quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Treinamento de força no judô

Brasileiros estreiam no World Judô Masters, última competição do ano |  Agência Brasil

O Judô, enquanto atividade humana de representatividade mundial, ainda apresenta muitas lacunas que, por muitas vezes, só servem pra aguçar nosso desejo em buscar mais conhecimento. As comunidades científicas e práticas têm um vasto campo a ser explorado e, para isso, devem unir–se na criação de mecanismos interativos e, assim, contribuir efetivamente para o desenvolvimento desse esporte.

O alto nível do judô é resultado do desenvolvimento das habilidades técnicas, táticas e psicológicas apoiadas pelas capacidades motoras condicionadas – resistência cardiovascular–respiratória, força muscular e flexibilidade, principalmente. O rendimento inadequado dessas capacidades pode interferir na organização dos movimentos que dependem de habilidade e capacidade de coordenação.

A força é uma qualidade muscular que se manifesta de maneiras distintas em função das necessidades da ação. A manifestação ativa da força é composta pelas forças: máximas, rápida e resistente.

A força como o principal componente do sucesso na execução técnica de um dado movimento, entre as demandas físicas requeridas durante o combate do judô.

A força demonstra a sua importância, durante o combate, nos momentos iniciais de desequilíbrio que antecedem a execução da técnica ( kuzushi ), onde a passagem da contração estática para a dinâmica, em máxima velocidade, é fator tático contra o adversário; ou ainda quando, previamente ao kusushi , é realizado um deslocamento ( shintai ). O aproveitamento do momento de menor resistência do corpo para executar uma puxada com a máxima força e velocidade, 4 caracteriza o princípio da máxima eficiência na utilização energética, prerrogativa conceitual dos princípios do Judô defendido por Jigoro Kano. 5,6

Entretanto, quais programas de treinamento de força contra–resistência potencializariam ações técnicas no judô?

Tomando como ponto de partida os tipos de ações que o músculo realiza, os modelos de treinamento existentes apresentam propostas de ganhos de força através de exercícios contra–resistência de características isométricas, isotônicas e isocinéticas (concêntrico–concêntrico ou concêntrico excêntrico).

Como pôde ser observado, a musculação tradicional passa a servir de referência para a maioria das pesquisas sobre força contra–resistência. Da mesma forma ela tem sido utilizada como meio de treinamento para obtenção da força requerida pelos judocas.

Lembrando que no judô as manifestações e ações musculares agem em uma constante sobreposição e que procedimentos diferentes de treinamento de força – isométrica e isocinética, por exemplo – são caracterizados pela alta especificidade dos efeitos – onde o treinamento isométrico aumenta a força estática enquanto o isocinético aumenta a força dinâmica (17) – poderíamos supor que outros meios poderiam ser empregados no treinamento promovendo, conseqüentemente, melhoras substanciais da força em judocas.

Tendo em vista as características multiarticulares, intra e inter–musculares e de alta velocidade encontradas nos movimentos de arranco e arremesso, poderíamos supor que tal meio pode vir a influenciar na eficácia das técnicas individuais de judocas pelo aumento da ação muscular requerida.

Toda adequação do treinamento físico deve ser realizada em função dos objetivos da modalidade que é praticada e com a fase de treinamento . A maioria dos meios e métodos propostos para judô não respeita as formas específicas de manifestação da força durante um combate e, menos ainda, as fases em que cada uma poderia ser explorada, de tal forma que devemos considerar que, em atletas com nível avançado, o correto emprego metodológico de treinamento contra–resistência poderia resultar na potencialização das técnicas de projeção.

Com ajuda daqui


terça-feira, 11 de novembro de 2014

5 livros sobre Judô que você deve ter!


Uma dica super legal para quem lida com o o Judo no dia a dia. Separei 5 livros que fala sobre essa arte marcial, desde aspectos da luta/esporte até treinamento. É só clicar no link abaixo das capas para saber mais sobre esses livros que vão trazer conhecimento e sabedoria sobre o assunto que você desejar!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pratique judô para melhorar sua saúde!

Brasileiros estreiam no World Judô Masters, última competição do ano |  Agência Brasil

Você pode até achar que a prática do judô serve só para auto-defesa, mas há mais elementos que podem ser aproveitados.  Essa arte marcial, além da concentração e da disciplina, traz a resistência necessária para dar uma rasteira em vários inimigos da saúde. Vamos ver quais são os benefícios que essa arte marcial podetrazer para os praticantes?

Na luta, na prática, as pernas e braços não param quietos. Para sustentar essa relação, o abdômen trabalha sem parar. Toda a musculatura se desenvolve por igual, o que diminui o risco de lesões. Equilibra e fortalece o corpo.

A luta é composta de ataque e defesa, o tempo todo. Portanto, para realizar essas manobras de ataque e de defesa exigem velocidade e exatidão. O estímulo do cérebro para as respostas ágeis, o "treino" da velocidade de reação ficar  mais rápida e precisa, faz você enfrentar os percalços do dia a dia com mais facilidade.

O bem-estar que a prática de atividade física proporciona também fubciona com o judô. Então, com a maior produção de endorfinas, que diminuem o estresse, um fator desencadeante dos ataques de epilepsia, por exemplo.

Outro fator bacana é a socialização. As aulas de judô, geralmente cheias de alunos, ajudam a criar vínculos sociais e, assim, quebrar o isolamento.

As quedas são uma das principais causadoras de ossos quebrados. E não dá para evitar todo tropeço. Com a prática do judô, seus participantes treinam incessantemente o jeito mais harmonioso possível de cair.  Com isso, na hora do vacilo, eles instintivamente se protegem, evitando um impacto grande que machucaria o esqueleto. Já há profissionais que defendem a prática do judô para idosos justamente por isso.

