaty

Mundialito de Judô Ketleyn Quadros (Foto: afp)

Com o pé direito. Assim começou a campanha brasileira no Grand Prix de Judô em Almaty, no Cazaquistão. Nesse sábado, primeiro dia de competições, o Brasil conquistou três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Destaque para a categoria 63kg feminina, as xarás Mariana Barros e Mariana Silva se classificaram para a final. Melhor para Barros, que acabou superando a companheira na final brasileira.

A primeira medalha foi conquistada por Raquel Silva, na categoria 52kg. A brasileira venceu a cazaque Olessya Kutsenko na disputa direta pelo pódio. Já nas finais, a primeira atleta a lutar por um ouro foi Ketleyn Quadros. A judoca encarou a também brasileira, mas naturalizada israelense Camila Minakawa. Melhor para a representante do Brasil. Depois de aplicar um belo vazari, Quadros imobilizou Minakawa e garantiu o primeiro lugar.

Na sequência foi a vez de Alex Pombo, único homem brasileiro a se classificar. Na disputa da final dos leves, Pombo superou o atleta da casa, Yertugan Torenov, por yuko. Por fim, a final brasileira na categoria 63kg. Mariana Barros e Mariana Silva fizeram uma luta bastante truncada, em que Barros acabou superando a companheira de treinos ao aplicar um ipon. Ouro e prata para o Brasil.

As transmissões do segundo dia de competição no Cazaquistão, com as categorias 70kg, 78kg, +78kg, 81kg, 90kg, 100kg e +100kg, começam às 8h desse domingo,

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Três brasileiras seguem na liderança do ranking do judô

 Sarah está na primeira posição na categoria até 48kg

O Brasil continua com três lutadoras na liderança do ranking mundial de judô, que teve a sua atualização publicada nesta terça-feira pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês), após a realização do Grand Prix de Rijeka, na Croácia, no último fim de semana. Na lista, Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Maria Suelen Altheman ocupam a primeira colocação. 

Sarah está na primeira posição na categoria até 48kg com 2.454 pontos e mais de 500 de vantagem para a segunda colocada, a mongol Urantsetseg Munkhbat. Mayra lidera entre as judocas de até 78kg, com 2.380 pontos, mais de 300 à frente da húngara Abigel Joo. Já Maria Suelen é a número 1 na categoria mais de 78kg, com 2.756 pontos, apenas 26 a mais do que a cubana Idalys Ortiz. 

O País ainda tem outras duas judocas entre as três melhores do mundo. Érika Miranda é a vice-líder da categoria até 52kg, com 1.670 pontos, contra os 2.980 de Majlinda Kelmendi, do Kosovo. 

Já a campeã mundial Rafaela Silva caiu para o terceiro lugar na categoria até 57kg, com 1.918 pontos, ao ser ultrapassada pela alemã Miryam Roper, com 1.994, medalhista de ouro no último fim de semana na Croácia. A primeira colocação da lista segue sendo da francesa Automne Pavia, com 2.230 pontos. 

Entre os judocas, o Brasil ten dois vice-líderes. Victor Penalber, na categoria até 81kg, com 1.556 pontos, atrás do georgiano Avtandili Tchrikishvili, com 1.994, e Rafael Silva, na categoria mais de 100kg, com 2.280 pontos, 20 a menos do que o francês Teddy Riner.

Após Mundial, seleção masculina muda treinos



Depois do desempenho abaixo das expectativas no Mundial do Rio, encerrado no começo de setembro, quando conquistou apenas uma medalha de prata com Rafael Silva, a seleção brasileira masculina de judô fez algumas alterações nos treinamentos, intensificando agora o trabalho específico por categoria. Assim, os judocas dos três pesos mais pesados (até 90kg, até 100kg e acima de 100kg) estão reunidos nesta semana em Belo Horizonte, treinando sob o comando dos técnicos Luiz Shinohara e Mário Sabino.

No Mundial do Rio, o único pódio da seleção masculina do Brasil foi com Rafael Silva, na categoria acima de 100kg, quando perdeu a final para o astro francês Teddy Riner. Enquanto isso, as judocas brasileiras tiveram desempenho fantástico, com cinco medalhas individuais - Rafaela Silva (até 57kg/ouro), Érika Miranda (até 52kg/prata), Maria Suelen Altheman (acima de 78kg/prata), Sarah Menezes (até 48kg/bronze) e Mayra Aguiar (até 78kg/bronze) - e uma prata na disputa por equipes.

Uma das alterações na equipe masculina foi a contratação do técnico Mário Sabino - um ex-judoca da categoria até 100kg, que já foi da seleção -, para trabalhar junto com Luiz Shinohara. "É um treinador que pode trazer algo a mais para os atletas que têm esse tipo físico, mais altos e pesados, que é o mesmo dele. Já vínhamos investindo em atividades especiais separadas por categoria de peso e, depois do resultado do Mundial, acreditamos que devemos investir ainda mais nesse tipo de treinamento", explicou Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

"Esse treinamento está sendo importante porque, como é logo depois do Mundial, você já consegue começar a trabalhar nos erros que cometeu. Ter o Mário Sabino como um dos técnicos é interessante, porque ele pode trazer algo diferente já que competiu entre os atletas mais pesados. Na nossa categoria, às vezes precisamos mais de força do que de técnica", disse Eduardo Santos, que representou o Brasil no peso até 90kg no campeonato no Rio - foi eliminado logo na estreia. (AE)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Hexacampeão mundial Teddy Riner passa por cirurgia no ombro esquerdo


Teddy Riner mundial de judô  (Foto: Agência Reuters)

Depois de conquistar o sexto título mundial, no último dia do mês passado, no Rio de Janeiro, Teddy Riner vai passar por uma cirurgia para corrigir uma lesão no ombro esquerdo. A operação será realizada nesta terça-feira, em Paris, na França. A expectativa é que o francês de 24 anos, que competiu machucado no Brasil, fique um mês afastado dos tatames para se recuperar.

O campeão olímpico da categoria acima de 100kg machucou o ombro no dia 8 julho, durante um treinamento na Espanha. Apesar da lesão, Riner conseguiu disputar o Mundial do Rio de Janeiro, no final de agosto, e ainda levou seu sexto título ao superar o brasileiro Rafael Silva na final. Depois da competição, no entanto, exames apontaram que ele precisava passar por uma artroscopia.

O francês de 2,04m e 131kg deve deixar o hospital ainda nesta terça, mas precisará ficar quatro semanas sem treinar durante a recuperação.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Campeão mundial no Rio, judoca japonês é suspenso após agressão

Shohei Ono judô (Foto: Getty Images)

Campeão na categoria até 73kg no último Mundial do Rio de Janeiro, o japonês Shohei Ono foi suspenso da Universidade de Tenri, onde treina, após agredir alunos do primeiro ano. Ao lado de outros quatros judocas, o medalhista foi afastado por 30 dias, mas ainda poderá receber uma punição maior da federação do país.

- Eu me arrependo profundamente do que fiz. Eu peço desculpas pelas minhas ações, especialmente em meio a tudo o que a Federação Japonesa de Judô tem feito para acabar com os abusos físicos no esporte – disse Ono, que se tornou capitão da seleção japonesa em novembro do ano passado, através de um comunicado.

A Federação Japonesa tem lutado recentemente contra escândalos de violência de seus próprios judocas contra atletas da equipe feminina. Além disso, passa por uma investigação após acusação de mau uso dos fundos.

Luciano Corrêa defende mudança de estratégias para judô masculino


Luciano Corrêa em entrevista ao Globoesporte (Foto: Emanuele Madeira/GLOBOESPORTE.COM)

A busca pelo bicampeonato mundial de judô no Brasil ficou pelo caminho para Luciano Corrêa. O atleta, campeão em 2007, foi eliminado pelo francês Cyrille Maret, quarto do ranking na categoria meio-pesado (até 100 kg). Em Teresina, onde participa de um evento ao lado da campeã olímpica Sarah Menezes (até 48 kg), o atleta avaliou seu desempenho e dos companheiros nos tatames. Para Luciano, o judô masculino precisa passar por uma reformulação.

Para o Mundial deste ano, a expectativa era de o Brasil conquistasse seis medalhas, sendo pelo menos um ouro no feminino. O resultado entre os homens, no entanto, foi abaixo do esperado: apenas uma medalha, assegurada por Rafael Silva (acima de 100 kg). O sinal de alerta foi ligado, uma vez que o Mundial é usado como termômetro para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

- Infelizmente não tivemos um bom resultado. Dizemos uma medalha só. Agora vamos fazer uma reunião para definir que tipo de trabalho nós podemos fazer, o que nós podemos melhorar para que, nos próximos mundiais e na caminhada para o Rio 2016, a gente chegue bem – revela Luciano Corrêa.

Desde o Mundial de 2007, o judô masculino vem apresentando oscilações de resultados. Em Roterdã 2009, após os Jogos de Pequim, os judocas não subiram ao pódio. No ano seguinte, em Tóquio, Leandro Cunha (até 66 kg) e Leandro Guilheiro (até 81 kg) trouxeram a prata. Em 2011, no Mundial da França, os dois foram responsáveis pelas medalhas: Cunha com a prata, e Guilheiro com bronze.  Uma lesão, no entanto, tirou os dois do Mundial deste ano.

Para Luciano Corrêa, os Leandros fizeram falta no Rio de Janeiro. Junto com isso, há também o nível dos atletas, cada vez mais alto. Por conta disso, o meio-pesado da Seleção Brasileira defende uma revisão das estratégias para as próximas competições.

- Em 2007, tivemos um excelente resultado com três medalhas de ouro e uma de bronze. Neste ano, tivemos a ausência do Leandro Guilheiro e Thiago Camilo que são dois bons atletas no cenário internacional. Mas todo mundo tem de rever, individualmente, que tipo de trabalho nós vamos fazer para que possamos ter um bom resultado – falou o judoca.

Shidô

Dono da 13º posição no ranking mundial da sua categoria, Luciano Corrêa participa dos próximos campeonatos para retomar a posição de melhor brasileiro ranqueado. Atualmente, Renan Nunes está na 11ª posição na categoria até 100 kg. A concorrência dentro até mesmo da seleção é encarada como um ponto positivo.

- No judô masculino, cada categoria tem muitos atletas e tem uma concorrência muito grande. Isso só eleva o nível da categoria. Temos sempre de estar competindo bem para que não exista nenhum perigo de ficar fora de um Campeonato Mundial ou de uma Olímpiada – fala.

