terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Prática do judô auxilia idosos a prevenir fraturas em quedas

Brasileiros estreiam no World Judô Masters, última competição do ano |  Agência Brasil

Muitos idosos sabem dos grandes riscos que sofrer uma queda representa. Poucos, porém, conhecem uma das formas mais eficazes de evitar os problemas que cair provoca entre pessoas com mais de 65 anos. A prática de artes marciais, como judô e aikido geram um duplo benefício aos mais velhos. Além de aumentar o tônus muscular, que se perde progressivamente ao longo dos anos, as lutas orientais ensinam técnicas de queda. Quando aprende a cair, o idoso reduz as consequências do acidente: já não acontecem tantas fraturas na queda.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Os tipos de Kata no Judô


Ju-no-kata – Wikipédia, a enciclopédia livre
 
Katas do judô é o conjunto das técnicas fundamentais, um método de estudo especial, para transmitir a técnica, o espírito e a finalidade do judô. Segundo o mestre Jigoro Kano: "Os katas são a estética do judô, sem o qual é impossível compreender o alcance." O kata oferece ao randori as razões fundamentais de cada técnica.

No treinamento do Kata, a maioria dos judocas como "Tori" (pessoa que aplica as técnicas) não aplicam com convicção e o "UKE" (pessoa que é projetada) muitas vezes projetam-se propositadamente no Kata. É sabido que, nos primórdios, o Judô ainda se encontrava fundido com o Ju Jutsu, para a sociedade japonesa, em 1883 aproximadamente, e a brasileira em 1914, Judô e Ju Jutsu eram a mesma arte, com os mesmos golpes e princípios.

Para isso Jigoro Kano inicia a criação dos Katas em 1890, as formas que seriam as técnicas padronizadas do Judô, e em 1956, chega ao Brasil Yoshio Kihara incumbido pelo KODOKAN de implantar aqui o Nague no kata buscando a separação definitiva entre o Judô e o Ju Jutsu. O Nague no kata, como dissemos é composto por 5 grupos de 3 técnicas cada.
 

 

TE WAZA KOSHI WAZA ASHI WAZA MAE SUTEMI WAZA YOKO SUTEMI WAZA
Uki Otoshi Uki Goshi Okuri Ashi Harai Tomoe Nague Yoko Gake
Ippon Seoi Nague Harai Goshi Sassae Tsuri Komi Ashi Ura Nague Yoko Guruma
Kata Guruma Tsuri komi Goshi Uchi Mata Sumi Gaeshi Uki Waza

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

O Judô como filosofia de vida

Judô Olímpico em Tóquio 2020: cinco coisas que você deve saber

Muitos pais procuram o Judô para dar disciplina aos seus filhos. E, embora muitos possam achar uma lenda, isso acontece por causa da filosofia única do Judo que oferece dos seus praticantes, além de ser um desporto de defesa pessoal,  a possibilidade de superarem as suas próprias limitações físicas, mentais e espirituais.

No fundo, este confronto desportivo entre dois judocas , recorre à "não resistência" para controlar, desequilibrar e vencer o adversário com um esforço mínimo. Ao contrário do "jujutsu", onde o objectivo primordial de qualquer combate era vencer, o judo é, em primeiro lugar, uma actividade física com uma forte componente educativa, racional, objectiva e eficaz. O uso da inteligência é estimulada, principalmente no sentido de um judoca utilizar a própria força e peso do seu oponente contra ele. Nas palavras do Mestre Jigoro Kano: "o judo é a arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual e a vitória representa um fortalecimento espiritual".

Os 3 princípios

O Mestre Jigoro Kano estruturou toda a modalidade em torno de três princípios fundamentais que resumidos são "máxima eficácia, mínimo esforço" e "prosperidade e benefícios mútuos".

  1. Princípio da Máxima Eficácia do Corpo e do Espírito ("Seiryoku Zen'Yo") – tratar e fortalecer o corpo, a mente e o espírito, mantendo-os sempre saudáveis, para que nos possam servir de forma racional, inteligente e utilitária, não só nas lutas de judo, mas em todos os aspectos do nosso quotidiano.
  2. Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos ("Jita Kyoei") – o progresso pessoal está intimamente ligado à solidariedade humana e à entreajuda, só assim é que nos tornamos atletas e humanos completos.
  3. Princípio da Suavidade ("Ju") – apesar de directamente ligado ao plano físico, este princípio deve ser utilizado inteligentemente, ou melhor, a força deve ser racionalizada, para não ser de mais, para não tornar a luta violenta.