O judô pode ajudar a controlar a agressividade porque traz todas uma filosofia de respeito ao adversário e a vida, com disciplina e leveza, po incrivel que pareça.

Boa sorte!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Categorias de peso no judô

http://imguol.com/2012/08/01/tiago-camilo-foi-derrotado-pelo-sul-coreano-dae-nam-song-e-disputa-apenas-a-medalha-de-bronze-na-categoria-ate-90-kg-1343833918866_615x300.jpg

O judô é uma arte marcial esportiva, que atualmente é competida em forma de campeonatos regionais, nacionais, mundiais e também em alguns grandes eventos como no caso das Olimpíadas. Foi criada no Japão no ano de 1882 e, desde então, se tornou um esporte bastante praticado no país e também se desenvolveu para vários outros países.

O objetivo é o aprimoramento de técnicas de defesa pessoal além da harmonização e integração da mente e corpo. Este esporte é dividido em seis categorias de pesos, conforme quadro demonstrativo:

Categorias Peso
Peso Extra Leve até 60 Kg
Peso Meio Leve até 66 Kg
Peso Leve até 73 Kg
Peso Meio Médio até 81 Kg
Peso Médio até 90 Kg
Peso Meio Pesado até 100 Kg
Peso Pesado acima de 100 Kg

Existe ainda uma outra categoria denominada Absoluto, cuja regra consiste em não utilizar o peso como base, sendo assim, todo os atletas podem lutar entre si, independentemente de sua categoria.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Como enfrentar um adversário canhoto no Judô

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizfGxHfSrFqkxmte1RnAYsLpdnKKMvapCKPY6GWus8Z8BfOmWBnfcg6y-Dif9JdZUTZNyZWstJ0W-RMi0YyJ4LrLtuWVvvkhyVAEmd0Gul9TqU2iGIpVyg8YKa49hYkOGaZuiHPFwMpUyp/s1600/KumiKata.jpg

Vc sabia que os canhotos têm 27% de chance a mais de sobrevivência em situações de violência no mundo todo quando comparados aos destros? Na antiguidade, os guerreiros seguravam suas armas com a mão direita, assim como 90% da população. Os soldados canhotos; entretanto, eram mais difíceis de serem derrotados, pois poucos combatentes tinham habilidades suficientes para lidar com a imprevisibilidade de suas ações.

Se você é acostumado a lutar contra destros e obtêm vitórias, suas habilidades e reflexos estarão sempre voltados para combater um adversário destro. No entanto, combatentes canhotos podem ser verdadeiros "elementos-supresa" para os oponentes.

Alguns detalhes são importantes para que se tenha uma leitura crítica do outro e do próprio atleta. Exemplo disso é a lateralidade, um elemento coordenativo do ponto de vista das capacidades físicas, sobre o qual ainda há uma indefinição clara do potencial de combinação genética para esta definição motora. A lateralidade é dominada pelo cérebro e surge por volta dos três anos de idade, podendo variar de acordo com a estimulação a que a criança é submetida – fatores ambientais, e também pelo componente genético.

Saber identificar qual é o padrão de lateralidade facilita a leitura da luta e o diálogo com o técnico também por parte do atleta. Muitas vezes, o adversário tem uma base (membros inferiores) de direita, uma pegada (kumi-kata) de destro, caminha com mais frequência para a direita e entra golpes para a esquerda. Fragmentar a lateralidade é importante no primeiro momento de leitura da luta, mas entender como estas partes se conectam é fundamental para se construir uma tática e/ou estratégia a respeito de um todo.

Portanto, para enfrentar um canhoto, preste atenção em todo gesto motor da sua luta, desde entrada até dominância da entrada dos golpes.

Com ajuda daqui


terça-feira, 2 de setembro de 2014

5 passos para o sucesso do judô feminino


No primeiro campeonato mundial para mulheres estabelecidos em Nova York no ginásio do Madison Square Garden, as categorias eram: Abaixo de 48 kg, abaixo de 52 kg, abaixo de 61 kg, abaixo de 66 kg, abaixo de 72 kg e acima de 72 kg.

Participando destas competições continentais e desde o primeiro campeonato mundial as atletas foram adquirindo experiência para disputarem de forma experimental a Olimpíada de Seul em 1988. Contudo foi só em 1992 na Olimpíada de Barcelona que o judô feminino tornou-se esporte olímpico e elas começaram a partir daí a aparecer com sucesso.

Veja esse video que fala sobre os 5 passos para o sucesso no Judo Feminino

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mayra Aguiar conquista a medalha de ouro no Mundial de judô


A brasileira Mayra Aguiar conquistou a medalha de ouro na categoria até 78kg do Mundial de judô, em Chelyabinsk, na Rússia. Na final, a gaúcha venceu a francesa Audrey Tcheumeo com um wazari e chegou a sua quarta medalha em campeonatos mundiais. Em edições anteriores, Mayra já havia conquistado dois bronzes e uma prata.

Na decisão, Tcheumeo começou mais agressiva, pressionando Mayra para fora do tatame. Do lado de fora, a técnica Rose Campos pedia mais força na pegada da brasileira. E Mayra parece ter ouvido os gritos da treinadora. A gaúcha reagiu, dominou a luta e levou a adversária para o solo, onde conseguiu um wazari faltando 2m20s para o fim da luta.

A arbitragem continuou rigorosa e aplicou punições para as duas judocas. Nos minutos finais, Mayra encurtou a distância e não permitiu a entrada de golpes da francesa para chegar ao inédito título mundial na carreira.












