Uma decisão para as Olimpíadas de Londres afetou diretamente a equipe feminina de judô do Brasil. Os técnicos, agora, estão proibidos de se pronunciarem durante as lutas. Só podem se manifestar durante as interrupções. Para a treinadora Rosicléia Campos, conhecida por motivar as suas judocas do primeiro ao último segundo do duelo, a medida é injusta. Assim, ela promete interferir se achar necessário. Mesmo correndo o risco de ser expulsa do ginásio.
- Vou me matar. Vai ser bem difícil. Acho que esse sistema foi feito por conta da insegurança dos árbitros. Eu, particularmente, acho injusto. Sou militante de falar. A gente tem que compactar o que falar entre uma luta e outra. Mas eu tenho ordens expressas do meu coordenador. Se for necessário interferir, eu vou. Vou ter ser mandada embora, mas a medalha fica garantida - disse Rosicléia, em entrevista ao SporTV.
Pela nova regra, se intervir em uma luta, o técnico será afastado do combate. Se receber uma segunda expulsão, será obrigado a deixar o ginásio e só poderá voltar no dia seguinte.
Rosicléia lembrou que, em Londres, a equipe feminina estará completa, com sete atletas, e ainda manteve a promessa de se dedicar à vida pessoal somente depois de uma brasileira conquistar um ouro olímpico.
- Conquistamos as sete vagas, isso é muito bom. É a primeira vez em 20 anos. Eu ainda era atleta quando a gente teve uma equipe olímpica completa, em Barcelona. Agora vamos tentar o ouro e depois vem um bebezinho, se Deus quiser.