Sem eleger os principais adversários dentre os meio pesados, o judoca brasiliense ainda se vê as voltas com a adaptação às novas regras do judô. Com uma das últimas mudanças de regras e a proibição da catada de perna, o atleta ainda não conseguiu uma plena adaptação e busca ajustes para voltar ao caminho das vitórias no tatame.

- A mudança da regra me prejudicou um pouco. Antes eu tinha uma catada de perna muito forte e não posso mais fazer. Preciso readaptar meu estilo de luta nessa nova regra e chegar, no final do ano, lutando muito bem para que eu possa fazer um bom ano de 2014 – conclui o atleta.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Rafaela Silva não descarta a ideia de praticar outra luta

Rafaela Silva campeã mundial na categoria até 57 kg

Rafaela Silva fez história no judô: a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro para o Brasil em Mundiais. Conhecida pela garra e vontade quando pisa no tatame, Rafaela luta com gana, coragem, parece querer destruir a adversária, o que faz lembrar uma lutadora das artes marciais mistas. Será que a lutadora de apenas 21 anos pode vir a se aventurar no MMA?

"Não sei, porque eu nunca passei por uma experiência de MMA, mas não vou falar que eu nunca vou fazer. Posso testar, fazer algo do tipo, até porque falam que eu sou boa de briga", disse Rafaela rindo.

Inspiração é o que não falta. A americana Ronda Rousey, primeira mulher a assinar um contrato com o UFC e dona do cinturão do peso-galo, começou no judô.

"Ela teve uma medalha olímpica, uma medalha em campeonato mundial e trocou o judô pelo MMA, então eu acho que da certo sair do judô e ir para o MMA", avaliou Rafaela.

Dá certo sim, principalmente quando se pratica outra arte marcial. Rafaela Silva também treina jiu-jitsu, uma das técnicas mais usadas entre os lutadores do octógono. Quando venceu no Mundial de judô do Rio de Janeiro dedicou a medalha à família, amigos, aos professores de judô Flávio Canto e Geraldo Bernardes e ao ex-treinador Sylvestre Travassos.

"No final do ano passado infelizmente meu professor de jiu-jitsu faleceu em um acidente, ele foi uma pessoa muito importante na minha vida e é até hoje. Ele era como uma pai pra mim e pra minha irmã, então a gente sente muita falta. Eu devo muito a ele, não só no judô como na vida porque ele sempre falava para o meu pai cobrar o estudo. Olhando lá de cima ele deve estar muito feliz com essa medalha", disse.

Equipe brasileira de judô participa de treinamentos em Minas e São Paulo


Duas semanas após o Campeonato Mundial de Judô do Rio de Janeiro, a equipe sênior de alto rendimento do Brasil já voltará a se dedicar a compromissos importantes neste mês. No dia 16, as mulheres irão a São Paulo, enquanto os homens das categorias médio, meio-pesado e pesado vão a Minas Gerais, todos para treinamentos de campo específicos.

"Esse treinamento vai ser ótimo para já revermos os erros que cometemos até o Mundial. Iremos trabalhar ainda mais forte para corrigir o que não deu certo para fazermos boas apresentações nos compromissos do segundo semestre", declarou Luciano Corrêa.

Os homens convocados para os treinamentos que serão comandos pelos técnicos Luiz Shinohara e Mário Sabino no ginásio do Minas Tênis Clube são: Eduardo Santos (90kg, Sogipa/RS), Eduardo Bettoni (90kg, Minas/MG), Eduardo Gonçalves (90kg, São Caetano/SP ), Renan Nunes (100kg, Sogipa/RS), Luciano Corrêa (100kg, Minas/MG), Rafael Buzacarini (100kg, São Caetano/SP), Hugo Pessanha (100kg, Minas/MG), Bruno Altoé (100kg, Minas/MG), David Moura (+100kg, Kodokan de Cuiabá/MT ), Gabriel Santos (+100kg, Minas/MG), Guilherme Melo (+100kg, Minas/MG) e João Gabriel Schlittler (+100kg).

Já a equipe feminina, que será treinada por Mário Tsutsui, Yuko Fujii e Danielle Zangrando no ginásio do Parque Ibirapuera é formada por Luana Pinheiro (52kg, Minas/MG), Milena Mendes (52kg, Palmeiras/Mogi/SP), Eleudis Valentim (52kg, Pinheiros/SP), Raquel Silva (57kg, Instituto Reação/RJ), Tamires Crudes (57kg, Instituto Reação/RJ), Tamara Santos (57kg, Palmeiras/Mogi/SP), Mariana Barros (63kg, Palmeiras/Mogi/SP), Mariana Silva (63kg, Minas/MG), Ana Carla Grincevicus (63kg, Minas/MG), Nádia Merli (70kg, Pinheiros/SP), Bárbara Timo (70kg, Flamengo/RJ), Isadora Pereira (78kg, Minas/MG) e Rafaela Nitz (+78kg, Flamengo/RJ).

"Todo treinamento de campo é muito positivo porque tem uma troca muito grande de conhecimento e experiência. As atletas que estarão em São Paulo tem um nível técnico muito bom e os técnicos são excelentes. Por isso, pretendo aproveitar ao máximo cada dia de treino. Será uma etapa fundamental na preparação para as próximas competições", comentou Bárbara Timo.

Para alguns atletas, o treinamento é importante já que eles irão disputar os Grand Prix de Almaty, no Cazaquistão, nos dias 28 e 29 de setembro, e Tashkent, no Uzbequistão, em 6 e 7 de outubro.

Para os torneios, os convocados foram Raquel Silva (52kg, Instituto Reação/RJ), Ketleyn Quadros (57kg, Minas/MG), Mariana Barros (63kg, Pinheiros/SP), Mariana Silva (63kg, Minas/MG), Bárbara Timo (70kg, Flamengo/RJ), Nádia Merli (70kg, Pinheiros/SP), Diego Santos (60kg, Sogipa/RS), Leandro Cunha (66kg, São José/SP), Alex Pombo (73kg, Minas/MG), Eduardo Bettoni (90kg, Minas/MG), Eduardo Santos (90kg, Sogipa/RS), Hugo Pessanha (100kg, Minas/MG), Rafael Buzacarini (100kg, São Caetano/SP) e David Moura (+100kg, Kodokan de Cuiabá/MT).

"Os países do leste europeu são uma força emergente no judô mundial. Eles têm feito alguns movimentos que outras escolas não usam tanto. Então, acredito que as competições e o treinamento de campo após os Grand Prix serão muito importantes para aprendermos um pouco mais sobre essas escolas. O Uzbequistão foi quinto na disputa por equipes masculina e o Cazaquistão sétimo no feminino no último Mundial, mostrando que estão evoluindo tecnicamente", avaliou Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBV).

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Equipe feminina do judô brasileiro fica com a prata no Mundial

 Brasileiras torceram por Maria Suelem na luta decisiva, mas ela foi derrotada por japonesa

Quando conquistou a medalha de prata na última disputa individual do Mundial de Judô, no peso pesado, Maria Suelen comemorou o fato de o Brasil ter sido campeão do quadro de medalhas feminino, superando inclusive o Japão. Neste domingo, porém, a derrota dela para Megumi Tachimoto, tão sua rival contra a cubana Ortiz, definiu o confronto que deu ao Japão o título do Mundial por Equipes, no Maracanãzinho, em competição à parte daquela realizada de segunda a sábado.

Depois de nove edições do Mundial por Equipes, o Brasil chegou pela primeira vez à final no feminino. Antes, o melhor resultado havia sido a medalha de bronze conquistada também em casa, em Salvador, em outubro do ano passado, quando a competição foi realizada separadamente do Mundial de Judô.

A prata encerra uma histórica participação das mulheres brasileiras no Rio. Foram cinco medalhas no individual, mais esta por equipes. Rafaela Silva (ouro), Erika Miranda e Maria Suelen Altheman (prata), Sarah Menezes e Mayra Aguiar (bronze) subiram ao pódio durante a semana.

No Mundial por Equipes, são disputadas cinco categorias, na ordem: leve, meio-médio, médio, meio-pesado e pesado. Diferente do individual, não participam a categoria meio-leve (até 48kg para mulheres e até 60kg para homens) e o peso pesado é reduzido para mais de 70kg no feminino e mais de 90kg no masculino. São cinco lutas e cada uma delas vale um ponto.

Logo no primeiro confronto contra as japonesas, Erika Miranda, medalhista de prata na categoria até 52kg, encarou Yuki Hashimoto, que foi ao pódio com bronze. Melhor para a japonesa, que imobilizou a brasileira no segundo minuto de luta.

Em seguida, Rafaela Silva, campeã até 57kg, teve pela frente Anzu Yamamoto, que terminou em quinto na categoria. O duelo foi bastante estudado até que a japonesa foi punida, sendo obrigada a buscar a desvantagem. Arisca, a asiática parou na agressividade da campeã mundial, que ainda conseguiu um Yuko.

Na terceira luta, Katherine Campos estreou no Mundial por Equipes. Única brasileira que foi mal na chave individual, a atleta da categoria até 63kg foi preterida nos confrontos da manhã. Na final, enfrentou Kana Abe, quinta colocada no Mundial, foi dominada, e perdeu por imobilização.

Assim como na semifinal contra a Coreia do Sul, a pressão caiu sobre Maria Suelen. E a "Raçudinha dos Pampas" novamente não decepcionou. Sétima colocada na disputa até 70kg, ela enfrentou a japonesa Haruka Tachimoto, nome mais fraco do time adversário, e venceu pelo número de shidôs.

A disputa pelo ouro ficou entre Suelen e Tachimoto, rival que ela nunca havia batido (mesma situação de Katherine e Rafaela contra suas adversárias). No terceiro confronto entre elas, a japonesa procurou mais a projeção, uma vez que é mais ágil, mas Suelen se defendeu bem. A pouco menos de dois minutos de luta, a brasileira recebeu uma punição, o que a deixou em desvantagem. Correndo contra o prejuízo, não conseguiu impor dificuldades à rival, que havia ficado com o bronze no sábado.

CAMPANHA - O dia começou no Maracanãzinho com vitória tranquila do Brasil sobre a Alemanha no feminino, por 4 a 1. No confronto, vitórias de Erika, Rafaela, Maria Portela e Suelen. A única atleta que não perdeu ponto foi Ketleyn Quadros.

Depois, diante da França, Eleudis Valentim foi escalada no lugar de Erika, por decisão tática. E começou colocando o Brasil na frente. Rafaela também ganhou, mas Mariana Silva e Maria Portela tropeçaram. Na luta decisiva, a equipe brasileira comemorou um ippon de Suelen, quando ela estava atrás no placar, mas a pontuação foi retirada, virando wazari. A pesado brasileira não se desconcentrou, continuou dominante, e colocou o País na semifinal.