A brasileira iniciou sua campanha no Mundial com um ippon contra a italiana Assunta Galeone. Na luta seguinte, a adversária era espanhola Laia Talarn e a gaúcha conseguiu mais uma vitória, agora com um wazari. Já nas quartas, a rival foi a russa Alena Kachorovskaya. Mayra não se intimidou com a pressão da torcida e partiu para cima da dona da casa e avançou para a fase seguinte com mais um ippon.

Na semifinal, Mayra encarou a atual campeã olímpica, Kayla Harrison. A brasileira começou de forma agressiva e partiu para cima da americana no início e conseguiu um yuko logo com 30s. Pouco tempo depois a gaúcha conseguiu um wazari e tentou imobilizar a adversária que conseguiu escapar.

Do lado de fora do tatame, a técnica Rose Campos, sempre muito participativa, exagerou nos incentivos à Mayra e foi excluída da zona de competição pela árbitra. A judoca não se abateu e começou a controlar a luta. Faltando 1m10s para o fim, Harrison deu um belo golpe e derrubou a brasileira. A arbitragem considerou yuko, mas logo retirou a pontuação. A partir daí, a gaúcha não permitiu mais nenhum golpe para chegar a decisão do ouro.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

As vantagens e desvantagens da disputa de pegadas no judô

http://s2.glbimg.com/smBZ3zSSm0h1vnsGLl66vlXXHt06RkvEWm9_FRQKoUNV0u2fqYQaB1aesOEOczMO/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2012/07/30/jud_-rafaelasilva_afp_95.jpg

Que a disputa de pegadas no judo é importante durante o randori, ninguém dúvida, mas durante os treinamentos a insistência sistemática na disputa das pegadas para evitar tomar uma queda,  pode atrapalhar um pouco o desenvolvimento das entradas de ataque.

O que acontece é que se você está sempre disputando pegadas, você acaba treinando um "anti-jogo", ou seja, fortalecendo as suas defesas e evitando se pôr em posições desfavoráveis e até diminuindo as quedas que tomaria num dia normal de randori na aula. Isso em si é bom, mas considerando que a maioria das pessoas não possuem todo o tempo que um atleta profissional dispõe para treinar, você acaba perdendo oportunidades de treinar  o jogo ofensivo na mesma proporção e isso tem um preço: sempre haverá aquele adversário que você não consegue desfazer a pegada e que mantem você num posicionamento mais desfavorável… Nessas circunstâncias, você poderia entrar com um ataque mesmo estando em pior posição se estivesse com o jogo ofensivo em dia!

Assim, é bom treinar bastante a disputa de pegas e aprender a esgrimar para manter uma posição de domínio no tachi waza (trabalho em pé), mas é igualmente importante manter a proporção de tempo dedicado à trabalho de ataque, nem que isso implique tomar umas quedas  durante os randoris! Aliás, isso é judô: aprimorar-se é mais importante que vencer ou perder!

Fonte


sexta-feira, 13 de junho de 2014

A Influência do Ídolo para Motivação na Prática do Judô: um estudo sobre resiliência

http://s2.glbimg.com/e4xD3WeTvIBsL3eesIPOJacI0hSQbW0wKRGlPSfo5KONa1Vqic8lGZ84dDP3QzZe/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2012/08/16/jud_flaviocanto_afp_60.jpg

Para Feder, A.; Nestler, E. J.; Charney, D. S. (2009), a resiliência é uma habilidade pessoal de se adaptar com sucesso ao estresse agudo ou crônico se tornando um conceito fundamental em diversas áreas inclusive na Psicologia, principalmente nos trabalhos relacionados a populações em situação de risco social. Alguns indivíduos, mesmo vivendo em ambientes hostis, conseguem superar as dificuldades e apresentar padrões adaptados de normalidade sendo assim considerados resilientes.

É possível se estabelecer uma relação entre resiliência e a prática esportiva através da idéia de que o esporte pode contribuir para que o indivíduo se torne mais resiliente. Para tanto, o adolescente necessita de uma rede de apoio social e afetivo, representadas por um conjunto de sistemas e de pessoas significativas que possam compor os elos de relacionamento que o indivíduo recebe e percebe; pessoas essas com as quais ele mantém relações de reciprocidade, afeto, estabilidade e equilíbrio de poder.

Destaca-se a importância do indivíduo ter pelo menos uma relação de vínculo estável e confiança em sua vida podendo vir a encontrá-la no âmbito esportivo. Em suas pesquisas Weinberg e Gould (2001) afirmam que a visão do vínculo social sustenta que crianças e adolescentes praticantes de esportes desenvolvem relações com pessoas significativas que representam valores dominantes e pró-sociais.

Assim um atleta jovem identifica-se com seu técnico e equipe, ao fazê-lo se sente motivado para continuação da prática esportiva além de aprender valores como: trabalho em equipe, esforço e realização. Então se pode pensar que muitas características ligadas à resiliência podem ser desenvolvidas ou aperfeiçoadas através da prática esportiva.

O presente estudo pretendeu pesquisar de que maneira a imagem do ídolo auxilia na motivação para prática do judô por adolescentes carentes, incluindo a percepção do adolescente sobre o judô, as mudanças que essa prática esportiva proporciona em sua vida e de que forma a imagem do ídolo contribui para resiliência desses adolescentes carentes.

