Confederação cria "atalho" em seletiva olímpica do judô





Tradicional foco de queixas de atletas, a seletiva olímpica de judô terá, pela primeira vez na história, concorrentes com status diferenciado em 2008.

Até 2007, os dois judocas de cada classe de peso que disputavam o posto de titular de seleção sempre iniciaram a temporada em igualdade de condições. Agora, isso mudou.

"No ano passado, todos tinham condições muito eqüidistantes. Hoje, há quatro medalhistas do Mundial do ano anterior ao da Olimpíada, sendo três de ouro", explica o coordenador técnico da confederação brasileira, Ney Wilson.

Ele conta como a medalha no Mundial do Rio pode favorecer Tiago Camilo, Luciano Corrêa e João Gabriel Schlittler _o quarto medalhista, João Derly, já está assegurado em nos Jogos de Pequim (bem como Érika Miranda, no time feminino).

"Se houver qualquer situação de igualdade entre os concorrentes depois das competições na Europa, a vaga estará garantida para quem conquistou a medalha no Mundial do Rio."

Cada um dos dois postulantes à vaga olímpica disputa, em fevereiro, duas competições na Europa. A intenção da confederação é anunciar o time olímpico em março, antes do desafio com a equipe do Japão, marcada para o dia 16 daquele mês.

Se, depois do giro europeu, ainda houver dúvida dos técnicos em alguma categoria, a solução deve sair no New York Open, de 5 a 10 de março.
Indagado se todos os envolvidos estão cientes da nova situação da seletiva, envolvendo os medalhistas do Mundial, Wilson foi enfático.

"Exatamente o que falei agora foi dito para todos os atletas e técnicos. É claro que as palavras são interpretadas, às vezes, de forma diferente. Nem sempre todos entendem da mesma forma. A maioria entendeu, até porque, técnicos pediram esclarecimento deste ponto."


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