quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A lateralidade no Judô

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    Nos primeiros meses de vida, a criança é ambidestra, ou seja, tem habilidade com as duas mãos. A definição final da só irá ocorrer entre os 6 e os 8 anos. Muito antes disso, porém, a criança já começa a mostrar certa preferência pelo uso de uma das mãos.

    Quem comanda a lateralidade é o cérebro. Cada um de seus dois lados controla os movimentos da parte oposta do corpo. Assim, a mão e o pé esquerdos são acionados pelo hemisfério cerebral direito, e vice-versa. Nos destros, o hemisfério dominante é o esquerdo, enquanto nos canhotos é o direito. Apesar disso, ela também pode ser influenciada pelos hábitos sociais, dessa forma constitui um elemento importante da adaptação psicomotora.

    Outro ponto importante a respeito da lateralidade é que, apesar de inata, a preferência por uma das mãos, por um dos pés ou por um dos olhos (sim, embora muita gente não saiba, também temos um olho dominante) vai se instalando progressivamente. A dominância de uma das mãos, para Le Boulch (1982), inicia-se a partir dos dois anos de idade, durante um período denominado por ele como "discriminação perceptiva", que se elabora na criança a predominância lateral, contudo porem, a lateralidade só pode ser definida na criança, após os cinco anos de idade.

    Para Coste (1981), a dominância lateral só se desenvolverá "a partir do momento em que os movimentos se combinam e se organizam numa intenção motora" (p. 64), impondo-se dessa forma, a lateralidade por intermédio das experiências e da complexidade dos movimentos vividos pela criança.

    Com efeito, a lateralização participa em todos os níveis de desenvolvimento da criança, só se instalando definitivamente após a criança ter passado etapas de processo de desenvolvimento: a montagem do esquema corporal, que organiza as percepções totais, visuais e os movimentos coordenados; e a estrutura espacial que ajuda a criança a discriminar a sua direita e esquerda, frente-trás, por meio das percepções de espaço adquiridas no seu movimentar-se cotidiano.

    Não deve-se confundir lateralidade e conhecimento "direito-esquerdo", uma vez que a primeira é a dominância de um lado em relação ao outro, enquanto o conhecimento direito-esquerdo é domínio dos termos "direito" e "esquerdo". O conhecimento "esquerda-direita" decorre da noção de dominância lateral. É a generalização da percepção do eixo corporal, a tudo que cerca a criança, esse conhecimento será mais facilmente apreendido quanto mais acentuada e homogênea for à lateralidade da criança. Com efeito, se a criança percebe que trabalha naturalmente "com que mão", guardará sem dificuldade que "aquela mão" é esquerda ou direita.

    Um ponto interessante quando se trata de lateralidade e aprendizagem motora é a transferência bilateral de aprendizagem, um fenômeno que "demonstra nossa capacidade de aprender uma determinada habilidade com mais facilidade usando uma das mãos ou um dos pés, depois de já termos aprendido habilidade coma mão ou o pé oposto" (MAGILL, 2000, pág.176).

    A transferência bilateral de aprendizagem pode ocorrer no sentido do membro preferido para o não preferido ou vice-versa. Existe uma questão intrigante que envolve tais direções. Alguns autores, como Magill (2000), por exemplo, defendem que a transferência acontece em maior quantidade quando o membro de precedência é o membro preferido, levando em consideração a motivação. Ele afirma que a prática inicial do membro preferido tem uma grande probabilidade de levar a tipos de sucesso que encorajarão a pessoa a continuar a perseguir a meta da competência no desempenho da habilidade. Por outro lado, o autor destaca que existem autores que defendem que a transferência é maior quando se tem o membro não preferido como precedente; esta hipótese é justificada através da afirmação de que se foi possível a aprendizagem com o membro não preferido, será mais fácil de se aprender com o preferido. Porém, não há provas concretas de que uma das duas teorias é melhor que a outra

    Na prática esportiva, o desenvolvimento bilateral é um aspecto importante do processo de aprendizagem, e promover esse desenvolvimento é responsabilidade do profissional de Educação Física, como também possibilitar a transferência bilateral no processo de aprendizagem motora.

    De acordo com Schmidt (2010), a transferência é uma noção particularmente importante para professores preocupados com o planejamento da prática e com a eficácia da aprendizagem. Ensinar para a transferência, ou organizar a prática e a instrução para facilitar a transferência de aprendizagem é um importante objetivo para a maioria dos programas instrucionais.

    Dentro do Judô, a dominância lateral definirá o lado mais eficiente do judoca para a aplicação das técnicas, e a prática dos ukemis poderá ajudar a desencadear melhor o processo de conhecimento direito-esquerdo.