Além do treinamento, o sucesso de uma pessoa talentosa depende do seu comprometimento, moti­vação e paixão pela sua área de atuação e, ao mesmo tempo, do apoio de diversos segmentos da sociedade como, a própria família, bons mentores, professores e bons treinadores no caso do esporte. A motivação, disponibilidade para o desempenho, esforço e estabilidade psicoló­gica são apontados como componentes psicológicos do talento esportivo.

A influência do ídolo do esporte com consequente promoção de resiliência e os estudos sobre a temática instigaram a elaboração dessa pesquisa que visa contribuir com a demonstração da relevância dos fatores motivacionais que levam adolescentes carentes à prática do judô. O esporte exerce o papel de facilitador da reinserção social e promoção da resiliência de adolescentes carentes, podendo o ídolo da modalidade funcionar como um modelo de superação na vida pessoal e profissional a ser seguido.

2. Materiais e Métodos

O presente estudo seguiu as normas de pesquisa com seres humanos contidas na resolução 196/96. Primeiramente o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Após a aprovação do mesmo, os participantes e os pais ou responsáveis foram contactados. Para cada um dos pais ou responsáveis foi lido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A), que esclarece os objetivos da pesquisa, a garantia de anonimato, bem como a possibilidade de desistência de participação dos adolescentes voluntários em quaisquer momentos da coleta.

Após o contato com o professor e os adolescentes que tinham interesse em participar da pesquisa, houve o contato com os pais e responsáveis para assinatura e permissão da entrevista que foi realizada com um adolescente por vez em local mais reservado do projeto.

O estudo foi de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. A amostragem da presente pesquisa se constituiu em 10 (dez) adolescentes, com idades entre 12 e 14 anos, que são praticantes de judô e participantes do "projeto superação". A pesquisa foi realizada na cidade de Teresina, Piauí.

O instrumento utilizado foi a entrevista semi-estruturada (APÊNDICE B), além de perguntas referentes a dados pessoais. A entrevista tratou-se de uma conversação efetuada face a face, de maneira metódica e que proporcionou à entrevistada, verbalmente, a informação necessária.

3. Resultados e Discussão

A análise dos dados coletados possibilitou a criação de categorias que sintetizavam e respondiam aos objetivos no qual essa pesquisa se propunha responder. Os participantes seguem apresentados no quadro 1, no qual o sigilo e a segurança da identidade dos mesmos foram preservados. Os seguintes participantes foram nomeados com forma de identificação fictícia.

Quadro 1 – Perfil dos participantes da pesquisa

Identificação

Idade

Tempo de prática de judô

Ashi

14 anos

Oito meses

Harai

12 anos

Dois meses

Ippon

13 anos

Três meses

Koshi

12 anos

Dois meses

Hane

12 anos

Um ano

Goshi

12 anos

Dois anos

Morote

12 anos

Um ano

Sode

12 anos

Nove meses

Hiza

13 anos

Um ano

Soto

12 anos

Um ano

3.1 Percepções Acerca do Judô

Sposito, M. P.; Carvalho, H. H. D.; Souza, N. A. D. (2006) retrataram em seu trabalho a importância da prática esportiva para melhora em funções psicossociais do indivíduo ao mesmo tempo que relatam sobre as dificuldades para serem exercidas, pois cada vez mais jovens e crianças de classe baixa são excluídos destas práticas desportivas, seja porque eles, na maioria das vezes ocupam seu tempo com trabalhos informais para ajudar nas despesas em casa, ou simplesmente porque vivemos numa época, na qual o sistema capitalista que visa à obtenção desesperada de lucros, não possibilita a garantia dos direitos dessas crianças a terem acesso a espaços reservados para a prática de esportes.

Nesse sentido, vê-se a tamanha importância dos programas de esporte para crianças e adolescentes, como o projeto "superação", por exemplo, que está voltado ao desenvolvimento psicossocial e a identidade cultural de cada adolescente. Alves et al. (1999) afirmam que o judô é o segundo esporte mais praticado no mundo, a sua prática coloca em atividade os músculos, nervos e intelecto, ativa todos os seguimentos do corpo, com ações de todos os modos e em todas as direções, estimulando o equilíbrio entre o físico e o psíquico favorecendo a aquisição de força e flexibilidade.

Nos relatos a seguir, podemos visualizar de onde surgiu o interesse pelo judô e as percepções dos entrevistados sobre tal modalidade, assim como a importância para suas vidas:

É porque eu já tinha praticado lá na escola aí o professor saiu, aí fiquei no futebol, só que aí os meus amigos tavam dizendo que aqui era bom aí eu vim pra cá. Eu acho o judô muito legal, porque aqui tem educação, tem treino, faz a pessoa suar (Harai).

Interesse surgiu pela força do hábito mesmo de querer praticar esse esporte. O judô pra mim é como se eu tivesse aprendendo uma coisa nova, teve melhora de comportamento, em tudo (Morote).

Interesse surgiu na escola, que eu queria fazer, aí vi na escola e quis vim participar, aí eu gostei. Judô é bom, boa maneira de viver, eu gosto, gosto das lutas, gosto de lutar (Hane).

Através dos relatos dos adolescentes foi possível verificar que uma das características que o induzem a buscar a prática do judô é o fato de ter a vontade de realizar atividade física e o gosto pela modalidade que auxilia na formação integral do indivíduo que embora integrada aos aspectos competitivo-esportivos oferecem possibilidades lúdicas, valorizando os aspectos formativos, motores e morais da modalidade, pois, de fato, é sólido o entendimento de que a prática do Judô traz benefícios positivos à formação global do indivíduo.

3.2 Mudanças de Hábitos e Relações Interpessoais a Partir do Judô

Nessa categoria serão demonstradas as mudanças obtidas a partir da prática do judô, bem como características adquiridas pelos adolescentes praticantes como: responsabilidade, disciplina, maturidade e os benefícios nas relações sociais e familiares.