Diante da dura equipe coreana, Erika estreou perdendo com um wazari no último segundo. Mais concentrada, Rafaela mostrou toda sua raça, foi agressiva e deixou tudo igual. Mariana Silva, que não disputou a chave individual, voltou a ser escalada na categoria até 63kg e perdeu a terceira luta do confronto. 

Com vantagem de 2 a 1, a Coreia passou a ser favorita, uma vez que ainda tinha duas medalhistas para lutar. Maria Portela entrou com a obrigação de vencer. A luta, muito equilibrada, foi para o golden score, e acabou decidido com uma falso ataque da asiática, punido com shidô.

No meio desta luta parte da iluminação do Maracanãzinho foi desligada. A rede elétrica não caiu e os refletores virados para as arquibancadas também seguiram acessos. Mas as luzes que iluminavam os tatames foram apagadas.

Por isso, assim que acabaram as lutas que aconteciam nos três tatames o Mundial foi paralisado por cerca de 10 minutos. Quando retornou, Mayra Aguiar, que luta na categoria até 78kg, tinha pela frente a peso pesado Jung Eun Lee, medalhista de bronze no individual. Apesar da visível diferença de peso, falou mais alto a técnica de Mayra, também uma atleta forte, que venceu graças a duas punições da rival.

Palmas para a atuação das meninas no Mundial de Judô!



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Seguindo o ditado antes tarde do que nunca, é ncessário falar da ótima atuação do Judo Feminino no Mundial que foi realizado na ultima semana no Rio de Janeiro.

O saldo total foi de cinco medalhas, inclusive uma de ouro, no individual, e levaram a medalha de prata por equipe. Erika Miranda, Katherine Campos, Maria Suelen Altheman, Rafaela Silva, Maria Portela, Ketleyn Quadros, Eleudis Valentim, Mariana Silva e Mayara Aguiar enfrentaram as elites do judô mundial com determinação e vontade, decisão e coragem, estando atualmente dentre as melhores do mundo. A medalha de prata por equipe - perderam para o Japão por um mísero "yuko" (punição) - consolidou a trajetória dessa nova geração de guerreiras.

Que venham muitas vitórias mais!

Família evitou que Rafaela trocasse judô pelo futebol


Rafaela Silva recebe o abraço da mãe após o título (Foto: Thierry Gozzer)

Seu Luis Carlos já não aguentava mais segurar Rafaela Silva em casa. Com cinco anos, a pequena dava trabalho para ele e para dona Zenilda. Só queria soltar pipa, brincar de bola de gude e jogar futebol. Na escola, vez ou outra arrumava problema. A saída encontrada pelos pais foi colocá-la no judô, em um projeto da Associação de Moradores da Cidade de Deus. A campeã mundial, porém, quase não seguiu na modalidade. Sua paixão na época era o futebol. Matriculada no judô, ela dava uma escapada dos treinos e ia até o "Bosque", campo da comunidade, onde jogava bola, e chegou a pensar em trocar de esporte.

- A infância dela foi jogando bola, soltando pipa e brincando de bolinha de gude. Eu não conseguia colocar ela dentro de casa, então falei: "Vou colocar essa menina no judô, para dar em algo que preste, porque na rua que não ia dar". Começou como uma brincadeira, ela nem queria entrar. O negócio dela era jogar futebol. Ela estava em dúvida, ia escondida para o "Bosque" jogar bola, e depois ia para o judô. Ela queria largar o judô para jogar bola - lembrou a mãe Zenilda.

Família de Rafaela Silva com camisa comemorativa para a judoca campeã (Foto: Thierry Gozzer)

Foi aí que entrou em ação Geraldo Bernardes, técnico de Rafaela desde os 8 anos, quando recebeu Rafaela e a irmã Raquel em seu projeto social. Sabendo do talento de Rafaela e da sua intenção de largar o judô, ele foi até Luis Carlos e pediu para que o pai batesse um papo com a judoca, para que ela não deixasse o esporte pelo futebol.

- O Geraldo veio falar comigo e mandou eu conversar com ela, para ela não sair do judô, que ela tinha talento. Falei com ela, ela me escuta sempre. Mas eu achava que ela jogava bola legal, porque o pessoal ia lá em casa pedir para liberar ela para jogar futebol. Imploravam. Eu disse para ela dar mais atenção ao judô, porque no judô o técnico sentiu que ela tinha mais futuro. Ela ficou meio assim, mas depois foi caindo na real. E olha no que deu - comemorou o pai Luis Carlos.

Rafaela Silva se emociona com o abraço da mãe (Foto: Thierry Gozzer)

"Filhona" recebe elogios fora do tatame

Hoje mãe da melhor do mundo, Zenilda agradece aos céus por tudo que passou com a filha. As dificuldades na Cidade de Deus e agora a vitória, com o título mundial inédito para o judô feminino brasileiro.

- É a melhor coisa do mundo. Mas ela não é só campeã no tatame. Ela é uma filha obediente, que ajuda em casa, que nos dá uma ajuda financeira. Não tenho o que falar da minha filha. É uma filhona.

A irmã Raquel, que entrou no judô com Rafaela e hoje também faz parte da seleção brasileira, é uma das mais orgulhosas pela conquista.

- A felicidade é imensa, não tem como explicar, ainda mais que foi um feito inédito. Ela é o orgulho da nossa família, do nosso projeto (Instituto Reação, núcleo Cidade de Deus). Não tenho como explicar o que estou sentindo - disse Raquel, que tem a filha pequena Ana Carolina como fã número um da judoca campeã.

- Ela é minha inspiração. Eu gosto demais dela. É uma super tia que eu tenho - disse Ana Carolina, toda envergonhada.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Rafaela Silva trata ouro como resposta após Londres: "volta por cima"


Rafaela Silva se emocionou após vitória histórica para o Brasil Foto: Daniel Ramalho / Terra 

Primeira mulher a dar uma medalha de ouro para o Brasil em um Mundial de Judô, Rafaela Silva fez história na tarde desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. A judoca nacional venceu rapidamente a americana Marti Malloy na grande final para conquistar a medalha dourada. Emocionada com o resultado, Rafaela diz que a vitória é uma resposta às critícas após a Olimpíada de Londres.

É muito bom, quando eu perdi a Olimpíada estava em quarto no ranking, infelizmente perdi na segunda luta. Muita gente me criticou, disse que o judô não era meu lugar. No meu primeiro ano do ciclo estou dando a volta por cima", comentou a brasileira, uma das grandes esperanças de medalha do País em 2016, ao SporTV.

Antes da Olimpíada de 2012, Rafaela Silva tinha em seu histórico um ótimo resultado no Mundial de Paris, em 2011, quando conquistou a medalha de prata. A judoca ainda lembrou que entrou com uma estratégia definida para a decisão, finalizada em um minuto com um ippon.

"Eu lutei com essa adversária no Pan, eu não poderia deixar meu braço esticado. Pensei: 'vou entrar, ficar bem justa, a primeira oportunidade que ela der vou entrar com tudo'. Não podia perder a oportunidade", explicou.


Rafaela Silva leva 1º ouro feminino do Brasil na história

Rafaela Silva conseguiu vingar derrota de Ketleyn Quadros para americana e entrou para a história do judô feminino do Brasil Foto: Daniel Ramalho / Terra 

Medalha de prata no Mundial de Paris em 2011, a brasileira Rafaela Silva foi além na edição deste ano, no Rio de Janeiro. A atleta nacional venceu a americana Marti Malloy nesta quarta-feira por ippon na decisão da categoria até 57 kg e, de quebra, conquistou não só o primeiro ouro do Brasil na edição de 2013 do Mundial como também a primeira medalha dourada do País na história das categorias femininas do Mundial de Judô. 

O duelo pelo ouro começou favorável à brasileira, que viu a americana tomar um shido com poucos segundos. Com menos de um minuto, Rafaela Silva conseguiu um ippon e deu o primeiro ouro para o País no Ginásio do Maracanãzinho. A vitória levou os torcedores ao delírio no ginásio e fez Rafaela Silva, bastante emocionada, cair no choro. 

A americana Marti Malloy havia passado pela brasileira Ketleyn Quadros nas eliminatórias pela manhã, antes de encarar Rafaela na grande decisão  Já Rafaela Silva enfrentou na semifinal a francesa Automne Pavia, adversária com quem tinha o histótico de uma derrota e uma vitória. A atleta nacional conseguiu um wazari para chegar à final.

O confronto semifnal foi marcado por uma polêmica de que a francesa teria batido a mão no chão enquanto a brasileira a prendia, o que acarretaria o encerramento da luta. Mesmo assim, Rafaela Silva conseguiu avançar. 

Nas disputas pelas medalhas de bronze, a primeira luta foi entre Anzu Yamamoto, do Japão, e Vlora Bedeti, da Eslovênia. Quem levou a melhor foi a eslovena, que viu a japonesa levar três shidos e chorou com a vitória.  

Já no segundo confronto pelo bronze, entra a alemã Miryam Roper e a francesa Automne Pavia, quem ficou com a medalha foi a alemã, que cravou um ippon para sair com a medalha.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Chibana sofre revés na disputa do bronze

 Fora da final, após ser derrotado pelo japonês Masashi Ebinuma na semi, o brasileiro Charles Chibana perdeu a disputa do bronze para Masaaki Fukuoka, também do Japão. Chibana chegou a comemorar o que seria a sua vitória, mas o árbitro não entendeu como ippon um golpe aplicado pelo brasileiro a 3m57s do fim da luta.

O combate mal começou e o japonês já recebeu a primeira advertência. Instantes depois, Chibana aplicou o que seria um ippon, mas a arbitragem não entendeu assim, frustrando a torcida, que chegou a vibrar efusivamente com a vitória do brasileiro. Renovado, Fukuoka começou a se soltar mais na luta, tentando duas entradas em sequência no terceiro minuto.

Na sequência, o brasileiro, enfim, conseguiu pontuar aplicando um wazari. Quando a vitória parecia que se encaminharia para Chibana, veio o golpe de misericórdia. Com um ippon, dessa vez validado pela arbitragem, Fukuoka conquistou o terceiro lugar para a frustração do brasileiro, que foi da alegria à tristeza em menos de 5 minutos.