Valores ensinados

O judo é, acima de tudo, uma escola de valores, onde se procura ensinar os atletas a serem cidadãos, que vivem em harmonia com a sociedade, sempre com respeito pelo próximo. O seu progresso é medido com base nas três componentes da modalidade:

  • "Shin" – o espírito: os atletas são ensinados a respeitar todo o ritual que envolve o judo, tornando-os assim cidadãos mais atentos e mais pacientes. A força mental e o verdadeiro espírito judoca está no respeito pelos adversários, em saber aquilo que se quer e que se está a fazer.
  • "Ghi" – a técnica: o atleta de judo aprende uma enorme diversidade de técnicas de ataque e de defesa, que só praticando e repetindo é que aperfeiçoa. É nesta fase que também aprende os três princípios da modalidade.
  • "Tai" – o valor do combatente: a aprendizagem das técnicas do judo e o desenvolvimento da força mental conferem ao atleta as capacidades necessárias para ser considerado um verdadeiro e eficaz combatente.

O Código Moral

Precisamente porque o judo é muito mais do que uma modalidade desportiva, uma luta ou uma arte marcial, tem o seu próprio código moral, que deve ser aplicado em todos os aspectos da vida de um judoca.

  • Amizade: o respeito, a sinceridade e a modéstia são a base para construir laços de amizade com aqueles que o acompanham nesta escola de vida. 
  • Auto-controlo: controlar as emoções e os impulsos, principalmente os negativos, mantendo-se concentrado nas suas capacidades e naquilo que tem de ser feito.
  • Coragem: no judo (tal como na vida) ser corajoso implica saber começar uma coisa, ter a força para continuar, mesmo sem resultados à vista, e nunca desistir, ter sempre esperança.
  • Cortesia: existem um conjunto de regras e de etiquetas que devem ser respeitadas; o judoca tem de ter sempre consciência das suas atitudes e consequentes resultados.
  • Honra: ser digno consigo próprio e com os outros; dar o melhor de si e fazer por ganhar, mas não procurar a vitória a qualquer custo.
  • Modéstia: saber ganhar, saber perder, ser humilde e despretensioso em ambas as situações e, acima de tudo, com os seus colegas.
  • Sinceridade: saber ser verdadeiro e exprimir-se genuinamente, o que implica um grande conhecimento e aceitação de si próprio.
  • Respeito: talvez o valor mais importante do judo e da vida; é essencial respeitar-se a si, aos outros atletas, ao professor, àquilo que se passa no tapete. Só com respeito é que há confiança, verdade e amizade.

A importância do cumprimento

O judo é regido pelo respeito, cortesia e amizade mútua – valores que se expressam através de dois "cumprimentos" ou "saudações". A saudação ou "Rei-ho" é o sinal máximo de respeito no judo e pode ser realizada em pé ("Ritsu-rei") ou ajoelhada ("Za-rei"). A saudação deve ser efectuada por cada judoca sempre que entra e sai do "dojo", sempre que pisa e que deixa o tapete, sempre que inicia e termina uma aula, sempre que começa e termina um treino com um colega, no início e no fim de cada prova.

Com ajuda de  LutasMarciais.com

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

A iniciação no Judô competitivo



O receio de lutar com gente diferente; o medo de falhar e não corresponder às expectativas da sua equipe são comuns entre os principiantes e quem sabe até entre veteranos, mas são sentimentos que devem ter limites para se ter uma boa competição.

É preciso que pessoas que dirigem o judô como atividade física, como esporte, como educação, sejam suficientemente preparadas e bem informadas sobre os aspectos fisiológicos e pedagógicos da criança em desenvolvimento.

Essa conotação e a orientação somente competitiva vêm prejudicar a evolução natural das crianças, que são forçadas a competir muitas vezes precocemente, o que as leva em pouco tempo a abandonar o judô.  É notória a preocupação dos professores e dirigentes com os resultados e o pódio de minicampeões.

