Melhor judoca do mundo em 2007 luta pelo primeiro ouro do Brasil em Pequim




  • Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro 

Apesar do favoritismo, Tiago Camilo se mostra tranqüilo em sua chegada a Pequim

Com o clima alegre das duas medalhas de bronze conquistadas nesta segunda-feira, o judô brasileiro volta aos tatames na madrugada de terça-feira com a categoria meio-médio. E a promessa é de mais alegria para o Brasil nestes Jogos Olímpicos, com a estréia no ginásio de Ciência e Tecnologia de Pequim do melhor judoca do mundo em 2007, Tiago Camilo. No feminino, Danielli Yuri entra para repetir o feito de Ketleyn Quadros, a primeira judoca a conquistar uma medalha para o país em Olimpíadas. As disputas serão transmitidas ao vivo pela Rede Globo e pelo SporTV a partir de 1h (de Brasília).

Campeão mundial em 2007, Tiago Camilo tem experiência também nos tatames olímpicos, tendo conquistado a medalha de prata em Sydney (2000). Como maiores adversários para o ouro, que o transformaria no único brasileiro campeão mundial e olímpico nos tatames, Tiago terá pela frente o francês Anthony Rodriguez, derrotado por ele na final do Mundial do Rio de Janeiro. Além deste, estarão também o holandês Guillaume Elmont, campeão mundial em 2005 e medalha de bronze no Mundial do Rio-2007, e o ucraniano Roman Gontiuk, prata em Atenas-2004 e tricampeão da Copa do Mundo. 

 

  • Aspas

    Vou encarar cada luta como uma final, vendo cada adversário como o mais importante"

- Fui campeão mundial no ano passado. Agora é outra história. Não me acho favorito e também não vejo outros favoritos. Vou encarar cada luta como uma final, vendo cada adversário como o mais importante. O fato de ser um campeão mundial me deixa ainda mais visado. Mas faço questão de transformar isso numa coisa positiva para mim – avisa ele, que estréia em Pequim contra o japonês Takashi Ono, vice-campeão da tradicional Copa Jigoro Kano em 2007.

Técnico da equipe masculina, Luiz Shinohara mostra confiança no excelente momento do seu judoca, que conquistou o título mundial após sete ippons, a pontuação máxima do judô.

- Tiago já ganhou e perdeu do japonês e é sempre uma luta dura. Com certeza o Ono deve estar mais preocupado com o Tiago do que o Tiago com ele. Se chegar à semi, deverá ter Azerbaijão ou Alemanha. Para o Tiago, seria melhor o alemão Bishof, que foi campeão mundial em 2003 - analisa.

Estréia com a companhia da família

 

Ketleyn Quadros provou nesta segunda-feira que uma judoca brasileira também pode conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos. É com essa certeza que Danielli Yuri faz sua estréia em Olimpíadas em Pequim, pegando na sua primeira luta a coreana Jayoung Kong, vice-campeã asiática. Ela, porém, se mostra modesta em suas pretensões.

- Vou ficar feliz se, depois da minha última luta, eu tiver certeza de que fiz o meu melhor, que dei tudo o que podia independente de subir no pódio ou não. Vai ser muito bom ter minha família, que mora no Japão, e alguns amigos dos tempos de escola torcendo por mim.

Técnica responsável pela histórica Vou ficar feliz se, depois da minha última luta, eu tiver certeza de que fiz o meu melhor, que dei tudo o que podia independente de subir no pódio ou não. Vai ser muito bom ter minha família, que mora no Japão, e alguns amigos dos tempos de escola torcendo por mim".

Uma das responsáveis pela medalha histórica conquistada por Ketleyn Quadros, a técnica Rosicléia Campos dá uma pista do que pode acontecer nesta terça-feira;

- A Yuri caiu na parte asiática da chave. Embora ela também seja japonesinha, tem um estilo ocidentalizado que pode surpreender.




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