Érika cai diante de atleta do Kosovo e vê ouro inédito no Mundial escapar

Erika miranda e Kelmendi Mundial Judô final (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX )

Faltou pouco. Restava um minuto de combate. A medalha de ouro em um mundial, que teima em não vir para o Brasil entre as mulheres, parecia possível, palpável para Érika Miranda. Depois de uma manhã perfeita, com três vitórias, duas por ippon, e de vencer na semifinal a romena Andreea Chitu, a brasileira sucumbiu diante da melhor do mundo, a atleta do Kosovo Majlinda Kelmendi, e ficou com a medalha de prata no Mundial de Judô do Rio de Janeiro na categoria meio-leve (até 52kg).

- Hoje a minha vitória foi muito pessoal, eu estou batalhando em Mundiais há um bom tempo, e hoje eu finalmente conquistei uma medalha. O meu objetivo era subir o pódio, e agora eu vejo que é só questão de persistir mesmo. Meu choro é de tristeza, mas também de alegria. Judô é assim, você pode perder ou ganhar no último segundo - afirmou Érika.

Mesmo derrotada, porém, Érika, de 26 anos, deu fim ao destino de bater na trave em mundias. Em 2007, no próprio Rio de Janeiro, e em Tóquio, em 2010, a judoca perdeu a disputa pela medalha de bronze. Do outro lado, Majlinda Kelmendi, de 22 anos, conquistou pela primeira vez uma medalha em mundiais. Antes, na base, ela já havia conquistado o título mundial. Neste ano, além do título do Masters de Judô, foi prata no Grand Slam de Paris, na França.

Érika perde por ippon

Érika e Kelmendi se enfrentaram pela quarta vez na carreira. Em 2010, a vitória foi brasileira. Mas daí em diante, Majlinda passou a dominar os duelos contra a brasileira. Venceu em 2011 e 2012, e fez a trinca agora, no Mundial do Rio. O combate, porém, começou equilibrado. Érika partiu para cima da rival, e ambas trocaram pegadas. Bastante ofensiva, a meio-leve do Brasil acabou se descuidando e foi punida. No segundo minuto de luta, Érika aplicou um golpe e pediu ao menos um yuko. A arbitragem negou e o técnico do Brasil acabou recebendo uma bronca do árbitro central.

No terceiro minuto de luta, Kelmendi também recebeu uma punição, deixando a luta igual. Bastante agressiva, Kelmendi tentava o golpe perfeito, mas Érika se defendia bem. No último minuto, porém, a brasileira acabou surpreendida ao ser lançada ao solo, o que rendeu um wazari para a rival. Na sequência do golpe, no solo, a atleta do Kosovo imobilizou a judoca e conseguiu o ippon.

Sarah Menezes ganha o bronze no Mundial de Judô

O mascote do Mundial de judô no Maracanãzinho faz graça e carrega Sarah Menezes até a torcida, após conquista do bronze, com vitória no último segundo sobre Sol Mi Kim, da Coreia do Norte Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

Sarah Menezes, atual campeã olímpica e líder do ranking da categoria até 48 kg, conquistou a medalha de bronze no Mundial de Judô, no Maracanãzinho, no Rio, nesta segunda-feira, primeiro dia de competição. Derrotada na semifinal para Urantsetseg Munkhbat, da Mongólia, a brasileira se recuperou na luta seguinte, que valia o bronze. Ela conseguiu um ippon sobre a norte-coreana Sol Mi Kim no último segundo do combate, que estava empatado e seguiria para o golden score (prorrogação para desempate, com a vitória a quem conseguir a primeira pontuação). A mongol Munkhbat ficou com o ouro, ao vencer por ippon, com chave de braço, a japonesa Haruna Asami, duas vezes campeã do mundo.

- Graças a Deus consegui trazer mais um bronze para o Brasil, é seguir nesse caminho. O mais importante são as Olimpíadas de 2016 - comemorou Sarah. - Quando perdi (na semifinal), tive que zerar (esquecer o resultado negativo e seguir em frente), levantar a cabeça, porque a competição não tinha acabado ainda. Entrei na luta pelo bronze como se fosse a primeira da competição. Ela (Kim) é muito forte, e esperei o momento certo para ela entrar (tentar o ataque) e eu puxar - explicou.

A luta contra Kim foi complicada mesmo para Sarah. A coreana tomou mais a iniciativa no começo e, apesar de não fazer ponto, conseguiu duas punições para a brasileira (nesse caso, se a luta terminasse empatada, a vantagem seria de Kim, devido às punições). Com raça e muita vontade, porém, Sarah reverteu o quadro. Procurou mais os golpes e igualou o placar, já que a adversária acabou sendo punida duas vezes também. E então vei o contragolpe mortal, em que se defendeu da coreana puxando-a para baixo e colocando as costas dela no tatame: ippon no último segundo.

Foi o terceiro bronze consecutivo de Sarah em campeonatos mundiais.

- Ainda não desisti, quero um ouro num Mundial e o bicampeonato olímpico - disse.

Reclamação contra arbitragem

Na semifinal, contra a mongol Munkhbat, Sarah perdeu por dois yuko, a pontuação mínima. A brasileira não conseguiu pontuar, apesar do bom início, quando a adversária recebeu punição por falta de combatividade (punição repetida mais tarde). E lamentou um wazari que os árbitros não lhe deram, e que ela considerou que merecia ter sido marcado e lhe daria a vitória.

- A luta foi bem igual, sabia que era uma atleta muito forte. Aquele último golpe lá eu achei que era meu, mas tudo bem - disse Sarah, sobre o wazari que não veio.

Até a derrota na semifinal a brasileira tinha vencido todas as suas lutas. Ela superou nas quartas de final a turca Ebru Sahin, com ippon a 1min11s do fim do combate. Na estreia a vitória foi sobre Aigul Baikuleva, do Cazaquistão, em combate bastante disputado e decidido com um wazari a 44 segundos do final. Em seguida Sarah derrotou Amelie Rosseneu, da Romênia, também por ippon.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ídola do Judô: Sarah Menezes


Nascida e criada em Teresina (PI), Sarah Menezes fez história aos 22 anos. Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a piauiense se tornou a primeira atleta do judô feminino brasileiro a conquistar uma medalha de ouro na competição.

Ela descobriu o esporte aos nove anos na escola. Mesmo com a resistência dos pais – que consideravam a modalidade muito masculina –, Sarah insistiu no caminho escolhido e foi tricampeã das Olimpíadas Escolares, competição criada pelo governo federal para incentivar jovens atletas dos colégios públicos do País.

Com 15 anos a judoca chegou à seleção brasileira, na categoria ligeiro (até 48Kg). Apesar da pouca idade, conta que o caminho até a vaga foi longo e que o incentivo do técnico Expedito Falcão foi essencial. "Tive muita dedicação, determinação, perseverança nos treinamentos. A única coisa que eu escutava do Expedito é que eu chegaria a ser uma atleta da seleção e após algumas seletivas, eu realmente consegui", lembra.

Desde então, a atleta de 1,54m acumula bons resultados: participou dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008; foi bicampeã do Mundial Sub 20, em 2009; recebeu o prêmio de Melhor Atleta do Ano, do Comitê Olímpico Brasileiro, em 2009; foi terceira colocada no Mundial Sênior de Tóquio, em 2010; conquistou o terceiro lugar no World Masters, 2º no Grand Slam do Rio de Janeiro; e uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos Guadalajara, todos no ano de 2011.

Em 2012, classificada para as Olimpíadas de Londres, Sarah chegou ao topo. Após garantir a vaga na final na vitória contra a belga Charline Van Snick, ela acreditou que podia mais. Bateu a romena Alina Dumitru e conseguiu o que nenhuma judoca brasileira havia alcançado antes.

"Fazer parte de uma Olimpíada é o sonho do atleta. A experiência de estar nos Jogos com tantas potências mundiais do esporte foi fascinante, mas o que mais me marcou foi a minha determinação durante toda a competição", diz ela.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dispensada do Flamengo, Érika Miranda acerta retorno ao Minas


Dispensada pelo Flamengo, a brasiliense Érika Miranda acertou o retorno ao Minas, clube que defendeu de 2006 a 2012, antes da breve passagem pelo Rubro-Negro. A judoca da categoria leve comemorou a oportunidade de voltar a defender o antigo clube, onde treinará ao lado dos companheiros de seleção Luciano Corrêa, Ketleyn Quadros e Mariana Silva.

- Em todos os aspectos, o retorno ao Minas é como um filho que volta para casa, cheio das expectativas mais altas. A palavra que rege este momento não seria outra senão gratidão. Volto mais madura, revigorada e com o desejo enorme de retribuir com títulos e agregar experiência - celebrou a judoca, atual vice-campeã do Grand Slam de Moscou.

judô erika miranda Yulieth Sanchez pan americano montreal (Foto: Agência Reuters)

Quinta colocada em duas edições do Mundial de Judô, Érika está animada para o campeonato deste ano, que será disputado no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, entre 26 de agosto e 1º de setembro. A atleta finalizará sua preparação utilizando a estrutura do Minas, em Belo Horizonte, e acredita que os companheiros do novo clube têm potencial para conquistar medalhas no Mundial.

- Pelos resultados, é perceptível a consistência da equipe, que mescla atletas bastante experientes como os que estiveram em Londres, mas também outros judocas das seleções de base. Creio que o clube tem estrutura e material humano para conquistar medalhas olímpicas e mundiais - ressaltou a judoca.

Em seu currículo, Érika tem uma medalha de prata no Pan de Guadalajara, no México, em 2011, e o título do Grand Slam do Rio de Janeiro, no mesmo ano. Em Londres 2012, a lutadora representou o Brasil na categoria meio-leve (-52kg), mas perdeu para a coreana Kyung-Ok Kim na estreia. O contrato de um ano com o Flamengo foi acertado em julho do ano passado.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Novas regras do Judô para 2013


No ano de 2009, o judô competitivo sofreu alterações nas regras que deixaram muitos praticantes chateados. Durantes as competições até as Olimpíadas de Londres 2012, muitos atletas ainda estavam sendo eliminados das competições por conta das mudanças nas regras no que diz respeito à catadas de perna. Pois bem, a Federação Internacional de Judô (FIJ) anunciou novas regras para o período de 2013.

Estas novas regras serão aplicadas à partir do Grand Slam de Paris, até o Mundial do Rio. Após este período, a FIJ irá avaliar o desempenho durante as competições que ocorrerão em 2013 e irá decidir se as novas regras serão definitivas ou não.

Mudanças nas regras do judô para 2013

Mudanças nas regras do judô - 2013

1. Juízes

À partir de 2013, será apenas um juíz e não três em cada luta. E, para ajudá-lo, um juíz na mesa de vídeo e com comunicação via rádio com o juíz central.