    É fácil perceber que um judoca que passou por um bom processo de desenvolvimento bilateral, e por um trabalho qualificado de transferência bilateral de aprendizagem, terá maior destaque entre os demais, uma vez que terá condições de aplicar as técnicas das formas mais variadas e imprevisíveis o possível.

Publicado em 02/01/14 e revisado em 19/12/18

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Treinamento intenso no Judô é indicado para as crianças?



A gente sabe que o desempenho de grandes atletas,em qualquer esporte incentiva a prática e crianças e adolescentes. fazendo com que deixem de lado o sedentarismo

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Mas será que essa prática do Judô pode trazer prejuízo ou só traz vantagem? Sem duvida, a prática do esporte bem dirigida proporciona inúmeros benefícios  desde os primeiros anos de vida. Para favorecer o crescimento, porém, o esporte precisa respeitar a idade e as fases do desenvolvimento da criança. Já a opção por um treinamento intenso deve ocorrer, em geral, bem mais tarde.

Quando se opta pelo esporte como forma de competição, é preciso analisar três aspectos dos esforços físicos: o cardiocirculatório, o psíquico e o osteomioarticular. No primeiro tipo de esforço, encontramos os maiores prejuízos à prática competitiva em idade precoce indevida. Os músculos submetidos precocemente a trabalhos intensos podem se hipertrofiar ou mesmo se retrair, levando a compressões no nível dos ossos e a desequilíbrios articulares.

É que o Judô tenha um caráter lúdico, associado ao desenvolvimento psicomotor da criança. Quando está competindo, a criança busca extrapolar seus próprios limites. Com isso, a criança corre o risco de perder o parâmetro do bem-estar

Outro problema está no fato de a criança ser exposta a uma situação que demanda maior maturidade do que aquela que possui para enfrentá-la.

Responsáveis devem ficar atentos a sinais de insatisfação dos filhos com a prática esportiva: Esses sinais vão variar. Os pais podem observar como as crianças se comportam momentos antes, durante e após a prática da atividade e se expressam algum tipo de descontentamento.

A prática do Judô é ótima para crianças. Invista nisso, com os devidos cuidados.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

A prática do Judô




A faixa branca é a do principiante, passando depois para cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom e preta. Depois da preta, tem ainda o dan (grau) da coral e da vermelha. O atleta atinge a faixa preta quando está no máximo de seu vigor físico, na juventude e depois passa a aprimorar a força mental e espiritual na maturidade.

O praticante de judô melhora o condicionamento físico e ganha força, pois os golpes trabalham todos os músculos, especialmente das pernas, braços e abdômen. Dá agilidade de raciocínio e ação, melhora a elasticidade e a resistência.

Além disso, destaca-se por ajudar a pessoa a ter mais disciplina, espírito de companheirismo, lealdade e concentração. Prova disso é que, no Japão, o judô é uma das disciplinas obrigatórias na academia militar (marinha, aeronáutica e exército), por colaborar no desenvolvimento destes valores.

Para alcançar todos os benefícios, é recomendável a prática pelo menos três vezes por semana, em aulas de uma hora e meia, que chegam a queimar cerca de 800 calorias.

Porém, antes de se inscrever em uma academia para treinar, procure conhecer o histórico do professor e se ele está filiado à Confederação Brasileira de Judô ou a uma federação estadual.

Benefícios na prática do judô

- Desenvolve o corpo;
- Desenvolve a agilidade, equilíbrio, velocidade, coordenação e a flexibilidade;
- Desenvolve a disciplina;
- Desenvolve a capacidade de analisar a realidade que o cerca;
- Desenvolve os valores como honestidade, humildade, solidariedade e respeito;
- Fortalece a parte espiritual.

Riscos

Se praticado regularmente e na presença de um professor devidamente qualificado, o judô oferece poucos riscos. Porém podem ocorrer lesões como: luxações, entorses ou estiramento muscular.

Quem pode praticar

Para quem quiser ser um judoca profissional, o ideal é começar cedo. Já para quem quer melhorar o condicionamento físico, o judô pode começar a ser praticado em qualquer idade e de preferência após uma avaliação médica.

quinta-feira, 22 de março de 2018

13 dicas para crianças em competições de Judô



Olha só as dicas que o Judoquinhas preparou para que tudo de certo nesse dia e que você possa se divertir sabendo  como se comportar em uma competição!

Dica 1: Durma cedo na noite anterior.

Para não se atrasar e se sair melhor nas suas lutas durma cedo no dia anterior.

Dica 2: Confira seus materiais antes de sair de casa.

Veja se você colocou na sua mala o seu judogi completo, com a faixa, o chinelo, sua água e seus documentos. No local você terá que descobrir onde você deve se identificar e permanecer até as suas lutas. Então chegue cedo.

Dica 3: Permaneça em pé durante a execução do Hino Nacional.

