Leandro Guilheiro fica em sétimo lugar no meio-médio





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O seoi nage aplicado sobre o marroquino Soufiane Attaf deu a impressão que o dia seria de Leandro Guilheiro na Arena ExCel, local de competição do judô nos Jogos Olímpicos de Londres. Depois de vencer a primeira luta por yuko (dois shido) sobre o lituano Konstantins Ovchinnikovs, o líder do ranking mundial ainda viu alguns de seus principais adversários perderem no tatame ao lado: o campeão olímpico de Pequim (peso leve) Elnur Mammadli (AZE) e o inglês Euan Burton. Mas a história começou a tomar contornos diferentes nas quartas-de-final.

"Perdi no tatame", resumiu Leandro Guilheiro, derrotado nas quartas pelo americano Travis Stevens e, na repescagem, pelo japonês Takahiro Nakai. "Fiz a preparação que considero ideal, trabalhei o corpo, o físico, a cabeça, a técnica. O que eu faria diferente na luta? Difícil dizer, eu teria que mudar o meu judô para lutar. O mérito foi dos adversários, que souberam me vencer. Demorei a encontrar soluções ao longo dos combates", explicou o duas vezes medalhista olímpico de bronze em Atenas 2004 e Pequim 2008, ambas no peso leve.

Ainda com as marcas da luta no corpo, visível em hematomas no rosto e arranhão no pescoço, Guilheiro atendeu a todos os jornalistas ao sair do tatame.

"Voltei para a repescagem com toda concentração e vontade. Passei por isso nos dois últimos Jogos Olímpicos e sei que voltar para casa com o bronze é melhor do que de mãos abanando como agora", disse Guilheiro. "Estou tão concentrado nas Olimpíadas que ainda não sinto muita dor. Acho que no dia seguinte vai ser pior, vai vir a decepção", completou.

No meio-médio feminino, Mariana silva foi eliminada na primeira rodada pela chinesa Lili Xu, que acabou ficando com a prata.

"Estava motivada pelo bronze do Kitadai, que assim como eu não era cabeça de chave e conquistou a medalha. Se perdi é porque tenho algo a evoluir", comentou a jovem judoca. "Conversei com os atletas mais experientes antes da luta pois era a minha estreia, Olimpíada é mesmo algo especial", concluiu.

Manoela Penna, de Londres



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