O treinamento funcional se apresenta como reforço de uma sequência de exercícios que faz com o que os judocas exercitem muito além dos grupos musculares.
Ampliar o horizonte é uma intenção que pode ser bem aplicada à preparação física no judô brasileiro. Com o objetivo de dar mais consciência corporal aos atletas, o treinamento funcional se apresenta com o reforço de uma sequência de exercícios que faz com o que os judocas exercitem muito além dos grupos musculares.
O circuito ideal tem exercícios presentes na luta e na modalidade com foco no movimento. Isso porque, no judô, não adianta ser forte e não controlar o movimento. Quem faz força sem pensar é guindaste.
É preciso respeitar os limites de cada disciplina e abrangendo diferentes públicos, desde os sedentários aos atletas de alta performance. Esse é o real objetivo do que conhecemos como treinamento funcional, que prepara o organismo de maneira integral, segura e eficiente, através do centro corporal.
No caso do judô, são exercíciose movimentos selecionados, que estejam presentes na luta, destacando a importância do equilíbrio, já que é ele o responsável pela sustentação, enquanto o atleta, usando os braços ou pernas, ataca ou defende. O movimentos de rotação, por exemplo, é muito comum a perda do equilíbrio e é este deslize que o judoca não pode cometer.
A carga de força está no abdômen, que é o nosso centro de gravidade. Se consigo gerar força aqui, eu me mantenho equilibrado para mandar a força para os braços e as pernas. A função primária é a rotação, e se eu tenho a rotação equilibrada, terei potência para dar o soco, chute, me deslocar. Caso contrário, eu caio e aí como eu vou lutar?
O resultado disso é o movimento está muito mais inteligente. Muitas das atletas que não tinham a menor noção do corpo, e esse é o melhor dos resultados: a consciência corporal.
Publicado em Julho de 2014 e revisando em 03/05/2017