Fique em pé e deixe os braços ao longo do corpo ou leve a mão direita ao peito. Não é obrigatório, mas é recomendado que se volte à bandeira. Na dúvida, não aplauda ao final da execução do hino.

Dica 4: Cumprimente direito.

Cumprimente direito na hora de entrar e sair da área de luta e cumprimento direito o seu adversário antes e depois da luta. Você já conhece a etiqueta do judo. Esta é a hora de usar o que aprendeu. Nada de cumprimentar de qualquer jeito.

Dica 5: Respeite seus adversários.

Nada de gracinhas, nada de zombar, provocar, xingar ou achar que você é melhor do que os outros. Mesmo que você seja mais forte, maior, mais graduado, nada te garantirá a vitória e o seu adversário sempre pode surpreender.

Dica 6: Lute limpo e para vencer.

Aplique os golpes com a intenção de derrubar o seu adversário. Nunca aplique os golpes fazendo corpo mole, distraído ou de qualquer jeito. Assim você corre o risco de levar um contragolpe e perder a luta facilmente. Sempre entre ara vencer. Mas atenção: na luta não vale tudo. A luta tem regras. Nada de golpe sujo. Ganhe as lutas aplicando os golpes que você treinou.

Dica 7: Respeite o resultado da luta.

Isso é muito importante. Se você venceu, não seja exagerado na sua comemoração. Nada de dar pulos, gritar, bater no peito, fazer gestos e dancinhas. Apenas cumprimente o seu adversário e saia da área de luta. Se você perder, nada de cara feia, ou reclamar com o arbitro. Ah, e nada de chororo e lamentações. Perder também faz parte, aprenda com a derrota.

Dica 8: Leve algo saudável para comer.

Leve uma fruta, um lanche e um suco ou água de coco.

Dica 9: Não fique na frente dos outros, nem fale palavrões.

É muito feio e chato ficar atrapalhando as pessoas na arquibancada. Não fique correndo no meio das arquibancadas, não suje, nem quebre e não pegue nada que pertença ao local. Não importa se você é um campeão, judoca deve ser judoca dentro e fora do tatame.

Dica 10: Permaneça de uniforme e chinelos.

Você conhece a etiqueta do judo.Nada de andar sem camisa, com a faixa no pescoço ou descalço.

Dica 11: Organize e cuide do seu material.

Não deixe as suas coisas espalhadas. Você pode perder ou alguém pode roubar. Guarde tudo direitinho na sua mochila e deixe sua mochila com alguém da sua confiança enquanto você luta.

Dica 12: Assista outras lutas.

Aprenda com outros judocas e torça para os seus colegas.

Dica 13: Apoie seus amigos.

Comemore as vitórias dos seus amigos e tenha sempre uma palavra que fortaleça aqueles amigos que não se sairá muito bem desta vez.

O campeonato é um tipo de treinamento. Use o seu resultado como material para aperfeiçoar o seu judo.

Retirei daqui

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A fisiologia do Judô




Para prescrição de treinamentos para qualquer modalidade esportiva devemos ficar atento aos aspectos fisiológicos que elas possuem, e no judo não é diferente, na preparação física dos atletas dessa arte marcial, os profissionais devem saber algumas características importantes, os professores tem que preparar treinos com base no esforço/pausa, pois o judo é uma modalidade intervalada. Exemplo: tempo do exercício: 5 minutos, com isso a cada 15 segundos de esforço intenso o atleta deve ter uma pausa de 30 segundos, esse tipo de treino pode ser para ambos os sexos e o período de pausa é melhor que seja ativa, assim não abaixa tanto a frequência cárdica

Outro ponto que os professores devem levar em consideração são os sistemas energéticos do organismo humano, que são sistema ATP-PC, Glicolítico, Oxidativo. O sistema ATP-PC é utilizado nos primeiros 10 a 12 segundos onde a reciclagem do ATP (energia) se da de 2 a 2 segundos, o sistema é conhecido como anaeróbico alatico, onde se tem uma potencia explosiva muito grande e pouca resistência para trabalhos de longa duração. Sistema Glicolítico, como o nome já diz é o sistema que usa glicose como fonte de energia, ele é utilizado nos primeiros 30 a 45 segundos de exercício, é também conhecido como anaeróbico latico, onde sua potencia é menor que o ATP-PC, mas sua resistência é maior. Por ultimo vem nosso sistema Oxidativo ou sistema aeróbico, esse é utilizado de maneira infinita tanto no repouso como em atividade, para treinos utilizamos em exercícios com grande duração de tempo e baixa intensidade e o aconselhável é utilizar em dias que não terá exercícios específicos de alta intensidade para judo ou para qualquer modalidade de lutas. Observação: Os três sistemas são utilizados simultâneos, mas nos tempos descritos a cima um é predominante sobre o outro.