3.2.1 Responsabilidade e disciplina na vida

As falas a seguir mostram como os adolescentes sentiram as mudanças que lhes ocorreu após o início no judô, assim como as responsabilidades que lhes foi dada a partir do momento inicial da prática. Vale destacar que as crianças do projeto, alvo do presente estudo necessitam obedecer a certas regras para continuarem pertencendo ao mesmo.

A mãe até disse que se eu não melhorar ela vai me tirar até daqui, aí eu melhorei (Goshi).

Antes ficava em casa jogando no computador, ficava fazendo nada, Melhorou bastante porque ficava em casa sem fazer nada, agora como pratico o judô faço coisas melhores (Hane).

Antes fazia treino de futebol e só jogava vídeo game mesmo, agora não muito, só nos finais de semana (Ippon).

Antes de manhã eu acordava tarde, tomava café ia assistir televisão e não fazia nada, agora tomo café, acordo cedo, chego em casa vou estudar e vou pro colégio, ah eu tomo café e venho pro judô. Teve melhora porque assim pra mudar de faixa e ir pra campeonato grande tem que melhorar no colégio e aqui também (Hiza).

De manhã eu jogava vídeo game e vou pra escola quando chego vou estudar, agora venho pra cá, quando chego estudo e a noite estudo de novo (Ashi).

Nesse mesmo horário antes não fazia nada, aí depois que eu vim pro judô melhorou meu comportamento no colégio, dentro de casa [...] antes eu só fazia brincar, acordava, fazia as tarefas e ia brincar, aí hoje eu venho pro judô, aí eu faço e volto pra casa. Toda vez que meu avô me dá dinheiro alto, eu peço 20 reais ele me dá eu peço 30 reais ele me dá aí faço a compra pra minha mãe, eu ajudo (Soto).

Como percebido através do que foi exposto nas falas de alguns adolescentes entrevistados os benefícios trazidos após a entrada no judô foram bem aceitos, pois estão buscando melhoras disciplinares para que haja a solidificação no projeto e não corram o risco de perder a vaga nas competições, assim as mudanças ocorreram consequentemente com essa conscientização de que o foco no judô está aliado à disciplina.

3.2.2 Mudanças de postura em relação à família e escola

Dentre as várias funções que o judô é capaz de desenvolver, destacam-se por Alves et al. (1999) o efeito facilitador do mesmo para integração com a comunidade e sua contribuição na valorização da personalidade e no desenvolvimento de adolescentes que possuem patologias, pois nos deparamos com um número cada vez maior de crianças vivendo com problemas na escola, família e em sua comunidade, vendo dessa forma no esporte uma ferramenta de contribuição para o desenvolvimento físico, psíquico e social, como pode ser visto na fala dos entrevistados:

Aí toda terça e toda quinta eu to vindo pro judô, perdi peso, que eu era muito gorda, assim e perdi muito peso (Hiza).

Antes eu tinha alguns problemas respiratórios, desde criança aí passei a praticar esse esporte e já ta melhorando, não tenho muita falta de ar, assim melhorou várias coisas na vida (Koshi).

As falas dos entrevistados acima forneceram dados que além de comprovar os benefícios à saúde com a prática esportiva apontaram ainda que tal prática contribui também para que eles se aceitem melhor e consequentemente passem a gostar mais do seu corpo, questão extremamente relacionada com a autoestima.

Com o empenho do adolescente, no decorrer das aulas práticas, ele vai permitindo um autoconhecimento para identificar seus limites e assim tentar superar os obstáculos, tanto na prática esportiva quanto no cotidiano, que inclui déficits na escola, sejam em relação à aprendizagem ou comportamento. Nesse contexto os adolescentes apresentam as seguintes percepções:

Melhorei as notas na escola, melhor desempenho na hora de fazer as coisas, melhorei muita coisa (Hane).

Antes eu estudava muito pouco, de vez em quando um dia antes da prova e agora eu passei a estudar mais tempo antes.  Na escola melhorou algumas coisas, a questão da nota, do meu comportamento (Koshi).

Silva (2012) retrata em seus estudos sobre o judô como uma arte marcial educativa em que seus princípios filosóficos são benéficos à formação moral e ética, e que promove o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. Portanto, os ganhos relacionados à prática do judô seriam relacionados a aspectos de conduta, disciplina, comportamento, respeito, atitudes, responsabilidade, agressividade, inteligência, cognição entre outros que se refletem positivamente nos indicadores de desempenho e no relacionamento no ambiente escolar.

No entanto, não é qualquer educação que cumpre a tarefa de ascender socialmente esses adolescentes, como também transformar os potenciais deles em competências para se viver. Como é o caso das escolas, que ultimamente tem tido baixo índice de aproveitamento por parte desses adolescentes, e o índice de evasão escolar aumentado, dando espaço ao trabalho precoce no intuito de complementar a renda das famílias, deixando de lado seu desenvolvimento físico e psicológico com a prática esportiva, por exemplo, que trabalha através do lúdico os valores morais do indivíduo como um todo.

3.3 Ídolo e Resiliência

Essa categoria falará sobre a prática do judô pelos adolescentes, através da influência do ídolo da modalidade e de que maneira está colaborando para que esses praticantes se tornem indivíduos resilientes.

