- Ajuda um pouco (competir no Brasil), mas não é hora de tomar muitas decisões. É momento de abaixar (a guarda). Para mim, Olimpíadas é um sonho de infância, pode ser no Brasil ou em um país imaginário qualquer - disse o atleta, que analisa a possibilidade de mudar o seu estilo de combate.
- Você chega em uma Olimpíada e não muda tanto sua essência. Principalmente contra o japonês (Nakai), eu teria que mudar muito a minha essência de lutar, que estou acostumado a fazer há 20 anos. Mas é possível de fazer, de dar um contra-golpe. Existe sim uma forma de eu me adaptar a essa dificuldade que eu tenho tido - declarou.
Guilheiro afirmou que ainda está se acostumando ao fato inédito em sua carreira.
- Toda Olimpíada que eu disputei, no dia seguinte eu já tinha vontade de me preparar para a próxima. Mas é muito fácil ter essa motivação quando você tem uma medalha. Nunca tive curiosidade de saber como é não ganhar, hoje estou vivenciando isso - apontou.
Número um do ranking mundial na categoria meio-médio, Guilheiro se despediu dos Jogos pela primeira vez sem ter subido ao pódio. Medalhista de bronze em Atenas 2004 e Pequim 2008, o paulista perdeu duas de suas quatro lutas em Londres. Derrotado nas quartas de final pelo americano Travis Stevens, foi superado novamente, pelo japonês Takahiro Nakai, e parou na repescagem.
- Eu vim para essa Olimpíada sabendo que eu tinha muita coisa para melhorar. Sabia quais aspectos eu poderia evoluir. Essa derrota não apagou o ciclo olímpico que eu tive, foi muito consistente, regular. Foi o ponto alto na minha carreira. Tenho muito para crescer, evoluir, o Rio-2016 continua nos meus planos, com certeza - disse o judoca.
Além de sediar as Olimpíadas em 2016, o Rio de Janeiro também será sede das duas próximas edições do Campeonato Mundial de judô, principal torneio depois dos Jogos. O primeiro ocorre em setembro de 2013, no Maracanãzinho. Em 2015, o evento servirá de seletiva para os Jogos, no mesmo local.
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