O treinador da seleção japonesa feminina de judô, Ryuji Sonoda, pediu demissão nesta quinta-feira (31) depois que foi acusado nesta semana por algumas de suas lutadoras de assédio e abusos físicos durante sua preparação para os Jogos Olímpicos de Londres.
Sonoda decidiu renunciar ao considerar que será "difícil" continuar no cargo depois que ele e outros membros de sua equipe técnica fossem acusados de abusos por 15 judocas, informou a agência local "Kyodo".
As esportistas denunciaram em um documento que algumas delas foram objeto de insultos, bofetadas e inclusive agredidas com varas de bambu, enquanto outras foram obrigadas a competir de estarem lesionadas.
Sonoda, de 39 anos, e outros membros de sua equipe receberam há alguns dias uma notificação oficial alertando sobre o comunicado enviado no final do ano passado por algumas integrantes da equipe, cujos nomes não foram revelados.
Nesta quarta (30), o diretor da Federação Japonesa de Judô, Koshi Onozawa, declarou que a situação "é algo que nunca deveria ter acontecido", e disse que redobrarão seus esforços "para assegurar que isso nunca volte a acontecer".
A Federação de Judô confirmou até cinco casos, entre agosto de 2010 e fevereiro de 2012, em que as judocas foram esbofeteadas, empurradas ou golpeadas.
Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Kaori Matsumoto ganhou o ouro na categoria até 57 quilos, enquanto Mika Sugimoto ficou com a prata em mais de 78 quilos e Yoshie Ueno, com o bronze em até 63 quilos.
A notícia vem a público em meio à revolta no Japão pelo suicídio de um estudante de ensino médio de 17 anos em Osaka após ter sofrido castigos físicos do treinador do time de basquete de seu colégio.
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