3.3.1 Ídolo como incentivo a prática do judô

A literatura coloca que o ídolo serve de modelo positivo para crianças e adolescentes que praticam esportes e pretendem obter uma carreira de sucesso com tal prática, pois através desse exemplo ocorrerá a influência para iniciação à prática e consequentemente a geração de mudanças na motivação tanto para iniciar ou aumentar a prática esportiva como na vida dos praticantes em geral. Nesse contexto, essa influência, na percepção dos adolescentes foi fundamental como estímulo para iniciar a prática, como se constata nas falas seguintes

Quando a Sarah ganhou as olimpíadas foi uma.... todo mundo queria fazer ao mesmo tempo, aí eu me interessei e vim fazer, eu ainda não tinha feito nenhuma atividade física, aí eu comecei fazer atividade física [...] pela força de vontade dela que ela acreditou que ia ganhar, ah assim como se fosse a experiência pra mim (Hiza).

Ídolo é a Sarah, me influenciou quando ela viajou, quando ela ganhou medalha de ouro. E o exemplo dela me incentivou para melhorar o estudo e praticar esporte (Ashi).

Ídolo é Sarah e Felipe, o que influenciou foi o jeito deles de lutar bem, saber a hora certa de entrar o golpe, por causa disso, e a vontade de ser um medalista igual eles dois (Sode).

O que me influenciou na Sarah não foi nem ela ser forte, mas sim a disposição e pelo fato dela ter ganhado a medalha, ter treinado muito e batalhado (Soto).

Como exposto nas falas de alguns entrevistados, o modo de agir do atleta modelo, a maneira como luta e buscou a vitória, as medalhas alcançadas serviram como pontapé inicial para que eles quisessem da mesma maneira que seu ídolo buscar a prática do esporte e com ela obter incentivo para os estudos, melhorar as relações sociais e familiares tal como um dia ocupar o mesmo lugar que esse ídolo hoje ocupa.

Assim o adolescente identifica-se com seu técnico e professor e, ao fazê-lo se sente motivado para continuação da prática esportiva além de aprender valores como trabalho em equipe, esforço, responsabilidade e realização. As falas a seguir contemplam situações em que o professor é tido como ídolo e principal influenciador dos adolescentes nessa prática esportiva (os nomes utilizados para os professores são fictícios):

Ídolo é o professor Tito, me influenciou a praticar esse esporte para abrir novos caminhos na minha vida, e teve melhora no meu comportamento em tudo (Morote).

Ídolo é o Cadu professor, é porque me ajudou a fazer as coisas direito e querer praticar mais, pra minha vida ajudou na educação, meu comportamento na escola, aqui também (Harai).

Os resultados indicam que os adolescentes se identificam com seus técnicos e professores, por eles representarem figuras de poder, bem sucedidas, por saberem repassar seus ensinamentos e por possuírem muitos conhecimentos de vida e técnico para transmitir a eles, além de já terem passado por muitas situações semelhantes às que estes adolescentes enfrentam por serem também atletas. Assim, percebe-se que há uma identificação da parte dos adolescentes com esses técnicos, que acabam sendo um exemplo positivo a ser seguido.

No estudo foi possível visualizar que os comportamentos positivos dos ídolos são aprendidos pelos adolescentes, caracterizando a modelagem. A observação não é suficiente para conservar um comportamento e imitação, esse processo de colocá-lo em prática também depende de fatores internos do próprio adolescente e suas competências.

3.3.2 Ídolo, judô e resiliência

Considerando a importância da prática do judô e a influência do ídolo como possibilidade de promover resiliência para adolescentes em situações vulneráveis, Trombeta (2000) destaca em seus estudos que uma das características de um indivíduo resiliente é a identificação que possui com modelos positivos, portanto, muitas características ligadas à resiliência podem ser desenvolvidas ou aperfeiçoadas através da prática esportiva inspirada em seus atletas.

As falas a seguir contemplam situações em que a iniciação à prática do judô interfere na promoção de resiliência dos adolescentes entrevistados:

O judô é um esporte né, pra conquistar medalha, é bom físico, saúde e melhorar minhas notas, tá melhorando, o que mudou depois foi meu estudo, é... parei também de jogar bola na rua, que eu jogava (Ashi).

Com esse exemplo dela (Sarah) melhorou meu comportamento, e ajudo minha família, o judô é muito bom e ajuda meu melhoramento na escola. É lutar, competir, é muito bom pra mim (Soto).

Rapaz pra mim judô é aprender, ter disciplina essas coisas do dia-a-dia (Sode).

As notas melhoraram, as amizades ficou melhor, conheci mais pessoas, e como tinha as das aulas agora tenho várias amigas (Hane).

A prática de atividade desportiva contribui positivamente para o desenvolvimento de diversos aspectos psicológicos e sociais, tendo benefícios a nível físico. Constatou-se que a prática do judô contribuiu para o fortalecimento da rede de apoio social e afetivo dos participantes, para a promoção de saúde psicológica dos mesmos, aumentando também diversos fatores de proteção, diminuindo outros fatores de risco e promovendo a resiliência desses adolescentes.

De maneira geral, se pôde constatar que o judô contribui para o desenvolvimento psicossocial dos adolescentes, para a promoção de saúde psicológica dos mesmos e a influência do ídolo é um fator primordial para que haja a iniciativa do adolescente em buscar a prática e dar continuidade a mesma, bem como a aquisição da responsabilidade e disciplina que são fatores primordiais para torná-los resilientes.

4. Conclusão

A conclusão que podemos chegar, é que a iniciação dos adolescentes à prática do judô lhes trouxe benefícios em diversos fatores. Começa na percepção que possuem sobre a modalidade, veem como algo promissor que lhes permite melhoras no comportamento em casa, na escola, na vida como um todo. O interesse pela atividade física é notório, e faz muito bem à saúde, são hábitos que levarão para o resto de suas vidas, além de contribuírem para formação da identidade e redução da vulnerabilidade desses adolescentes praticantes.