2. Ippon

A FIJ quer considerar como ippon apenas os golpes realmente caracterizados como golpes que poderiam, por exemplo, nocautear o atleta se não fosse no tatame. Ou seja, que os juízes sejam mais rigorosos na hora de marcar um ippon. Além disso, cair em "posição de ponte" será considerado como ippon.

3. Penalidades

Nas novas regras, o primeiro shido por falta de combatividade será considerado punição. E se um atleta for punido pela quarta vez, será desclassificado (hansoku-make). A diferença principal será que o shido não dará mais pontuação. As pontuações só serão dadas através de aplicação de golpes. Se uma luta terminar empatada, o lutador com mais shidos perderá.

4. Golden Score

Durante o Golden Score, o primeiro que aplicar um golpe válido vence a luta, ou quem receber o primeiro shido perde a luta. O mais significativo é que não haverá mais decisão dos juízes via bandeira, pois não haverá mais limite de tempo durante o Golden Score. A luta tem que ser vencida ou pela aplicação de golpe válido ou até que um dos atletas seja punido.

5. Imobilizações (osaekomi-waza)

Se a técnica de imobilização começar sendo aplicada na área de luta mas for movida para fora, a técnica continuará sendo válida. A pontuação e tempo do osaekomi também mudou. Nas novas regras, com 10 segundos de imobilização o atleta ganha um yuko, 15 segundos um wazari e 20 segundos ippon.

Análise das novas regras

A FIJ parece estar jogando cada vez mais a responsabilidade para os atletas. Atletas que amarram muito a luta terão dificuldade de vencer apenas contando as punições ou decisão dos juízes. Quem usa a estratégia de ir pra fora da área enquanto imobilizado também vai ter problema.

Aparentemente são mudanças boas. Nas Olimpíadas de Londres de 2012 vimos muitos excelentes atletas perderem porque foram amplamente analisados por seus adversários que fizeram anti-jogo e venceram mais por conta das regras do que por mérito próprio. Estas novas regras talvez seja uma reação a este tipo de atitude. O Golden Score sem tempo é bastante significativo, pois o atleta vai ter que trabalhar para não tomar um shido por falta de combatividade, tornando a luta mais dinâmica.

Vamos ver como serão as competições do próximo ano para ver se estas mudanças irão funcionar ou não.

O que vocês acham? Foram boas mudanças? Quais mudanças vocês fariam nas regras atuais?

sábado, 20 de julho de 2013

Em cinco finais, Brasil é ouro com Sarah Menezes e Charles Chibana



Sarah teve menos punições que Galbadrakh Foto: AP 

O Brasil teve ótimo desempenho no primeiro dia de disputas do Grand Slam de judô de Moscou. Em cinco decisões, a equipe brasileira conquistou duas medalhas de ouro com Sarah Menezes e Charles Chibana. Além disso, os representantes nacionais faturaram outras três medalhas de prata e outras duas de bronze.

Na decisão da categoria até 48 kg, a campeã olímpica e líder do ranking mundial Sarah Menezes derrotou a mongol Otgontsetseg Galbadrakh por ter acumulado menos punições que a rival. Enquanto isso, Charles Chibana aplicou dois wazaris (um ippon) sobre o britânico Colin Oates para subir ao lugar mais alto do pódio na categoria até 66kg. Os dois somam 500 pontos no ranking mundial.

Charles vai escalar posições no ranking mundial de judô Foto: Confederação Brasileira de Judô / Divulgação 

Por outro lado, Felipe Kitadai (até 60kg) foi superado por ippon pelo georgiano Amiran Papinashvili, mesmo destino de Érika Miranda (até 52 kg) contra a finlandesa Jaana Sundberg e Ketleyn Quadros (até 57 kg) diante da alemã Myrian Roper. Com a prata, todos somam 300 pontos no ranking de suas categorias. Além deles, Luiz Revite (até 66 kg) e Rafaela Silva (até 57 kg) garantiram mais duas medalhas para o Brasil ao terminarem no 3º lugar.

Neste domingo, a equipe brasileira será representada no tatame por Katherine Campos (até 63kg), Mariana Silva (até 63kg), Maria Portela (70kg), Bárbara Timo (até 70kg), Mayra Aguiar (até 78kg), Maria Suelen Altheman (mais que 78kg), Rochele Nunes (mais que 78kg), Victor Penalber (até 81kg), Mauro Moura (até 81kg), Eduardo Bettoni (até 90kg), Renan Nunes (até 100kg), Luciano Corrêa (até 100kg), Rafael Silva (mais que 100kg) e David Moura (mais que 100kg).


terça-feira, 9 de julho de 2013

Com bronze, judô dá primeira medalha para o Brasil na Universíade

No segundo dia oficial de disputas da Universíade de Kazan, na Rússia, o primeiro valendo medalhas, o Brasil já garantiu a sua primeira láurea. E coube ao judô garantir a presença brasileira no pódio. Rafael Buzacarini, do meio-pesado (-100kg), conquistou o bronze ao derrotar Grigori Minashkin, da Letônia, por punição.

Para chegar na medalha, Buzacarini venceu Bolot Toktogonov, do Quirguistão, por ippon, e com a mesma pontuação, superou o egípcio Mahmoud Gaballa. Nas quartas de final, o brasileiro teve uma luta complicada contra Soyib Kurbonov, do Uzbequistão, mas acabou superando o adversário por punição. Porém, na semifinal, Buzacarni acabou derrotado pelo russo Zafar Makhmadov, que contou com apoio da torcida do seu país.

Ainda neste domingo, o Brasil conquistará sua segunda medalha no judô. Resta saber a cor. Rochele Nunes, da categoria pesado (+78kg), está na final. Na briga pelo ouro, ela encara a cubana Idalys Ortiz, campeã olímpica em Londres-2012.

Sarah Menezes ganha "sala de judô" em escola pública nesta terça-feira

Texto: A- A+
A campeã olímpica Sarah Menezes vai ganhar homenagem da Unidade Escolar Pires de Castro, no conjunto Dirceu Arcoverde II, zona Sudeste de Teresina. Será inaugurada nesta terça-feira (9), a partir de 8h30min, uma sala de judô com o nome da atleta.

Fotocom

"A Sarah sempre incentivou o esporte e a prática do judô. Achamos mais que justo homenagear uma atleta que nos orgulha", explica a diretora da escola, Francisca Lusimar.

A sala faz parte do programa Mais Educação e abrigará a oficina de judô, hoje com 30 alunos. "Todas as crianças estão ansiosas para recebê-la. Sarah, mais do que ser piauiense, é um atleta que se criou aqui e hoje conquista o mundo. O que queremos é que ela seja exemplo para nossas crianças", acrescenta a diretora.

A solenidade, anunciada pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc), será a primeira aparição pública de Sarah Menezes após a prata no Campeonato Mundial Militar de Judô, disputado na semana passada em Astana, Cazaquistão. A chegada da delegação de volta ao Brasil estava programada para esta segunda-feira (8).

terça-feira, 2 de julho de 2013

Tipos de treinamento no Judô

Resultado de imagem para judo

**Uchi-komi

Entradas das técnicas, repetidas vezes, porém sem projeção.

**Hikitategueiko

Treino em que o judoca aplica golpes em movimento sob a orientação de seu companheiro, preferencialmente mais graduado, a fim de corrigir possíveis falhas.

**Yakusokugueiko

Treino livre, onde o Tori se movimenta em diversas direções projetando o Uke que não deve oferecer resistência.

**Tandogueiko

Treino sem ajuda de companheiro (sombra), simulando todos os movimentos que se faz nos Uchikomis. O objetivo é de melhorar a postura, equilíbrio, movimentação, etc.

**Nage-komi

O Tori projeta o Uke diversas vezes em seguida.

**Nage-ai

Os dois praticantes aplicam técnicas alternadamente.


**Randori

Treino livre e solto, sem preocupação de cair. Deve-se buscar o ippon e para isso coloca-se em prática tudo o que se aprendeu nos demais treinamentos. No Randori é fundamental manter a postura e evitar o uso da força.

**Renraku-henka-waza

É a aplicação de técnicas em seqüência. Ocorre quando a primeira técnica aplicada é defendida.

**Kaeshi-waza

São técnicas de contra ataques. Ocorre quando um dos praticantes aplica um golpe tecnicamente imperfeito. Kaeshi Waza é valido em campeonatos, mas deve ser evitado no randori principalmente quando se está treinando com um colega menos graduado.

Fonte

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Judô brasileiro é campeão mundial militar feminino e prata no masculino

As meninas do judô brasileiro brilharam no Mundial Militar, em Astana, no Cazaquistão. No combate por equipes, que marcou o primeiro dia de disputas, o Brasil venceu Itália por 5 a 0, Cazaquistão pelo mesmo placar e China por 4 a 1, na decisão, para ficar com a medalha de ouro.

- Estou muito feliz por subir no lugar mais alto do pódio representando as Forças Armadas e, acima de tudo, o meu país. Nossa equipe estava muito preparada e concentrada para enfrentar as chinesas. Acredito que esse foi um bom primeiro passo e que, com mais confiança depois dessa conquistas, buscaremos muitas outras medalhas - disse Maria Portela, que é até da categoria até 70kg e compõe a Seleção ao lado de Sarah Menezes (48kg), Eleudis Valentim (52kg), Flávia Gomes (57kg), Mariana Barros (63kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).

Já a equipe masculina ficou com a medalha de prata por equipes. Eles venceram a Alemanha por 5 a 0 e a Polônia por 3 a 2 para alacançar a final. Na briga pelo ouro, porém, não foram páreos para os sul-coreanos e perderam por 4 a 1.

- Chegar ao pódio em um campeonato com um nível técnico alto como esse, lutando contra atletas bastante experientes é sempre muito bacana. Lógico que queríamos o ouro mas por detalhes acabamos com a segunda colocação - disse Luciano Correa, que é da categoria até 100kg e compõe a delegação brazuca ao lado de Felipe Kitadai (60kg), Leandro Cunha (66kg), Alex Pombo (73kg), Victor Penalber (81kg), Eduardo Santos (90kg) e Walter Santos (+100kg)

.O sorteio das chaves individuais acontece nesta terça-feira.

