Uma delegação renovada, de talentosos calouros, carrega nos ombros a esperança de realizar a melhor campanha do judô brasileiro em uma Olimpíada. A seleção brasileira que representará o País nos Jogos de Pequim, em agosto, foi apresentada ontem no Rio. Dos 14 atletas, apenas cinco já participaram de uma Olimpíada e só dois deles estiveram em Atenas 2004.
Dentre os nove estreantes na competição, está o bicampeão mundial João Derly. "Vou chegar com muito moral e confiança. Mas não será fácil, pois todos já me estudaram a fundo", diz o gaúcho, classificado na categoria meio-leve (- 73 kg).
A expectativa da comissão técnica é de que a delegação obtenha pelo menos quatro medalhas - uma de ouro. Se isso ocorrer, seria a melhor campanha da história do judô nacional. "No passado, tínhamos uns dois judocas com chances de medalha", avalia Edinanci Silva. "Este ano, seis ou sete têm plenas condições de brigar pelo pódio", diz a judoca, de 32 anos, veterana de três Olimpíadas.
"Estamos muito confiantes em conquistar a primeira medalha olímpica do judô feminino", afirma Rosicléia Campos, técnica das mulheres."Desde Atenas, tivemos um excelente ciclo olímpico, renovamos o grupo com um grande trabalho", comenta Ney Wilson, coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Seu otimismo se baseia em números. A média de idade da equipe feminina é de 22 anos; a dos homens está em 26. De 2004 para cá, o Brasil viu João Derly ser bicampeão mundial (o segundo título no ano passado).Em 2007, Luciano Correa e Tiago Camilo, que irão a Pequim, também se tornaram campeões mundiais.
"Os três que foram ouro no Mundial têm chances de título, mas nunca se sabe", imagina Luiz Shinohara, técnico da seleção masculina. "A atmosfera dos Jogos é outra, há mais pressão. Estamos confiantes."
Das 14 categorias, o Brasil só não garantiu vaga no pesado (+78 kg). Priscila Marques ainda tem duas oportunidades de buscar a classificação - no Pré-Olímpico, em abril, e no Campeonato Pan-Americano em maio. "Nosso recorde foram 12 participantes. Se conseguirmos levar 14, será um feito histórico", espera Ney Wilson.
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