O esporte atuando como facilitador das relações interpessoais auxilia na ampliação das redes sociais, como relatado por alguns adolescentes que ao entrarem no projeto conheceram mais pessoas, aumentando seu ciclo de amizades. Pertencer a um grupo, ser aceito e valorizado por suas qualidades e defeitos, nessa idade, é algo muito importante. O judô pode ser o local onde o indivíduo será integrado a um grupo, semelhante a ele.

Nesse contexto, foi possível identificar, que os adolescentes utilizaram esse ídolo (seja ele quem for) como modelo a ser seguido, e passam a estabelecer metas para suas vidas, desde a iniciação prática à conquista da medalha, alimentando sonhos relacionados a esse esporte, e assim acabam descobrindo algo em que são bons e que lhes oferece uma oportunidade de sonhar com um futuro melhor.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A graduação do Judoca

A graduação dos judocas é feita através de suas faixas, sendo branca, cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom para as primeiras graduações, sendo considerada as menores, logo após essas já começam as seguintes graduações:

  • Preta – 1º Dan
  • Preta – 2º Dan
  • Preta – 3º Dan
  • Preta – 4º Dan
  • Preta – 5º Dan
  • Vermelha e Branca – 6º Dan
  • Vermelha e Branca – 7º Dan
  • Vermelha e Branca – 8º Dan
  • Vermelha – 9º Dan
  • Vermelha 10º Dan

Não existe um metodo de graduação, existem alguns judocas que conseguem se desenvolver rapidamente, já outros demoram um tempo até conseguirem mudar de faixa

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Elementos técnicos do Judô


Para ensinar as técnicas do judo para iniciantes o caminho é fazer uma sequencia pedagógica correta, onde irá facilitar assimilação dos conhecimentos e objetivos a serem atingidos. Primeiramente citaremos uma sequencia que profissionais podem seguir no treinamento da luta para iniciantes, começando pela saudação, técnicas de quedas e amortecimentos (rolamentos), técnicas de projeção ( derrubar o adversário), técnicas de imobilização.

Saudação
A saudação é um ritual oriental e faz parte no judo e deve ser feita em todo local que se for praticado a modalidade tanto no inicio como no fim do treino . existem dois modos de saudações: 
Em Pé: Pode ser feito a qualquer momento apropriado menos quando atividade é realizada no solo.
Ajoelhado: É  feito quando as atividades são realizadas no solo.




Rolamentos
As técnicas de rolamentos são ensinadas aos alunos para facilitar posteriormente o desenvolvimento das técnicas de projeção com maior segurança, pois o iniciante irá aprender a "cair de uma maneira certa" e isso diminui o risco de ocorrer a acidentes. São várias as técnicas de rolamentos que podem ser tanto para trás  (deitado ou sentado), De cócoras, De pé, Lateral (deitado ou sentado), para frente por cima dos ombros, ajoelhado, agachado, de pé.

Para trás
Deitado: Decúbito lateral (deitado de lado), pernas flexionadas, solas dos pés apoiadas no tatâmi, braços estendidos com as mãos em pronação ( palma da mão para baixo), apoiados no solo, e afastados um palmo pelo menos das pernas.

Execução: Elevar os braços e bater no tatâmi ao mesmo tempo, do jeito e no mesmo lugar onde na posição inicial. Esse degrau ser utilizado apenas na primeira aula, com objetivo de fixar de modo definitivo a batida das mãos no solo.

Sentado: Pernas juntas e estendidas, braços estendidos a frente, na altura dos ombros.

Execução: Deitar elevando as pernas semi-flexionadas, batendo com as mãos conforme o exercício anterior, voltando a posição inicial, sem tocar a cabeça no tatâmi. Se o aluno tiver alguma alguma dificuldade em mante-la afastada do chão, deve encostar o queixo no peito, até que consiga firmá-la na posição correta.   

De cócoras: Braços estendidos a frente, na altura dos ombros, pernas flexionadas em afastamento lateral ( "dedão apontado para fora").

Execução: Rolar para trás, executando o movimento igual aos exercícios anteriores.

De Pé : Braços estendidos a frente na altura dos ombros, pernas em afastamento lateral.

Execução: Passar pela posição agachada, rolando para trás repetindo os mesmos movimentos dos exercícios anteriores, voltando a posição inicial.

Lateral
Deitado: Decúbito dorsal ( deitado de costas), mãos a altura da faixa, pernas flexionadas com os pés apoiados no tatâmi. 

Execução: Rolar para o lado direito, batendo com o braço no tatâmi, com a palma da mão voltada para baixo e posicionada no mínimo a um palmo de distancia da perna, permanecendo a mão esquerda na posição inicial. Rolando para o outro lado, bate-se com o braço esquerdo e a mão direita fica na faixa. A prática desse rolamento deve ser feita com movimentos alternados e contínuos. A cabeça não pode encostar no tatâmi. Esse degrau deve ser utilizado apenas na primeira aula.

Sentado: As pernas estendidas a frente, da mesma maneira que o braço direito, indicando ao iniciante para que lado que vai cair e o braço em que vai bater. A mão esquerda na altura da faixa ou do peito.

Execução: Com um desequilíbrio lateral para a direita, vai-se ao chão, caindo na mesma posição do do exercício anterior. Ao cair, podem-se elevar um pouco as pernas, para tornar mais suave a batida do corpo no solo. Para o lado esquerdo, faz-se o movimento oposto.