Os duelos começam nesta quarta, com as categorias ligeiro e meio-leve.


domingo, 30 de junho de 2013

Seleção feminina de judô faz treinamento na Holanda

Depois de passar uma semana treinando em Paris, a seleção brasileira feminina de judô começou nesta quinta-feira mais um período de treinamentos, dessa vez em Arheim, na Holanda. Com Gabriela Chibana (até 48kg), Érika Miranda (até 52kg), Rafaela Silva (até 57kg), Ketleyn Quadros (até 57kg), Katherine Campos (até 63kg), Nádia Merli (até 70kg) e Rochele Nunes (acima de 78kg), o grupo ficará reunido na cidade holandesa até segunda.

O intercâmbio internacional, com treinos com seleções estrangeiras em outros países, faz parte do planejamento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para a preparação para a disputa da Olimpíada do Rio, em 2016. "Esse tipo de trabalho é essencial. Estamos no início de um novo ciclo olímpico e temos que aproveitar esse momento para adquirir experiência e estudar o estilo de luta de cada adversária. Treinar com essas garotas agora e estudá-las o máximo possível para sempre estar bem preparada, principalmente em 2016", afirmou a judoca Nádia Merli.

"Durante as atividades, diversos detalhes serão analisados pelos integrantes da comissão técnica. Por termos menos atletas do que nos treinos com a seleção completa, a realização de um trabalho específico será facilitado. Dessa forma, poderemos cada vez mais individualizar os trabalhos para cada um dos judocas presentes ao treinamento", disse Ney Wilson, gestor técnico das seleções adultas do Brasil.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brasil tem três líderes do Ranking Mundial de Judô


Um feito inédito na história do judô brasileiro foi revelado com a última atualização do Ranking Mundial, na semana passada: pela primeira vez o Brasil tem três atletas liderando suas respectivas categorias pela contagem da Federação Internacional de Judô. Além da manutenção de Sarah Menezes, 48kg, e Mayra Aguiar, 78kg, Victor Penalber retomou a frente de sua categoria, a até 81 kg. Victor chegara a liderar o Ranking divulgado no princípio de maio, mas acabou caindo para a segunda colocação após o World Masters, no final do mesmo mês. Agora, o brasileiro retorna a liderança com uma pequena vantagem de 36 pontos para o georgiano Avtandil Tchrikishvli.

"Primeiro, temos de ressaltar a fase maravilhosa que vive o Brasil. O país está cada vez mais forte, competitivo e, durante o ciclo olímpico, certamente teremos outros atletas chegando ao topo do Ranking. Estou muito feliz por voltar a liderar minha categoria mas sei que ainda tenho muito o que trabalhar, especialmente com foco no Mundial. É muito legal estar no topo do Ranking, contudo é apenas um detalhe na preparação para as próximas competições", disse Victor.

Na categoria até 48kg, Sarah Menezes mantém distância razoavelmente confortável em relação a segunda colocada, a belga Charline van Snick: 654 pontos. Mayra Aguiar tem uma vantagem menor, de 322 pontos, para a húngara Abigel Joo. Maria Suelen Altheman segue na segunda posição, na cola da cubana Idalys Ortiz. São 2180 pontos da atleta de Cuba contra 1926 da brasileira. Felipe Kitadai (60kg) também segue aparecendo entre os três primeiros colocados de sua classe, 128 pontos atrás do georgiano Amiran Papinashvili e 550 distante do líder, o japonês Naohisa Takato.

Os medalhistas no Grand Prix de Miami contaram com importante melhora em sua colocação. Com os 180 pontos da medalha de prata, Eric Takabatake subiu da 75ª para a 34ª posição, totalizando 300 pontos; Nathália Brigida pulou da 47ª para a 26ª, com 340 pontos; e Hugo Pessanha subiu da 79ª para a 38ª, com 270 pontos totais. Os vencedores da medalha de bronze somaram 120 pontos e também melhoraram algumas posições. Luiz Revite foi do 17º para o 12º posto, com 697 pontos totais; Breno Alves, com 320 pontos totais, subiu da 51ª para a 31ª colocação; Mauro Moura foi quem deu o maior salto, da 284ª para a 65ª posição, com 122 pontos totais; Rafael Buzacarini saiu da 61ª colocação para a de número 31; e Walter Santos pulou do sétimo para o sexto posto.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O que pensar na preparação física de judocas?




O que pensar na preparação física de judocas?

Deacordo com o dicionário de ciências do esporte , preparação física é \\\"uma ação sistemática de treinamento que implica na exitência de um planejamento em que se define igualmente os objetivos , conteúdos e os métodos de treinamento, cuja a sua realização deve desenvolver mediante dos mesmos\\\".

O programa de treino deve se basear objetivamente no desempenho do atleta em testes , em competições , no progresso dele em todos os fatores de treinamento , considerando também o calendário de competições.Posso salientar ainda que o plano de treino precisa ser simples , sugestivo e flexivel, podendo ser modificado conforme o progresso do atleta

A sistematização do treinamento no Judô é complexa, pois se trata de um desporto que combina diversas capacidades motoras.Dessas capacidades , existem três que formam a base de sustentação do processo de treinamento de judocas: a FORÇA, a VELOCIDADE e a RESISTÊNCIA.

Ao nos depararmos com a necessidade de trabalhar capacidades físicas distintas essas por sua vez utilizam vias metabólicas diferentes .Onde de acordo com a literatura específica existe um certo consenso quanto ao seguinte fato:O Judô possui atividades motoras sustentadas , principalmente pela capacidade anaeróbica lática devido ao trabalho de alta intensidade , com pausas muito curtas. Entretatno não podemos montar o planejamento do nosso atleta focado apenas nessa via energética. O condicionamento aeróbico e o anaeróbico alático também tem um papel importante no resultado final de desempenho.

E como trabalhar estas diferentes capacidades que se somam na exigência dos combates?

Bom....isso é assunto para nosso próximo post.. 

 Autor: Wagner Zaccani

Locais de um bom treinamento de Judô



Em vários locais podemos ver a prática do judô, mas nem todas as associações ou academias, como melhor achar, dão um fundamento importante para que asquelas pessoas que treinam continuarem praticando.
Em uma aula de judô, é de suma importância, o professor passar para o aluno toda história, filosofia e teoria do judô. Dessa forma um atleta pode crescer tanto prático quanto teoricamente.

O judô, diferente de que muitos pensam, não é apenas uma arte marcial, muito pelo contrário, ela foi inventada para que podesse servir como um esporte que vinhesse trazer o desenvolvimento do intelecto, psíquico, caráter e de boas ações daqueles que praticavam. Hoje em dia, estão esquecendo a verdadeira essência do judô e ensinando apenas golpes que só podem ser usados em competições restritas.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Hugo Pessanha é prata no Grand Prix de judô de Miami


O Brasil  faturou mais quatro medalhas no Grand Prix de judô de Miami neste domingo e encerrou a competição com oito no total. Mesmo sem nenhum ouro - foram três pratas e cinco bronzes -, a equipe deixou a competição com saldo positivo. O principal destaque foi Hugo Pessanha, que ficou na segunda colocação na categoria até 100 quilos após cerca de um ano sem atuar, por conta de um problema no joelho direito.

Em seu retorno à seleção, o judoca passou pelo norte-americano Ajax Tadehara, o cubano Jose Armenteros e o mexicano Sergio Garcia antes de chegar à semifinal, na qual derrotou o mexicano Sergio Garcia. A sequência de vitórias do brasileiro terminou na decisão, com a derrota para o russo Zafar Makhmadov, o que lhe rendeu a medalha de prata.

Mas não foi só Pessanha que deixou Miami com uma medalha no peito. Neste domingo, Mauro Moura, Rafael Buzacarini (-100kg) e Walter Santos (+100kg) conquistaram o bronze. No sábado, o Brasil já havia subido ao pódio em quatro oportunidades, com Nathália Brigida (-48kg) e Eric Takabatake (-60kg), que ficaram com a prata, além de Breno Alves (-60kg) e Luiz Revite (-66kg), que buscaram o bronze.


sábado, 15 de junho de 2013

Tetracampeã europeia de judô morre em 'circunstâncias trágicas' na Rússia


Judô - Yelena Ivashchenko (Foto: Divulgação/Federação Internacional de Judô)

As Federações Internacional e Russa de judô informaram na manhã deste sábado a morte "em circunstâncias trágicas" da tetracampeã europeia (2007/2009/2011/2012) Yelena Ivashchenko. De acordo com informações de agências de notícias e sites locais, a judoca de apenas 28 anos teria cometido suicídio ao se jogar da janela do 15º andar de um prédio em Tyumen, na Sibéria.

O corpo da atleta foi encontrado perto de um edifício residencial em Tyumen, assim como seu passaporte e um bilhete de suicídio, segundo comunicado de um comitê investigativo da cidade.

Nascida na cidade de Omsk, perto da fronteira da Rússia com o Cazaquistão, Ivashchenko também tinha em seu currículo uma medalha de prata (2008) e duas de bronze (2007 e 2011) em Campeonatos Mundiais. Ela também representou a Rússia nas Olimpíadas de Londres, no ano passado, na categoria pesado (+78kg) - a mesma da brasileira Maria Suelen Altheman, quinta colocada nos Jogos.

- Suas vitórias permanecerão gravadas para sempre na história, e Lena viverá sempre na memória de todos que a conheceram - disse o comunicado da federação russa de judô.

A federação Internacional de Judô (FIJ) também expressou condolências à família e aos amigos da judoca, assim como à "família do judô da Rússia".


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Petrobras é a nova patrocinadora do judô brasileiro


O judô brasileiro está com novo patrocinador. Nesta terça-feira, a Petrobras confirmou o apoio à modalidade e o acordo foi assinado na sede da empresa, no Rio de Janeiro, em evento que contou com a presença da presidente da estatal, Maria das Graças Silva Foster, de Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), e dos judocas medalhistas olímpicos Mayra Aguiar, Rafael Silva, Sarah Menezes e Thiago Camilo.

Nos próximos quatro anos, a Petrobras vai investir 20 milhões de reais no judô. O patrocínio faz parte do Plano Brasil Medalhas, promovido pelo Governo Federal, que foi criado com o objetivo de colocar o Brasil entre os dez melhores países nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e entre os cinco primeiros nas Paralimpíadas.

O Plano Brasil Medalhas 2016 foi lançado em setembro de 2012 e, com ele, o Ministério do Esporte prioriza modalidades com maiores chances de medalha. Foram escolhidas 21 categorias olímpicas, entre elas o judô, e 15 paralímpicas. O judô é o esporte que mais conquistou pódios para o Brasil em Olimpíadas, com 19 medalhas ao todo (três de ouro, três de prata e 13 de bronze).