É preciso se chegar ao domínio de habilidades e para isso, o processo é longo. As experiências com habilidades básicas são de fundamental importância. Infelizmente, quando se trabalha com habilidades esportivas, é dada uma ênfase excessiva ao produto tem-se e pouca preocupação com o processo. Dar ênfase ao "ser capaz de", e não levar em consideração o que foi feito para ser "capaz" leva frequentemente ao imediatismo. Como a própria palavra indica, não é capaz de esperar, mas esperando, sim, resultados de alto rendimento no curto prazo.

Temos que ter uma especial atenção às características físicas que determinam as possibilidades da criança na execução de tarefas motoras, como um meio de favorecer o desenvolvimento físico, afetivo e social, fundamentado no aprendizado das habilidades motoras básicas e variadas. Devem ser utilizados movimentos de forma diversificada, tais como: a consciência do corpo, consciência do espaço, equilíbrio, lateralidade, coordenação e movimentos e tarefas motoras aplicadas ao judô. Deve-se observar especificamente o aprendizado minucioso das quedas e suas variações, os rituais próprios da modalidade, a disciplina, o respeito, enfim os comportamentos no convívio social, dando à criança um conhecimento do judô que corresponda às suas capacidades fisiológicas e, sobretudo, psicológicas.

Os erros de desempenho são muitas vezes esquecidos no processo ensino/aprendizagem de habilidades motoras – no caso, a habilidade judô – por professores que não respeitam os limites da capacidade de processamento de informação dos alunos. Frequentemente se dirigem ao imediatismo, transmitindo informações que ultrapassam as capacidades dos alunos, e esperam sucesso em curto prazo. Para esses professores só interessa o resultado e não o processo de aprendizagem. A preocupação do "já e agora" e a pressa em vencer competições com crianças fisiologicamente e psicologicamente imaturas não favorecem de modo algum o desenvolvimento físico, afetivo e social da criança.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Equipe de Judô para Toquio 2020 é definida!


A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou no início da tarde desta quarta-feira (16) os 13 nomes que irão representar o Brasil na Olímpíada de Tóquio Japão). A única das 14 categorias de peso brasileiras é a leve feminino (até 57quilos) - a atual campeã Rafaela Silva está suspensa por doping

Sete judocas estreiam nos Jogos na edição de Tóquio, três a mais em relação à Rio 2016:  Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg), Gabriela Chibana (46kg) e Larissa Pimenta (52kg).

Por outro lado, o país diminuiu a quantidade de cabeças de chave. Há cinco anos foram seis atletas e em Tóquio 2020 serão cinco: Rafael Silva (+100kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).

Boa sorte, pessoal!

Fonte: CBJ


segunda-feira, 17 de maio de 2021

A iniciação do Judô na pré-escola e seus benefícios

Judô infantil, aulas de iniciação e prevenção de acidentes pautam reunião  online – 7ª DELEGACIA
 
O judô tendo suas origens nas artes orientais incute a idéia de disciplina, autocontrole e competitividade, sendo um dos esportes procurados pelos pais para a iniciação esportiva de seus filhos.

As crianças precisam estar sempre em movimento à procura de novas oportunidades, desafios e obstáculos. Em contrapartida a movimentação é uma necessidade para o desenvolvimento motor, porém deve-se levar em consideração que crianças ainda encontram-se em crescimento e desenvolvimento, submetidos constantemente a influências e alterações físicas, cognitivas e sociais.

Sendo assim, o Judô pode equivaler-se de variados complementos da atividade física, promovendo a sua iniciação conforme a faixa etária específica. Baseando-se nos princípios pedagógicos de aplicação, uma vez que estes aconselham atividades lúdicas generalizadas, enfocando e estimulando o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, ou seja, os movimentos naturais, possibilitando a criança tal progressão em relação ao seu desenvolvimento.

Enquanto esporte, o Judô se utiliza de amplos princípios motores, uma vez que as técnicas baseiam-se em quedas, projeções, imobilizações e restrições articulares, explorando amplos movimentos locomotores (andar, correr, rastejar), movimentos estabilizadores (giros, movimentos axiais, equilíbrio), movimentos manipulativos (arremessar, segurar, soltar) e ainda a combinação destes movimentos de uma maneira complexa.
 
