Sabendo mais sobre Judô Adaptado




http://soumaisrn.com.br/wp-content/uploads/2013/11/657e6bac992ffee66346fab47e4cca39.jpg

O judô proporciona uma vasta vivência motora a seus participantes, com a aprendizagem dos golpes e quedas os alunos desenvolvem a lateralidade, noção espaço temporal, bem como a melhoria no deslocamento dentro e fora do tatame. Por outro lado, o professor que irá ministras as aulas para deficientes visuais tem como necessidade a verbalização da aula.

Um a vez que a demonstração das técnicas não pode ser utilizada como metodologia de ensino, cabe então ao professor descrever verbalmente como serão os golpes com riqueza de detalhes. Além do enriquecimento por parte dos alunos o professor ganha profissionalmente muito com esta prática.

As regras do judô são praticamente as mesmas do judô convencional, apenas com a alteração no inicio da luta, uma vez que no judô paralímpico o combate inicia quando ambos os atletas estiverem segurando no quimono do adversário. A luta também é interrompida quando os atletas perdem o contato. No judô os atletas são classificados em três divisões oftalmológicas, B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem), no entanto as divisões participam juntas das competições. Veja mais características de cada classe:

• B1 – Cego total: desde nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direcção.

• B2 – Lutadores que já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus.

• B3 – Os lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.

É importante o professor ter a noção que a instrução verbal não é suficiente para a compreensão do exercício por parte da pessoa com deficiência visual, é possível recorrer à percepção tátil e levá-la a perceber o movimento realizado pelo professor por meio do toque. Se, ainda assim, o exercício não for compreendido, torna-se necessário recorrer à percepção cinestésica, conduzindo o aluno pelo movimento desejado.

O professor não deve gesticular nem apontar, pois isso não significa nada para o portador de deficiência visual e ao indicar direções, deve-se tomar como referência a posição do aluno. Em ambientes desconhecidos, ou em situações novas, é necessário oferecer ao deficiente visual o maior número possível de informações, para que ele se oriente e se localize, sabendo o que está acontecendo, evitando que ele passe momentos de tensão e desconforto. A autora também menciona que o caminho por onde passa um deficiente visual deve ser limpo e desimpedido, já que objetos ou materiais fora de lugar podem causar acidentes.


Comente:

Nenhum comentário