Com o acordo de patrocínio selado, os uniformes da Seleção Brasileira, que serão utilizados em competições nacionais e internacionais, serão estampados com a marca Petrobras. O logotipo da empresa também vai aparecer no site oficial da CBJ, na sede, no ônibus oficial dos atletas, em ações promocionais e em todas as competições nacionais organizadas pela confederação. Além disso, o patrocínio da Petrobras vai incluir a realização do Campeonato Mundial de Judô, entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro, no Rio de Janeiro.

"Com o patrocínio ao judô, esperamos contribuir ainda mais para o sucesso do esporte, estimulando a participação de um grupo maior de atletas em competições nacionais e internacionais, o surgimento de novos judocas e o crescimento da modalidade como um todo. É uma honra para a Petrobras apoiar um dos esportes mais vitoriosos do país", disse Graça Foster.

Já o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, comemorou o novo acordo: "É um orgulho e um grande privilégio ter a Petrobras como patrocinadora da Confederação Brasileira de Judô. Retribuiremos esta confiança com o melhor desempenho da história do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro".


Brasil brilha entre os pesados no judô


Uma final de Grand Slam entre dois brasileiros. Ou um vice campeonato e dois quintos lugares para o Brasil na principal competição do judô até o momento na temporada. Tudo isso na categoria pesado masculino (até 100kg). Até pouco tempo atrás, tais cenas pareciam impossíveis. Mas em 2013, a situação é diferente. Os pesados são os grandes destaques do judô brasileiro nesse início de ciclo olímpico. E sem muito alarde, o país já tem três representantes entre os primeiros do ranking mundial.

Rafael Silva, o segundo melhor do mundo, David Moura, o sexto, e Walter Santos, o sétimo, têm se destacado no cenário mundial. Enquanto Silva ficou com a medalha de prata no World Masters na Rússia, no fim do mês passado, os outros dois lutadores chegaram na quinta colocação no torneio. Antes, eles já tinham disputado a decisão do Grand Slam de Baku, com vitória para Santos.

Apesar da medalha de bronze de João Gabriel Schlittler no Mundial de 2007 e alguns bons resultados de Daniel Hernandes no circuito, o Brasil sempre teve dificuldades de encontrar lutadores para o peso pesado anteriormente. Mas isso mudou.

A categoria passou a ganhar maior destaque com o bronze de Rafael Silva na Olimpíada de Londres, em 2012. Empolgados com o resultado, David Moura e Walter Santos pegaram o embalo e passaram a fazer sombra ao medalhista olímpico.

Uma das justificativas para o crescimento está nos treinos específicos para os judocas na Seleção Brasileira. De tempos em tempos, eles são separados por peso e fazem atividades especiais para melhorar os fundamentos e a parte técnica.

– É bom porque não posso me acomodar e vou me esforçar para não ser alcançado por eles. A medalha olímpica trouxe mais confiança para a categoria e eles observam que podem chegar. A categoria está mais confiante para chegar nos resultados – afirmou Silva.

Com três fortes representantes, a briga pela vaga olímpica promete ser boa. Quem arrisca desafiá-los?

OPINIÃO DOS JUDOCAS:

"Meu diferencial é a experiência. No nível técnico e na preparação, está tudo muito igual. Essa disputa é muito boa para o judô brasileiro. Antigamente, existia muita dificuldade para encontrar lutadores do mesmo peso para treinar. Hoje, vemos a evolução com vários chegando bem"

Walter Santos

"Meu diferencial é que já tenho a confiança de ter ganho uma medalha olímpica. Mas nosso relacionamento é bem tranquilo. A gente se ajuda bastante. Claro que tem rivalidade, mas é saudável. Quem se sair melhor, vai para a Olimpíada. A categoria peso pesado está se fortalecendo cada vez mais no Brasil"

Rafael Silva

"Meu diferencial é ser o mais novo e um pouco mais leve. Sou mais rápido, mais veloz. Essa disputa é ótima para a gente. Mostra como o peso pesado no Brasil está forte. Isso aumenta o prestígio da categoria. Ninguém no mundo tem a oportunidade de treinar com três atletas entre os melhores do mundo"

David Moura

QUEM SÃO ELES:

Walter Santos

Nascimento: 1/1/1982 (31 anos)

Ranking atual: 7º colocado

No ano: oito vitórias e duas derrotas

Rafael Silva

Nascimento: 24/8/1987 (25 anos)

Ranking atual: 2º colocado

No ano: oito vitórias e três derrotas

David Moura

Nascimento: 24/8/1987 (25 anos)

Ranking atual: 6º colocado

No ano: sete vitórias e quatro derrotas

terça-feira, 11 de junho de 2013

Como preparar um treino de Judô


Judô é uma arte marcial consagrada com mais de um século de existência, proporcionada pelo estilo de luta oriental onde se pratica dezenas de artes marciais com vertentes do judô.

Contudo nem todos podem aspirar a praticar ou a ensinar judô. É preciso uma grande autodisciplina e o grau de exigência para se tornar técnico desta arte é enorme.

Instruções

O que você precisará

  • Aprovação do comité de Judô residente na vossa área
  • Materiais e espaços adequados
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    Se obtiveram o seu cinturão preto no ginásio onde treinavam habitualmente, ótimo, é aí que podem começar a ensinar judô. Começar em um ambiente familiar é sempre agradável e benéfico.

    Antes de cada treinamento verifiquem as condições do espaço e acondicionem tudo de forma a que não falhe nada durante o treinamento.
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    Como preparar um treinamento de judô Tendo alunos suficientes para começar a treinar, é hora de passar seus conhecimentos a outras gerações e outros alunos que queiram aprender convosco.

    Treinamento de judô deve começar sempre com a saudação oriental seguida de aquecimento. Comecem com corrida leve durante dez a quinze minutos e aquecimento específico de todos os músculos. É importante referir que um bom aquecimento muscular é fundamental em toda a prática desportiva pois evita lesões ao longo do treinamento.

    Quinze minutos a meia hora é o recomendável para o aquecimento. Foquem-se no aquecimento do pescoço, braços, ombros e pernas. Depois disso façam um aquecimento geral somente para aquecer os músculos restantes.
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    Como preparar um treinamento de judô Após o aquecimento estar bem efetuado, dividam os alunos em grupos de dois. Todas as técnicas de judô têm que ser bem treinadas e o melhor sempre é agrupar dois colegas para treinar um com o outro sem muita confusão.

    Comecem com as técnicas básicas: soco, pontapé baixo e médio, movimentação e defesa. Treinem bem estas técnicas antes de cada treino durante algum tempo para os alunos poderem assimilar tudo muito bem. Cada aluno deve fazer várias repetições de cada movimento, sendo que esta parte não deve demorar mais de meia hora a uma hora seguida, depende do vosso horário e da disponibilidade de cada aluno.
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    Como preparar um treinamento de judô Agora uma das partes mais importantes do treinamento: o "grappling". Esta palavra significa "agarrar", "segurar". É a técnica mais importante do judô amador e profissional.

    Iniciem esta parte do treinamento ainda com os grupos de dois. Cada aluno deve efetuar várias repetições das técnicas de "grappling" que vocês mandarem e mesmo que errem algumas vezes não importa, o importante é insistir e aprender a técnica na perfeição.
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    Como preparar um treinamento de judô Quando o treinamento aproxima-se do final mas ainda não é hora de finalizar. Sim, podem dar alguns minutos aos alunos para beberem água e descansarem um pouco.

    A última parte do treino consiste em fazerem vários combates entre si para treinarem num ambiente de combate real criado pelos alunos, o chamado "sparring". Podem fazer rounds de dois minutos com os alunos a rodarem entre si para que possam lutar todos entre si. Estejam sempre atentos a alguns golpes mais violentos e reprimam esses alunos se for preciso. Controlem o tempo e aproveitem este treinamento para avaliar quem já possui melhor e pior técnica no grupo.

    Bons treinamentos!

Judocas tem mais consciência corporal com treino funcional

O treinamento funcional se apresenta como reforço de uma sequência de exercícios que faz com o que os judocas exercitem muito além dos grupos musculares.

Ampliar o horizonte é uma intenção que pode ser bem aplicada à preparação física no judô brasileiro. Com o objetivo de dar mais consciência corporal aos atletas, o treinamento funcional se apresenta com o reforço de uma sequência de exercícios que faz com o que os judocas exercitem muito além dos grupos musculares.

- Esse circuito que eu monto é bem específico para o judô. São exercícios presentes na luta e na modalidade com foco no movimento. Isso porque, no judô, não adianta ser forte e não controlar o movimento. Quem faz força sem pensar é guindaste. Eu quero que essas meninas daqui pensem o tempo inteiro - brinca o fisioterapeuta da seleção Marcus Vinícius Gomes.

Marcus desenvolveu uma metodologia chamada MVF (Motricidade Voluntária Funcional), lançada em 2006 e, aos poucos, lapidada para o treinamento no tatame. Na época dos testes, a missão dele era recuperar os movimentos de pacientes que não conseguiam andar, em virtude de sequelas de acidentes. E ele conseguiu.

- Eu lancei com certo receio porque, quando a gente leva a teoria para a prática, há muita dificuldade na implementação. Felizmente, consegui resultados ótimos com a recuperação dos movimentos de uma paciente. Isso me deu muita força para continuar - revela o especialista, que leva o método patenteado para outras cidades e até países, principalmente Portugal, onde o MVF foi certificado como curso de excelência no Instituto Desportivo de Portugal. 

Foco no equilíbrio

Depois de muito pesquisar e testar, Marcus formatou um método aplicável ao treinamento e ao tratamento, respeitando os limites de cada disciplina e abrangendo diferentes públicos, desde os sedentários aos atletas de alta performance. Esse é o real objetivo do que conhecemos como treinamento funcional, que prepara o organismo de maneira integral, segura e eficiente, através do centro corporal. 

No caso do judô, Marcus seleciona exercícios e movimentos que estejam presentes na luta, destacando a importância do equilíbrio, já que é ele o responsável pela sustentação, enquanto o atleta, usando os braços ou pernas, ataca ou defende. Marcus lembra que, em movimentos de rotação, por exemplo, é muito comum a perda do equilíbrio e é este deslize que o judoca não pode cometer. 

- A carga de força está no abdômen, que é o nosso centro de gravidade. Se eu consigo gerar força aqui, eu me mantenho equilibrado para mandar a força para os braços e as pernas. A função primária é a rotação, e se eu tenho a rotação equilibrada, terei potência para dar o soco, chute, me deslocar. Caso contrário, eu caio e aí como eu vou lutar? - pergunta, destacando que as judocas da seleção são prova de que realmente o treinamento funciona. 