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO JUDÔ
 
Poderoso instrumento da Educação Física no desenvolvimento das:
 
  • Habilidades MOTORAS
  • Desenvolve o AUTOCONTROLE
  • Melhora a AUTOCONFIANÇA
  • Trabalha a DISCIPLINA
  • Valoriza o RESPEITO
  • Ensina a HIERARQUIA
  •  

Prof. Roderjan Yuri de Oliveira

domingo, 2 de maio de 2021

Golpes de quadril no Judô

Mudança de regras no judô deixou atletas 'cabreiros', admite brasileiro |  Torcedores | Notícias sobre Futebol, Games e outros esportes

Algumas das técnicas são bastante semelhantes, como o Harai Goshi e o Hane Goshi, e como o Utsuri Goshi e o Ushiro Goshi. o vídeo mostra as diferenças.
Mas antes de ver o vídeo, vamos entender um pouco mais sobre estes golpes:
  • Ilustração de um Harai-Goshi
    Ilustração de um Harai-Goshi
    Harai Goshi – Significa "varrendo com o quadril". "Harai" é o termo em japonês para "varrer" e "Goshi" (ou "koshi") é o termo em japonês para quadril. O Harai Goshi é uma técnica onde o tori (quem aplica o golpe) eleva o uke (aquele que recebe o golpe) e após elevá-lo, o derruba varrendo-o do chão com uma de suas pernas. É um golpe de quadril (koshi waza) porque o quadril ajuda o tori a elevar o uke, permitindo que o mesmo fique vulnerável à varredura.
  • Hane Goshi – Significa "brotando do quadril" ou "elevando com o quadril". É uma técnica onde todo o movimento surge no quadril, que joga o oponente para cima, como se fosse um coice. A perna é um elemento secundário desta técnica, que auxilia o quadril a jogar o oponente para cima. Se parece muito com o Harai Goshi porque a perna parece que está varrendo, mas no Harai Goshi a perna varre por fora do oponente, e no Hane Goshi, a perna se posiciona por dentro do oponente, auxiliando o quadril a eleva-lo neste coice.
  • Hane Goshi sendo demonstrado
    Hane Goshi sendo demonstrado
    Utsuri Goshi – Significa "trocando o quadril". É uma técnica de contra-ataque (Gaeshi Waza), onde o tori, ao receber um golpe. joga o uke para cima e "troca" o quadril, passando-o na frente do uke e derrubando-o. É uma técnica difícil por exigir bastante força, mas quem consegue aplica-la se torna um oponente difícil para pessoas que gostam de aplicar técnicas de quadril.
  • Ushiro Goshi - Significa "parte de trás do quadril". É também uma técnica de contra-ataque (Gaeshi Waza), onde o tori, ao receber um golpe, joga o uke para cima com o auxílio do seu quadril, dando uma "barrigada" e deixando-o cair de costas.
  • Daki Age – Significa "segurando e levantando". Esta técnica é conhecida no jiu-jistu como "bate-estaca". É uma técnica bastante eficiente, pois normalmente, quando o uke pula na guarda do tori com este em pé, fica com as coisas vulneráveis para a aplicação desta técnica. Por ser uma técnica forte, se tornou proibida nas competições.
Conhecendo um pouco sobre cada uma das técnicas, vamos agora assistir ao vídeo abaixo, que mostra detalhadamente como cada uma delas é aplicada, algumas variações e dicas interessantes para um bom atleta de Judô e de Jiu-Jitsu:

Veja aqui!

Publicado em 05/06/13 e revisado 11/04/18

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Benefícios do Judô e Jiu-Jitsu para as crianças




Judô e Jiu-jitsu são duas artes marciais que caminham juntas em diversos aspectos, embora tenha as suas diferenças. Porém, quando se trata de crianças, os benefícios de ambas são bem parecidas.

O tatame nas aulas infantis é um ambiente extremamente lúdico. Mas existe hora para tudo. A criança acaba seguindo o exemplo dos alunos mais graduados e aprende a ouvir e prestar atenção em diversos momentos da aula.