De Cócoras: Pernas flexionadas em afastamento lateral, braço direito estendidos a frente, na altura dos ombros.

Execução: A perna direita passa a frente da esquerda, rente ao tatâmi. Com o desequilíbrio lateral, vai-se ao chão, caindo na mesma posição do degrau anterior. Para o lado esquerdo, faz- se o movimento oposto, com a perna esquerda passando pela frente da direita.

De Pé : Pernas em afastamento lateral, braço direito estendido a frente, na altura dos ombros.

Execução: A perna direita passa a frente da esquerda, que se flexiona. com o desequilíbrio, vai-se ao chão, da mesma maneira que nas atividades anteriores. Para o outro lado, troca-se a posição dos braços, e, na execução, a perna esquerda passa a frente da direita.

Para Frente
Ajoelhado: Ombro direito apoiado no tatâmi, braço direito estendidos lateralmente, com as palmas da mão virada para cima. A cabeça, virada para o lado oposto e encostada no tatâmi. A palma da mão esquerda apoiada no chão, ao lado da cabeça, um pouco acima do ombro esquerdo. Para lado esquerdo faz-se mesma coisa para lado contrario.

Execução: Impulsionar com as pernas o corpo para frente , rolando por cima do ombro direito, caindo na posição do rolamento lateral. Para o outro lado, inverte-se a posição. O braço que vai bater no tatâmi, é sempre o do lado para está virada, ou seja o que está com palma da mão apoiada. Para lado esquerdo é igual o movimento.

Agachado: Pernas em afastamento lateral, com a direita um pouco a frente da esquerda. Palma da mão esquerda apoiada no tatâmi, a frente da perna esquerda e no prolongamento lateral da outra perna. Braço direito em forma de arco, apoiado pelo dedo mínimo, entre o braço esquerdo e a perna direita, com a mão em forma de cutela e voltada para trás. Cabeça virada para o lado esquerdo, por cima do ombro.


Execução: Igual ao exercício anterior.

De pé: Dá-se um passo a frente, com a perna direita, flexionando o joelho e o tronco para apoiar o braço direito em forma de um arco, do mesmo modo do degrau anterior. A perna esquerda praticamente estendida para trás, a mão esquerda apoiada no tatâmi, formando um triangulo com os pés e cabeça, na mesma posição da atividade anterior.

 Execução: Impulsiona-se com as pernas o corpo para frente , jogando a esquerda para cima,  rolando do mesmo modo, e caindo na mesma posição da atividade anterior. 

Técnicas de Projeção 
As técnicas de projeções são movimentos que visam derrubar o adversário no tatâmi para vencer as lutas devem ser treinados em ambos os lados. As técnicas de projeção adequadas para uma iniciação, veja alguns exemplos:


O-Soto-Gari
É a técnica mais indicada para se usar como primeiro golpe a ser ensinado e foi essa que usamos em aula, pois ela inibe o medo da queda, é uma movimentação simples de quadril e de membros inferiores e a dupla pode ajudar o seu companheiro a diminuir o impacto com solo. veja a imagem para exemplificar melhor:


O- Goshi
O- goshi é uma técnica um pouco mais complexa que o O-soto-gari pois o aluno que está sendo golpeado perde o contato com solo, o movimento que um dos iniciantes fazer é levantar seu companheiro com quadril e com parte posterior do corpo, fazendo uma "cama de gato" no adversário. veja a imagem para exemplificar melhor:


Técnicas de imobilização
As técnicas de imobilização como nome já diz serve para imobilizar o adversário quando este se encontra no solo, deve segura-lo de costas sem que ele consiga tirar totalmente as costas do tatâmi. veja a imagem para exemplificar melhor:

Hon-Kesa-Gatame

Kuzure-kesa-Gatame
Yoko-Shiho-Gatame


  
Kami-Shiho-Gatame


Obs: Existem várias outras técnicas tanto de imobilizar e projeções, mas trouxemos alguns exemplos que podem ser trabalhados na iniciação.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Judocas recebem US$ 10 mil por liderança no ranking


Rafael Silva, Mayra Aguiar e Sarah Menezes receberam um grande presente atrasado de Natal nesta quinta-feira. Isso porque a Federação Internacional de Judô (IJF) anunciou uma premiação de US$ 10 mil (cerca de R$ 24 mil) para cada um judocas que terminaram o ano de 2013 como líderes de suas categorias.

Sarah Menezes é uma das principais judocas do Brasil - Marcos Arcoverde/Estadão

A premiação chega como incentivo extra a atletas como Teddy Riner. O francês, melhor judoca da atualidade, pouco compete. Usualmente, disputa o Mundial, a Olimpíada, o Campeonato Europeu e o Grand Slam de Paris, apenas. Mesmo invicto no Circuito desde 2008 (perdeu apenas na categoria aberto, que não tem ranking), ele não é o líder dos pesos pesados, posto que pertence a Rafael Silva.

No masculino, vão receber a premiação dois atletas da Mongólia, um do Azerbaijão, um da Geórgia, um de Cuba e outro do Japão, além de Rafael. Entre as mulheres, serão premiadas judocas de Kosovo, Israel, Alemanha, Holanda e Cuba, além de Mayra e Sarah. Rafaela Silva deu azar e ficou sem a liderança da sua categoria por meros 36 pontos. Tem 2.138, contra 2.174 da alemã Miryam Roper.

Em seu site oficial, a IJF destaca que, em 2013, o Circuito Mundial de Judô distribuiu 2 milhões de dólares em premiação. E que o Mundial e o Masters tiveram 200 mil dólares para serem divididos pelos seus campeões.