- É um resultado surpreendente porque posso ver que elas estão pensando, e que o movimento está muito mais inteligente. Muitas das atletas que estão aqui hoje não tinham a menor noção do corpo, e esse é o melhor dos resultados: a consciência corporal.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Apostilas para exame de faixas infantil


As apostilas abaixo disponibilizadas são as apostilas que devem ser estudadas pelos alunos que querem realizar o exame de faixa para poder se graduar no Judô.

O aluno que pretende ir para a faixa cinza, por exemplo, deve fazer o download da apostila da faixa cinza.

Abaixo, todas as apostilas disponibilizadas para os exames de faixa do judô infantil:


Exame de faixa para o Judô: saiba tudo!

Branca Cinza Azul Amarela Laranja Verde Roxa Marron Preta


Para mudar de faixa o candidato deverá satisfazer todas as condições exigidas para os exames das faixas anteriores .
Todos os exames obedecerão à programação específica à graduação do candidato, estabelecida pela comissão nacional de graus e pelo conselho nacional da superior graduação.

OBS: Os golpes aqui citados variam de acordo com a academia ou clube.
Isso quer dizer que podem ser escolhidos outros golpes desde que esteja dentro das mesmas divisões de técnicas.

 

BRANCA

PARA

cinza(7º kyu)


OBS: O candidato a exame à faixa cinza terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 06 (seis) anos de idade e 03 (três) meses como faixa branca e apresentar o seguinte:

1. Postura e pegadas.
2. Tipos de saudações utilizadas no judô.
3. Maneira de sentar sobre tatame.
4. Tipos de amortecimentos de queda.
5. Dois tipos de projeções.

cinza(7º kyu)

PARA

AZUL(6º kyu)


OBS: O candidato a exame à faixa azul terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 07 (sete) anos de idade e 03 (três) meses como faixa cinza e apresentar o seguinte:

1. Postura e pegadas.
2. Tipos de saudações utilizadas no judô.
3. Tipos de amortecimentos de queda.
4. Dois tipos de imobilizações.
5. Dois tipos de projeções.

AZUL (6º kyu)

PARA

AMARELA(5º kyu)


OBS: O candidato a exame à faixa amarela terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 08 (oito) anos de idade e 06 (seis) meses como faixa azul e apresentar o seguinte:

1. Tipos de passos durante a pratica de judô
2. Tipos de mudança de corpo durante a pratica do judô.
3. Amortecimentos de quedas.
4. Quatro tipos de imobilizações.
5. Seis tipos de projeções.

AMARELA(5º kyu)

PARA

LARANJA(4ºkyu) 


OBS: O candidato a exame à faixa laranja terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 09 (nove) anos de idade e 06 (seis) meses como faixa amarela e apresentar o seguinte:

1. Seis tipos de projeções.
2. Cinco tipos de projeções combinadas.
3. Oito tipos de contra golpes.
4. Quatro tipos de imobilizações.

LARANJA(5º kyu)

PARA

VERDE(3ºkyu) 


OBS: O candidato a exame à faixa verde terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 10 (dez) anos de idade e 12 (doze) meses como faixa laranja e apresentar o seguinte:

1. Dez tipos de projeções.
2. Oito tipos de projeções combinadas.
3. Sete tipos de contra golpes.
4. Seis tipos de técnicas de KATAME-WAZA.

VERDE(3ºkyu) 

PARA

ROXA(2 ºkyu) 


OBS: O candidato a exame à faixa roxa terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 12 (doze) anos de idade e 12 (doze) meses como faixa verde e apresentar o seguinte:

1. Dez tipos de projeções..
2. Dez tipos de projeções combinadas
3. Dez tipos de contra golpes.
4. Dez tipos de técnicas de KATAME-WAZA.

O teste de conhecimento constará de:
1. Divisão do NAGE-WAZA
2. Divisão do TACHI-WAZA
3. Divisão do SUTEMI-WAZA
4. Divisão do KATAME-WAZA

ROXA(2ºkyu) 

PARA

MARROM(1ºkyu) 


OBS: O candidato a exame à faixa marron terá que apresentar as condições mínimas exigidas e noções técnicas básicas.

Ter no mínimo 14 (quatorze) anos de idade e 12 (doze) meses como faixa roxa e apresentar o seguinte:

1. Doze tipos de contra golpes.
2. Quatro tipos de imobilizações.
3. Quatro tipos de estrangulamentos.
4. Quatro tipos de chaves de braços.

MARROM(1ºkyu) 

PARA

PRETA(1º AO 5º DAN) 

(SHO-DAN)

Você terá que ter as seguintes condições mínimas exigidas  
Ter no mínimo 16 (dezesseis) anos de idade e 2 (anos) anos como faixa marrom.

1. Demostrar seis tipos de projeções
2. Demostrar quatro tipos de variedades de projeções
3. Demostrar seis tipos de projeções combinadas
4. demostrar oito tipos de contragolpes
5. Desenvolver o KATAME-WAZA -atacar, defender, encadear chaves de braço, imobilizações e chaves de braço
6. Fazer o NAGE-NO-KATA como TORI
7. Conhecimento teórico e prático de arbitragem

Caso você tenha menos de 35 anos, considerar o curriculo vitae. Se você tiver mais de 35 anos, poderá ser isento desta etapa.

SHO-DAN TE-WAZA

( Técnica de mão )

UKI-OTOSHI
IPPON-SEOI-NAGE
KATA-GURUMA
   
KOSHI-WAZA

( técnica de quadril )

UKI-GOSHI
HARAI-GOSHI
TSURI-KOMI-GOSHI


ASHI-WAZA

( técnica de pé )

OKURI-ASHI-BARAI
SASAE-TSURI-KOMI-ASHI
UCHI-MATA
   
MA-SUTEMI-WAZA

( sacrifício de costas )

TOMOE-NAGE 
URA-NAGE
SUMI-GAESHI
   
YOKO-SUTEMI-WAZA

( sacrifício de lado )

YOKO-GAKE
YOKO-GURUMA
UKI-WAZA

(NI-DAN)

Você terá que ter as seguintes condições mínimas exigidas:
Ter no mínimo 18 (dezoito) anos de idade e 2 (dois) anos como faixa preta (SHO-DAN)

1. Demostrar 08 tipos de projeção
2. Demostrar 05 tipos de variedades de projeção
3. Demostrar a divergência entre OKURI-ASHI-HARAI, DE-ASHI-HARAI E KO-SOTO-GARI
4. Demostrar 10 tipos de contragolpes
5. Desenvolver o KATAME-WAZA - atacar, defender, encadear chaves de braço, imobilizações e chaves de braço
6. Demostrar 10 tipos de combinações
7. Demostar o KATAME-NO-KATA como TORI
8. Demostrar o OSAEKOMI-WAZA (1º série)
9. Conhecimento Teórico e pratico de arbitragem.

Caso você tenha menos de 35 anos, considerar o curriculo vitae. Se você tiver mais de 35 anos, poderá ser isento desta etapa.

 (SAN-DAN)

Você terá que ter as seguintes condições mínimas exigidas:
Ter no minimo 21 (vinte e um) anos de idade E 03 (três) anos como faixa preta (NI-DAN)

1. Demostrar 10 (dez) golpes escolhidos pela banca examinadora,
destacando as fases(KATAME-WAZA,TSUKURI E KAKE )
2. Demostar combinações escolhidas pela banca.
3. 10 (dez) en NIDAN-GAKE
4. 10 (dex) en SANDAN-GAKE
5. Demostar o KATAME-WAZA - atacar, defender, encadear chaves de braço, imobilizações e chaves de braço
6. Demostar 03 (três) imobilizações
7. Demostar 03 (três) estrangulamentos
8. Demostar 03 (três) chaves de braço
9. Nage-no-kata como tori (masculino)
10.Ju-no-kata (feminino)
11.Conhecimento teórico e prático de arbitragem
12.KATAME-WAZA escolhido pela banca examinadora

Caso você tenha menos de 35 anos, considerar o curriculo vitae. Se você tiver mais de 35 anos, poderá ser isento desta etapa.

(YO-DAN)

Você terá que ter as seguintes condições mínimas exigidas:
Ter no minimo 25 (vinte e cinco) anos de idade E 04 (quatro) anos como faixa preta (SAN-DAN)

1. KUZUSHI , TSUKURI e KAKE em 10 (dez) tipos escolhidos pela banca examinadora.
2. Divergência entre OKURI-ASHI-HARAI, DE-ASHI-HARAI, KO-SOTO-GARI
3. Demostrar TE-WAZA em 06 (seis) projeções com pegadas pela direita e pegadas pela esquerda
4. DemostarASHI-WAZA em 06 (seis) projeções com pegadas pela direita e pegadas pela esquerda
5. Demostrar NAGE-NO-KATA como TORI
6. KATAME-NO-KATA como TORI (MASCULINO)
7. JU-NO-KATA (FEMININO)
8. Conhecimento teórico e prático de arbitragem.

Caso você tenha menos de 35 anos, considerar o curriculo vitae. Se você tiver mais de 35 anos, poderá ser isento desta etapa.

 (GO-DAN)

Você terá que ter as seguintes condições mínimas exigidas:
Ter no minimo 30 (trinta) anos de idade E 05 (cinco) anos como faixa preta (YO-DAN)

1. A pedido da banca demostar:

A. TE-WAZA
B. KOSHI-WAZA
C. ASHI-WAZA
D. SUTEMI-WAZA
2. KATAME-WAZA - Demostar: atacando, defendendo e encadeando imobilizações, chaves de braços e estrangulamentos
3. KATAS COMO TORI:

A. NAGE-NO-KATA
B. KATAME-NO-KATA
C. KIME-NO-KATA
D. JU-NO-KATA
4. Conheimentos: 05 (cinco) dias antes da prova o candidato deverá apresentar, a banca examinadora, um trabalho em 03 (três) vias por escrito sobre judô (tema livre). No dia da prova fazer apresentação oral do respectivo trabalho.

Caso você tenha menos de 35 anos, considerar o curriculo vitae. Se você tiver mais de 35 anos, poderá ser isento desta etapa.

 (ROKO-DAN)



Essa etapa em diante será de competência do conselho nacional da superior graduação do judô.
A Judoistas que tenham pelo menos (cinco) anos em atividade na respectiva graduação e que apresentem as condições exigidas e aprovação em avaliação de desempenho.

OBS: Mais informações você terá que procurar a CBJ ou ler o artigo 21º do paragrafo III do regulamento da CBJ - Promoção e controle geral de faixas.