Benefícios das artes marciais para crianças para as crianças
  1. Controle muscular;
  2. Aperfeiçoamento do reflexo;
  3. Desenvolvimento do raciocínio;
  4. Equilíbrio mental;
  5. Reforço do caráter e da moral;
  6. Fortalecimento da auto-confiança;
  7. Respeito aos companheiros;
  8. Senso de disciplina e hierarquia;
Um dos principais benefícios para crianças que praticam artes marciais é a disciplina. As referências e os exemplos queeles levam para a formação de seu caráter e personalidade são determinantes para como ele enxergará a vida, cerca-lo de bons exemplos de saúde, ética e respeito pode fazer uma enorme diferença. O professor deve ser um espelho do bem e ajudá-los na educação e formação da criança, guiando-os para o caminho da alimentação saudável, disciplina e superação de dificuldades.

Você é professor de judô e quer aprender um pouco mais sobre Jiu Jitsu? Tenho duas dicas de conteúdo:

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O que é o DAN no judô



O Judô, assim como a grande maioria das artes marciais modernas, utiliza-se de um sistema de faixas coloridas para determinar a graduação de seus alunos. Esse sistema de graduação, utilizados pelas artes marciais em todo o mundo, foi originalmente criado por Jigoro Kano, o fundador do Judô, sendo depois aperfeiçoado com o passar do tempo.

Assim, em 1883, o Sensei Jigoro Kano fez sua primeira divisão em seus alunos, dividindo-os em Mudansha (não-graduado) e Yodansha (graduado). Os mudanshas tem sua graduação divididas em Kyus (nível de habilidade). Os yodanshas tem sua graduação dividida em Dans (grau). O sistema de faixa colorida para os diversos kyus foi criado posteriormente na Europa, e daí exportado para o restante do mundo e das artes marciais, pois inicialmente, no Japão, a faixa branca era utilizada por todos os níveis de kyus, sendo que algumas escolas utilizavam a faixa marrom para os kyus mais elevados, e a preta para os yodanshas.

Veja abaixo a ordem das faixa do Judô utilizada no Brasil para os mudanshas:

  • Zero Kyu (mukyu) – Faixa Branca
  • 7º Kyu (nanakyu ou shichikyu) – Faixa Cinza – Somente para crianças
  • 6º Kyu (rokkyu) – Faixa Azul
  • 5º Kyu (gokyu) – Faixa Amarela
  • 4º Kyu (yonkyu ou shikyu) – Faixa Laranja
  • 3º Kyu (sankyu) – Faixa Verde
  • 2º Kyu (nikyu) – Faixa Roxa
  • 1º Kyu (ikkyu) – Faixa Marrom

Após a faixa marrom, o praticante se torna um graduado, um yodansha, ganhando a faixa preta e o primeiro grau, se tornando um Shodan (portador do primeiro grau). A graduação em dans ocorre da seguinte forma:

  • 1º dan (sho-dan ou ichi-dan) – Faixa Preta
  • 2º dan (ni-dan) – Faixa Preta
  • 3º dan (san-dan) – Faixa Preta
  • 4º dan (yo-dan) – Faixa Preta
  • 5º dan (go-dan) – Faixa Preta
  • 6º dan (roku-dan) – Faixa Coral (vermelha e branca)
  • 7º dan (nana-dan) – Faixa Coral (vermelha e branca)
  • 8º dan (hachi-dan) – Faixa Coral (vermelha e branca)
  • 9º dan (kyu-dan) – Faixa Vermelha
  • 10º dan (ju-dan) – Faixa Vermelha
Portanto, DAN é a graduação mais elevada do judô.

Curiosidade:

Oficialmente, 15 pessoas conquistaram o 10º  dan pela Kodokan, até os dias de hoje. Os três mais recentes foram promovidos em 2006. Por outras instituições, como a Federação Internacional de Judô, há outros que conquistaram o último dan. Keiko Fukuda (9º  dan Kodokan) foi a primeira mulher a ser promovida a 10º dan de Judô pela USA Judô e USJF. Jigoro Kano Shihan não possuia dans, pois como fundador do Judô, ele era quem graduava sendo que não se atribuiu nenhum grau. Conta-se que Jigoro Kano defendia que aquele que conseguisse um grau mais elevado ao décimo dan, retornaria à faixa branca, terminando assim o ciclo completo do Judô.