- Fizemos uma reunião durante a aclimatação no Japão. Primeiro falou o coordenador técnico Ney Wilson, depois ele me pediu que passasse um pouco da minha vivência. Falei da importância de não se iludir com as Olimpíadas e se concentrar para lutar - afirma a judoca, lembrando também a grande expectativa que cerca os atletas:- Agora é esse frenesi todo da imprensa, dos amigos, da família e da torcida. Mas se deixarmos a chance de um bom resultado passar tudo acaba. Para continuar com este clima é preciso vencer - destaca.
Em Pequim, a paraibana baterá o recorde do judô brasileiro de participações em Jogos Olímpicos, superando Aurélio Miguel, Henrique Guimarães, Walter Carmona e Luiz Onmura, que têm três edições do torneio no currículo. Em Atlanta, Sydney e Atenas a judoca de 31 anos terminou na sétima colocação.
À exceção de Edinanci, a média de idade do judô é de 24 anos. Para os vários jovens e estreantes o clima, a beleza e a grandiosidade da Vila Olímpica são fascinantes.
- Não é uma vila, é uma cidade - espanta-se a leve Ketleyn Quadros, tão concentrada quanto suas companheiras de equipe.
- Sem dúvida isto aqui é diferente de tudo o que vivi até hoje. É um cuidado muito grande com os atletas. Nem me deixaram carregar minha mala. Mas estou muito tranqüilo quanto a tudo que nos cerca - comenta Eduardo Santos, do peso médio.
Já Leandro Guilheiro, bronze em Atenas 2004 e único remanescente da equipe masculina que esteve na Grécia há quatro anos, resume o espírito da equipe brasileira.
- Se tiver duas palavras para me definir hoje elas são foco e serenidade - diz o judoca.
"Pega leve com a vida, que a vida pega leve com você"
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